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GUIA INFORMATIVO

PRINCIPAIS
INDICADORES DE
DESEMPENHO
MANUTENÇÃO
PREPA RE- SE PA RA
DEC OLA R.
Este gui a contém uma li sta de
Indicadores de Desempenho de
Manutenção util izados por
profissi onai s da área como forma de
avali ar os resultados de seus
trabalhos.

Alguns exemplos de práti cos estão


i nclusos para ajudar você a
vi suali zar possi bi li dades de apli cação
no seu processo.
SOBRE IN DIC A DORES

I n di cado re s d e De s e m p e n h o
(KP I 'S ) são m é t ri ca s
e s t abe l ec ido s p ar a av ali ar o
p ro gre s s o de de t e r m in a das
aç õe s . Mai s i m p or t an t e , s ão
p ar âm e t ro s q u e au x il ia m n a
t om a da de d e cis õe s .
M TBF

O Te m p o Mé di o E n t re F alh a s
(MT BF ) t alv e z seja um d os
i n dic ado re s m a is ut i li z ado s. Ele
m e de o t e m p o p re vi s t o q ue um
e q ui p am e n t o op e ra s e m av ari as ,
ou se j a , o t e m p o de corr id o e n t r e
u m a f alh a e o ut r a. O b vi am e n t e , é
n e ce s s ár io ob s er v ar a o cor rê n ci a
de p e lo m e n o s 2 f al h as e m um
p e rí odo de t em po , p or ém , q ua n t o
m ai o r a a m os t ra ge m , m ai or a
co n fi ab il ida de da m e di ç ão .
M TBF

Ex= Durante 6 meses uma extrusora operou


230h até a falha, onde foi necessári o i ntervi r
corretivamente. Depoi s mai s 350h e por fim
mais 300h.
O MTBF dessa extrusora é de:

MTBF = Ʃ horas operando


N° de paradas para corretivas

MTBF = 230 + 350 + 300 = 293,3h


3
M TTR

O Te m p o Mé di o P ar a R e p ar o
(MT T R ) m e de o t e m p o pr e vi s t o
p ar a r e pa ro e r e s t au raç ão
e q ui p am e n t o , de s de o m o m e n to d a
f alh a a t é q ue e le re t o rn e à
co n diçã o n orm al de op e ra ç ão .
M TTR

Ex= Em 1 mês de operação uma bomba


centrífuga necessi tou de 5 paradas para
manutenção nos rolamentos, na luva do eixo e
nos anéis de vedação, totali zando 4h de
reparo. O MTTR é de:

MTTR = Ʃ horas para reparo


N° de paradas para corretivas

MTTR = 4 = 0,8h = 48 mi n
5
DISPON IBILIDA DE

R e fe r e -s e ao tempo que o
e q ui p am e n t o e s t á op e ran d o o u e s t á
di s po n ív e l pa ra op e ra ç ão . Va le
re s s a lt ar q ue o ín di ce de
di s po n ib il ida de é d if e re n t e do
í n dic e de u t i li za ç ão . Va m os a o
e x e m pl o!
DISPON IBILIDA DE

Ex= Durante 1 ano, uma empresa que trabalha


8h/dia, veri fi cou que o forno de tratamento
térmico necessi tou de 5 paradas para
manutenção, cada uma de 6h de duração.
Portanto:
Disponibilidade (%) = Horas calendário - Horas de manutenção x 100
Horas calendário
Disponibilidade = 8h x 22dias x 12meses - 5paradas x 6h x 100 = 98,57%
8h x 22dias x 12meses
Porém, se pelo horí metro do equi pamento foi veri fi cado que
o forno operou apenas 1600h, o índi ce de uti li zação é de:

Utilização (%) = Horas utilizadas x 100 = 1600 = 76,85%


Horas disponíveis 2112-30
C ON FIA BILIDA DE

A Co n f ia bi lid ade é a p r oba bili d a d e


de qu e um eq u i pa m e n t o
de s e m p e n h e sua f u n ç ão sob
co n diçõ e s e s q pe cí f i cas , d ur an t e
u m de t e r m in a do pe r ío do d e t e m p o.
C ON FIA BILIDA DE

Ex= Em uma pl anta de operação contínua uma


tubulação de ci nzas durante 1 ano teve que ser
interrompida para manutenção 4 vezes. Durante
os próxi mos 100 di as a probabi li dade de que a
tubulação opere em perfeito estado é de:

Confiabilidade (%) = e -λ x t Onde:


t= tempo de análise desejado (em dias)
λ= 1
MTBF (em dias)
-0,01096 * 100
MTBF = 365 = 91,25 λ= 1 = 0,01096 Confiabilidade = e
4 91,25

