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LEONARDO VIEIRA DE SOUZA - 413.562.

568-13
PLANO DE METAS
Semana 03

Coordenadores
Caio Souza
Francimar Soares
PLANO DE METAS
SEMANA 03 3/7

Dia Disciplina Conteúdo Controle1

LEONARDO VIEIRA DE SOUZA - 413.562.568-13


Direito Processual Tutela provisória / Tutela
15 provisória contra a Fazenda D L J Q R
Civil
pública

16 D L J Q R
Poder legislativo, Processo
Direito Constitucional
legislativo e Tribunal de contas
17 D L J Q R

Direito Ambiental |
Meio ambiente na CF / CPC:
18 Direito Processual D L J Q R
Arts. 188 a 293
Civil

Receita Pública / Despesa


19 Direito Financeiro D L J Q R
pública

20 D L J Q R
Estatuto dos servidores do
Fim de Semana Estado de São Paulo – Arts.
21 176 a 331. D L J Q R

1 Marcar a ferramenta estudada. D: Doutrina; L: Lei; J: Jurisprudência; Q: Questões; R: Revisão.

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DIA 15 | DIREITO PROCESSUAL CIVIL
TUTELA PROVISÓRIA. TUTELA PROVISÓRIA
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
Pontos do edital

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5. Tutela provisória (tutela de urgência e da evidência): fundamentos, pressupostos, fungibilidade, conceito,
finalidade, procedimentos, estabilização, efeitos e modalidades. Tutela provisória e Fazenda Pública. Tutela
provisória nos tribunais. Responsabilidade pelos danos causados pelas liminares .

✓ DOUTRINA
✓ LEI
✓ JURISPRUDÊNCIA
✓ QUESTÕES

COMO ESTUDAR?

• Estudar os materiais respectivos postados na área do aluno:


o Material 01: Tutela provisória;
o Material 02: Tutela provisória contra a Fazenda Pública.
• Estudar (grifar, marcar, anotar):
o Arts. 294 a 311 do CPC;
• Estudar a jurisprudência pela ficha respectiva.
• Resolver, pelo menos, 30 questões sobre o assunto.

O QUE É IMPORTANTE?

TUTELA PROVISÓRIA – PARTE GERAL


• Esquematização da tutela provisória:

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Antecedente
Cautelar

Incidental
De urgência

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TUTELA
PROVISÓRIA Antecedente
Satisfativa
Incidental
De evidência

Técnica processual que antecipa efeitos que seriam


Antecipada ou produzidos mais à frente, na sentença ou depois do
satisfativa trânsito em julgado. Satisfaz o bem da vida perseguido
pelo autor.
Tipo de tutela jurisdicional destinada a evitar que o
Cautelar tempo retire do processo a sua utilidade. É medida que
serve ao próprio processo, sendo encontradiça na
doutrina a expressão “instrumento do instrumento”.

• Tutela de urgência cautelar X Tutela de urgência satisfativa.

• Tutela de urgência antecedente X Tutela de urgência incidental.

• Requisitos para a concessão de tutela de urgência.

• Estabilização da tutela de urgência antecipada antecedente:


o Requisitos para a estabilização.
o Estabilização x coisa julgada.
o Estabilização e ação rescisória.

• Tutela de evidência:
o Hipóteses de cabimento.
o Situações que admitem o deferimento liminar.

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• Consequências da revogação da tutela provisória.

TUTELA PROVISÓRIA – APLICADA À FAZENDA PÚBLICA


Legislação pertinente
• Art. 1º da Lei nº 8.437/92: disciplina a concessão de medidas cautelares contra o Poder
Público;

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• Art. 1º e 2º-B da Lei nº 9.494/97: disciplina a concessão de tutela antecipada contra o Poder
Público;
• Art. 7º e art. 14 da Lei nº 12.016/2009: disciplina o mandado de segurança;
• Art. 29-B da Lei nº 8.036/1990: liminares em mandado de segurança sobre FTGTS;

(In)constitucionalidade
• As vedações à concessão de tutelas de urgência contra o Poder Público naturalmente são
fontes de grande polêmica. Há quem veja tais limitações como inconstitucionais, por violação
do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional e da efetividade da prestação da
tutela jurisdicional. Além disso, discute-se na doutrina a forma de compatibilização desse
instituto com os regimes da remessa necessária e do pagamento por precatórios;
• Doutrina: constitucionalidade x inafastabilidade do jurisdicional: as limitações referidas pelo
legislador apenas estampam situações em que já se verificou a ausência de riscos de dano
grave ou de difícil reparação ao direito do particular;
• STF, ADI 4296: O supremo, na contramão da doutrina especializada (por todos, Leonardo
Carneiro), declarou a inconstitucionalidade do art. 7º, §2º, da LMS, sob o argumento de que
a vedação em tese à concessão de liminares mitigaria a garantia do acesso à jurisdição, bem
como violaria o poder geral de cautela dos juízes.
• Na ADI 4296, também foi declarada inconstitucional a previsão contida no art. 22, §2º, da
LMS, que determinava a oitiva prévia da FP para concessão de liminar em MS coletivo.
• Atenção: alcance da ADI 4296: não se desconhece a declaração de inconstitucionalidade do
art. 22, §2º, da Lei n.º 12.016/2009, que continha previsão similar à do art. 2º da Lei 8.437/92.
Os ministros, inclusive, debateram sobre o não conhecimento da ADI 4.296 nesse ponto, já
que não fora impugnado todo o complexo normativo, de modo que a declaração de
inconstitucionalidade do dispositivo da LMS seria inócua, na medida em que resistiria norma
legal idêntica em outro diploma. Todavia, o conhecimento foi superado e o art. 22, §2º, da
LMS foi mesmo declarado inconstitucional, sem que se possa afirmar a extensão da
declaração formal ao sobredito art. 2º da Lei 8.37/92. Por isso, recomenda-se que o aluno
continue argumentando o impeditivo de deferimento de liminar em ações coletivas com base

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nesse último comando legal. Essa postura deve ser adotada, sobretudo, em provas práticas.
Lembrar que a previsão do art. 2º da Lei 8.437/92 é mais ampla, pois abrange a vedação à
concessão de liminar em ACP sem oitiva prévia da FP. Essa previsão continua válida, pois
não foi objeto de apreciação na ADI 4.296.
• Regime de reexame – não há incompatibilidade entre o regime do reexame necessário e a
tutela de urgência. Essa é uma realidade visualizada claramente no âmbito do mandado de

