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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
NEGÓCIO JURÍDICO
Realizado por:
ROSA DA FELICIDADE
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
LABORAL - 2º ANO
Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
NEGÓCIO JURÍDICO
Realizado por:
ROSA DA FELICIDADE
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
LABORAL - 2º ANO
Chimoio, 2023
Sumário
Capítulo I – Introdução..............................................................................................................4
1. Objectivo Geral...............................................................................................................5
2. Objectivos específicos.....................................................................................................5
3. Metodologia de investigação...........................................................................................5
Capítulo II – Desenvolvimento..................................................................................................6
3. Declaração Negocial.....................................................................................................12
Conclusão.................................................................................................................................15
Referências Bibliográficas.......................................................................................................16
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
Este presente trabalho versa em torno do Negócio Jurídico, sendo que o negócio jurídico
constitui umas das principais formas de exercício da automina privada, nela os indivíduos
tem o poder de celebrar contratos e colocar as cláusulas que lhes aprouver.
Sendo assim, a luz do ordenamento jurídico de Moçambique se buscará entender mais acerca
do negócio jurídico.
4
1. Objectivo Geral
O trabalho tem como objectivo geral fazer uma análise do negócio jurídico.
2. Objectivos específicos
3. Metodologia de investigação
5
CAPÍTULO II – DESENVOLVIMENTO
A função mais característica do negócio é, porém, servir de meio de atuação das pessoas na
esfera de sua autonomia. É através dos negócios jurídicos que os particulares auto-regulam
seus interesses, estatuindo as regras aque voluntariamente quiseram subordinar o próprio
comportamento.
A importância prática de tal instituto é demonstrada, por exemplo, pela constatação de que
todo contrato é um negócio jurídico, sem exceções. A sociedade moderna celebra dezenas de
milhões de contratos dia a dia, destacando-se, portanto, o prestígio do tema5.
5
AZEVEDO, Fábio de Oliveira de. Direito Civil: Introdução e Teoria Geral. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro:
Editora Lumen Juris, 2011. p. 350.
6
PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Tratado de Direito Privado. 3. ed. Rio de Janeiro: Editor
Borsoi, 1970, tomo III. § 249, p. 3.
7
Pontes aduz que “todo negócio jurídico cria relação jurídica, constituindo, ou modificando,
ou constituindo negativamente (extintividade) direitos, pretensões, ações, ou exceções”7. O
que se estabelece, pois, pelos interessados no negócio é a sua eficácia, não seconfundindo
esta com a vontade8.
Importante destacar que o negócio é, de acordo com a doutrina majoritária, espécie de acto
jurídico lato sensu, que, por sua vez, é espécie de fato jurídico lato senso. Portanto, fato
jurídico é gênero, no qual são espécies atos jurídicos em sentido amplo (ou lato sensu) e fatos
jurídicos em sentido estrito (ou stricto sensu).
Unilaterais;
Bilaterais;
7
Idem. Ibidem. tomo III, § 250, item 1, p. 8
8
Assim dispõe o autor “O que os interessados no negócio jurídico estabelecem não é mais do que eficácia do
negócio jurídico; não e, sequer, vontade que permanece, nem se há de confundir a vontade, que traçou a conduta
futura e o futuro do próprio negócio jurídico, com a eficácia do negócio jurídico que aponta essa conduta e faz
preestabelecido o futuro do negócio jurídico.” (Idem. Ibidem. tomo III, § 250, item 1, p. 9).
9
Idem. Ibidem p. 102.
10
GOMES, Orlando. Op. Cit., p. 269.
8
a. Negócios entre vivos e negócios mortis causa
Entre vivos a interpretação e de índole objectivista, interpretamos aquilo que ele expressa, e
não com aquilo que ele quis verdadeiramente. No mortis causa preocupamos-nós com aquilo
que ele realmente/verdadeiramente quis.
Em negócios entre vivos é fundamental está interpretação objectiva. Nos negócios mortis
causa já não existe esta necessidade, porque não existe qualquer expectativa da pessoa ao
herdar, porque é livremente revogado, quem testa pode a qualquer momento alterar o seu
testamento. Não existe expectativa. Os herdeiros não tem qualquer expectativa quanto a quota
que o tentador possa dispor, assim já não nos preocupamos com aquilo que objectivamente
tenha sido verdadeiramente o que expressou, preocupa-se com a vontade interior/psicologica,
aquilo que ele verdadeiramente tenha querido.
Ex. Ele diz que deixa carroça ao Francisco. Mas sabemos que ele chama carroça ao seu carro
desportivo. Se houver testemunha que o que ele queria dizer no testamento era carro
desportivo então o Francisco fica com o carro desportivo e não com a carroça que ele também
tinha.
A regra são os negócios serem não formais, basta apenas uma declaração de vontade, em
princípio basta que tenhamos realizado um comportamento que exteriorize a nossa vontade
9
anterior, não precisa ser reduzido a escrito, pode ser um gesto, verbalizado. Qualquer destes
comportamentos chega na medida que demonstre/exteriorize o que pretendemos.
Ex. Comprar um jornal Num negócio formal o legislador já não se basta com este requisito
tão amplo, o legislador impõe que o comportamento que exterioriza tenha uma forma .
Hoje celebramos um contrato compra e venda – e apartir do momento em que tem lugar
produz-se de imediato o direito de transmissão do portador da espera jurídica para mim,
mesmo que a entrega só tenha lugar depoi. Ou seja hoje eu sou logo proprietário. No direito
romano não era assim, eu só era proprietário, a partir do momento que ela me entregasse.
O critério de distinção:
Negócio consensual: não carece da pratica destes atos matérias, basta declaração de
vontade, acordo.
