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Sumário
COMPETÊNCIA.................................................................................................................................................................. 2
1. CONCEITO........................................................................................................................................................................... 2
2. PRINCÍPIOS RELACIONADOS À COMPETÊNCIA:..................................................................................................................2
3. KOMPETENZKOMPETENZ...................................................................................................................................................2
4. DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA:.....................................................................................................................................2
5. CRITÉRIOS DE DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA:...............................................................................................................3
6. REGRAS SOBRE COMPETÊNCIA TERRITORIAL:....................................................................................................................4
7. CONEXÃO E CONTINÊNCIA:................................................................................................................................................5
7.1. CRITÉRIOS DE CONEXÃO (ART. 55 DO CPC):....................................................................................................................6
8. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL (ART. 109, CF E ARTS. 45 E 51 DO NCPC).................................................................7
8.1. MESMO O ENTE FEDERAL SENDO PARTE A COMPETÊNCIA NÃO É DA JUSTIÇA FEDERAL:.......................................................................7
8.2. A COMPETÊNCIA É FEDERAL, MAS EXERCIDA SUPLETIVAMENTE PELA JUSTIÇA ESTADUAL (QUANDO NÃO HOUVER VARA FEDERAL NA SEDE DA
COMARCA):................................................................................................................................................................................... 7
9. COMPETÊNCIA TERRITORIAL/DE FORO NA JUSTIÇA FEDERAL:...........................................................................................8
10. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA:.................................................................................................................................8
11. COOPERAÇÃO NACIONAL – ART. 67 A 69.........................................................................................................................9
12. LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL...............................................................................................................................10
12.1. INTRODUÇÃO - PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE............................................................................................................................10
12.2. COMPETÊNCIA INTERNACIONAL CONCORRENTE E EXCLUSIVA.....................................................................................................10
12.3. COMPETÊNCIA INTERNACIONAL CONCORRENTE (ART. 22):........................................................................................10
12.4. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA (ART. 23):..........................................................................................................................11
12.5. LITISPENDÊNCIA (ART. 24):..........................................................................................................................................11
12.6. CONTRATO INTERNACIONAL E CLÁUSULA DE ELEIÇÃO (ART. 25):...............................................................................11
1. CONCEITO............................................................................................................................................................................ 11
2. COMPETÊNCIA PARA JULGAR O CONFLITO DE COMPETÊNCIA:........................................................................................12
PROCESSO E PROCEDIMENTO......................................................................................................................................... 12
1. CONCEITO DE PROCESSO..................................................................................................................................................12
1.1. APLICAÇÃO DA NORMA PROCESSUAL NO TEMPO (ART. 14 NCPC).................................................................................13
1.2. MODELOS DE PROCESSO...............................................................................................................................................13
2. PROCESSO X PROCEDIMENTO................................................................................................................................................14
2.1. SENTIDOS DO VOCÁBULO AÇÃO.............................................................................................................................................14
3. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS...................................................................................................................................................15
4. PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA.................................................................................................................................................16
5. PRESSUPOSTOS DE VALIDADE..................................................................................................................................................16
5.1. PRESSUPOSTOS DE VALIDADE SUBJETIVOS...........................................................................................................................17
5.2. PRESSUPOSTOS DE VALIDADE OBJETIVOS................................................................................................................................21
6. DINÂMICIDADE DA CAPACIDADE PROCESSUAL, DO INTERESSE PROCESSUAL E DA LEGITIMIDADE.............................................................23
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COMPETÊNCIA
1. CONCEITO
Competência é uma parcela de poder. É a quantidade de poder atribuída a determinado ente.
O poder é distribuído entre diversos entes – executivo / legislativo / judiciário.
A competência jurisdicional é a parcela de poder atribuída a determinado órgão da jurisdição.
Qual poder? Jurisdicional, ou seja, o Poder Estatal de interferir na esfera jurídica do jurisdicionado
aplicando o Direito Objetivo.
i) Conceito de JURISDIÇÃO: função atribuída a terceiro imparcial para, mediante um
processo, reconhecer, proteger, ou efetivar situações jurídicas concretamente deduzidas,
e modo imperativo e criativo, em decisão insuscetível de controle externo e com aptidão
para a definitividade.
3. KOMPETENZKOMPETENZ
Todo juiz tem ao menos a competência de se dizer incompetente.
