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Resumo
As fontes do direito na época contemporânea (de 1789 aos nossos dias): A teoria da
soberania nacional, teoria de regime representativo, teoria de separação de poderes,
Tendências da actividade legislativa, Costume.
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Introdução
As origens dos princípios políticos e jurídicos da Revolução francesa são múltiplos. Os
filósofos ingleses e franceses dos séculos XVII e XVIII, citemos Locke, Rosseau, Voltaire e
Montesquieu tinham elaborando, novas teorias sobre as elações entre os homens e sobre o
funcionamento e organização do Estado.
As ideias políticas, filosóficas, económicas e sociais do séc. XVIII foram concretizadas na
legislação revolucionária a partir de 1789, sobrevivendo aos diferentes regimes políticos que
a França conheceu ao final do séc. XVIII e início do séc. XIX e tornando-se em um fundo
comum do direito dos países da Europa continental.
A Revolução americana, que instalou em 1776, tina transposto as concepções políticas dos
filósofos e dos juristas europeus para a prática. A declaração da independência de 1776
começa por afirmar que “todos homens nascem iguais”, que “são dotados de certos direitos
inalienáveis entre os quais se encontram a vida, a liberdade e a busca da felicidade”.
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Objectivos
Geral: compreender as fontes do direito na época contemporânea (de 1789 aos nossos dias).
Justificativa
É pertinente falar de uma maneira ordenada das fases que o direito foi sofrendo na medida
em que o tempo passa, fontes do direito da época contemporânea, e o direito que se vive nos
dias de hoje.
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No entanto, não se pode negar que, desde então, o direito continuou a evoluir aos sistemas
políticos do liberalismo sucedeu, sob diversas formas a democracia social: igualitarismo,
socialismo, comunismo, proteccionismo dominam, em graus diversos, a evolução jurídica
dos países europeus do séc. XX.
A Revolução americana, que instalou em 1776, tina transposto as concepções políticas dos
filósofos e dos juristas europeus para a prática. A declaração da independência de 1776
começa por afirmar que “todos homens nascem iguais”, que “são dotados de certos direitos
inalienáveis entre os quais se encontram a vida, a liberdade e a busca da felicidade”.
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Onde dos treze dos Estados americanos adoptaram uma constituição escrita, que começava
geralmente por um Bill of ringhts, uma declaração do direito do homem inspirada no Bill of
ringhts de 1689. A constituição federal americana de 1787 aplicou uma separação rigorosa
de poderes.
Os representantes da Nação definem por leis, os direitos de cada um dos indivíduos, direitos
imprescritíveis e isentos de qualquer limitação que não decorra dos direitos dos outros
cidadãos. Apenas os representantes da nação tem o poder de fixar as outras regras jurídicas
que limitam os direitos dos indivíduos. Não pode, portanto, haver outras regras jurídicas que
não sejam as que os representantes votaram livremente por maioria.
Não existe nenhuma fonte do direito senão a lei. Consequentemente, os tribunais não podem
conhecer senão a lei. A principal razão de ser das Cours de Cassations, em muitos países
julgando apenas as questões de direito, mas não as questões de factos, é a de assegurar a
inviolabilidade da lei.
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Teoricamente, os três poderes não conhecem a outra fonte do direito que não seja a lei.
a) A lei é, portanto, desde o final de séc. XVIII a principal, ou mesmo a única fonte do
direito.
As outras fontes do direito parecem eliminadas. Esta é, pelo menos, a opinião da maior parte
dos juristas no discurso do séc. XIX, daqueles que é costume agrupar sob a designação de
positivismo idealista.
A lei
A lei é a principal fonte do direito da época contemporânea, por sua vez a lei é a norma
jurídica escrita emanada do poder competente, e sendo que ela esta presente na legislação,
que é o conjunto das leis vigentes em um pais.
Cumpre ainda salientar que a lei é fonte mediata do direito, isto é, o seu valor legal é
imediato o directo, valendo por si só e independentemente de qualquer outro factor,
contrapondo-se assim aos usos, aos assentos, e a equidade (legalmente adquiridos apenas
como sendo mediantes do direito) cuja força vinculativa provem da lei, e define os termos e
limites da sua obrigatoriedade.