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segurança: é comum a concessão de liminar contra o Poder Público e, posteriormente, a
subida dos autos por força do reexame. Afinal, o reexame impede a formação da coisa
julgada e a eficácia da sentença, mas a lei pode permitir a eficácia do provimento liminar,
que não está sujeito à remessa necessária.
• Regime de precatórios – dois pontos devem ser levados em consideração: 1) o pagamento
de quantia certa, fruto de condenações do Estado, é feito mediante a expedição de
precatório, e essa forma de proceder foi prevista pelo constituinte originário. Uma norma
infraconstitucional que explicite a vedação lógica do sistema jurídico não pode ser taxada de
inconstitucional; 2) o pagamento via precatórios atinge apenas condenações judiciais ao
pagamento de quantia pecuniária. Outras imposições de obrigações de fazer – ainda que
possuam reflexo patrimonial – não ficam obstadas.
• ATENÇÃO! - Especificamente quanto à vedação do art. 1º da Lei n 9.494/97, o Supremo
Tribunal Federal examinou sua compatibilidade com o ordenamento jurídico na Ação
Declaratória de Constitucionalidade nº 4º. Primeiramente em caráter liminar e posteriormente
em julgamento definitivo, a Corte entendeu constitucional o dispositivo que veda a concessão
de liminares:
o O STF na ADC 4 julgou constitucional o art. 1º da Lei n.º 9.494/97, que veda a
concessão de tutela antecipada contra a Fazenda Pública em casos relacionados ao
pagamento de pecúnia.
o Limites da decisão impostos pelo STF (Leonardo Carneiro da Cunha):
▪ Se a tutela antecipada não é concedida para impor pagamento de vantagem, mas
tal pagamento será realizado como consequência da medida antecipatória, a
hipótese não se encaixa na proibição do art. 1º da Lei 9.494/1997, não havendo
ofensa à decisão proferida na ADC 4. Assim, por exemplo, é possível a tutela
antecipada para impor a nomeação e a posse de candidato aprovado em
concurso público. É verdade que, uma vez empossado, o candidato passa a
ostentar a condição de servidor público, vindo a perceber remuneração, com
inclusão em folha de pagamento. Como os efeitos financeiros constituem uma
consequência secundária da decisão, a hipótese não se encaixa nas vedações

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do art. 1º da Lei 9.494/1997, não arrostando o quanto decidido na ADC 4. Outro
exemplo: reintegração de servidor.
▪ Não ofende a ADC 4 a antecipação de tutela para pagamento de parcelas
indenizatórias;
▪ Também não viola a ADC 4 a decisão concessiva de tutela antecipada que se
apoie em entendimento já consolidado no STF.

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Análise das vedações legais à tutela de urgência contra o Poder Público
• À luz do CPC-15, houve unificação quanto aos requisitos para a concessão de tutela de
urgência, seja cautelar ou antecipada, que demandam a presença de “elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo” (art. 300). Do ponto de vista legislativo, há menção expressa à fungibilidade da
cautelar para a antecipada requerida de forma antecedente, como se verifica do parágrafo
único do artigo 305. A doutrina tem-se consolidado para a fungibilidade também da via
inversa, ou seja, requerida tutela antecipada antecedente, o juiz pode converter em cautelar
(é o que ficou consolidado pelo Fórum Permanente de Processualistas Civis – Enunciado nº
502).
• ATO DE AUTORIDADE COM PRERROGATIVA DE FORO – O § 1º do art. 1º da Lei nº
8.437/92 veda a concessão de “medida cautelar inominada ou a sua liminar, quando
impugnado ato de autoridade sujeita, na via de mandado de segurança, à competência
originária de tribunal”. Busca-se evitar burla às regras de competência por prerrogativa de
foro previstas na Constituição da República. Exemplo: se a hipótese comporta MS no
Tribunal Superior, e a pessoa prefere a ação contra a União no primeiro grau, fica vedada a
concessão de tutela de urgência. Repare, aqui cabe MS, mas a parte opta pelo juízo de
primeiro grau; conclusão, veda-se a concessão de tutela de urgência no primeiro grau. Outra
situação é: o caso NÃO comporta MS (não há direito líquido e certo, por exemplo). Desde
sempre, o juízo originário competente é o de primeiro grau; logo, são possíveis as
concessões de provimentos de urgência. Por quê? Porque não há tentativa de burca à
competência do Tribunal Superior.
• ATENÇÃO! Há exceção na própria Lei nº 8.437/92, que permite a concessão de tutela de
urgência em ação popular e ação civil pública (art. 1º, § 2º). Nessas ações, o provimento de
urgência pode ser concedido ainda que o ato impugnado tenha sido praticado por autoridade
com foro por prerrogativa de função – cuja competência em mandado de segurança seria de
Tribunal Superior.

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• IRREVERSIBILIDADE DA MEDIDA – No § 3º do art. 1º da Lei nº 8.437/92, está prevista a
vedação à tutela de urgência que esgote, no todo ou em parte, o objeto da ação. Essa
vedação se refere ao caráter de reversibilidade de que deve ser dotado o provimento de
urgência de tutela antecipada. A norma demanda interpretação atenta. Doutrina e
jurisprudência já se consolidaram no sentido de que não se trata de um dogma inafastável.
Há situações em que a não-concessão da medida de urgência para proteger o direito do réu

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pode levar ao perecimento do direito do autor. Nesses casos, presentes os requisitos
autorizadores, a medida deve ser concedida, ainda que irreversível.
• COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E PREVIDENCIÁIOS – O § 5º, do art. 1º
da Lei nº 8.437/92, proíbe a concessão de medida de urgência para possibilitar ao particular
a compensação de créditos tributários ou previdenciários. A norma protege o Estado de
situações possivelmente irreversíveis. Além disso, a compensação demanda lei específica,
conforme prevê o art. 170 do CTN. Não existe compensação tributária autoaplicável. Sobre
a vedação à compensação de crédito tributário, o STJ editou a súmula 212: A compensação
de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar
ou antecipatória
• AÇÕES POSSESSÓRIAS – A regra geral do regime de concessão de tutela provisória em
ações possessórias permite a concessão do provimento de urgência de natureza antecipada
sem a oitiva do réu (art. 562). Em relação ao regime de direito processual público, há
disciplina específica. Trata-se do parágrafo único do art. 562, que estabelece a necessidade
de prévia audiência do representante judicial (advogado púbico) do ente antes da concessão
da liminar. Como o dispositivo não prevê prazo para a manifestação do ente público, cabe
ao juiz fixá-lo de acordo com a complexidade do caso. A concessão da liminar sem a
intimação prévia do Estado caracteriza error in procedendo, a permitir a anulação da decisão.

Estabilização da tutela de urgência


• Requisitos;
• Estabilização x coisa julgada;
• Estabilização contra a Fazenda Pública: possibilidade e condições (vedações à tutela
antecipada);

Tutela de evidência contra o Poder Público


• Divergência:

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o Art. 1.059 do CPC: À tutela provisória requerida contra a Fazenda Pública aplica-se o
disposto nos arts. 1o a 4o da Lei no 8.437, de 30 de junho de 1992, e no art. 7o, § 2o,
da Lei no 12.016, de 7 de agosto de 2009.
o Enunciado 35 do FPPC: As vedações à concessão de tutela provisória contra a
Fazenda Pública limitam-se às tutelas de urgência;
• Como visto, a doutrina tem entendido que as vedações examinadas acima quanto à

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concessão de tutela provisória contra o Poder Público não se aplicam à tutela de evidência.
À luz desse posicionamento, é possível conceder a tutela de evidência em qualquer hipótese
em que, por exemplo, o Poder Público esteja abusando de seu direito de defesa (art. 311,
inciso I) ou quando houver provas documentais e tese firmada em julgamento de repetitivos
ou súmula vinculante (inc. II).
• ATENÇÃO – O inciso IV do art. 311 permite a concessão de tutela antecipada de evidência
quando “a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável”. Essa
hipótese legal tem como objetivo contornar a regra do recebimento com efeito suspensivo
automático da apelação (art. 1.012, § 1º, V). Para Leonardo da Cunha, as vedações legais à
concessão de tutela provisória devem ser aplicadas na hipótese do inciso IV do art. 311, de
modo a impedir, por exemplo, a expedição de precatório ou da requisição de pequeno valor
antes do trânsito em julgado.