Regra – Kompetenzkompetenz (competência-competência): todo juiz tem competência para
avaliar a sua competência. É uma competência mínima de qualquer órgão julgador.
Foros concorrentes – fórum shopping x fórum non conveniens:
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Direito
beneficio é atuar com abuso de direito. Teoria visa reprimir o caráter abusivo do fórum
shopping, reafirmando o princípio da competência adequada.
4. DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA:
No Brasil, a competência começa a ser distribuída na Constituição. A CF cria 5 Justiças e já
atribui as respectivas competências: Justiça federal, Justiça do Trabalho, Justiça Militar, Justiça Eleitoral
e Justiça Estadual.
O juiz de uma justiça é juiz só naquela justiça? Ou seja, se o juiz desrespeitar a divisão constitucional de
competência, ele é não juiz ou é só incompetente? É causa de inexistência ou de nulidade? Hoje se entende que o
caso é só de nulidade.
Abaixo da CF, as leis federais e estaduais continuam a distribuir a competência.
Até chegar no Regimento Interno de um Tribunal, que tem a função de distribuir internamente
a competência do Tribunal.
Uma vez identificado qual é o juízo competente, é irrelevante o que acontecer depois dali. É o
que se conhece por perpetuatio jurisditionis (perpetuação da jurisdição). A perpetuação pressupõe a
competência. Há dois fatos que podem modificar isso: i) a supressão de órgão judiciário ii) a alteração
da competência absoluta (Emenda 45 alterou a competência da Justiça do Trabalho, por exemplo). Mas
essa mudança tem que acontecer até a sentença. Depois da sentença o juiz já cumpriu a parte dele.
Há um precedente do STJ que admitiu a quebra da perpetuação da jurisdição por mudança no domicílio do
menor.
(art. 2º da Lei de ACP, 209 do ECA e 86 do Estatuto do Idoso). Há quem entenda que, nesses casos, o
melhor é usar o termo competência funcional, e não territorial (Didier diz que é territorial mesmo).
7. CONEXÃO E CONTINÊNCIA:
Conexão e aspectos conceituais:
• Conexão: relação entre duas causas; a solução de uma interfira na solução da outra.
• Litispendência: existência de duas causas iguais pendentes, devendo uma delas ser extinta.
A intenção do legislador foi promover uma economia processual e evitar uma desarmonia entre
as decisões.
A conexão pode ser alegada pelo autor e pelo réu; juiz pode reconhecer de ofício, requisitando
ou remetendo os autos.
OBS.: NÃO CONFUNDIR:
- incompetência relativa: o juiz não tem competência (alegada pelo réu);
- conexão: embora seja o juiz competente, a competência foi modificada em razão da
conexão.
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Súmula 235 do STJ: a conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi
julgado.
• Quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir (não leva em consideração a identidade
de partes: “a conexão subjetiva é irrelevante”).
• Execução de título extrajudicial e ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico (ação
de execução de CDA e ação visando à anulação de um crédito tributário, por exemplo). Isso porque há
entre elas prejudicialidade.
• Execuções fundadas no mesmo título executivo.
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto
nesta Seção.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido
sentenciado.
§ 2º Aplica-se o disposto no caput: I – à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa
ao mesmo ato jurídico; II – às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre
eles.
Obs. 1: § 3º “mesmo sem conexão entre eles”: poderá haver a conexão dos processos, mesmo que
não haja a conexão estabelecida nos termos do caput.
Obs. 2: § 1º diz “serão”, de modo que há obrigatoriedade de reunião dos processos. Trata-se de
imposição em prol da harmonia dos julgados.
Continência (art. 56): identidade de partes e causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais
amplo, abrange o das demais. Aqui a identidade de partes é obrigatória. Além disso, a continência é
um exemplo de conexão. Isso porque toda continência pressupõe identidade de causa de pedir. O que
mudou no novo CPC são as consequências da continência:
• Art. 57: se a ação continente tiver sido proposta anteriormente à ação menor, nesta será
proferida sentença extinguindo o processo sem resolução de mérito. Se for o contrário (ação maior
posterior) haverá a necessária reunião dos processos. (No CPC anterior, só havia a previsão de reunião
dos processos, sem previsão de extinção da causa menor).
• Art. 58: as causas serão reunidas no juízo prevento. Prevenção é um critério de escolha do juízo
onde as causas serão reunidas.