Quando empregamos a palavra lei para caracterizar a fonte primordial do direito pátrio, na
realidade refere-se a todas modalidades da revelação do direito que compõem o processo
legislativo.
Esses são, com efeito, os processos mediantes os quais se elaboram e se positivam as normas
de ordem legal, isto é, a lei e as regras que a ela se equipara.
O que sobreleva notar, é que para cada forma de processo legislativo são indicados os seus
pressupostos de validade, atende-se a razoes de certeza e segurança.
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Nos países de direito romanista, a lei tornou-se a principal fonte do direito no séc. XIX. Ela
é mesmo, segundo a teoria do positivismo legalista, a única fonte do direito positivo. Pois só
o estado pode fixar e formular as normas obrigatórias sob a forma de leis. A lei constituiria
todo o direito, não haveria outro direito se não a lei.
Esta concepção do direito dominou largamente no séc. XIX em França e na maior parte dos
países de direito romanista. Combatida durante o séc. XX por numerosos juristas que
admitem uma certa autoridade jurídica de costume, da jurisprudência, da doutrina, da
equidade, dos princípios gerais do direito, e que lhe reconhece mesmo a dignidade de fonte
de directo, ele resistiu no campo dos práticos;
Os juízes procuram quase sempre encontrar um texto legislativo para justificar a sua decisão.
A lei, invadiu de resto, no nosso século, domínios deixados precedentemente pelo costume,
por exemplo direitos intra-estatais, tais como os direitos profissionais e os direitos
disciplinares.
A China comunista, no entanto, conheceu uma evolução própria, rejeitando em certas épocas
o legalismo inspirado pela união soviética.
Nos países de tendência liberal e democrática, a lei é obra do poder legislativo, os órgãos
deste poder a sua competência e o seu funcionamento esta geralmente fixada numa
constituição/lei fundamental.
A história dos códigos do séc. XIX e XX feita por via legislativa, desempenhou um
importante papel na fixação do direito, na sua unificação em cada estado, na sua difusão
para fora do território nacional pela influência de certos códigos, os códigos franceses n séc.
XIX, os códigos alemães no início do séc. XX.
As outras leis, no sentido lato do termo, tornaram-se cada vez mais numerosos:
A lei lato sensu compreende o conjunto de normas jurídicas que emanam do poder
legislativo ou executivo e eu se impõe ao conjunto dos habitantes de um determinado estado;
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Por outro lado trata-se de leis, stricto sensu (e por vezes decretos), feitas pelo poder
legislativo e por outro lado dos inumeráveis despachos, decretos regulamentos. Emanados
poder executivo na sua tarefa de andar execução as eis em sentido estrito.
Uma vez que a legislação se tornou numa atribuição estadual, ela é necessariamente uma nos
estados unitários, como a França, a Bélgica, os países baixos, os estados escandinavos,
Portugal, pelo menos desde os inícios do séc. XIX. Todos estes países tinham conhecido
uma pluralidade de sistemas jurídicos, na baixa idade média e na época moderna; mas sob o
efeito da centralização monárquica, as tendências para a unificação do direito privado
manifestaram-se nestes países pelo menos desde o séc. XVI.
Se os princípios dos direitos do homem estão inscritos na constituição francesa desde 1791,
e progressivamente em muitas outras no séc. XIX (V. supra), muitas leis nacionais vieram
assegurar a protecção daqueles direitos.
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Três exemplos:
A igualdade política e social entre todos homens apenas se impôs muito lentamente no
discurso do séc. XIX e, sobretudo, no início do séc. XX, por via legislativa ou por revisão da
constituição. O princípio “one man, one vote”, base do sufrágio universal, apenas foi
admitido na maior parte dos países depois da guerra de 1914-1918; tinha sido introduzido
em França pela revolução de 1848 e manteve-se ai desde então.
No séc. XIX, a mulher não era, longe disso, equiparada ao homem: ela conquistou a
igualdade progressivamente, mas de forma muito lenta, sobretudo a partir do início do séc.