Meios de impugnação
• Há três meios para impugnar a decisão que concede indevidamente a tutela provisória: o 1)
agravo de instrumento, o 2) pedido de suspensão e a 3) reclamação. É possível, inclusive, a
utilização concomitante de todos esses instrumentos. Os três meios de impugnação serão
analisados em capítulos e materiais próprios.

ENUNCIADOS DOUTRINÁRIOS

Enunciado n. 34 do FPPC: (art. 311, I) Considera-se abusiva a defesa da Administração


Pública, sempre que contrariar entendimento coincidente com orientação vinculante firmada
no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou
súmula administrativa, salvo se demonstrar a existência de distinção ou da necessidade de
superação do entendimento.

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Enunciado n. 35 do FPPC: (art. 311) As vedações à concessão de tutela provisória contra a
Fazenda Pública limitam-se às tutelas de urgência.

Enunciado n. 582 do FPPC: (arts. 304, caput; 5º, caput e inciso XXXV, CF) Cabe
estabilização da tutela antecipada antecedente contra a Fazenda Pública.

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Enunciado n. 38 da I Jornada de Processo Civil (CJF): As medidas adequadas para
efetivação da tutela provisória independem do trânsito em julgado, inclusive contra o Poder
Público (art. 297 do CPC).

Enunciado n. 13 do Fórum Nacional do Poder Público: Aplica-se a sistemática da tutela


da evidência ao processo de mandado de segurança, observadas as limitações do art. 1.059
do CPC.

Enunciado n. 14 do Fórum Nacional do Poder Público: Não é cabível concessão de tutela


provisória de evidência contra a Fazenda Pública nas hipóteses mencionadas no art. 1.059,
CPC.

Enunciado n. 40 do Fórum Nacional do Poder Público: As medidas para a efetivação da


tutela provisória previstas no art. 297 do CPC não podem atingir a esfera jurídica do advogado
(público ou privado), no exercício de suas atribuições

Enunciado n. 41 do Fórum Nacional do Poder Público: As medidas para a efetivação da


tutela provisória previstas no art. 297 do CPC não podem comprometer a continuidade do
serviço público.

Enunciado n. 42 do Fórum Nacional do Poder Público: A exigência de caução real ou


fidejussória para a concessão da tutela de urgência prevista no § 1º do art. 300 do CPC não
é aplicável ao Poder Público, em razão do disposto no art. 100 da Constituição Federal.

Enunciado n. 43 do Fórum Nacional do Poder Público: Qualquer medida impugnativa


apresentada pela Fazenda Pública que controverta o direito sobre o qual se funda a
antecipação de tutela concedida em caráter antecedente constitui meio idôneo para impedir a
estabilização da demanda, prevista no art. 304 do CPC.

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ANOTAÇÕES

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DIAS 16 E 17 | DIREITO CONSTITUCIONAL
PODER LEGISLATIVO, PROCESSO LEGISLATIVO E
TRIBUNAL DE CONTAS
Pontos do edital

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7.3 Poder Legislativo: estrutura, funções, organização e funcionamento. 7.3.1. Atos parlamentares,
imunidades, incompatibilidades, impedimentos, perda do mandato, processo legislativo, estatuto dos
congressistas, regimentos parlamentares, Comissão parlamentar de inquérito.

✓ DOUTRINA
✓ LEI
✓ JURISPRUDÊNCIA
✓ QUESTÕES

COMO ESTUDAR?

• Estudar o material de apoio referente ao tema, nas versões full ou express;


• Estudar (grifar, marcar, anotar):
o Arts. 44 a 69 da Constituição Federal.
• Estudar a jurisprudência pela ficha respectiva.
• Resolver, pelo menos, 40 questões.

O QUE É IMPORTANTE?

• Estrutura dos Poderes Legislativos Federal, Estadual, Municipal e Distrital:


o Bicameralismo federativo no Poder Legislativo Federal: Senado Federal, na
representação de Estados e DF; e Câmara de Deputados, na representação do
povo;
o Conceitos de bicameralismo: simétrico x assimétrico; congruente x incongruente.
Aprender qual a classificação do brasileiro.

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• Atribuições do Congresso Nacional;
o Matérias que dependem da sanção do Presidente da República (art. 48 da CF).
Instrumento normativo: lei;
o Competência exclusiva (art. 49). Instrumento normativo: decreto legislativo;

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• Câmara dos Deputados:
o Aspectos gerais: Composição, mandato, eleição pelo princípio proporcional,
número de deputados federais;
o Requisitos para a candidatura;
o Competência privativa (art. 51 da CF)2. Instrumento normativo: resolução.
• Senado Federal
o Aspectos gerais: Composição, mandato, eleição pelo princípio majoritário,
número de senadores;
o Requisitos para a candidatura;
o Competência privativa (art. 52 da CF)3. Instrumento normativo: resolução.

• Reuniões:
o Sessão extraordinária. Hipóteses de convocação extraordinária;
o Convocação extraordinária: quem convoca e em quais hipóteses? Proibição de
pagamento de verbas indenizatórias nas convocações extraordinárias (ADI
4587);
o Sessão conjunta: hipóteses constitucionais.

• Comissões:
o Temática ou em razão da matéria. São permanentes;
o Especial (prevista nos regimentos internos). São temporárias;
o Mista;
o Representativa (durante o recesso parlamentar);
o CPI:
▪ Comissão temporária (pode haver prorrogação, mas não pode ultrapassar
a legislatura) para apuração de fato certo e determinado (pode haver
aditamento de fato)

2 A doutrina defende que se trata, na verdade, de competência exclusiva


3 A doutrina defende que se trata, na verdade, de competência exclusiva

13
▪ Criação: 1/3 da CD ou 1/3 do SF ou 1/3 do Congresso Nacional;
▪ “Direito subjetivo das minorias”: Ofenderá a CF a decisão do plenário da
Câmara dos Deputados que, com base no princípio majoritário, rejeitar a
criação de comissão parlamentar de inquérito para apurar fato certo e
determinado, objeto de requerimento de um terço dos membros da
referida casa legislativa (MS 26.441);

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▪ É permitido: quebra de sigilo fiscal; de sigilo bancário; de sigilo de dados
telefônicos (não confunda: dados telefônicos x interceptação telefônica);
obter informação de documentos sigilosos;
▪ NÃO é permitido: interceptação telefônica; busca domiciliar; ordem de
prisão, salvo por falso testemunho; indisponibilidade de bens;
▪ CPI estadual pode quebrar sigilo bancário. CPI municipal NÃO pode
quebrar sigilo bancário;
▪ Comparar os poderes da CPI com os do TCU.