• Art. 59: apenas um critério para a definição do juízo prevento: “o registro ou a distribuição
da petição inicial torna prevento o juízo”. Não é mais a citação nem o despacho inicial, mas somente o
registro ou a distribuição.
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• Causas repetitivas ou causas de massa: causas envolvendo situações parecidas e com pedidos
semelhantes (ex: reajuste de poupança pelos planos econômicos). Não há conexão, pois os pedidos não
são iguais, mas apenas parecidos. (Cada pessoa pede o reajuste relativo à sua conta).
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Não cabe ao Estado brasileiro o julgamento de demandas que não têm aptidão de gerar efeitos
em outro Estado, que muito provavelmente não reconhecerá tal decisão.
O princípio da efetividade: a justiça brasileira só deve ser competente para julgar demandas cuja
decisão gere efeitos em território nacional ou em Estado estrangeiro que reconheça tal decisão (atuação
útil e eficaz).
O art. 23 do CPC/15 não se retira a competência do juiz estrangeiro, mas sim sua jurisdição.
Limitações dos arts. 21 a 23 do Novo CPC traçam objetivamente os limites da jurisdição dos
tribunais brasileiros, e não tão somente sua competência.
- art. 21 CPC/15: quando o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no
Brasil, considerando-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial
ou sucursal; no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; quando o fundamento seja fato ocorrido ou ato
praticado no Brasil.
- art. 22, I, CPC/15: ações de alimentos, desde que o credor tenha domicílio ou residência no
Brasil, ou o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de
renda ou obtenção de benefícios econômicos.
- art. 22, II, CPC/15: ações decorrentes de relação de consumo, quando o consumidor tiver
domicílio ou residência no Brasil.
- art. 22, III, CPC/15: juízo brasileiro também será competente para julgar ações em que as partes,
expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
Obs.: a convenção expressa se dá por cláusula de eleição de foro ("cláusula de eleição de
jurisdição”). A escolha pelas partes deve ser analisada à luz do princípio da efetividade, podendo o
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juízo nacional negar sua jurisdição para resolver determinada causa se notar que sua decisão não terá
condições de gerar efeitos em razão de princípios de soberania de outros países.
A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a
autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as
disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença
judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
- não compete à autoridade judiciária brasileira o julgamento de ações quando houver cláusula
de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.
Obs.: é competência exclusiva do juízo apontado na cláusula de eleição de foro, inclusive para
anular referida cláusula se sua utilização gerar serviço jurisdicional inútil, o que liberaria as partes para
discutir seu conflito no Brasil.
- § 1º: cláusula de eleição não se aplica nas hipóteses de competência internacional exclusiva do
art. 23.
1. CONCEITO
CONCEITO: ocorre quando dois ou mais juízos discutem sobre a competência para julgar
(conflito positivo) ou não (conflito negativo) uma ou mais de uma causa. O conflito pode ser de:
A) JUIZ X JUIZ;
B) JUIZ X TRIBUNAL;
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C) TRIBUNAL X TRIBUNAL:
Obs.: jamais haverá um conflito entre um órgão e outro que lhe seja superior. A hipótese de o juiz
conflitar com tribunal restringe-se ao caso em que não haja hierarquia entre eles, ou seja, quando o juiz
não estiver vinculado àquele tribunal.
• Trata-se de incidente processual que sempre será julgado por um tribunal. É um incidente
que pode ser provocado pelas partes, pelos juízos conflitantes e pelo MP (art. 951).
Obs2.: no CPC de 73, dizia-se que o MP interviria em qualquer conflito de competência, salvo
aqueles que ele mesmo havia suscitado. Atualmente, o novo CPC prevê que o MP só intervirá em
conflito de competência se a causa for uma daquelas em que ele já deva intervir por previsão legal.
• O conflito de competência NÃO pode ser suscitado se uma das causas já foi julgada (Súmula 59
do STJ).
Art. 66. Há conflito de competência quando:
I – 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II – 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
III – entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a
atribuir a outro juízo.
PROCESSO E PROCEDIMENTO.
1. CONCEITO DE PROCESSO
PALAVRA PROCESSO - DIVERSAS ACEPÇÕES – 03 principais:
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É o modo de organizar o processo, ou seja, a análise dos papéis que cada sujeito deve exercer
em um processo. Principais análises: papéis do juiz = poder instrutório / executar decisões de ofício.
Não há modelos puros, mas preponderantes.
