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Índice

Capitulo I................................................................................................................................2

1. Introdução.......................................................................................................................2

1.1. Objectivos....................................................................................................................3

1.2. Metodologia científica................................................................................................3

Capitulo II...............................................................................................................................4

2. A ética na idade média, moderna e contemporânea........................................................4

2.1. Ética medieval: ética cristã..........................................................................................4

2.2. Pensamento de alguns filósofos...................................................................................5

2.3. Santo Agostinho de Hipona (354-430) e a ética do livre-arbítrio...............................5

2.4. Pontos fortes e fracos...................................................................................................6

2.5. Ética moderna: antropocêntrica...................................................................................7

2.6. Pensamentos de alguns filósofos.................................................................................7

2.7. Immanuel Kant (1724-1804) E A Ética Do Dever......................................................7

2.8. Pontos fortes e fracos.................................................................................................10

2.9. Ética contemporânea: séculos XIX e XX.................................................................10

2.10. Existencialismo......................................................................................................11

2.11. Anarquismo............................................................................................................11

2.12. Pragmatismo..........................................................................................................11

2.13. Psicanálise..............................................................................................................12

2.14. Marxismo...............................................................................................................12

2.15. Relação existente entre a etica nas idades abordadas............................................12

Capitulo III...........................................................................................................................13

3. Conclusão......................................................................................................................13

3.1. Referências Bibliográficas.........................................................................................13


Capitulo I
1. Introdução

Pretendemos nesta trabalho demonstrar que ao analisarmos, observamos e refletimos sobre


algo o fazemos por que estamos em relação ao objeto pensado. E quando há esta relação com
o outro, desenvolvemos as noções de moral e ética. Por isso vamos abordar e compreender a
ética em três fases ou melhor em três idades a idade média, moderna e contemporânea.

O trabalho esta estrutura em partes divididos por três capitulos a saber o primeiro envolve a
introdução, objectivos, e metodologia. O segundo envolve o desenvolvimento do trabalho e
por fim o terceiro envolve a parte da conclusão e de referências bibliográficas.

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1.1. Objectivos

O objetivo desta aula é apresentar os fundamentos éticos oficiais desses três períodos,
visualizando o desenvolvimento da compreensão sobre o comportamento humano

1.2. Metodologia científica

Segundo Lakatos e Marconi, (2003), todas as ciências caracterizam se pela utilização de


métodos científicos; em contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam estes
métodos são ciências. A Metodologia Cientifica significa introduzir o discente no mundo dos
procedimentos sistemáticos e racionais, base de formação tanto do estudioso quanto do
profissional, pois ambos actuam, além da prática, no mundo das ideias (Marconi e
Lakatos2003).

Tem como objectivo tomar o estudante ou investigador pela mão e caminhar ao lado,
acompanhando-os em seus primeiros passos de vida universitária ou acadêmica, indicando o
caminho certo na procura do saber superior, iluminando problemas para que melhor possam
vê-los a assumir e a desenvolver hábitos de estudo e técnicas de trabalho que tornem
realmente produtivos os anos de vida universitária, tão preciosos e, não raro, tão mal
aproveitado (Ruiz, 1985, p.16 apud Uniassevi, 2014).

A Metodologia Cientifica tem como função de propor métodos, técnicas e orientações que
possibilitem colectar, pesquisar, organizar, classificar registar interpretar, etc, dados e factos ,
favorecendo a maior aproximação possível com a realidade.

O trabalho em estudo baseou se no método de pesquisa bibliográfica no qual fez se a


investigação dos processos para a sua elaboração.

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Capitulo II
2. A ética na idade média, moderna e contemporânea

A ética é a teoria ou a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.


(VÁSQUEZ, 1992, P.12).

Ética é o conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas. (CNEC
6ª série/7º ano vol.2 cad. 2, P.10)

Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom. (MORE, 1975, P.4)

Em suma por nos a ética é a reflexao sobre a moral.

2.1. Ética medieval: ética cristã.

Ética ligada à religião.