• Imunidades Parlamentares:
o Material ou inviolabilidade;
▪ Opiniões, palavras e ofensas emitidas DENTRO do parlamento: a
imunidade é absoluta, ou seja, protege o parlamentar mesmo que a
manifestação não tenha relação direta com o exercício do seu mandato.
Emitidas FORA do parlamento: a imunidade é relativa, ou seja, protege o
parlamentar apenas se a manifestação se relacionar com o exercício do
seu mandato (jurisprudência tradicional do STF).
▪ Todavia, decidiu o STF no caso “Jair Bolsonaro”: a imunidade parlamentar
material (art. 53 da CF/88) protege os Deputados Federais e Senadores,
qualquer que seja o âmbito espacial (local) em que exerçam a liberdade
de opinião. No entanto, para isso é necessário que as suas declarações
tenham conexão (relação) com o desempenho da função legislativa
ou tenham sido proferidas em razão dela.
o Formal ou processual:
▪ Para a prisão (“incoercibilidade pessoal relativa” ou freedom from arrest):
• Prisão pena: possibilidade de prisão em caso de condenação com
processo judicial transitado em julgado;
• Inadimplência de pensão alimentícia: divergência na doutrina
sobre a possibilidade de o Deputado ou Senador ser preso por

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conta de atraso no pagamento da pensão alimentícia (prisão civil).
Admitem: Uadi Bulos e Marcelo Novelino. Não admitem: Pedro
Lenza e Bernardo Fernandes. Não há precedente do STF sobre o
tema;
• Medidas cautelares diversas da prisão (caso “Aécio Neves”): O
Poder Judiciário possui competência para impor aos

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parlamentares, por autoridade própria, as medidas cautelares
previstas no art. 319 do CPP, seja em substituição de prisão em
flagrante delito por crime inafiançável, por constituírem medidas
individuais e específicas menos gravosas; seja autonomamente,
em circunstâncias de excepcional gravidade. A decisão judicial
que estabelecer medidas cautelares que impossibilitem, direta ou
indiretamente, o pleno e regular exercício do mandato parlamentar
e de suas funções legislativas, será remetida, dentro de 24 horas,
a Casa respectiva, nos termos do §2º do art. 53 da CF/88, para
que, pelo voto nominal e aberto da maioria de seus membros,
resolva sobre a medida cautelar. Superação da jurisprudência do
STF estabelecida no caso “Eduardo Cunha”.
▪ Para o processo;
o Prerrogativa de foro. Entendimento atual do STF: o foro só se justifica se os fatos
tiverem relação com o exercício do mandato;
o Sigilo da fonte (art. 53, §6º da CF);
o Incorporação às Forças Armadas;
o Não se estende a suplentes;

o Imunidades na vigência de estado de sítio e de defesa;

o Parlamentares estaduais e municipais:

▪ Limites territoriais. Distinções e semelhanças entre as imunidades de


parlamentares federais, estaduais e municipais;

o Perda do mandato em razão de sentença penal condenatória e jurisprudência do


STF.

• Incompatibilidades e impedimentos;
• Perda do mandato:

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o Cassação do mandato;
o Extinção do mandato;
o Hipóteses em que não há perda (art. 56 da CF);
o Necessidade ou desnecessidade de deliberação da casa legislativa em caso
de condenação criminal pelo STF: distinção a partir da pena aplicada
(informativo 863 do STF).

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• Fases do processo legislativo:
o Iniciativa:
▪ Concorrente;
▪ Exclusiva (atenção! A jurisprudência do STF é rica em casos de violação
à competência do Chefe do Poder Executivo notadamente para cuidar de
temas relacionados a servidor público e sua remuneração);
▪ Popular;
o Constitutiva:
▪ Deliberação parlamentar – discussão e votação;
▪ Deliberação executiva – sanção e veto:
• Espécies normativas não sujeitas: emenda constitucional, decreto
legislativo, lei delegada, medida provisória e resolução;
• Inexistência de veto tácito: o silêncio importa sanção;
• Veto parcial: apenas pode incidir sobre texto integral de artigo,
parágrafo, inciso ou alínea;
• Sanção NÃO convalida vício de iniciativa;
o Complementar:
▪ Promulgação;
▪ Publicação;

ESPÉCIES NORMATIVAS

• Emendas à Constituição:

▪ Legitimados à iniciativa de PEC (art. 60, I a III, da CF):

• Um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou


do Senado Federal;

• Presidente da República

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• Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros.

Obs.: Portanto, NÃO é possível iniciativa popular de PEC, em que pese haver doutrina em sentido contrário
(José Afonso da Silva)

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o Discussão e votação em cada Casa do Congresso Nacional, em DOIS
TURNOS, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, TRÊS
QUINTOS dos votos dos membros de cada uma delas (art. 60, §2º).

▪ “A Constituição Federal de 1988 NÃO fixou um intervalo temporal


mínimo entre os dois turnos de votação para fins de aprovação de
emendas à Constituição (CF, art. 60, § 2º), de sorte que inexiste
parâmetro objetivo que oriente o exame judicial do grau de solidez
da vontade política de reformar a Lei Maior. A interferência judicial
no âmago do processo político, verdadeiro locus da atuação típica
dos agentes do Poder Legislativo, tem de gozar de lastro forte e
categórico no que prevê o texto da CF.” (ADI 4.425, rel. p/ o ac.
Min. Luiz Fux, julgamento em 14-3-2013, Plenário, DJE de 19-12-
2013.)

o Promulgação: pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado


Federal. NÃO há veto ou sanção presidencial.

o Caso a proposta seja REJEITADA ou havida por prejudicada, será


arquivada, não podendo a matéria dela constante ser objeto de nova
proposta na mesma sessão legislativa (art. 60, §5º). Pegadinha: as
bancas costumam trocar “sessão legislativa” por “legislatura”.

o Limitações explícitas:
▪ Formais;
▪ Circunstanciais;
▪ Materiais.
o Limitações implícitas:
▪ Teoria da dupla revisão: conceito e não adoção no Direto
brasileiro.

17
o Tratados internacionais e hierarquia conforme jurisprudência do STF.
• Lei ordinária x lei complementar:
▪ Quórum;
▪ Aspecto material;
▪ Hierarquia?
• Lei delegada:

LEONARDO VIEIRA DE SOUZA - 413.562.568-13


▪ Iniciativa solicitadora instrumentalizada por meio de resolução;
• Medida provisória:
▪ Presidente da República:
• Impossibilidade de o Presidente retirar da apreciação do CN
medida provisória já editada;
▪ Relevância e urgência;
▪ Prazo de duração. Regime de urgência;
▪ Eficácia;
▪ Tramitação;
▪ Reedição;
▪ Aprovação com e sem alteração:
• Necessidade de sanção presidencial quando a medida provisória
é aprovada com alteração do texto;
▪ Rejeição tácita e expressa
▪ Limitação material à edição de MP
• MP’s editadas antes da EC 32/01
• Decreto legislativo;
• Resolução.