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i) Modelo Cooperativo: modelo do NCPC que não se confunde com o dispositivo nem com
o inquisitivo. Trata-se de uma estrutura em que os sujeitos cooperam para a decisão
final, um processo estruturado a partir da ideia de cooperação entre todos os sujeitos
processuais. Não vislumbra apenas as funções do juiz durante o processo, mas, também, alguns
deveres. No processo há um diálogo constante e permanente entre as partes.
a. Princípio da cooperação: art. 6º, CPC, corolário da boa-fé e do DPL. Consequências ao
juiz – imposição de deveres:
i. Dever de consulta: impõe ao juiz o dever de consultar as partes antes de
decidir quando houver questão relevante que não foi objeto de contraditório.
ii. Dever de esclarecimento: com dupla dimensão
1. Juiz tem dever de produzir decisões claras e inteligíveis;
2. Dever de pedir esclarecimentos: não pode rejeitar postulações por não as
entender.
iii. Dever de prevenção: juiz deve advertir as partes para evitar que o processo
seja invalidado por questões formais. Corolário do princípio da primazia da
decisão de mérito.
iv. Dever de auxílio: dever judicial de cooperar com os sujeitos processuais na
obtenção de informações e eliminar obstáculos que dificultem exercício de
direitos – em previsões típicas na lei. Ex. relativas ao patrimônio do executado.
Dever geral de auxilio: Parcela doutrinária encerra um dever geral de auxílio. Juiz sempre tem
que auxiliar as partes em todas situações, como um dever geral atípico. Didier entende que não há
respaldo normativo, sendo, portanto, um dever sempre típico.
2. PROCESSO X PROCEDIMENTO
Ação como DIREITO DE AÇÃO: é o sentido constitucional, sendo direito de acesso à Justiça.
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v) Intima relação com o devido processo legal: garantias processuais compõe o conteúdo do
direito de ação.
Ação como DIREITO MATERIAL AFIRMADO: expressão utilizada como sinônimo de direito.
Muito utilizada pelos romanos que não diferenciavam ação processual de direito. Ex. art. 195, CC - ação
sendo utilizada como sinônimo de direito.
Ação COMO ATO: ato de provocar o judiciário, não mais como direito, e sim o exercício. Nome
demanda - É o exercício do direito de ação afirmando uma ação em sentido material.
PROCEDIMENTO: conjunto de atos destinados ao ato final.
Demanda = Ato de provocar o judiciário – condições da ação?
Termos - Condições da ação e carência de ação. Eram expressões que diziam respeito ao tema.
Faltando condições da ação a parte autora deixa de ter direito de exercitar o ato.
Há condições que devem ser preenchidas para acessar o Poder Judiciário?
i) 1ªc. Fredie Didier. não há mais as condições da ação. Legitimidade e interesse são
pressupostos processuais.
ii) 2ªc. Majoritária. ainda existem condições da ação e carência de ação. Legitimidade /
interesse.
3. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Oscar Bulow: teorizou a categoria pressupostos processuais, a qual tem origem da teoria do
PROCESSO COMO UMA RELAÇÃO JURÍDICA distinta daquele que constitui seu objeto.
i) Conceito de Processo:
a. Ponto de vista externo = procedimento.
b. Ponto de vista interno = relação jurídica. Assim, deve passar por pressupostos:
i. Relação jurídica - PP concernem a tais elementos:
1. elemento subjetivo – sujeitos /elementos objetivos – fato jurídico e
objeto
ii) Pressupostos processuais: EXISTÊNCIA / VALIDADE
iii) Consequências: verificar se o processo existe + se o processo é nulo = extinção.
iv) Conclusão: são analisados para saber se o processo EXISTE e se o processo é VÁLIDO.
Regime jurídico
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4. PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA
O processo existe quando ALGUÉM DEMANDA perante um ÓRGÃO JURISDICIONAL.