Podemos ter negócios que produzem mais do que um tipo de efeitos. Ex. Compra e venda
produz efeitos obrigacionistas (ex. Entregar a coisa vendida, e pagar o preço), efeitos reais
( transferência, transmissão , translação ).
A compra e venda enquanto é negócio real quanto aos efeitos, mas quanto a constituição é
um negócio consensual (não é necessário pratica de um ato material).
10
Negócios causais e abstratos (no direito moçambicano não é muito importante, mais utilizado
no direito francês) Uns teriam causa (a sua razão de ser, aquilo que justifica a sua existência,
e o motivo porque tem essa formação e não outra, ex. Qual a causa da compra e venda?
Função econômica –social . Os egocios abstratos não tem uma causa, desempenham
múltiplas funções, podem servir uma multitude de funcionalidades.
Nos negócios gratuitos temos apenas uma atribuição patrimonial (ex. Testamento, só o
testamentario atribui, não é um contrato, é um negócio. Mas a doação também pode ser)
Nos negócios onerosos, ambos atribuírem património ex. Compra e venda, atribuição do
dinheiro & atribuição de património).
Ex. Vender um automóvel de 100000mt por 1mt? É possível? Em principio posso fazer isto
validamente, porque o que interessa não é a equivalência objectiva, mas uma equivalência
subjectiva. Não importa que não exista equivalência entre dar um metical e receber 100000,
mas o que interessa é que a equivalência seja subjectiva, quem realiza as avaliações
patrimoniais, estas sejam vistas como equivalente.
Não podemos dizer que isto é afirmar o mesmo que os contratos unilaterais e bilaterais. Não
podemos dizer que nascer obrigação para apenas uma parte não significa que seja o mesmo
que negócio gratuito, ex. O mútuo. Emprestimo o mútuo é um contrato unilateral, mas
oneroso , porque o mútuo só se constitui com a entrega anterior ao simultâneo daquilo que
vai ser mutuado. Portanto quando o contrato produz os seus efeitos , já não vai ter como
efeito a obrigação de entregar a mútuo ao mutuante, porque essa coisa já foi atribuída antes
de se celebrar o contrato de mútuo. Quando o contrato é celebrado já ninguém pode dizer ao
mutuante que entregue ao mutuado , porque já entregou antes.
Com base em que critério separamos estes conceitos? Será um ato de mera adminisraçao um
ato que não comporte grandes riscos, não milícia a possibilidade de grandes ganhos, mas
também não a possibilidade de grandes perdas. Ato de gestão comedida que não comporta
11
riscos Negócio de disposição, comporta riscos que podem trazer grandes ganhos, mas grandes
perdas também.
3. DECLARAÇÃO NEGOCIAL
A declaração pode ser apenas uma ou serem várias dependendo de estarmos perante um
negócio unilateral ou multilateral, respetivamente.
A declaração negocial não está definida no código. Em todo o caso, retiramos (nós,
interpretes) do art. 217 alguns aspetos importantes para chegar à sua definição. É importante
ter em conta que existem dois tipos de declarações:
Declarações de vontade;
12
factos que, com toda a probabilidade, a relevem, por exemplo, o art. 234. Estes factos
têm de ser positivos e inequívocos. A possibilidade, reconhecida por lei, de se
formarem negócios jurídicos na base de declarações tácitas obriga a chamar à atenção
para dois fatores.
Dentro da perspectiva ensinada por Azevedo, todos os negócios jurídicos partilham dos
mesmos elementos gerais, que podem ser intrínsecos ou extrínsecos. Os intrínsecos são a
forma, o objeto e as circunstâncias negociais, enquanto os extrínsecos são o agente, o lugar e
o tempo do negócio12.
Distingue entre elementos essenciais, naturais e acidentais do negócio, sendo que todos têm a
ver com o conteúdo.
Elementos naturais: são aqueles que decorrem da lei, porque a lei estabelece o
regime jurídico de cada negócio – são os que resultam globalmente do regime legal
previsto. As partes não têm que os prever, mas se por acaso resolverem disciplinar
aquela matéria podem afastar aquele regime legal. Ex: se as partes não disserem sobre
o local do pagamento do preço de um negócio de compra e venda segue-se o regime
do CC; mas nada obsta que as partes estipulem que o local de entrega do bem é um e
11
Azevedo (2007, p. 31-40)
12
Azevedo (2007, p. 34)
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o local de pagamento é outro. O que não podem afastar são as normas imperativas –
se as partes disserem que a compra e venda de um imóvel não carece de escritura, o
negócio é nulo.
Elementos Acidentais: são elementos não essenciais para o negócio que as partes
decidem acrescentar para completar o seu conteúdo. Ex: as partes podem por uma
condição ao negócio, como uma data de início para um contrato de trabalho.
CONCLUSÃO
Neste presente trabalho percebeu-se que o negócio jurídico é uma principal característica do
exercício da autonomia privada e a função mais característica do negócio é, porém, servir de
meio de atuação das pessoas na esfera de sua autonomia. É através dos negócios jurídicos que
os particulares auto-regulam seus interesses, estatuindo as regras aque voluntariamente
quiseram subordinar o próprio comportamento, pois eles possuem uma liberdade contratual.
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Percebeu-se também em relação aos elementos principais de um negócio jurídico e como o
negócio jurídico se classifica, tanto que também viu-se em relação a declaração negocial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, Antônio Junqueira de. Negócio Jurídico: Existência, Validade E Eficácia. 4. ed.
São Paulo: Saraiva, 2002.
BETTI, Emílio. Teoria Geral do Negócio Jurídico. 1. ed. Coimbra: ed. Coimbra, 1969,
tomo I.
15
Código Civil.
GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001.
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. 6. ed. rev. atual. e ampl. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016.
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