TRIBUNAIS DE CONTAS
• Não é subordinado ao Poder Legislativo, mas sim órgão técnico de auxílio;
• SEM e EP estão sujeitas aos Tribunais de Contas, mesmo que seus empregados sejam
celetistas;
• Particulares e qualquer pessoa ou organismo que atue com dinheiro público estão sujeitos à
fiscalização dos TCs;
• Teoria dos poderes implícitos: o STF, com base na citada teoria, referendou a utilização
de medidas cautelares pelos TCs, como a indisponibilidade de bens, com vistas a garantir a

18
efetividade das suas atribuições explicitadas no art. 71 da CF. As cautelares podem ser
deferidas, inclusive, sem audiência da parte contrária;
• Controle de constitucionalidade: divergência sobre a possibilidade de os Tribunais de
Contas, no exercício das suas atribuições, apreciar a constitucionalidade das leis e atos do
Poder Públicos (superação ou não da súmula 347 do STF). Atenção: por enquanto,
recomenda-se seguir a dicção da súmula em provas objetivas ;

LEONARDO VIEIRA DE SOUZA - 413.562.568-13


• Controle sobre editais de licitação: não é possível estabelecer o dever genérico de envio
de todas as minutas de editais de licitação e de contratos ao Tribunal de Contas, tendo em
vista o princípio da separação de poderes. O envio deve ser solicitado pelo Tribunal em cada
caso concreto.
• Sustação sobre contratos administrativos: divergência na interpretação do art. 71, §2º,
da CF/88:

o Primeira posição: o Tribunal de Contas não pode sustar contratos administrativos,


prerrogativa reconhecida constitucionalmente ao Congresso, mas apenas rejeitar as
contas por irregularidade naquela determinada despesa contratual. A primeira
corrente sustenta a impossibilidade de o TC sustar os contratos com base, sobretudo,
no princípio da separação de poderes, afirmando que o TC não poderia substituir o
Congresso Nacional nessa tarefa. Caso o fizesse, estaria invadindo a independência
dos Poderes, pois o Tribunal de Contas não pode se sobrepor ao juízo do Executivo
e nem do Legislativo, visto ser um órgão auxiliar deste último Poder, que é o
responsável pelo controle externo. Nesse sentido: Luís Roberto Barroso, Marcos
Juruena Villela Souto.

o Segunda posição (prevalecente): o Tribunal de Contas pode sustar contratos


administrativos. A segunda corrente afirma a competência do Tribunal de Contas para
sustar contrato administrativo, no caso de haver transcorrido o prazo de noventa dias
sem deliberação do Congresso Nacional, com base no reconhecimento da
importância, pelo texto constitucional, da Corte de Contas, que não se subordina
hierarquicamente ao Poder Legislativo, e necessita de instrumentos aptos a tornar
efetiva a sua atuação. Nesse sentido: Egon Bockmann Moreira, Jessé Torres Pereira
Junior, Marianna Montebello Willeman, Jorge Ulisses Jacoby Fernandes.

19
ATENÇÃO: mesmo para os adeptos da segunda corrente, a competência para sustar o contrato
administrativo somente será reestabelecida em favor do Tribunal de Contas (art. 71, §2º, da CF) se o prazo
constitucional de noventa dias deve ter transcorrido in albis, isto é, deve ter havido omissão do órgão
Legislativo. Se, porventura, o Poder Legislativo não tiver sustado o contrato, por entender que não padece
dos vícios apontados pelo Tribunal de Contas, a competência para sustar NÃO será devolvida ao TC.

• Determinação para anulação de contrato administrativo: ainda que a doutrina divirja

LEONARDO VIEIRA DE SOUZA - 413.562.568-13


sobre a possibilidade de sustação de contrato, segundo o STF, os Tribunais de Contas têm
competência para determinar à autoridade administrativa que promova a ANULAÇÃO do
contrato administrativo.

• Anulação de acordo extrajudicial firmado pela Administração Pública: de acordo com o


STF, se o acordo ainda NÃO foi homologado judicialmente, o Tribunal de Contas pode sim
determinar a anulação do termo extrajudicial. Porém, se já houve homologação judicial do
acordo, falece competência para que o Tribunal de Contas determine a sua anulação

• Decretação de sigilo bancário: segundo o STF, “o Tribunal de Contas da União, a despeito


da relevância das suas funções, NÃO está autorizado a requisitar informações que importem
a quebra de sigilo bancário”.

TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS4 TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO

Órgão estadual que atua na fiscalização das Órgão municipal que atua na fiscalização
contas de todos os Municípios de das contas de um único Município.
determinado Estado.

Atua como órgão auxiliar de todas as Atua como órgão auxiliar de uma única
Câmaras Municipais de determinado Câmara Municipal no exercício do controle
Estado no exercício do controle externo externo sobre determinado Município.
sobre os respectivos Municípios daquele
Estado.

A CF/88 permite que os Estados criem A CF/88 proíbe que sejam criados novos
novos Tribunais de Contas dos Municípios. Tribunais de Contas Municipais.

Atualmente, existem três: TCM/BA, Atualmente, existem dois: TCM/Rio de


TCM/GO e TCM/PA. Janeiro e TCM/São Paulo.

4 Tabela retirada do Buscador Dizer o Direito.

20
SÚMULAS SOBRE O ASSUNTO

Súmula Vinculante n. 46: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento


das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa
da União.

LEONARDO VIEIRA DE SOUZA - 413.562.568-13


Súmula 397-STF: O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em
caso de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a
prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito.

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ANOTAÇÕES

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DIA 18 | DIREITO AMBIENTAL
MEIO AMBIENTE NA CF
Pontos do edital
1. Meio ambiente: conceito e classificação. Interpretação da legislação ambiental. Histórico da legislação

LEONARDO VIEIRA DE SOUZA - 413.562.568-13


ambiental no Brasil. 2. A proteção do meio ambiente na Constituição Federal e na Constituição do Estado de
São Paulo: Disposições gerais. Proteção ao meio ambiente como direito fundamental. Competência em
matéria ambiental (legislativa e material). Federalismo de cooperação e meio ambiente. Função social da
propriedade. Da ordem econômica. Tributação e meio ambiente. Tutela constitucional dos recursos hídricos.
Tratados internacionais em matéria ambiental.

✓ DOUTRINA
✓ LEI
✓ JURISPRUDÊNCIA
✓ QUESTÕES

COMO ESTUDAR?

• Estudar o material respectivo postado na área do aluno (versão full ou express):


o Material 01: O meio ambiente na CF
o Material 02: Princípios de Direito Ambiental
• Estudar (grifar, marcar, anotar):
o Arts. 23, 24 e 225 da Constituição Federal;
o Lei Complementar 140/2011;
o Art. 4º, V, VI e VII e 14, § 1º, da Lei nº 6.938/81;
o Art. 6º da Lei nº 12.305/10;
o Art. 1º, da Lei nº 11.105/05.
• Estudar as jurisprudências pelas fichas respectivas;
• Resolver, pelo menos, 30 questões.

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O QUE É IMPORTANTE?