Para compreendermos a ética na Idade Média, é importante levarmos em conta um dado


fundamental: a religião cristã. Ela se torna oficial e obrigatória a partir do século IV no
Império Romano, no momento em que o modelo político romano entra em decadência.

O modelo de trabalho do mundo antigo era a escravidão, que foi substituída pela servidão,
base do trabalho e da vida social durante a Idade Média. Sua característica é a dependência de
servos para com os senhores feudais, ou seja, uma forte estrutura de submissão de uma classe
social a outra. Outro aspecto importante é a economia e a política fragmentada. O único
ponto de unidade para a sociedade era a Igreja, que através das verdades da fé cristã orientava
e controlava a vida intelectual, moral e ética da população em geral e da nobreza. A Idade
Média se estende oficialmente até o século XV

Vamos ler a breve explicação do professor Adolfo Vásquez:

A ética – como a filosofia cristã em geral – parte de um conjunto de verdades reveladas a respeito de
Deus, das relações do homem com o seu criador e do modo de vida prático que o homem deve seguir
para obter a salvação no outro mundo. (VÁSQUEZ, 1992, p 244).

Enquanto que para os filósofos antigos a razão seria capaz de controlar nossos desejos e
vontades, para o cristianismo, nossas vontades estavam corrompidas pelo pecado.

Para agir eticamente precisamos do auxílio divino, necessitamos das leis divinas. Conceitos
éticos fundamentais da Filosofia Medieval: a fé (qualidade da relação de nossa alma com

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Deus); e a ideia de dever. Para sermos éticos “devemos” reconhecer e cumprir a vontade e a
lei de Deus.

O fim, o objetivo da ética medieval: indicar princípios e normas de conduta que capazes de
possibilitar a salvação espiritual da alma humana.

2.2. Pensamento de alguns filósofos


2.3. Santo Agostinho de Hipona (354-430) e a ética do livre-arbítrio

Conciliação entre o cristianismo e o pensamento filosófico pagão.

Influência filosófica de Agostinho: o filósofo gregp Platão (427-347 a.C.). Ele adapta
algumas ideias e teorias de Platão ao Cristianismo. Superioridade da alma: a alma foi criada
por Deus para controlar o corpo (dirigindo-o para o bem) e o pecador inverteria essa relação.

O problema do mal: a resposta maniqueísta

Maniqueísmo: Doutrina criada por Manes (século III). Combina elementos do zoroastrismo,
de outras religiões orientais, além do cristianismo. Visão dualista: encontram-se no mundo as
forças do bem e do mal, ou da luz e da escuridão.

Essas forças (Bem e Mal) são princípios absolutos que estão em permanente e eterno
confronto.

Homem: destituído de liberdade, suas ações são o resultado de uma inclinação natural, ora
para o bem ora para o mal.

O problema do mal

Deus: um ser eterno e imutável do qual procede toda natureza material ou espiritual.

Toda natureza criada por ele é um bem. Se Deus criou todas as coisas, ele teria criado
também o mal? Em sua teoria do livre-arbítrio, Agostinho de Hipona defende que Deus teria
criado o homem livre e criativo, portanto, dotado de vontade livre (ou livre arbítrio).

E ainda segundo Agostinho, o homem, através do uso equivocado do livre-arbítrio, cria o


mal. E Deus concedeu o livre-arbítrio ao homem para que este escolhesse seguir e fazer o
bem por liv re escolha, e não por imposição. As más ações provêm das paixões humanas.

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As boas ações provêm da boa vontade: vivermos com retidão e honestidade, para
alcançarmos a sabedoria (razão domina as nossas tendências inferiores). Exercitar a boa
vontade: a prudência, a força, a temperança e a justiça (4 virtudes cardeais)

Boa vontade x vontade corrompida

Homem Bom: utiliza da boa vontade, da razão, para praticar suas ações.

Boa Vontade: praticada com amor às coisas eternas e atemporais (Deus).

O Mal: fruto de ações praticadas com uma vontade corrompida.

Vontade Corrompida: o homem pratica visando uma segunda classe de amor (paixões, ou
libido, o amor às coisas materiais).