XX. Foi por via legislativa que, gota a gota, ela obteve os mesmo direitos políticos, os
mesmos direitos civis e os mesmos direitos sociais que o homens. A resistência da igualdade
do sexo foi, sobretudo, forte em relação a mulher casada. Sendo esta considerada como
incapaz. A capacidade da mulher casada foi proclamada na lei entre 1930 e 1950, mas sem
que se tocasse nos regimes matrimoniais, o que tirava grande parte da eficácia, ao princípio
de capacidade. Só recentemente é que a lei assegurou a igualdade aos esposos durante o
casamento (França, 1965; Bélgica, 1976).
Foi por via legislativa, sobretudo, que o estatuto da criança, ou seja, dos menores foi
transformado. Em lugar de se dizer de que eles estão sob o poder do pai, tende-se assegurar-
lhe a sua protecção e a garantir-lhe os mesmos direitos dos adultos.
As relações entre assalariados e patrões deram origem a um novo ramo do direito, o direito
social.
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e) Legislação social
Se, durante a baixa da idade média e na época moderna, as relações foram mais ou menos
regulamentadas no seio das corporações de mesteres, a revolução francesa suprimira, pela
Lei de Le Chapelier de 1791, qualquer organização corporativa e fizeram desaparecer toda a
protecção legal dos operários. O liberalismo económico que dominou durante o séc. XIX,
opôs-se a qualquer intervenção do estado nas relações sociais.
Os direitos intelectuais não estavam muito protegidos nos inícios do séc. XIX. Nessa altura,
por exemplo, foram frequentes as edições belgas, tanto científicas como puramente literárias
de livros franceses, sem qualquer respeito pelos direitos do autores e dos editores em França
a partir dos medos do séc. XIX apareceu uma abundante legislação destinada a proteger as
patentes de invenção, as marcas de fábrica e de comércio e os direitos de autor.
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g) Legislação administrativa
Cerca de metade das leis, decretos e despachos dizem respeito a administração, tanto no séc.
XIX como no séc. XIX. No séc. XIX, uma vez que havia poucas leis noutras matérias e
consequentemente, a maioria das disposições legislativas era relativa a organização e o
funcionamento dos órgãos do estado. No séc. XX, o número de leis administrativas tornou-
se muito mais elevada, mas, em virtude do acréscimo de outros sectores da legislação, não
representam senão 50% das disposições legislativas.
Foi por via legislativa que o estado organizou os seus grandes serviços; se, no séc. XIX, não
há senão cinco ou seis departamento ministeriais, esses multiplicaram-se nos finais do
século e, sobretudo, já no nosso. Ao lado dos ministérios tradicionais do interior, das
finanças, da guerra e da justiça, foram criados os das obras públicas, da educação, da
economia, da agricultura, do trabalho, da saúde, etc. e cada departamento ministerial conta
com números serviços, repartições, comissões, etc., cuja organização e funcionamento são
regulamentados por leis, decretos ou despachos.
h) Legislação económica
Devem distinguir-se dois períodos neste domínio. No séc. XIX e inícios do séc. XX domina
o liberalismo económico que tende excluir qualquer intervenção do estado no domínio
económico, tanto no comércio tanto como na indústria. Depois do período de entre as duas
guerras, nomeadamente na sequência de crise económica de 1930,e sobretudo depois de
1945, o estado intervém cada vez mais neste domínio. Se houve poucas leis relativas à
economia no séc. XIX, houve cada vez mais no séc. XX.
Costume
Costumes são normas não escritas que resultam de práticas reiteradas e habituais,
acompanhadas da consciência ou convicção colectiva acerca do seu carácter obrigatório.
Na verdade, as leis escritas não compreendem todo o direito há normas costumeiras, também
chamadas consuetudinárias, que obrigam igualmente, ainda que não constem de preceitos
votados por órgãos competentes. Realmente, havendo lacuna na lei, não se segue que a
ordem jurídica seja lacunal, e então a questão será resolvida mediante recursos aos costumes
a segunda fonte imediata do direito. A obediência a uma conduta por parte de uma
colectividade configura um uso. A reiteração desse uso forma o costume. O emprego de uma
determinada regra, desde que se repita reiteradamente, quando igual situação se apresente de
novo constitui uma prática, um uso, cuja generalização através do tempo leva a todos os
espíritos de convicção de que se trata de uma regra do direito. Esse hábito que adquirem os
homens de empregar a mesma regra sempre que se repete a mesma situação, e de segui-la
como legítima e obrigatória, é que constitui o costume.
