Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIA 01
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
Sumário
DIA 01 ................................................................................................................................................................ 4
Leitura dos Artigos 1º a 28 ........................................................................................................................... 4
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
DIA 01
PARTE GERAL
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Anterioridade da Lei.
Art. 1º. Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
(Princípio da legalidade: lex certa, lex stricta, lex scripta, lex praevia)
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Territorialidade
Art. 5º. Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de Direito
Internacional, ao crime cometido no território nacional.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
↳ Territorialidade mitigada, matizada, temperada.
§ 1º. Para os efeitos penais, consideram-se como EXTENSÃO do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de NATUREZA PÚBLICA ou A SERVIÇO DO GOVERNO BRASILEIRO onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º. É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
ESTRANGEIRAS de PROPRIEDADE PRIVADA, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo
no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Extraterritorialidade
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 7º. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - os crimes:
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
• Extraterritorialidade INCONDICIONADA: punidos segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
• Computa-se a pena cumprida.
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Princípio da proteção ou da defesa)
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder
Público; (Princípio da proteção ou da defesa ou real)
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Princípio da proteção ou da defesa).
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro (princípio da personalidade ou da nacionalidade
ativa) ou domiciliado no Brasil; (Princípio do domicílio).
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
⚠ A Lei de Tortura (Lei nº 9455/97) prevê mais uma hipótese de extraterritorialidade incondicionada:
Art. 2º. O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional,
sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
II - os crimes:
(Redação pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
• Extraterritorialidade CONDICIONADA.
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Princípio da justiça universal ou
cosmopolita – Cooperação Penal Internacional).
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) praticados por brasileiro; (Princípio da personalidade ou da nacionalidade ativa).
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
6
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Princípio da representação, do pavilhão, da
bandeira, subsidiário ou da substituição).
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º. Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
• Mesmo que seja absolvido no exterior será julgado no Brasil. Computa-se a pena cumprida.
§ 2º. Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira DEPENDE do concurso das seguintes condições
(CUMULATIVAS):
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
• Extraterritorialidade condicionada.
a) entrar o agente no território nacional;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Princípio da dupla tipicidade)
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(Princípio da dupla tipicidade).
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º. A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro FORA do
Brasil (princípio da personalidade passiva), se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
(Princípio da nacionalidade ou personalidade passiva)
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
• Extraterritorialidade hipercondicionada (§2º + §3º).
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
⚠ É inaplicável o princípio da extraterritorialidade nas contravenções penais. Isso porque, nos termos do art.
2º da LCP, “a lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional”.
7
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
Pena cumprida no estrangeiro
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 8º. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Contagem de prazo
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
8
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo
calendário comum.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legislação especial
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 12. As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não
dispuser de modo diverso.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
↳ Princípio da especialidade/ Princípio da convivência das esferas autônomas.
TÍTULO II
DO CRIME
9
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
• Exigibilidade de conduta diversa (obediência hierárquica e
coação moral irresistível)
10
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
⚠ Obs.: Os crimes omissivos não possuem nexo de causalidade. Só haverá nexo de causalidade nos crimes
comissivos, dos quais resultem resultado naturalístico. Logo, o que determina a ligação entre a conduta
omissiva e o resultado, é o nexo normativo (estabelecido por lei) – e não o nexo naturalístico.
11
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
TEORIAS DA TENTATIVA
TEORIA SUBJETIVA TEORIA OBJETIVA OU TEORIA DA
REALISTA PERICULOSIDADE DO
AUTOR
É aquela que afirma que o Afirma que o fundamento da Alguns autores minoritários
fundamento da punição da punição do crime tentado afirmam que o fundamento
tentativa está na VONTADE DO está no RISCO DE LESÃO AO da tentativa reside na
AGENTE (animus/intenção do BEM JURÍDICO periculosidade que o
autor), que é contrária ao indivíduo gera no seio
direito. social.
REGRA: a Teoria Objetiva é teoria adotada pelo nosso CP! (Art. 14, §único, 2ª parte).
EXCEÇÃO: Essa teoria foi adotada com ressalvas, em razão da primeira parte do §único do art.
14, que é considerada pela doutrina como um resquício da Teoria Subjetiva.
Arrependimento posterior
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
12
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
Art. 16. Nos crimes cometidos SEM VIOLÊNCIA ou GRAVE AMEAÇA à pessoa, REPARADO O DANO OU
RESTITUÍDA A COISA, ATÉ o RECEBIMENTO da DENÚNCIA OU DA QUEIXA, por ato voluntário do agente, a
pena será REDUZIDA de 1/3 a 2/3 (um a dois terços).
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
• Súmula nº 554, STF. O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da
denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.