Confiabilidade = 33,42 % para os próximos 100 dias


BA C K LOG

Di f e re n t e m e n t e do que m u i t as
p e s s oas ach a m , o B a ck log n ão s e
re f e re ap e n as às t a re f as em
at r as o. Es s e í n di ce re p re s e n t a a
s om a de t oda ca rga h o rár ia d e
t ar e f as p e n de n de s , p la n e ja d as ,
p ro gra m ada s e e x e cu t ada s e m
de t e rm i n ad o p e r íod o d e t e m p o.
Po rt a n t o, e le e xp r es s a a
q u an t i dade de t ra bal h o d e u m a
e q ui p e e pe r m it e re di m e n si on a r o
t am a n h o de la de a cor do c om a
de m a n da de s e rv i ç os .
BA C K LOG
Ex= Uma equipe de manutenção conta com 12
funcionários trabalhando 8h/d (com um rendimento de
80%). Em determinado mês, verificou-se que há 30h de
tarefas pendentes do mês anterior, 90h de tarefas já
executadas, 20h programadas e 60h planejadas. O
Backlog dessa equi pe é de:
Backlog =ƩOS pendente + ƩOS executada + ƩOS programada + ƩOS planej ada
HH total x produtividade

Backl og =30+1 00+20+70 = 2,6


1 2*8*0,8
Em condições perfeitas, o resultado dessa divisão deveria ser 1.
Caso o resultado seja inferior a 1, significa que os funcionários
permanecem ociosos em grande parte do tempo e a equipe é
maior do que seria necessária.
Se o resultado do Backlog é superior a 1, como no nosso
exemplo, significa que a equipe está sobrecarregada de
serviço, e que pode ser necessário contratar mais MO.
RETRA BA LHO

O Retrabal ho é um indi cador r elativo ao percentual de horas


totais trabalhadas em Ordens de Serviço que for am dadas por
encer radas, mas que por al gum motivo precisaram ser
reabertas, ou seja, é rel acionada com a fal ta de qu ali dade do
serviço da manutenção, seja por:
1. Falta de trei namento da MO;
2. Falta de pl anejamento;
3. Especi fi cações incompletas ou mal feitas;
4. Alto í ndice de OS realizadas em car áter de ur gên cia.

O índice de retrabalho é dado por:

Retrabalho = Ʃem horas de OS reabertas x 100


Ʃem horas de OS executadas

Quanto mai s pr óximo de 0%, melhor o desempenho desse


indicador e o seu acompanhamento per mite rastrear sua
causa e corrigi-la.
DISTRIBU IÇ Ã O DA S A TIVIDA DES
DE M A N U TEN Ç Ã O

Diferentes tipos de manutenção podem ser utilizadas


nos ativos da empresa, entre elas:
1. Manutenção corretiva;
2. Manutenção preventiva;
3. Manutenção preditiva;
4. Manutenção detectiva;
5. Manutenção corretiva planejada;
6. Engenharia de manutenção.

Este indicador de distribuição mostra o percentual da aplicação de


cada um desses tipos de manutenção citados acima. Idealmente, os
índices de corretiva não deve ultrapassar 25% das atividades de
manutenção, porém é de suma importância analisar a criticidade
dos ativos antes de definir quais os planos de manutenção que
serão aplicados. Nem sempre a manutenção Proativa (itens 2 à 5)
trará os melhores resultados financeiros.
TA XA DE FREQU ÊN C IA DE
A C IDEN TES

As s i m c om o e m q u alq u e r ou t ro
s e t or , n a m an u t e n ç ão co n t rola r o
í n dic e de a ci de n t e s é f u n dam e n t al ,
p oi s m e n s u ra a e f ici ê n cia d a s
aç õe s e m b us ca de um am bi e n t e
s e gu ro p ar a o t r aba lh o.
TA XA DE FREQU ÊN C IA DE
A C IDEN TES
E x= E m u m a in dú st ri a de fe rti l i zan tes , a equ i pe d e manu te nção é
c ompost a por 35 fu nc i on ári os c om um a j o rnad a mens al de tr abalh o
eq ui vale nt e a 1 7 6h . E u m seme stre , ap ena s 2 ac i den te s fo ram
re gis tra dos c om e ssa equ i pe. P ort ant o, a tax a de f req uê nc i a de
ac i den tes é de:

6
Taxa de frequência = N° de acidentes x 10
Homens Hora Trabalhado
6
Taxa de frequência = 2 x 10 = 54,11
35*176*6

Se gu nd o a OIT , os pa rãmet ros re come nd ados p ara ess e i nd ic ado r são:


A té 20 = mui to b om; De 40, 1 a 6 0 = ru i m;
De 20,1 a 40 = bom; Ac im a d e 60 = pé ss ima.