MEIO AMBIENTE NA CF
• Definição e espécies de meio ambiente: natural, artificial, cultural e do trabalho;
o Federalismo cooperativo e a repartição de competências ambientais;
o Competências constitucionais em matéria ambiental: atenção para a distinção

LEONARDO VIEIRA DE SOUZA - 413.562.568-13


existente entre a competência legislativa e a material;
• Consagração original da proteção ao meio ambiente na CF/88;
• STF e doutrina majoritária: direito fundamental de terceira geração.
• Instrumentos de proteção ambiental previstos na CF/88:
Instrumento de Proteção
Finalidade
Constitucionalmente Previsto
Proteção e preservação das interações
Processos ecológicos essenciais ambientais fundamentais para o homem e a
vida no planeta.
Gerir as espécies e ecossistemas de forma a
Manejo ecológico
preservá-las.
Preservar a biodiversidade e a sua integridade,
Proteção do patrimônio genético além de fiscalizar as entidades que atuam com
pesquisas genéticas.
Definir unidades de conservação, com a
Espaços territoriais especialmente protegidos proteção integral de seus atributos, somente se
permitindo a supressão ou alteração por lei.
Estudos prévios a serem exigidos para obras
Estudos prévios de impacto ambiental ou atividades potencialmente poluidoras, aos
quais se dará publicidade.
Controle da produção, preservação e emprego
Controle de técnicas arriscadas para a vida e
de técnicas em si perigosas, tais como uso de
para o meio ambiente
agrotóxicos, descarte de OGM no ambiente etc.
Educação e conscientização ambiental Em todos os níveis de ensino.
Preservar função ecológica, diversidade e
Proteção da fauna e flora
evitar extinção de espécies animais e vegetais.
Recuperação do meio ambiente por quem Especial imposição feita pela Constituição a
explorar recursos minerais esse ramo conhecidamente degradador.

24
Instrumento de Proteção
Finalidade
Constitucionalmente Previsto
Sanções penais e administrativas, às pessoas
Sanções às condutas lesivas ao ambiente físicas e jurídicas, independentes da obrigação
de reparar o dano.
Floresta Amazônica, Serra do Mar, Mata

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Proteção às reservas da biosfera atlântica, Pantanal Matogrossense e Zona
Costeira
Somente lei federal poderá dispor sobre a
Tutela federal das usinas nucleares
localização de usinas nucleares.

• Repartição de competências ambientais: aplicação do princípio da predominância do


interesse.
o União: competente para cuidar de matérias de predominante interesse geral,
nacional ou regional (quando interessarem a mais de um Estado);
o Estados: competente para cuidar de matérias de predominante interesse
estadual (quando interessarem a mais de um município);
o Municípios: competente para cuidar de matérias de predominante interesse
local.

COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL EM MATÉRIA AMBIENTAL


Competência material
Competência União, Estados, DF e Municípios: proteger o meio ambiente e combater a
Comum poluição em qualquer de suas formas (art. 23, VI)
União: aproveitamento energético dos cursos de água; instituir sistema nacional
Competência de gerenciamento de recursos hídricos; estabelecer as áreas e as condições
Exclusiva para o exercício da atividade de garimpagem; organizar, manter e executar a
inspeção do trabalho.
Competência legislativa
União, Estados e DF (Municípios, residual): Legislar sobre florestas, caça,
Competência
pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
Concorrente
proteção do meio ambiente e controle da poluição (art. 24, VI).
Competência União: legislar sobre “águas e energia” (art. 22, IV), “jazidas, minas e outros
Privativa recursos minerais” (art. 22, XII).

25
• LC 140/11:
o Competência para licenciar x competência para fiscalizar;
o Critérios para definição da competência para licenciamento ambiental.

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SÚMULA SOBRE O ASSUNTO

Súmula 613 do STJ: Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de
Direito Ambiental.

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ANOTAÇÕES

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DIA 18 | DIREITO PROCESSUAL CIVIL
ATOS PROCESSUAIS
Pontos do edital
6. Processo. Relação jurídica processual. Pressupostos processuais de existência, validade e negativos. Atos

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processuais das partes, do magistrado e dos auxiliares da Justiça. Forma, tempo e lugar dos atos processuais.
Negócios jurídicos processuais. Prazos processuais em geral e da Fazenda Pública. Preclusão. Nulidades
processuais. Comunicação dos atos processuais. Formação, suspensão e extinção do processo. Processo
eletrô nico: prática eletrônica de atos processuais. Ação, sob enfoque processual. Classificação. Elementos.
Condições. Cumulação

✓ DOUTRINA
✓ LEI
✓ JURISPRUDÊNCIA
✓ QUESTÕES

COMO ESTUDAR?

Estudar os materiais abaixo postados na área do aluno:


o Material 01: Atos processuais;
Estudar (grifar, marcar, anotar):
o Art. 188 a 293 do CPC;

• Resolver, pelo menos, 30 questões sobre o tema.


Estudar a jurisprudência pela ficha respectiva.

O QUE É IMPORTANTE?

• Dos prazos
o Prazos peremptórios x Prazos dilatórios
o Contagem em dias úteis
o Prerrogativa da Fazenda Pública de prazo em dobro;

• Das formas de comunicação dos atos processuais

28
o Efeitos da citação (art. 240 do CPC)
o Modalidades de citação
o Intimação.

• Das nulidades

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o Espécies de nulidades: absolutas x relativas
o Princípio do prejuízo ou da transcendência
o Princípio da Instrumentalidade das formas (art. 277):
o Causalidade, consequencialidade ou efeito expansivo (art. 281):
o Princípio do Aproveitamento dos Atos Processuais Defeituosos – Fungibilidade
o Princípio do legítimo interesse
o Princípio da preclusão
o Princípio do confinamento das nulidades processuais e princípio da conservação dos
atos processuais.

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ANOTAÇÕES

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DIA 19 | DIREITO FINANCEIRO
RECEITA PÚBLICA
Pontos do edital
3. Receita pública. Receitas e entradas. Classificação das receitas. Limites mínimos de gastos com

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Educação e Saúde. FUNDEB (Emenda Constitucional nº 108/2020).

✓ DOUTRINA
✓ LEI
✓ JURISPRUDÊNCIA
✓ QUESTÕES

COMO ESTUDAR?

• Estudar o material respectivo postado na área do aluno (versão full ou express).


• Estudar (grifar, marcar, anotar):
o Arts. 2º, caput, 3º, 6º, 9º, 10, 11, 51 a 57 da Lei n.º 4.320/64;
o Arts. 11 a 14 da LRF.
• Estudar jurisprudência pela ficha respectiva.
• Resolver, pelo menos, 20 questões sobre o tema.

O QUE É IMPORTANTE?

• Receita x Ingressos: é preciso que o candidato saiba diferenciar uma receita pública de um
mero ingresso público. Para ser considerado receita pública, o valor obtido pelo Estado deve
se incorporar ao seu patrimônio. O ingresso público, por sua vez, não exige tal incorporação,
bastando que o dinheiro esteja na posse do Estado, ainda que seja simples fluxo de caixa.
Por exemplo, a caução oferecida em procedimento licitatório é um valor colocado na posse
do Estado, mas que não se incorpora ao seu patrimônio, pelo menos em um primeiro
momento.
o Receita: caráter definitivo da entrada de dinheiro ou bens;

31
o Mero ingresso: caráter provisório da entrada de dinheiro ou bens (Ex.: caução
oferecida por particular para garantir determinada avença).

