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Inês Borralho-30006579

Texto 1:“Qual o âmbito desta disciplina?” Livro- professor oliveira ascenção


A resposta parece simples. É o âmbito do direito civil, como se refere na própria designação.
Faceia uma teoria geral de um ramo do direito… mas não é assim tão fácil…
O direito civil não é só um ramo ao lado de outros ramos. Continua a ser o núcleo de todo o
direito. Isto nos leva a perguntar se esta disciplina nos não deve levar a uma teoria geral do
direito, afinal.
O direito civil dá a ossatura básica de todo o ramo do direito privado.
Os princípios do direito civil são os princípios disponíveis para todos esses ramos, que se
aplicam enquanto não forem afastados.
As grandes noções comuns são generalizáveis a todo o direito privado…
Mas não cabe ao direito civil analisar os institutos próprios de cada ramo, mesmo quando eles
apresentam desvios ao regime geral.
Comente:
Ponto1. Falar do âmbito do direito
Ponto2. Falar dos Princípios
O autor no texto apresentado faz referência ao âmbito designadamente do direito civil. O
direito divide-se em dois ramos o direito privado e o direito publico.
Faz igualmente referencia aos princípios fundamentais do direito civil que são o
reconhecimento da pessoa humana e dos direitos de personalidade, a autonomia privada, a
responsabilidade civil, a boa fé, a concessão da personalidade jurídica às pessoas coletivas, a
propriedade privada, a relevância jurídica da família e, por fim, o fenómeno sucessório.
Suscita varias questões que ilustram o direito civil. Antes de mais, deve se explicar como se
distingue o direito civil dos restantes ramos.

Texto2:
“ A enumeração das incapacidades de exercício estabelecidas pelo novo código civil resultam:
a) Da menoridade;
b) Da interdição;
c) Das inabilitações;
d) Do casamento (incapacidades conjugais);
e) Da incapacidade natural acidental…
O interesse determinante das incapacidades é o interesse do próprio incapaz…
É comum afirmar-se que uma certa espécie de incapacidade- as incapacidades conjugais- visa
tutelar os interesses de outras pessoas. Têm elas em vista salvaguardar os interesses do outro
cônjuge e os interesses gerais da família.”
Mota Pinto- 227-228
Dicas: referir sempre o autor, interdição e inabilitação= maior acompanhado, referencia das
incapacidades negociais, falar da menoridade
Inês Borralho-30006579

Comente: No excerto do ilustre professor Mota pinto, podemos afirmar que das incapacidades
de exercício resultam as incapacidades dos menores, as incapacidades acidentais, as
incapacidades ou ilegitimidades conjugais e as incapacidades do maior acompanhado.
Podemos aferir que as incapacidades do maior acompanhado englobam as incapacidades de
interdição e inabilitação.
Como o próprio afirma, “O interesse determinante das incapacidades é o interesse do próprio
incapaz”, uma vez que todas as incapacidades visam proteger o incapaz. Por exemplo, na
incapacidade dos menores existe o interesse máximo de proteger o menor e nunca o lesar,
uma vez que apesar de o menor possuir personalidade jurídica não possui capacidade de
exercício logo está sobre um regime de menoridade (art.122) ou como na incapacidade
conjugal onde estamos a proteger a pessoa com que estamos casados.
Como já foi anteriormente referido na incapacidade conjugal protegemos a pessoa com que
estamos casados, uma vez que cada um dos cônjuges tem administração de bens próprios e
bens comuns. Logo A não pode praticar negócios jurídicos sem o consentimento de B. Assim
salvaguardamos os interesses do outro cônjuge e os interesses gerais da família

Texto3: de Pedro pais de Vasconcelos


“O direito civil constitui o cerne fundamental do direito privado. É no seu âmbito que se
concentram os princípios, institutos e regulações que são comuns aos subramos do direito
privado e que constituem os próprios fundamentos do Direito privado, entendido como o
direito das pessoas comuns. Constituem o conteúdo fundamental do direito civil, desde logo as
realidades extrajurídicas e pré-jurídicas sem as quais o próprio direito não existiria… São elas
as pessoas, os bens e as ações… são os pontos de partida do direito.
As pessoas, desde logo, com prioridade sobre tudo o mais, porque todo o direito existe em
função e por causa das pessoas e não tem sequer razão de ser fora delas e sem elas… porque
todo o direito é criado pelas pessoas e para as pessoas…
Também as ações constituem pontos de partida para o direito. As pessoas não são inertes()
As ações são as atuações humanas que se dirigem a alcançar uma finalidade.
Finalmente os bens são o terceiro ponto de partida do direito… as pessoas raramente se
satisfazem com o que têm e criam sempre novas necessidades… Uma sociedade
duradouramente saciada é uma utopia por isso os bens aptos a satisfazer as necessidades e
apetências das pessoas são causa de contacto social e fonte de conflitos.
Para alem das pessoas, das ações e dos bens, como pontos de partida do direito, o direito civil
enquadra ainda no seu âmbito institutos, figuras e processos de exercício jurídico que são
comuns a todos os seus subramos especiais.”