Órgão jurisdicional
Personalidade Judiciária
i) Órgão jurisdicional: se há uma demanda proposta em órgão não jurisdicional não há relação
jurídica processual.
ii) Demanda: ato de provocação inicial do autor que limita a prestação jurisdicional aqueles
elementos do objeto do litigio.
iii) Personalidade Judiciária / capacidade de ser parte: Consiste na aptidão para, em tese,
titularizar uma situação jurídica processual. Não há gradação, sendo um atributo absoluto
(não há capacidade para uma e não para outra.).
a. Pessoas, condomínio, massa falida, órgãos públicos, nascituro, etc.
b. Exige-se para o réu? Não é condição de existência. Há processos sem réu, o processo
nasce com a demanda (não com a presença do réu), sendo a presença do réu
fundamental para a eficácia da relação jurídica processual em face de terceiro (não
para a existência).
c. Quem não é parte? Morto, coletividades desorganizadas, em sínteses as coisas.
d. E animais? Abolicionismo animal defende a personalidade judiciária dos grandes
primatas, pois seriam sujeitos de direitos.
e. Obs. pressupostos de validade – capacidade processual / capacidade postulatória.
Como é feita a análise? É do processo como um todo. Também é possível falar em pressuposto de
existência de cada ato jurídico processual. Ex. sentença sem decisão não falta um elemento mínimo do
seu suporte fático.
5. PRESSUPOSTOS DE VALIDADE
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PROCESSO EXISTE (há relação jurídica processual), passa-se à ANÁLISE DE SUA VALIDADE
em seu ASPECTO AMPLO (do procedimento como ato jurídico complexo), ou de CADA ATO
JURÍDICO.
Consequência se houver vício?
i) Verificar se há prejuízo.
ii) Busca saná-lo - princípio da primazia da decisão de mérito.
iii) Consequência após análises acima: extinção / remessa a juízo competente ou substituto
Pode reconhecer de ofício? Como regra sim, mas há exceções. Ex. incompetência relativa,
convenção de arbitragem.
Momento? Como regra suscitada a qualquer tempo, salvo incompetência relativa ou convenção de
arbitragem.
Juiz
Subjetivos
Partes
Pressupostos de Validade
Intrinsecos
Objetivos
Extrinsecos
Legitimidade Ad Causam
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incapacidade processual (não a postulatória). É somente para o caso, por isso especial.
Não supre a incapacidade material. Instituto não se confunde com a curatela geral
designada por juiz de família. A parte continua sendo o curatelado.
i. Art. 72;
1. incapaz sem representante ou colidir interesses – enquanto durar incap.
2. réu preso revel ou enquanto não constituir advogado
3. réu revel citado por edital ou hora certa enquanto não constituir advogado.
ii. Poderes de gestão do processo em exercício da defesa, incluindo:
1. opor embargos a execução;
2. MS contra ato judicial;
3. ação cautelar incidental.
4. Não pode reconvir, denunciar a lide, etc. Não pode transigir.
i. CAPACIDADE PROCESSUAL DAS PESSOAS CASADAS (também união estável
comprovada nos autos ou registrada em cartório): tem capacidade para praticar atos
processuais sozinhos, como regra.
i. Polo ativo:
1. consentimento do outro – ações reais imobiliárias – salvo separação
absoluta. Podem atuar em litisconsórcio facultativo. Não há litisconsórcio
necessário. O juiz pode suprir o consentimento em procedimento de
jurisdição voluntária.
2. Falta de consentimento: intimação do cônjuge preterido – silêncio
considera o consentimento. Negado com justo motivo o juiz invalida o
processo.
ii. Polo passivo: aqui se trata de litisconsórcio necessário. Citados:
1. ações reais imobiliárias – salvo separação absoluta.
2. resp. civil que digam respeito a ambos. São solidários;
3. divida contraída por um a bem da família. Também há solidariedade
4. ônus sobre imóveis de um ou ambos;
iii. Ações possessórias: participação
1. no polo ativo (expressão - composse) – exige consentimento.
2. no polo passivo (se atos por ambos praticados) há litisconsórcio passivo
na ação contra eles ajuizada.
ii) CAPACIDADE POSTULATÓRIA: trata-se de capacidade técnica para a prática de “atos
postulatórios”. Advogados, defensores, MP. Atos processuais podem ser ou não
postulatórios. Ex. testemunhar.
a. Ato postulatório – leigo depende de representante postulatório, SALVO:
i. i) Lei 9099; ii) ADI e governadores; iii) HC; iv) alimentos; v) mulher na LMP; vi)
JT.
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Direito
b. Ausência: art. 4º, EAOAB – nulidade do ato postulatório praticado por leigo.