• Classificação:
o Corrente/Capital;

LEONARDO VIEIRA DE SOUZA - 413.562.568-13


Receita tributára

Receita de contribuições

Receita patrimonial
Receitas
correntes Receita agropecuária

Receita industrial

Receita de serviços
Receitas
Transferências correntes

Outras receitas correntes

Operações de crédito

Alienações de bens

Receitas de Amortizações de empréstimos


capital
Transferências de capital

Outras receitas de capital

o Originária/Derivada;
o Orçamentária/extraorçamentária:
▪ Receita extraorçamentária é a receita que não faz parte do orçamento,
tampouco nele está prevista. Pela regra, o executivo não pode contar com
essa receita para fazer face às despesas públicas. São exemplos os valores
a título de caução, fiança, depósito para garantia, consignações em folha de
pagamento, retenções na fonte e, dentre outras, a chamada ARO. Aludidas
receitas têm em contrapartida um passivo exigível que será resgatado,
quando da realização da correspondente despesa extraorçamentária. Sobre
as receitas extraorçamentárias, três informações importantes: 1) sua

32
arrecadação NÃO depende de autorização legislativa; 2) sua realização NÃO
se vincula à execução do orçamento; 3) é POSSÍVEL que uma receita
extraorçamentária se torne receita orçamentária, quando, por exemplo,
alguém perde, em favor do Estado, o valor de uma caução por inadimplência
ou quando perde o valor depositado em garantia;
o Royalties do petróleo, minerais, gás naturais e energia são receitas originárias;

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o Ordinária/Extraordinária;
• Art. 51 da Lei n. 4.320/64: Princípio da anualidade não vigora mais no Brasil.
• Renúncia de receita: conceito e requisitos legais. Muito IMPORTANTE!

Lei específica

Constitucionais
Demonstrativo
regionalizado do
efeito sobre as
receitas
Requisitos para a Estimativa de impacto
renúncia de receita no exercício da
vigência e nos dois
seguintes

Legais Atendimento à LDO Demonstração pelo


proponente de que a
renúncia foi
considerada na
estimativa de receita
Atender a uma das
da LOA
condições seguintes:

Medidas de
compensação

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ANOTAÇÕES

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DIA 19 | DIREITO FINANCEIRO
DESPESA PÚBLICA
Pontos do edital
6. Despesa pública. Conceito e características. Espécies. Regime jurídico. Procedimento para a realização

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das despesas públicas. Restos a pagar. Limites de despesas com pessoal.

✓ DOUTRINA
✓ LEI
✓ JURISPRUDÊNCIA
✓ QUESTÕES

COMO ESTUDAR?

Estudar os materiais abaixo postados na área do aluno (versão full ou express):


Estudar (grifar, marcar, anotar):
o Arts. 100 e 169 da CF/88;
o Arts. 12 a 21 / 40 a 46 / 58 a 70 da Lei n. 4.320/64;
o Arts. 15 a 25 da LRF.
Estudar a jurisprudência pela ficha respectiva.
Resolver, pelo menos, 30 questões.

O QUE É IMPORTANTE?

Despesas públicas na CF e Lei n.º 4.320/64


• Classificação da despesa pública: econômica (Lei n.º 4.320/64) e fiscal (LRF).

35
o A CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA, prevista na Lei n.º 4.320/64, pode ser assim
esquematizada5:

DESPESAS (Lei n.º 4.320/64)

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Correntes De capital

Despesas Transferências Inversões Transferências


Investimentos
de correntes financeiras de capital
custeio
Juros da dívida, obras,
Gastos de aposentados, equipamentos, amortização
imóveis, participação em
pessoal, pensionistas, instalações, da dívida
constituição/aumento
material transferências constituição/ pública,
de capital em empresas
de constitucionais aumento de auxílio para
financeiras/comerciais,
consumo, etc. capital em obras
concessão de
serviços de empresas públicas etc.
empréstimos etc.
terceiro agrícolas/industria
etc. is etc.

o Perceba, portanto, que as correntes estão relacionadas às despesas do dia-a-dia do


ente público. São essenciais ao funcionamento normal da administração;
o Por outro lado, as de capital são as despesas produtivas, que são aplicadas com
vistas a retornos futuros.
o Destaque: o pagamento dos juros da dívida é despesa corrente, uma vez que não
gera aumento do patrimônio público e não justifica contraprestação direta de serviço
ou bem recebido. Todavia, o pagamento do principal (amortização da dívida) é
despesa de capital, exatamente porque mais perto da quitação do bem ou serviço
adquirido estará o ente público.

Pagamento dos juros da dívida pública Pagamento do principal


(amortização da dívida pública)
Despesa corrente Despesa de capital

5 Organograma retirado do material de Despesas Públicas de João Lordelo.

36
o Destaque: é muito comum a cobrança de questões cobrando distinções entre
investimentos e inversões financeiras. Podemos registrar pelo menos duas mais
comuns: constituição ou aumento do capital social de entidades ou empresas
e aquisição de imóveis.

Investimento Inversão financeira

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Constituição ou aumento do capital Constituição ou aumento do capital social de
social de entidades ou empresas que entidades ou empresas que VISEM a objetivos
NÃO visem a objetivos comerciais ou comerciais ou financeiros.
financeiros.
Aquisição de imóveis que NÃO estava Aquisição de imóveis que JÁ estava em utilização.
em utilização.

• Demais classificações:
o Quanto à origem: orçamentária e extraorçamentária (mais importante);
o Quanto à competência: federal, estadual e municipal;
o Quanto à regularidade: ordinária e extraordinária;
• Despesas vinculadas e obrigatórias na CF:
o Com a EC 86/2015, restou instituído que a União deveria aplicar montante
não inferior a 15% da receita corrente líquida do respectivo exercício
financeiro em ações e serviços públicos de saúde.
o Ao tratar das despesas com educação, a CF determina, desde logo, os
percentuais que os entes devem observar: 18% para a União e 25% para os
Estados, DF e Municípios.
• Fases das despesas públicas: empenho, liquidação e pagamento (arts. 60 a 65 da
Lei n.º 4.320/64);
o Espécies de empenho: ordinário/normal, por estimativa ou global;
o Insuficiência do empenho para gerar direito adquirido ao credor da
Administração: a Administração precisará, depois dele, avaliar o cumprimento
da prestação do credor (liquidação). O empenho, portanto, não cria obrigação
financeira;
o Todavia, embora não crie obrigação financeira, assegura dotação ou reserva
orçamentária para quitação do crédito;
o Possibilidade de anulação ou cancelamento de empenho.
• Regime contábil da despesa: competência;

37
• Restos a pagar:
o PROCESSADOS: Despesa empenhada e LIQUIDADA até o final do exercício
sem o respectivo pagamento. São representados pelas despesas
empenhadas que alcançaram o estágio da liquidação - portanto, houve
cumprimento do pacto com fornecedor.

LEONARDO VIEIRA DE SOUZA - 413.562.568-13


o NÃO PROCESSADOS: Despesa empenhada, mas NÃO LIQUIDADA. São
representados pelas despesas empenhadas que ainda dependem dos
implementos de condições. Em relação a esses empenhos, a liquidação
ocorrerá quando for cumprido o pacto constante da nota de empenho.
• IMPORTANTÍSSIMO: precatórios no texto constitucional e na jurisprudência do STF
e STJ:
o ATENÇÃO! A EC 114/2021 mudou de 1º de julho para 2 de abril de cada ano, a data
limite de apresentação dos precatórios pela Justiça para que sejam incluídos no
orçamento público do ano seguinte.
o A jurisprudência do STF e STJ tem se sedimentado no sentido de que: 1) os
honorários advocatícios constituem verbas de natureza alimentar, sendo possível,
por isso, a tramitação especial; 2) é inconstitucional a expressão “na data da
expedição do precatório”, constante do art. 100, §2º, da CF, de modo que todos os
credores com 60 anos ou mais fazem jus à fila preferencial de precatórios;
o RE 5654132 – informativo 765: “É possível o fracionamento de precatório para
pagamento de honorários advocatícios”. Muito cuidado, pois a tese supera
jurisprudência anterior consolidada em sentido contrário!
o RE 568645 – informativo 760: “O fracionamento do valor da execução, em caso de
litisconsórcio facultativo, para expedição de requisição de pequeno valor em favor de
cada credor, não implica violação ao art. 100, §8º, da CF, com a redação dada pela
EC 62/09”.
o Compensação de precatório realizada por contribuinte: necessidade de lei do ente
federado devedor e prazo para sua edição;
o Emenda Constitucional 113/2021: É facultado ao credor de precatório
expedido contra a União incluindo aqueles adquiridos de terceiros: I - quitar
débitos parcelados ou inscritos na dívida ativa;II - compra de imóveis públicos
de propriedade do ente político devedor disponibilizado para a venda;III -
pagamento de outorga de delegações de serviços públicos e demais
espécies de concessão negocial promovidas pelo mesmo ente;IV - aquisição,