2.4. Pontos fortes e fracos

A contribuição cristã é significativa e fundamental. Ela proporcionou aos homens e mulheres,


como algo novo a consciência de igualdade, com a inclusão dos marginalizados socialmente.
E mais, isto ocorre em uma época onde não existiam condições de fato para pensar e praticar
a igualdade entre as pessoas. Nisto verificamos que na sociedade medieval a igualdade se
expressa numa perspectiva sobrenatural.

O mais importante da ética cristã medieval é que ela coloca fora do homem o objetivo de sua
existência. Os princípios da ética medieval originam-se em Deus e por isso são absolutos. Um
dado importante se impõe aqui mediante a explicação anterior: na Idade Média a razão
humana estava submetida à fé. Logo, a Filosofia está subordinada a Teologia.

No que tange a parte negativa a ética medieval é uma ética reduzida a um aspecto religioso e
doutrinário. Há uma cristianização das ideias de Platão e Aristóteles. Em Platão a alma que se
purifica tem uma subida libertadora para admirar o mundo perfeito “mundo das ideias”.
Agostinho de Hipona (354-430) transforma isto em “elevar-se asceticamente até Deus, pelo
êxtase místico”. Para Aristóteles, a felicidade é o fim último, alcançado pelo conhecimento.
Tomás de Aquino (1226 – 1274) transforma isto em “busca de Deus como objetivo último, o
encontro com este pela obediência é o que traz ao homem a felicidade (bem subjetivo)”. Na
questão política, a melhor forma de governo é a monarquia, com algumas moderações. Mas o
poder completo vem apenas de Deus, portanto só a Igreja é detentora do poder completo e
legítimo. E por isso impunha-se sobre os reis e imperadores, reivindicando para si o direito

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divino de confirmar os monarcas em seus reinos, desde que estes se submetam a Igreja, na
pessoa do papa. Uma visão de mundo teocêntrica.

2.5. Ética moderna: antropocêntrica

A idade moderna é o período histórico entre os séculos XV a XVIII. Abandonam-se as


explicações sobrenaturais e assume-se a visão antropocêntrica: A pessoa é o ponto de partida
para compreender tudo. A ética moderna é de uma sociedade que se estrutura no final do
modelo feudal de sociedade (medieval) e grandes transformações se verificam: novas forças
produtivas sob o modelo capitalista e desenvolvimento científico. A burguesia como classe
social se fortalece, impondo seu jeito de pensar e de viver e motivando as revoluções, como
exemplo: a Revolução Francesa em 1789. A religião cristã como ideologia dominante perde
seu lugar. A Igreja entra em crise com a Reforma Religiosa Protestante. Surgem novas e
diferentes igrejas cristãs e quebra a ideia medieval de uma civilização cristã única
(Cristandade).

A sociedade moderna é um processo de quebra daquilo que estivera unido durante a


cristandade medieval. Separam-se a razão da fé, a filosofia da teologia, a natureza de Deus,
ou mais específico separam-se as investigações sobre a natureza dos dogmas de fé, o Estado
da Igreja e o homem de Deus. O homem e a mulher passam a afirmar-se com valor pessoal,
enquanto corpo e espírito, dotado de razão e vontade, com natureza contemplativa e ativa. A
ética moderna é um sinal de liberdade para o homem em afirmar seus valores na Ciência, na
Arte e na Natureza.

No início da Idade Moderna há uma retomada do humanismo. No terreno da reflexão ética,


esse fato orientou uma nova concepção moral, centrada na autonomia humana.

No Iluminismo, essa orientação fica mais evidente, pois os filósofos passam a defender a
ideia de que a moral deve ser fundamentada não mais em valores religiosos, e sim naqueles
oriundos da razão humana. No Período Moderno, as teorias éticas caracterizam-se por uma
retomada e uma revalorização da autonomia humana, por isso, a ética moderna é chamada de
ética antropocêntrica.

2.6. Pensamentos de alguns filósofos

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2.7. Immanuel Kant (1724-1804) E A Ética Do Dever.

Para Kant, as obrigações morais não são impostas por Deus, nem resultam de nossos
sentimentos: as regras morais são leis que a razão natural estabelece. E o indivíduo ético tem
um dever moral, ou seja, adotar e seguir os valores morais.

