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2º Teste

1. Porque motivos foram os forais reformados no seculo XVI.


Enuncie alguns, justificando.
Apesar de terem constituído uma importante fonte de direito local, com o passar do
tempo os forais foram-se desatualizando.
O primeiro motivo para acontecer a reforma dois forais devem-se ao facto que estes
foram perdendo o seu alcance anterior passando a ser meros registos dos tributos dos
municípios, por conta do fortalecimento do poder do rei e da uniformização jurídica,
estipulando assim, ao longo do século XV, a queda de entidades concelhias.
O segundo, foi por ter sido solicitado pelos procuradores dos concelhos a D. Afonso V a
reforma dos forais (nas Cortes de 1472/1473), por apresentarem anomalias, pondo
termo às prepotências das quais o povo era vítima. Posteriormente o mesmo pedido foi
feito nas cortes de 1481/1482.
A Carta Régia de 15 de Dezembro de 1481 determina o envio de todos os forais à Corte,
procedendo assim à reforma.
A reforma ficou concluída em 1520.

2. O Humanismo Jurídico defendia a rejeição do Direito


romano? Justifique.
Não. O Humanismo Jurídico surge a olhar o direito romano como uma manifestação da
cultura clássica. É a partir do surgimento deste, que os juristas iniciam o estudo crítico
das fontes romanas. O humanismo jurídico reporta-se ao livre exame das fontes
romanas, podendo ser encarado como um movimento que acolhe o grupo das correntes
espirituais e intelectuais, assim como os acessos individualistas e racionalistas.

3. As Reformas Pombalinas na área jurídica. Identifique duas


principais e refira os principais traços de cada uma.
Uma das principais é a Lei da Boa Razão. Esta impedia anomalias em matéria de
assentos, à fixação de normas sobre a validade do costume, a utilização do direito
subsidiário e aos elementos que podiam ser usados pelo crítico em matéria de
preenchimento de lacunas. Era a representação do dogma supremo de atividade
integrativa e interpretativa.
Outra que foi bastante importante e importa referir, foi a reforma pombalina dos estudos
universitários que acabaram por transparecer a influência das correntes doutrinárias
europeias, em especial dos séculos XVII e XVIII.

4. Em que consistiu a doutrina setecentista do Humanitarismo


Penal?

5. O grande debate jurídico-político ocorrido em Portugal no


final do século XVII decorreu entre Mello Freire e Ribeiro
Santos. Qual o motivo e o conteúdo de tal debate? Teve efeitos
concretos no quadro das fontes do direito em Portugal?
Retirado da política o Marquês de Pombal, uma legislação mais moderna queria
ser adotada pela mova rainha D. Maria I. Legislação essa que tratava de vários
domínios, incluindo o constitucional.
Mello Freire redige um projeto de código de direito público, o chamado «Novo
Código». Este texto seguia a linha pombalina e o mesmo era adepto do
despotismo esclarecido, o que implicou a contestação de Ribeiro Santos, seu
colega canonista e membro da comissão de censura do código.
Mello Freire mostrava-se partidário das ideias absolutistas enquanto que Ribeiro
Santos militava no campo dos princípios liberais,
Mello Freire e Ribeiro dos Santos ficaram conhecidos como os pais fundadores
míticos de duas correntes jurídicas e políticas em Portugal: a linha absolutista
iluminada e a liberal aristocrática.

6. Qual a problemática jurídico-políticas subjacente à tentativa


de reforma das Ordenações Filipinas no reinado de D. Maria
I. Porque motivo a reforma não foi avante? 
No geral, procurava-se a simples atualização das Ordenações, levando em consideração
que uma parte dos membros da Junta defendesse a realização da obra com rasgos
inovadores. A iniciativa de D. Maria apresentava um sentido muito diverso das até
então codificações modernas.
As circunstâncias não se apresentaram propícias para a reforma das antiquadas
Ordenações Filipinas. Era um período de transição ou compromisso: o Despotismo
Esclarecido encontrava-se perdido e as ideias vindas da Revolução Francesa mal se
encontravam entre nós.
Nem um caminho era propício a modificações legislativas de fundo.

7. O primeiro Código Civil português. Diga oque sabe sobre o


assunto. Assinale uma diferença entre esse Código e o Código
Civil português de 1966.  
O primeiro Código Civil em Portugal foi o Código Civil de 1867. Este foi aprovado em
1867 entrando em vigor em 1868, época essa marcada pelo reinado de Dom Luís I de
Portugal. Foi elaborado pelo 1º Visconde de Seabra e por esse motivo também se
designava por Código Seabra.
Antes da aprovação do primeiro Código Civil, Portugal tinha um sistema jurídico
baseado no direito romano.
Já o Código Civil português de 1966 adota a classificação germânica dos ramos de
direito civil, segundo o BGB (o código civil alemão de 1900), sendo dividido por cinco
livros.

8. Qual a importância de Mouzinho da Silveira para a realidade


político-jurídica da primeira metade do século XIX?
Mouzinho da Silveira é o responsável pela expressão acabada do espírito renovador que
constituía o Decreto de 13 de Agosto de 1832. Este traduzia o programa liberal que
dizia respeito à propriedade, nele se eliminam os foros, toda a qualidade de prestações e
censos sobre bens nacionais ou provenientes da Coroam impostos por contrato
enfitêutico e por foral.
Assim, com a aplicação deste diploma, acabava drasticamente com a existência dos
forais, levantando muitas dúvidas.
9. O liberalismo oitocentista napoleónico e português refletiu
totalmente o significado da divisa da revolução francesa de
1789,” liberdade, igualdade e fraternidade”, ou não?
Justifique.
Sim. Comparando com outros países europeus próximos, no período de
1832-1895, a evolução política em Portugal é diferente.
Distingue uma fase de reformas liberais, em rutura com o Antigo Regime,
em prol da liberdade, seguida de outra fase de reformas democráticas, a
partir da década de 1870, em prol de maior igualdade entre os cidadãos.
Portugal evoluiu a par da média dos países comparados, chegando a um nível
relativamente avançado de soluções políticas, tais como o direito de voto e a
liberdade de imprensa, que contrasta com o atraso de certos indicadores
sociais, como o analfabetismo. Esta evolução reflete o ascendente político da
classe média, em especial de funcionários do Estado.

10.O primeiro código português oitocentista elaborado na área


do direito privado incidiu sobre o Direito Comercial. Porque
motivo terá sido esta matéria a primeira a ser codificada? A
Lei da Boa Razão dará alguma pista?
O Código Comercial surge em 1833 que se ficou devendo a Ferreira Borges. Por conta
da grande separação legislativa e da falta de certezas jurisprudenciais, evidenciaram a
urgência da necessidade de uma reunião nessa área jurídica. O Código Comercial de
1833 representou um notável avanço no que diz respeito ao direito mercantil português.
Teve a importância de muito ajudar para a instituição e entendimento do direito
comercial como um específico domínio jurídico-privado.
11.Por que motivo se deu no Código de Seabra tanto relevo ao
direito de propriedade?
Para cada um dos códigos que são projetados corresponde ao desenvolvimento
normativo de direitos naturais e liberdades em concreto. Assim sendo, o motivo para a
qual o Código de Seabra dei tanto relevo ao direito de propriedade, é que o Código Civil
tutela a propriedade.
É esse o seu foco e tema a qual parte para a criação e elaboração de normas.

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