38
inclusive minoritária, de participação societária, disponibilizada para venda,
do respectivo ente federativo; ouV - compra de direitos, disponibilizados para
cessão, do respectivo ente federativo, inclusive, no caso da União, da
antecipação de valores a serem recebidos a título do excedente em óleo em
contratos de partilha de petróleo.
o Emenda Constitucional 113/2021: a atualização dos créditos passa a ser feita com

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base na taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), índice que
engloba tanto os juros de mora quanto a recomposição das perdas inflacionárias
o Possibilidade de penhora de precatórios, independente de se tratar da mesma
entidade devedora (EREsp 881014/RS);
o Debate sobre a possibilidade de pagamento de precatórios com depósitos judiciais
(importante para fases prático-discursivas):
▪ Natureza de mero ingressos públicos dos depósitos judiciais;
▪ Violação à regra de ouro (art. 167, III, da CF), uma vez que os
depósitos serão tomados de empréstimo para quitação de despesa
corrente.
▪ ADI 5679/MC (Min. Barroso): para a utilização dos depósitos judiciais,
os entes devem cumprir as seguintes condições: i) prévia constituição
de fundo garantidor de crédito; ii) destinação exclusiva para quitação
de precatórios em atraso até 25.03.2015; iii) exigência de que os
valores sejam depositadas em contas vinculadas sob administração
do Tribunal competente (e não do Executivo).
o Possibilidade de aquisição de imóvel público com crédito de precatório (art. 100, §11,
da CF);

o Atualização monetária dos precatórios:


▪ RE 579431: no período compreendido entre a elaboração dos cálculos e a
expedição do precatório ou RPV, incidem juros de mora.
▪ Súmula Vinculante 17: no período entre a expedição do precatório e o seu
vencimento, não incidem juros de mora, desde que pago dentro da “graça
constitucional” (art. 100, §5º, da CF);
▪ ARE 841864: todavia, superado o período de “graça constitucional”, incidem
juros de mora a partir da expedição e não do término do referido período.

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▪ ADIs 4357 e 4425: o índice oficial da caderneta de poupança para atualização
dos créditos de precatório foi declarado inconstitucional, por ser insuficiente
à recomposição inflacionária.
o No RMS 44836 (informativo 535), o STJ havia decidido que “o direito de preferência
em razão da idade no pagamento de precatórios, previsto no art. 100, §2º, da CF,
não pode ser estendido aos sucessores do titular originário do precatório, ainda que

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também sejam idosos. Esse direito é personalíssimo (...)”. Portanto, segundo o STJ,
o cuidado com tema devia-se ao fato de que o direito de preferência não se
transmitiria aos sucessores, nem mesmo se eles ostentassem as mesmas
características do credor primitivo, em razão de ser personalíssimo. Todavia,
ATENÇÃO: em 14 de dezembro de 2016, foi publicada a EC 94/2016, alterando o
teor do art. 100, §2º, da CF: § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares,
originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou
sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na
forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor
equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo,
admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na
ordem cronológica de apresentação do precatório.
o A demora no pagamento de precatórios não gera dano moral, que somente é cabível
se houver quebra da ordem cronológica.
o Sequestro de contas públicas:
▪ Preterimento do direito de precedência do credor (art. 100, §6º, da CF);
▪ Não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do crédito (art.
100, §6º, da CF);
▪ Para aquisição de medicamentos ou situações de gravidade ao direito à vida
(STF e STJ).
o A simples ausência de pagamento de precatórios não autoriza intervenção federal.
Para tanto, é necessário o elemento volitivo consistente dolo do ente federado no
descumprimento da ordem judicial.

Despesas públicas na LRF


o Limitação de empenho:
o Não poderão sofrer limitação de empenho:
▪ Despesas constitucionais do ente (saúde, educação e transferências
constitucionais, por exemplo);

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▪ Despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida;
▪ Despesas ressalvadas pelo LDO.
o Executivo não pode limitar empenho dos Poderes Judiciário e Legislativo,
bem como do Ministério Público (STF).
o A CLASSIFICAÇÃO FISCAL, prevista na LRF, pode ser assim esquematizada:

DESPESAS (LRF)

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Art. 17 (obrigatórias de
Art. 16 (ação governamental) caráter continuado)

Estimativa do Declaração do Despesa Lei, MP ou ato Período


impacto ordenador que a corrente administrativo superior a
orçamentário- despesa é normativo dois anos
fianceiro compatível e
adequada.

• IMPORTANTÍSSIMO: controle de despesa com pessoal e medidas para recondução


aos limites:
o Exceções ao cômputo dos gastos (art. 19, §1º, da LRF).
o Limites: de alerta (art. 59 da LRF: 90%), prudencial (art. 22, parágrafo único,
da LRF: 95%), final (art. 23 da LRF: 100%);
o Excesso de despesa e recondução: medidas a serem tomadas:
▪ CF: art. 169, §§3º e 4º;
▪ LRF: art. 23.
o Excesso de despesa, não recondução e penalidades cominadas:
▪ Art. 23, §3º, da LRF.
• Transferências voluntárias:
o Requisitos;
o Sanções;

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o Inscrição no SIAFI por ausência de prestação de contas do ex-gestor:
segundo o STF, a negativação do ente federado não deve subsistir, devendo-
se responsabilizar pessoalmente o ex-gestor e não a coletividade, a fim de
que se possibilite a realização de convênios no mandato do gestor atual e,
consequentemente, uma gama diversificada de ações públicas e sociais.
o Interpretação do art. 23, §3º, da LRF pelo STF, que, aplicando o princípio da

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intranscendência das medidas restritivas de direitos e a autonomia dos
Poderes do Estado, entendeu que as penalidades ali previstas devem recair
apenas sobre o Poder (Executivo, Legislativo ou Judiciário) que tenha
ultrapassado o limite final.

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ANOTAÇÕES

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DIAS 20 E 21
FIM DE SEMANA

COMO ESTUDAR?

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• Lei Seca

o Ler o Estatuto dos servidores do Estado de São Paulo – arts 176 a 331.
• Opcionalmente
o Assistir a (as) aula (as) disponibilizada (as) na área do aluno.
• Questões
o Fazer pelo menos 50 questões sobre temas tratados na semana.

ANOTAÇÕES

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