Comente:
A vida social, cuja regulamentação cabe em parte ao direito é vida de relação, isto é ,
desenvolve-se através de contactos que entre os homens se estabelecem e criam entre eles
certos vínculos. Neste sentido, pode falar-se em relações sociais como objeto do comando de
várias normas éticas dirigidas à ordenação da vida em sociedade. Algumas dessas relações
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interessam ao direito e são por ele reguladas e tuteladas. Assim, é sugestivo falar a este
respeito, em relações jurídicas…
A doutrina clássica distingue na relação jurídica 4 elementos = sujeito, objeto, facto e garantia.
A partir dos quais estabelece a sua teoria geral e ordena o seu estudo.
-relaçoes jurídicas= toda a relação da vida social que é disciplinada pelo direito
Sujeito- pessoas singulares como pessoas coletivas

Texto 4:
“O direito civil, enquanto sistema, não constitui um simples somatório de normas jurídicas.
Bem pelo contrário, por maior que seja a sua dispersão formal, um ramo de direito existe
como tal, quando seja possível fixar uma serie de princípios comuns, que constituam linhas
dominantes de todas as suas normas, transformando-as num todo harmonioso e sistemático…
Assim, a descoberta e enunciação desses princípios, plasmados em institutos fundamentais do
sistema, permitem surpreender a essência e os fundamentos do regime dimanado de um certo
conjunto de normas. Em suma, esses princípios explicam também o seu conteúdo.
Estas singelas considerações dão-nos por si só a medida da importância da tarefa que agora
nos propomos, como elemento fundamental da interpretação e aplicação das normas civis…
Com a análise destes princípios fundamentais, precisamente por eles tocarem no cerne do
direito civil alcança-se uma visão mais perfeita do sentido deste ramo de direito.”

Texto 5:
Pedro Pais de vas concelhos
“A autonomia é a liberdade que as pessoas têm de se regerem e vincularem a si próprias, umas
perante as outras, de prometerem e de se comprometerem.
Em sentido amplo, a autonomia excede o campo do direito civil… a autonomia em sentido
amplo é o poder que as pessoas têm de se dar leis a si próprias e de se reger por elas.
… num sentido restrito, a autonomia privada pressupõe um espaço de liberdade em que as
pessoas comuns podem reger os seus interesses entre si, como entenderem através da
celebração de negócios jurídicos…
Nos contratos com que se regem, não é a lei que atribui a consequência jurídica, mas sim as
próprias pessoas que são autores do negócio. Assim, na compra e venda, por exemplo, não é a
lei que produz o efeito de transmissão da propriedade, mas são antes o comprador e vendedor
que o acordam entre si. A lei limita-se a reconhecer essas vicissitudes jurídicas, dentro dos
limites em que a autonomia se encerra.”
Resposta – Segundo o autor, “A autonomia é a liberdade que as pessoas têm de se regerem e
vincularem a si próprias, umas perante as outras, de prometerem e de se comprometerem”,
uma vez que consiste no poder reconhecido aos particulares de autorregulação dos seus
interesses e de autogoverno da sua esfera jurídica. Significa que os particulares podem
estabelecer a ordenação das respetivas relações jurídicas. A autonomia privada manifesta-se
no poder de livre exercício dos seus direitos, como pedro pais refere que “ a autonomia em
sentido amplo é o poder que as pessoas têm de se dar leis a si próprias e de se reger por elas”.
Não obstante, outra ideia fundamental do direito civil português reside no principio da
autonomia privada, que tem a sua dimensão mais visível na liberdade contratual (art.405º cc).
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Os atos jurídicos, cujos efeitos são produzidos por força da manifestação de uma intenção e
em coincidência com o teor declarado dessa intenção, designam-se por negócios jurídicos.
O negocio jurídico é uma manifestação do principio da autonomia privada, subjacente a todo o
direito privado. Os negócios jurídicos agrupam-se em duas classes, os negócios unilaterais (que
é constituído com só uma declaração de vontade) e os negócios bilaterais (constituídos por 2
ou mais declarações de vontade convergentes, tendentes à produção de um resultado jurídico
unitário). A autonomia privada tem a sua manifestação mais expressiva nos negócios jurídicos
bilaterais, enquanto liberdade contratual.
Quando o autor refere que “Nos contratos com que se regem, não é a lei que atribui a
consequência jurídica, mas sim as próprias pessoas que são autores do negócio”, remete-me
para a liberdade de modelação do conteúdo contratual, que consiste no facto dos contraentes
fixarem livremente o conteúdo dos contratos com ou sem adiamentos. Esta liberdade verifica-
se nos contratos de adesão em que umas das partes formula previamente as clausulas
negociais e a outra parte ou aceita essas condições ou rejeita.

Texto 6:
Gustavo, solteiro, nasceu em Beja em novembro de 2002. Gustavo, reside em casa de sua avó,
Bruna, desde que os seus pais faleceram. Em junho de 2019, Gustavo ofereceu a Guilhermina,
sua prima, um dos seus telemóveis.
No dia em que fez 17 anos, ofereceu a Itelvina, sua namorada, uma pulseira de ouro que o pai
lhe tinha oferecido dia antes do falecimento. Em julho de 2020, Gustavo doou a uma criança
que vive no seu prédio todos os seus jogos. Em agosto de 2020, Gustavo vendeu a Dário, seu
colega, a primeira edição de um livro de Alexandre Herculano. No mês seguinte, Gustavo
arrependido revela a sua avó o que andou a fazer. A avó de Gustavo, pretende saber se ainda
só pode ser exigida a restituição dos referidos objetos. Quid Juris?

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