Requisito de validade do procedimento é somente relacionado ao autor. Do réu e do terceiro
apenas no tocante aos atos postulatórios praticados por eles.
c. Advogado que (sempre tem capacidade postulatória) pratica ato sem procuração? Não
representa a parte, neste caso. Artigo 104 não trata de falta de capacidade postulatória,
mas da inexistência de procuração nos autos.
i. Admite ato sem procuração: i) urgente; ii) evitar preclusão, decadência ou
prescrição. Deverá apresentar procuração em 15 dias, pena de p/d.
ii. Sem procuração = ineficácia do ato (no CPC/73 era inexistência que gerou STJ 115
superada). Ver 662 do CC.
d. Procuração: instrumento da representação processual. Advogados públicos não precisam
juntar procuração.
e. Art. 105. Poderes gerais: não precisam estar expressos; Poderes especiais: expressos.
iii) LEGITIMDADE AD CAUSAM: CPC/73. Condições da ação. NCPC. 1ªc. Parte da
doutrina trata como pressuposto subjetivo de validade. 2ªc. ainda se trata de uma
condição da ação.
a. Conceito: consiste no
i. vínculo existente entre os sujeitos da demanda e a situação jurídica afirmada.
Pertinência subjetiva à ação.
ii. Aptidão para conduzir um processo de modo eficaz, sendo bilateral - polo
ativo ou passivo – bilateral. Legitimidade do autor face ao réu.
iii. Como afere-se? Somente a partir de um caso concreto, assim não uma análise
abstrata.
b. Parte (capacidade de ser parte) Absoluta e Abstrata.
c. Legitima ou ilegítima (legitimidade ad causam). Relação do sujeito ao objeto.
Específica a luz do caso concreto.
d. LEGITIMIDADE EXCLUSIVA: Apenas o titular do objeto pode discuti-lo em juízo. É
a regra.
e. LEGITIMIDADE CONCORRENTE: quando a lei atribui legitimidade a mais de um
agente. Ex. ADI. Credores solidários. Litis. unitário.
f. LEGITIMIDADE ORDINÁRIA: o sujeito defende direito próprio. Coincide a
legitimidade e o titular do direito.
g. LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA: substituição processual. Alguém defendo no
processo em nome próprio uma situação jurídica de terceiros. Legitimado e titular do
direito não coincide. Ex. HC, ACP, etc.
i. Requisito – autorização do ordenamento (não apenas a lei) que pode ser
negocial. OBS. pode existir simultaneidade das legitimidades – credor solidário.
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Intrinsecos
Pressupostos de Validade
Objetivos Negativos
Extrinsecos
Positivos Interesse de Agir
São fatos internos ao processo que condicionam a sua validade. É o respeito ao procedimento,
ao formalismo processual. Ex. Petição apta. MP deve intervir nas causas. Citação. Intimações.
Consequência do vício: a invalidade do ato processual. Deve-se buscar o aproveitamento dos
atos, sendo que, na impossibilidade, torna-se possível a extinção/invalidade.
Citação:
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i) Negativos: fatos que não devem existir para que o processo seja válido, por isso são
chamados de impedimentos processuais. Ex. inexistência de coisa julgada / litispendência /
perempção / convenção de arbitragem.
a. Consequência: diante de vícios insanáveis leva a extinção do processo, mas se disser
respeito a parcela da demanda, a outra parte continua válida.
ii) Positivos: antes apenas negativos, mas, agora, com retirada do ordenamento das
condições da ação, o interesse de agir torna-se um pressuposto de validade objetivo
extrínseco.
a. INTERESSE DE AGIR: consiste no interesse de âmbito processual para tutelar um
interesse substancial. Assim, o interesse de agir é secundário, instrumental em
relação ao afirmado (interesse substancial). Trata-se de interesse relacionado ao
provimento jurisdicional para satisfazer o interesse primário lesado. De tal modo,
tem como objeto a tutela jurisdicional e não o bem da vida.
i. Consequência: extinção do processo sem julgamento do mérito.
ii. DIMENSÕES:
1. Adequação: alguns autores incluem no interesse de agir a adequação.
Consiste no procedimento adotado ser o correto ou provimento correto.
Fredie não concorda por entender que o juízo deve adequá-lo. Pode ser
sanado pelo juiz, e a adequação não tem a ver com algo fora do processo,
diferentemente dos outros dois – utilidade ou necessidade questões
externas ao processo.
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Art. 17. NCPC. para POSTULAR é necessário interesse e legitimidade. Não fala em propor
ou contestar.
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