Na visão kantiana, são as leis morais que levam o homem a praticar o bem, em detrimento
dos seus caprichos e interesses individuais.

Supremo critério ético kantiano: valores morais. Por isso a teoria ética kantiana é chamada de
ética do dever, pois, para ele, agir eticamente é agir conforme nosso dever moral, guiado pela
boa vontade, motivado pelo respeito à lei moral.

Máximas e leis morais

As máximas e leis impõem-se à razão como regras de ação.

Máxima: uma regra de ação subjetiva que o indivíduo estabelece para si próprio.

Lei moral: tem uma validade universal; é assumida como algo absoluto.

A lei moral apresenta-se como um Imperativo Categórico.

Fórmulas da lei moral:

“Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei
universal”. Essa exigência é denominada por Kant de Imperativo Categórico. Segundo essa
formulação do Imperativo Categórico, uma ação é considerada ética quando a máxima que
rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação individual pode ser praticada por
todos, sem prejuízo da humanidade.

“Age como os princípios da tua ação devessem ser erigidos pela tua vontade em lei universal
da natureza”.

Agir de forma que os princípios da minha vontade fossem universais, fossem seguidos por
todos.

“Age de tal modo que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na do outro, sempre
como um fim e nunca como um meio”.

Ninguém pode ser usado como uma coisa ou um objeto, e sim como um ser digno de respeito
e consideração.

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Dever moral: imperativo

A moral kantiana baseia-se num princípio formalista : o que interessa na moralidade de um


ato é o respeito à própria lei moral, e não os interesses, fins ou consequências do próprio ato.
Uma boa vontade (guiada pela razão) age em função de um imperativo categórico (uma
ordem).

Kant: “o imperativo é um mandamento da razão que serve para orientar a nossa ação”.

Imperativo Hipotético: apresenta uma ação como meio para alcançar determinado fim.

Imperativo Categórico: indica uma ação que é necessária e boa em si mesma,


independentemente dos fins que se possam alcançar com ela.

A boa vontade

Para Kant, as normas morais devem ser obedecidas como deveres, mas a noção kantiana de
dever confunde-se com a própria noção de liberdade: o indivíduo que obedece a uma norma
moral atende à liberdade da razão.

Nossa vontade é também afetada pelas inclinações: os desejos, as paixões e os medos, e não
apenas pela razão.

Por isso, devemos educar a vontade para alcançar a boa vontade, que seria aquela guiada
unicamente pela razão. A razão estabelece os princípios morais que guiam a vontade humana
para a prática do bem = BOA

Vontade.

Uma ação pode ser conforme o dever, e não ser moralmente boa (movida por interesses
egoístas). Valor moral da boa vontade reside na intenção e não no resultado. A boa vontade
consiste em respeitar a lei moral, tendo como motivo da ação a simples conformidade à lei e
a boa intenção.

Lei moral e liberdade humana

Lei moral: Autonomia da Razão e Liberdade (ou Vontade Livre).

Autonomia da Razão: a razão dá a si mesma as regras de sua conduta.

Liberdade (Vontade Livre): Indivíduo LIVREMENTE percebe a importância dos valores


morais e decidir segui-los.

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Liberdade humana: o ser humano só se torna livre quando se livra da influência dos seus
desejos e impulsos e se submete às leis da razão.

Dignidade

“[...] tudo tem ou um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem preço, pode ser
substituída por algo equivalente, por outro lado, a coisa que se acha acima de todo preço
compreende uma dignidade. A moralidade e a humanidade são as únicas coisas providas de
dignidade” (KANT, Fundamentação da Metafísica dos Costumes).

O que tem preço não tem dignidade, pois a dignidade está acima de qualquer preço.

A universalidade dos valores morais

A Razão é suficiente por si só (sem o auxilio de impulsos sensíveis) para mover a vontade.

Apenas neste caso podem existir princípios morais válidos sem exceção para todos os
homens (leis morais de valor universal). Apetites e desejos: individuais, subjetivos. A razão
humana é um princípio universal (geral, comum a todos os homens). Os valores morais e a
boa vontade, que são frutos da razão, também são universais.