TENTATIVA
• Agente pratica a conduta delituosa, mas por Responde pelo crime, com diminuição da pena de
circunstâncias alheias à sua vontade, o resultado não 1/3 a 2/3.
ocorre.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
• Agente INICIA a prática da conduta delituosa, mas Responde apenas pelos atos já praticados.
se arrepende, e CESSA a atividade criminosa (mesmo ↳ Agente é punido apenas pelos danos que
podendo continuar) e o resultado não ocorre. efetivamente causou.
ARREPENDIMENTO EFICAZ
• Agente INICIA a prática da conduta delituosa E Responde apenas pelos atos já praticados.
COMPLETA a execução da conduta, mas se arrepende ↳ Agente é punido apenas pelos danos que
do que fez e toma as providências p/ que o resultado efetivamente causou.
inicialmente pretendido não ocorra.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
• Agente completa a execução da atividade criminosa O agente tem a pena reduzida de 1/3 a 2/3.
e o resultado efetivamente ocorre.
Porém, após a ocorrência do resultado, o agente se
arrepende e repara o dano ou restitui a coisa.
↳ Só pode ocorrer nos crimes cometidos sem
violência ou grave ameaça à pessoa.
↳ Só tem validade se ocorre antes do recebimento da
denúncia ou queixa.
Crime impossível ( = quase crime = crime oco = tentativa inidônea = tentativa inútil – Zaffaroni)
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 17. Não se pune a tentativa quando, por INEFICÁCIA ABSOLUTA do meio ou por ABSOLUTA
IMPROPRIEDADE do objeto, é IMPOSSÍVEL consumar-se o crime.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
13
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
• Súmula nº 145, STF. Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua
consumação.
↳ Essa súmula retrata o chamado “flagrante preparado”, também chamado de “flagrante provocado”,
“crime de ensaio” ou “delito putativo por obra do agente provocador”. Ocorre o flagrante preparado
(provocado) quando alguém instiga o indivíduo a praticar o crime com o objetivo de prendê-lo em flagrante
no momento em que ele o estiver cometendo.
↳ O flagrante preparado é hipótese de crime impossível e o indivíduo instigado não responderá penalmente,
sendo sua conduta considerada atípica.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 145-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/aa6b7ad9d68bf3443c35d23de84446
3b>.
Acesso em: 07/04/2023
14
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - DOLOSO, quando o agente quis o resultado [teoria da vontade] ou assumiu o risco de produzi-lo
[teoria do consentimento ou assentimento];
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime culposo
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - CULPOSO, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único. SALVO os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como
crime, senão quando o pratica dolosamente.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
↳ Princípio da excepcionalidade do tipo culposo: Os tipos penais culposos devem estar expressamente
previstos em lei. A culpa não se presume!
Erro sobre elementos do tipo (erro de tipo essencial = erro de tipo incriminador)
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime EXCLUI O DOLO, mas permite a
punição por crime culposo, se previsto em lei.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Descriminantes putativas
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º. É ISENTO DE PENA quem, por ERRO PLENAMENTE JUSTIFICADO PELAS CIRCUNSTÂNCIAS, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. NÃO há isenção de pena quando o erro deriva de
CULPA e o fato é punível como crime culposo (culpa imprópria).
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
⇾ Culpa imprópria: culpa por extensão ou equiparação. Na culpa imprópria, o agente provoca
intencionalmente o resultado ilícito acreditando estar acobertado por uma excludente de ilicitude.
• Se o erro é inevitável – exclui dolo e culpa
• Se o erro é evitável – pune a título de culpa imprópria
15
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
16
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO
Inevitável – exclui dolo e culpa (isenta de pena) Inevitável – exclui dolo e culpa (isenta de pena)
Evitável – pune a título de culpa, se prevista em lei Evitável – diminuição de pena (1/6 a 1/3)
O agente NÃO SABE o que faz. O agente SABE o que faz, mas pensa que sua
conduta é LÍCITA.
Erro quanto aos elementos objetivos do tipo. Erro quanto à ilicitude da conduta. Aqui, não há erro
quanto à situação fática, mas sim sobre os limites
jurídicos acerca da licitude da conduta.
Exclui o crime Exclui a pena
ERRO DE PROIBIÇÃO
ERRO DE PROIBIÇÃO DIRETO O erro recai sobre o conteúdo da norma proibitiva.
ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO O erro recai sobre a existência/limites de uma discriminante
putativa.
ERRO DE PROIBIÇÃO MANDAMENTAL O erro recai sobre o conhecimento de norma mandamental
sobre o dever de agir.
17
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
II - em legítima defesa;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
↳ O estrito cumprimento do dever legal comunica aos coautores ou partícipes, ainda que particulares.
Excesso punível
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo EXCESSO
DOLOSO OU CULPOSO.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Estado de necessidade
Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo ATUAL,
que NÃO PROVOCOU POR SUA VONTADE, NEM PODIA DE OUTRO MODO EVITAR, direito próprio ou alheio,
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º. NÃO PODE alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º. Embora seja RAZOÁVEL exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser REDUZIDA
de 1/3 a 2/3 (um a dois terços).