Nestas condições, algumas normas, há em nossa sociedade que, embora não escrita, são
obrigatórias. Tais normas são ditadas pelos usos e costumes e não pode deixar de ser
compridas, muito embora não estejam gravadas numa lei escrita. Alias mais cedo ou mais
atende a determinados costumes acabam por ser cristalizado em uma lei, passando, pois, a
integrar a legislação dos pais.
Exemplo de norma costumeira que, não obstante, não estar consagrada em escrita nem por
isso deixa de ser obrigatório, é a chamada “fila”, seja para ingresso no cinema, no
supermercado ou em qualquer lugar.
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Para que um costume seja reconhecido como fonte de direito deve reunir determinados
requisitos. Assim é processo:
a) Que seja continuo (factos esporádicos, que se verificam uma vez por outra não são
costumes).
b) Que seja constante (a repetição dos factos deve ser efectiva sem divida, sem
alteração);
c) Que seja moral (o costume não pode contrariar a moral ou os bons hábitos, não pode
ser imoral);
d) Que seja obrigatório, isto é, que não seja facultativo, sujeito a vontade das partes
interessadas.
O direito criado pelo costume, como já vimos, chama-se consuetudinário. Era ele muito
importante na antiguidade antes do direito escrito.
– Secundum legem: (segundo a lei) é o costume que esta previsto na lei, a qual reconhece a
sua eficácia obrigatória. A lei se reporta expressamente a ele reconhecendo sua obrigação.
– Praeter legem: (alem da lei) é aquele que intervêm na falta ou omissão da lei. Nesses casos
ele pode ser invocado, embora não mencionado pela legislação, tendo carácter supletivo.
– Contra legem: (contra lei) aquele que se forma um sentido contrária ao da lei. Aplica-se
mais aos casos de desuso (desuetudo) ou separação da lei (ab-rogatório).
Hoje, esta fonte perdeu em grande importância, sendo aplicado somente por excepção, em
determinados casos de omissão da lei, enquanto o costume é espontâneo e se expressa,
oralmente, a lei dimana de um órgão de estado, através de um processo próprio de
elaboração, e se expressa por fórmula escrita.
A admissão do costume como fonte do direito, a tendência vai no sentido de usos e costumes
relevantes na ordem social. Serem escolhidos pelos legisladores sob a forma de direito
escrito, posto que a efectividade desde é tanto maior quanto maior for a sua consciência com
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Toda organização judiciária do antigo regime foi suprimida em franca desde o início da
revolução francesa (1790-1) e na Bélgica desde a ocupação pela franca (1794-5). Novas
jurisdições foram criadas a partir de 1790, na base dos princípios enunciados na declaração
dos direitos do homem de 1789, elas foram confirmadas e mais ou menos modificadas pelas
constituições de 1791, do ano III (1795) e do ano VIII (1800) e por leis complementares.
Desde então, os elementos essenciais da organização judiciária voltaram a sofrer grandes
modificações.
Foi, portanto, a organização dos tribunais superiores e inferiores, tal como foi fixado do
início do regime napoleónico, que sobreviveu ate aos nossos dias, em franca, na Bélgica e
nos países baixos. A lei fundamental dos países baixos de 1815 e a constituição belga de
1831 introduziram algumas modificações; as leis de organização judiciária regulamentaram
muitos detalhes, sem atingir todavia, a sua estrutura geral. Por fim, o código judiciário belga
de 1967, o novo código francês do processo civil de 1976 e as leis de organização judiciária,
se também eles, mantiveram esta estrutura, introduziram no entanto, modificações mais
importantes, nomeadamente no domínio das jurisdições de comércio e de trabalho.
A maior parte dos outros países do direito romanista a organização dos tribunais foi mais ou
menos decalcada na francesa, no séc. XIX. Existem muitas variantes relacionadas com as
tradições próprias de cada país. Mas encontra-se aí pouco mais ou menos as mesmas
instituições, com idênticos traços característicos. Que decorrem dos princípios gerais
proclamados desde o início da revolução francesa. Por outro lado, encontra-se também
pouco mais ou menos a mesma organização judiciária nos países do direito romanista da
América latina ou da África tal acontecendo com os países do common lau: mas certas
instituições judiciárias inglesas influenciaram as do continente, nomeadamente as dos
tribunais de jurados e de juízes de paz.