2.8. Pontos fortes e fracos

A ética moderna é um sinal de liberdade para o homem em afirmar seus valores isso se
observa posetivamente. Mas negativamente o homem e a mulher deste modo orientam suas
atitudes em vista da lei do dever e não segue outra lei senão o que lhe diz sua consciência.

2.9. Ética contemporânea: séculos XIX e XX.

A ética contemporânea (ou pós-moderna) é aquilo que se desenvolveu desde o século XIX e
nos influencia até hoje. Estamos falando dos conceitos que estão presentes em nossa maneira
de pensar. Com base nas ideias de importantes personagens da filosofia neste período: Soren
Kierkegaard, Max Stirner, Karl Marx, Jean Paul Sartre, Sigmund Freud e outros.

A ética contemporânea vivenciou o processo de colonização e independência dos povos


africanos e asiáticos. Este e outros fatores afetaram diretamente a humanidade, obrigaram a
reflexão sobre o comportamento moral a rever atitudes e posicionamentos teóricos e práticos.
Junto a isto, a ética contemporânea é uma reação ao formalismo e ao racionalismo kantiano, e
principalmente aos ideais do filósofo Georg Hegel. Para este o que vale no sujeito é a ideia ou

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a razão. Apenas ela faz o ser humano existir. Conceito central a reflexão ética da idade
moderna. A ética contemporânea também focalizará a análise da linguagem moral, das
palavras que usamos para falar do comportamento humano.

Vejamos o que nos diz o professor Adolfo Vásquez (1992, p. 250): A ética contemporânea
surge, igualmente, numa época de contínuos progressos científicos e técnicos e de um
imenso desenvolvimento das forças produtoras, que acabarão por questionar a própria
existência da humanidade, dadas a ameaça que seus usos destruidores acarretam.
(VÁSQUEZ, 1992, p. 250). 8.1.1

2.10. Existencialismo

Grupo filosófico baseado nas ideias de Soren Kierkegaard (1813-1855). Para ele, apenas o
que vale no ser humano é sua concretude, o indivíduo enquanto existe, e por consequência o
importante é a subjetividade, o mundo interno, íntimo do indivíduo e não apenas a
racionalidade conforme dissera Hegel. O ponto de apoio é a conclusão de que a tarefa de
explicar e compreender o homem e a mulher é uma tarefa ingrata, a existência individual
mais do que outras explicações entende-se melhor vivendo, e da vivência se abstrai uma
explicação. É a afirmação de que o indivíduo tem sua existência no comportamento,
subjetivamente orientado.

Jean Paul Sartre (1905-1980). Para ele, Deus não existe. Por isso não há nada que oriente e
controle o ser humano, não há fundamentação para os valores gerais e de caráter universal
para todos os indivíduos.

Resta apenas o Homem, como único fundamento, ou razão para si mesmo. Sartre valoriza a
existência do outro, pois não há como negar a realidade política, seja ela boa ou não para a
pessoa, e o político refere-se ao que é comum, das pessoas.

2.11. Anarquismo

Baseado nas ideias de Max Stirner (1806 -1856). Segue uma linha de pensamento paralela a
anterior: O homem é concreto, consciente de seu eu, e dotado de vontade. A melhor opção é
um egoísmo existencial, negando em absoluto todo o tipo de autoridade e hierarquia que
submeta o indivíduo, tais como o Estado, a Moral, a Lei, e a Religião. Em Kierkegaard, a
moral é limitada diante da individualidade da pessoa, em Stirner ela não é possível.

2.12. Pragmatismo

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Esta é outra importante corrente de pensamento filosófico contemporâneo. Tem sua origem
nos fins do século XIX, nos Estados Unidos da América. Personagens importantes: Charles
Pierce, William James e John Dewey. Resulta do pensamento sobre o desenvolvimento
técnico e científico; o que caracteriza o pragmatismo é identificar a verdade com aquilo que é
útil, com o que ajuda a viver e a conviver. Bom é o que leva a ter um resultado satisfatório.
Isto torna relativos os valores, já que são determinados pelo que convém ou não ao indivíduo.