Por tan to, pa ra o ex empl o qu e c it am os, e sse in di c ador


est ari a na c la sse " rui m" n ec ess it an do esf orç os e gr an de
ate nção pa ra redu zí- l o.
C U STO DE M A N U TEN Ç Ã O
( C M F E ERV)

Po r f im , e st e in d ica dor de Cu s t o d e
Ma n ut e n çã o de ce rt a f or m a po d e
ser con s i de ra do c om o
co n se q u ê n cia r e lat i va a os o ut r os
i n dic ado re s . G ran d e p arc el a d o
i n t er e s s e n e s s e i n dica dor o corr e
p or p ar t e da ge rê n ci a, q ue av ali a
s e a e q u ip e de m an u t e n ç ão e s t á
f az e n do uma boa ge s t ã o
f i na n ce i ra. Is t o é feito
re la ci on an d o o f a t ur am e n t o t ot al
da e m p re s a, at r av és de u m f a t or
co n h ec id o p o r C M F (C us t o d e
Ma n ut e n çã o p o r F at u ra m e n t o) .
C U STO DE M A N U TEN Ç Ã O
( C M F E ERV)

Ex= Uma indústri a do segmento de papel e cel ul ose


obteve um faturamento bruto de R$ 50 mil hões no
último ano. Englobando todas as despesas com
manutenções corretiva, preventivas, preditivas,
seja por peças, serviços e/ ou MO, contabil izou-se
um gasto de R$3,5 mil hões. Portanto, o CMF desta
indústria no últ imo ano foi de:

CMF (%) = Custo Total de Manutenção x 100 = 3,5 M x100 = 7%


Faturamento Bruto 50 M

A média do CMF das indústrias brasileiras é de 4,27%. Porém,


indo mais afundo podemos relacionar esse índice de acordo
com o segmento industrial.
C U STO DE M A N U TEN Ç Ã O
( C M F E ERV)

P ara o n oss o exe mpl o , vemos q ue a in dú st ri a gas ta mai s qu e 2%


do q u e a m édi a mu nd ial do s eu seg me nt o.
C U STO DE M A N U TEN Ç Ã O
( C M F E ERV)

Ad ici o na lm e n t e , q u an do f al am os
e m C u s t o d e Man u t e n ç ão , p od em o s
t am b ém av al ia r a v ia bi li dade d a
aq u i si çã o d e n ov os e qu i p am e n t os ,
u m a ve z q u e p e rc eb em os q u e o s
at i v os e m u t ili z aç ã o es t ã o ge ran d o
cu s t os el e va dos pa ra s e re m
m an t i do s p e la e qu i p e de
m an u t e n çã o. P ara este ca s o
co n si de r am os o fa t or ER V (V alor
Es t i m ad o d e T ro ca) .
C U STO DE M A N U TEN Ç Ã O
( C M F E ERV)

Ex= Um compr essor i ndustr ial de uma indústria de


ól eo e gás teve contabil izado uma gasto de R$ 100
mil em manutenção. Em uma pesqui sa de mercado,
o val or médio de aquisição desse equi pamento é
cerca de R$ 3 mil hões. Portanto, o ERV é de:

ERV (%) = Custo Total de Manutenção x 100 = 100 K x100 = 3,33%


Valor de aquisição do eq. 3 M

O índice aceit ável desse indi cador é de até 2,5%. Aci ma di sso,
é sugeri do que o equipamento seja substi tuí do por um novo,
devido ao alt o cust o de manutenção.
C U STO DE M A N U TEN Ç Ã O
( C M F E ERV)

É preciso ter mui to cui dado quando


acompanhomos os i ndi cadores relati vos ao
Custos de Manutenção, por doi s moti vos
pri nci pai s:

Esses índi ces dependem da estratégi a de manutenção


adotada pela empresa. Em curto prazo, a manutenção
predi ti va pode gerar mai s custos do que a correti va, por
exemplo, em função das técni cas, especi ali zação de MO
e conhecimento necessári o. Porém, é a longo prazo que
esta estratégi a se destaca;
C U STO DE M A N U TEN Ç Ã O
( C M F E ERV)

É preciso ter mui to cui dado quando


acompanhomos os i ndi cadores relati vos ao
Custos de Manutenção, por doi s moti vos
pri nci pai s:

Nesses i ndi cadores mostrados, apenas os custos di retos


são consi derados, mas são os custos i ndi retos que tem
mai or expressão no nosso processo. Esses custos
envolvem pri nci palmente a parada de produção para
manutenção e perda de efi ci ênci a do processo
TRA TA M EN TO DE DA DOS

Então você e sua equi pe


decidiram acompanhar alguns
desses indicadores na sua
empresa. Quer di zer que agora
está tudo resolvi do? É só
esperar os resultados
aparecerem, certo?!

NÃO!
Não basta medi r, é preci so
analisar os dados,
diagnosti car os desafi os,
elaborar estratégi as e agir,
continuamente.
TRA TA M EN TO DE DA DOS

Há vários softwares di sponí vei s


no mercado especí fi cos para
gestão da manutenção que
fornecem ferramentas para
geração de relatóri os,
programações personali zadas,
acompanhamento de ati vos e
outras funções que auxi li am os
gestores a elaborar estratégi as
de manutenção mai s
consolidadas. Esses softwares
são os conhecidos CMMS
(Computeri zed Mai ntenance
Management System), ou ainda
os mai s abrangentes EAM
(Enterpri se Asset Management) e
ERP (Enterpri se
ResourcePlanning).
QU ER S A B ER C OM O
M ELHORA R A LGU N S DE S EU S
IN DIC A DORES DE M A N U TEN Ç Ã O?

C ON V ERSE C OM A GEN TE!

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