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Estes princípios foram fixados desde o início da revolcao9 francesa, pela declaração dos
direitos do homem e pelas constituições de 1791 e de 1795, tendo sofrido modificações
substanciais sob o regime napoleónico.
2º “O poder judiciário é delegado pelos juízes eleitos temporariamente pelo povo”. Foi
assim afirmado o carácter electivo temporário de todas as funções judiciárias pela aplicação
dos princípios da soberania nacional.
3º Justiça devia ser gratuita, por reacção contra o sistema dos sistemas de emolumentos, um
dos abusos do antigo regime.
4º Qualquer pessoa pode defende-se a si mesma, quer oralmente quer por escrito;
6º Todos os privilégios de couro são abolidos; todos homens são iguais perante a lei,
devendo ser julgado pelos tribunais.
Encontrasse, em todos países do direito romanista, uma hierarquia dos tribunais, que
compreende pelo menos três graus: em primeira estância, tribunais inferiores, tribunais
inferiores numerosos e frequentemente de tipo variados; em segunda instancia, jurisdições
de recursos, pouco numerosas; no topo da hierarquia, um supremo tribunal ou Cour de
cassation geralmente único ara todo país.
O princípio de recurso tinha sido admitido na maior parte dos países desde o fim da idade
media. Cuja função variava muito, no entanto, de pais para pais.
A maior parte dos juízes é constituída por profissionais, que exercem a sua função a tempo
complexa; mas existem, quase por todo lado, jurisdições que compreendem também juízes
populares, sem qualificação jurídica, uns escolhidos entre os cidadãos (jurados, tribunais de
jurados (cours de d'assises). Outro escolhido entre aqueles que exercem uma profissão ou
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Os magistrados dos países de direito romanista são portanto juristas que fazem carreira na
magistratura, contrariamente os juízes dos países do common lau, que são nomeados dentre
os advogados mais antigos. Começa-se a carreira num tribunal de primeira estância; aquele
com mais mérito torna-se membro (muitas vezes camados conselheiros) dum tribunal da
segunda instância cour d'appel, para terminarem como conselheiros do supremo tribunal. A
esta hierarquia dos membros da magistratura judicial corresponde, em quase todos países
romanistas uma hierarquia dos membros do ministério público, instituição quase inexistente
nos países do common lau: delegado, procurador do rei ou da república (staatsanwalt),
advogado geral, Procurador-Geral.
— Matéria civil:
– Um tribunal de cassação;
— Em matéria penal:
— Tribunais de comércio.
c) Tribunal de cassação
No antigo regime, o recurso de cassação repousava no princípio da jurisdição retida pelo rei
(Jurisdictio renta, justice retenue); fonte de todo direito, o rei podia, quando julgasse justo,
“quebrar” (casser) qualquer decisão judicial; no entanto, e de facto, era o conselho do rei
que decidia.
Esta decisão deixou de ser possível num regime de separação de poderes; mas, a fim de
assegurar o respeito da lei pelos numerosos juízes não profissionais, bem como a unidade da
jurisprudência, a constituinte julgou necessário estabelecer uma Cour decassation; este
tribunal tinha permissão “anular qualquer processo no qual a forma tenha sido violada e
qualquer sentença que contenha uma violação expressa no texto da lei; em nenhum caso o
tribunal poderá conhecer do fundo da questão; depois de ser anulado a sentença, ele reenvia
o fundo da questão para os tribunais que o deverão conhecer”.
A função dos supremos tribunais não é a mesma em todos os países. Ao lado das do tipo
francês, cuja competência se limita a anulação das decisões das decisões judiciárias
consideradas ilegais, existem outras que constituem um segundo grau de recurso, decidindo
sobre o fundo das questões. Mas, uma vez que apenas há uma em cada país, elas asseguram
a unidade da jurisprudência.