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
18
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
• Não cabe estado de necessidade em crimes habituais e permanentes
• Comunica aos coautores e partícipes
• Aplica o instituto do commodus discessus
E no caso do bem protegido valer menos que o bem sacrificado? Pode servir
como diminuição de pena.
Legítima defesa
Art. 25. Entende-se em LEGÍTIMA DEFESA quem, usando MODERADAMENTE dos meios necessários,
repele INJUSTA agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
⇾ O que se considera injusta agressão?
A injusta agressão deve ser oriunda de uma CONDUTA HUMANA que pode ser omissiva ou comissiva,
dolosa ou culposa. Portanto:
(1) Não há legítima defesa em face de ataque de animal;
(2) Não há legítima defesa em face de ausência de conduta (ex.: ato reflexo, sonâmbulo)
(3) Existe legítima defesa em face de inimputável
19
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
(4) Persiste legítima defesa em face de erro na execução (aberratio ictus)
(5) Honra pode ser objeto de tutela na legítima defesa.
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em
legítima defesa o AGENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA que repele agressão ou risco de agressão a VÍTIMA
MANTIDA REFÉM durante a prática de crimes.
(Incluído pela Lei nº 13.964/2019 – Pacote Anticrime).
• Injusta agressão no caput – a agressão é CERTA!
• Injusta agressão no parágrafo púnico – a agressão é INCERTA! Admite-se a legítima defesa mesmo diante
da incerteza sobre a agressão! “Risco de agressão”
LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA Reação contra o EXCESSO de quem age em legítima defesa.
Quando, após cessar a agressão injusta, o agente, por erro
LEGÍTIMA DEFESA SUBJETIVA justificável, presume a persistência da agressão e excede na sua
reação.
20
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
Chega no mesmo resultado da 3ª teoria, mas por outro caminho. De
acordo com essa teoria, o tipo penal é composto de elementos
TEORIA DOS ELEMENTOS positivos (explícitos) e elementos negativos (implícitos).
NEGATIVOS DO TIPO ATENÇÃO: para que o fato seja típico, é preciso praticar os
ADOLF MERKEL elementos positivos do tipo, e não praticar os elementos negativos
do tipo. Ex: matar alguém.
- Elementos positivos: matar alguém.
- Elementos negativos: estado necessidade/legítima defesa.
TÍTULO III
DA IMPUTABILIDADE PENAL
Inimputáveis
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto
ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, INTEIRAMENTE INCAPAZ de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
↳ Isento de pena – absolvição imprópria – aplicação de medida de segurança.
Redução de pena (Semi-imputável)
Parágrafo único. A pena pode ser REDUZIDA de 1/3 a 2/3 (um a dois terços), se o agente, em virtude
de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
↳ Aplica-se o critério biopsicológico
↳ Adota-se o Sistema vicariante:
• Condenação + aplicação de medida de segurança OU
• Condenação + redução da pena
21
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas
estabelecidas na legislação especial (ECA).
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
↳ Aplica-se o critério biológico.
↳ Não praticam crime, mas sim ato infracional.
• Súmula nº 74, STJ. Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por
documento hábil.
↳ O documento hábil ao qual a súmula faz referência não se restringe à certidão de nascimento. Outros
documentos, dotados de fé pública e, portanto, igualmente hábeis para comprovar a menoridade, também
podem atestar a referida situação jurídica, como, por exemplo, a identificação realizada pela polícia civil. (HC
134.640/DF, j. em 06/08/2013).
↳ A certidão de nascimento ou a cédula de identidade não são os únicos documentos válidos para fins de
comprovação da menoridade, podendo esta ser demonstrada por meio de outro documento firmado por
agente público - dotado, portanto, de fé pública - atestando a idade do menor. (STJ. 6ª Turma. AgRg no HC
574.536/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 02/06/2020).
• Súmula nº 605, STJ. A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional
nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não
atingida a idade de 21 anos.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 74-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/d15426b9c324676610fbb01360473e
d8>.
Acesso em: 07/04/2023
Emoção e paixão
Art. 28. NÃO EXCLUEM a imputabilidade penal:
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a emoção ou a paixão;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º. É ISENTO de pena o agente que, por embriaguez COMPLETA, proveniente de CASO FORTUITO
ou FORÇA MAIOR, era, ao tempo da ação ou da omissão, INTEIRAMENTE INCAPAZ de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º. A pena pode ser REDUZIDA de 1/3 a 2/3 (um a dois terços), se o agente, por embriaguez,
proveniente de caso fortuito ou força maior, NÃO POSSUÍA, ao tempo da ação ou da omissão, a plena
22
PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61802377352 PATRICIA SOUSA 61
DESAFIO LEI SECA - GRATUITO
DIREITO PENAL
DIA 01
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
(Semi-imputável).
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
23