2.13. Psicanálise

Importante também é a Psicanálise, corrente psicoterapêutica e psiquiátrica. Formada por


Sigmund Freud (1856 -1939). Posteriormente surgiram grupos relacionados à psicanálise
(Fromm, Jung e Adler). A principal contribuição da psicanálise no pensamento ético são as
descobertas relacionadas à Motivação Inconsciente, e a influência desta sobre a maneira do
homem e da mulher comportar-se. Ao destacar o aspecto inconsciente da motivação para uma
ação, Freud abre uma discussão ética e moral muito importante. Visto que o ato moral supõe
que a pessoa tenha consciência e liberdade do que está fazendo; já os atos ditos inconscientes
segundo a visão freudiana não fazem parte do campo moral.

2.14. Marxismo

Outra corrente filosófica e sociológica importante e determinante pertence a Karl Marx


(1818-1883). Ele critica a moralidade do passado e lança as bases de uma nova prática moral.
Também podemos perceber a intenção de resgatar o homem concreto e real, e não apenas
limitado a ideia ou a razão.

2.15. Relação existente entre a etica nas idades abordadas

Pra começar é de salientar que todas as idades remete nos a construção do homem e o seu
carácter desde a antiguidade até hoje, o que nos leva a compreender que cada idade é a
continuação da outra. Ou melhor nao poderia existir a idade moderna sem ter existido a
medieval e isso se submete tambem quanto a contemporânea pois ela existe para contrariar a
moderna. Em suma todas as iades apsentam a filosofia como forma de explicar pois os
pensadores filosóficos abordam estes pontos de maneira conscisa.

Pontos fortes e fracos

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Nesta época o ser humano apresenta se com a capacidade de estruturar a sociedade de varias
formas para le dar com os problemas da vida, mas também os valores morais são
meramentes ignorados pelas várias dependências que o mundo actual apresenta.

Capitulo III
3. Conclusão

Falar da etica nessas três idades remete nos a concluir que:

A Ética medieval, cujo objetivo ético pela qual o homem e a mulher devem gastar sua vida é
Deus. O ser humano se define em relação a Deus, pois o homem origina-se no próprio Deus,
bem como sua maneira de se comportar, logo sua moral suas atitudes se direcionam a um
valor supremo

A ética moderna é um sinal de liberdade para o homem em afirmar seus valores na Ciência,
na Arte e na Natureza. Para Kant, o ser humano possui consciência de seu conhecimento e de
sua moral, e a partir disto pode agir, criar e legislar. O homem e a mulher deste modo
orientam suas atitudes em vista da lei do dever e não seguem outra lei senão o que lhe diz sua
consciência

No mundo contemporâneo, muitos são os desafios para tentar construir a vida moral.
Algumas dessas dificuldades derivam da sociedade individualista, narcísica, em que as
pessoas acham-se voltadas para si próprias e incapazes de solidariedade e tolerância.

A generosidade da moral planetária supõe a garantia da pluralidade dos estilos de vida. A


aceitação das diferenças, sem sucumbir à tentação de dominar o outro, que ocorre sempre que
a diferença é vista como sinal de inferioridade e de desigualdade.

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3.1. Referências Bibliográficas

INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ. Curso técnico em Secretariado: Filosofia e ética. Ivo


e Janaína Queiroz. 2010.

MOORE G.E. Princípios Éticos. São Paulo: Abril Cultural, 1975.

Atlas básico de Filosofia/ [textos Héctor Leguizamón; ilustrações Farrés Ilustrácio Editorial,
Estudi Cámara]; tradução Ciro Mioranza – São Paulo: Escala Educacional, 2007.

COMTE-SPONVILLE, André. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. Tradução Eduardo


Brandão. – 2ª edição – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

ANAXIMANDRO. Sobre a Natureza. In Pré-Socráticos. São Paulo, Abril Cultural, 1979.


ARANHA, Maria L.A. MARTINS, Maria H. P. Temas de Filosofia. 3ed. Ver. São Paulo:
Moderna, 2005.

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