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d) Justiça de paz
Os tribunais de jurados são de origem inglesa. O princípio julgamento por júri (trial by juri)
estava muito difundido. As emendas VI e VII a constituição dos estados unidos, em 1789,
impuseram – no também. Na europa, o júri era reclamado por Montesquieu, Filandier e
Baccaria. A constituinte francesa, por una lei de 16-29 de Setembro de 1791, tinha imitado o
processo inglês instaurado em matéria criminal a dupla forma de júri; júri de acusação e júri
de julgamento. A instrução preparatória era confiada ao juiz de paz, sendo mais tarde
completada por um juiz do tribunal do distrito, chamado director de júri.
O júri não era muito popular, naquela época, nem na Bélgica nem nos países baixos.
Na mesma época, em ouros países da Europa o estabelecimento do júri era reclamado pela
opinião liberal como garantia da liberdade e de progresso e como elemento fundamental do
liberalismo burguês.
f) Tribunais de comércio
Nem todos os países de direito romanista criaram tribunais especiais para os litígios relativos
aos actos de comércio. Ao mesmo, uma tendência actual para os suprimir tal como o caso da
Itália dos países baixos da Itália, dos países baixos, de Portugal e do Brasil.
g) Jurisdições de trabalho
h) Jurisdições militares
i) Jurisdição administrativa
Existem países, fora dos tribunais judiciários, jurisdições administrativas com a sua própria
hierarquia, muitas vezes coroada por um conselho de Estado ou instituição similar; tal é o
caso da França, da Bélgica, da Alemanha Federal, Áustria, da Itália ou de numerosos países
da América Latina. Em certos países, como a Espanha e a Suíça, estas jurisdições estão
submetidas controlo do supremo tribunal.
A jurisprudência
O papel da jurisprudência tem sido crescente no discurso dos séculos XIX e XX, tendo
realizado uma uniformidade real na interpretação das leis, uma segurança jurídica crescida
pela sua própria fixidez e, apesar dessa flexidez uma adaptação constante da realidade da
vida social.
O sistema do “référé” manteve-se durante muito tempo. Mas, sob o império, por uma lei de
1807 o référé era dirigido ao conselho do estado e não ao legislador. Esta intervenção do
executivo na interpretação das leis foi muito criticada sob a restauração;
O princípio da separação dos poderes foi, assim, completamente estabelecido; de facto, uma
parte do poder legislativo passou para o poder judiciário que pode, desde então, interpretado
soberanamente as leis;
A autoridade considerável de que goza a jurisprudência não vem, em todo caso, unicamente
das forças das decisões das câmaras reunidas em pleno, da Cour de cassation;
Em certos países, os procedentes judiciais são obrigatórios para os juízes. Caso de Alemanha
federal, onde as decisões do tribunal federal de justiça constitucional são publicadas no
jornal oficial; em Portugal, a autoridade do precedente é conhecida as decisões tomadas em
pleno (assentos) pelo supremo tribunal de justiça, publicada no diário do governo (diário da
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A constância é uma das principais características da jurisprudência nos séc. XIX e XX. Os
tribunais são geralmente tradicionais; uma vez adoptada uma solução, aplicá-la-ão a outros
casos da mesma natureza que lhes venham a ser sujeitos. As invasões da jurisprudência são
raras, sobretudo por parte da Cour de Cassation.
A história da jurisprudência no decurso dos últimos 150 anos não foi ainda suficientemente
descrita. Pode verificar-se que os tribunais se mostram ora demasiadamente tímidos e
conservadores ora muito ousados. Devem-se-lhes muitas soluções justas e úteis, a margem
das leis; um dos exemplos mais notáveis é a jurisprudência para a evolução o direito é o
volume de decisões relativas a responsabilidade aqui liana.
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Conclusão
Após a realização do trabalho, concluímos que em certos países, os procedentes judiciais são
obrigatórios para os juízes. Caso de; Alemanha federal, onde as decisões do tribunal federal
de justiça constitucional são publicadas no jornal oficial; em Portugal, a autoridade do
precedente é conhecida as decisões tomadas em pleno (assentos) pelo supremo tribunal de
justiça, publicada no diário do governo (diário da republica). Em Espanha, a doutrina legal
estabelece-se desde que o supremo tribunal decide varias vezes no mesmo sentido.
O papel da jurisprudência tem sido crescente no discurso dos séculos XIX e XX, tendo
realizado uma uniformidade real na interpretação das leis, uma segurança jurídica crescida
pela sua própria fixidez e, apesar dessa flexidez uma adaptação constante da realidade da
vida social. E, no entanto, a jurisprudência era pouco simpática aos chefes da revolução
francesa.
Referência bibliográfica
GARCIA GALLO de DIEGO (A.), Manual de história del derecho espanhol. I. El origem y
la evolucion de deerecho, II. Metododlogia histórica jurídica. Antologia de fuentes del
derecho espanhol, 2 vol., 8ª ed., Madrid 1979.
WIEACKER (F.), Privatre chtsgeschchte der Neuzeit, II2a ed., Gottingen1967. Excelente
síntese de evolução geral da ciência do direito na Europa desde o séc. XXVI; versão
portuguesa por A. M. HESPANHA, Lisboa 1980.
VAN CAENEGEM (R.C), Geschiekudige Inleidung tot bet Privaatrecht, Gand 1981.
Não há nenhuma síntese recente da história das fontes de direito e da história do direito
privado na Bélgica. E é necessário referir-se as obras com mais de um século.
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Índice
Resumo...............................................................................................................................................iii
Introdução............................................................................................................................................4
Objectivos............................................................................................................................................5
Justificativa..........................................................................................................................................6
Panorama geral....................................................................................................................................7
A lei...................................................................................................................................................10
Costume.............................................................................................................................................16
A jurisprudência.................................................................................................................................24
Conclusão..........................................................................................................................................26
Referência bibliográfica.....................................................................................................................27
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O direito ou, a “legislação” continuou a sumariamente ensinado nas escola centrais, escola
de Nível Secundário, apenas uma por departamento.
Nestas escolas depois faculdade do direito, o programa de ensino era muito diferente dos das
universidades do antigo regime.
1. Escola histórica
Por outras palavras, aa interpretação da lei não se pode fazer senão em função da
constituição da concepção que a fez nascer; ora os autores dos códigos napoleónicos foram
buscar muita coisa ao direito romano e ao direito costumeiro francês do antigo regime. É,
portanto, com o auxílio do direito romano e do direito costumeiro francês que se deve
explicar os códigos e as outras leis da época revolucionaria e napoleónica. Dai o nome de
“Escola histórica” ou “escola romanista e costumeira”.
Foi sobre tudo a Alemanha que a escola histórica conheceu um grande sucesso. Regendo
contra a influência francesa e sobre contra a ideia de codificação, juristas eminentes
enfatizaram ideia de Volksgeist (espirito do povo); o papel do povo é, a seus olhos,
predominante na formação do direito , constituindo os códigos obstáculos a sua evolução
natural, que se faz sob a influencia das modificações constantes da vida social própria de
cada povo.
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Esta escola dominou a ciência do direito em franca e na maior parte dos países da europa
continental de 1830 a 1880; e ainda exerce, mesmo nos nossos dias, uma profunda influencia
sobre o ensino (sobre tudo sobre o direito civil) e sobre a prática do direito. Os fundamentais
da doutrina da exegese, permanecem ainda sob a influência do direito romano e costumeiro.
3. A escola científica
É pela livre investigação científica (em alemão: Freie rectsfindung) que o jurista deve
esforçar-se por relevar o direito do seu tempo; deve tomar em consideração todos os
elementos constitutivos do estado actual do direito; a sua pesquisa deve, nomeadamente, ser
guiada pela história das instituições. Os processos feitos pela sociologia do direito e pela
filosofia do direito devem ser utilizados para um melhor conhecimento e compreensão das
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normas jurídicas da vida actual. O jurista deve considerar as experiencias feitas, os sucessos
ou fracassos que resultam dos movimentos contantes do direito.
Na realidade, não existe “uma” escola científica; há várias, cada uma delas pondo o acento
sobre um ou outro aspecto das fontes do direito; histórico, sociológico, económico, etc. por
isso, também, se lhe atribui diversas denominações: Escola de interpretação realista, Escola
Sociológica, etc.
Os princípios da doutrina científica foram, em primeiro lugar, bem patenteados por Francois
Geny, em metode d'interpretation et sources en droit trevé fracais, aparecido em 1899; ele
restituiu cada das fontes do direito, sobretudo o costume e a jurisprudência, o lugar que
Exegetas lhe tinham contestado.