Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Olá! Boas-Vindas!
Esse material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de
qualidade!
Com carinho,
Equipe Ceisc.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Revisão Turbo
Sumário
Levantamento de Prova.................................................................................4
Temas mais cobrados ...................................................................................5
1. Revisando Processo Civil ..............................................................................7
2. Revisando Parte Geral, Coisas, Família e Sucessões ....................................... 34
3. Revisando Obrigações, Contratos, Responsabilidade Civil e Consumidor ............. 69
4. Revisando Recursos e Procedimentos Especiais ............................................. 87
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas da Revisão Turbo do curso
preparatório para a 2ª Fase OAB. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas
acompanhado da legislação pertinente.
Levantamento de Prova
Iniciais
Ação de conhecimento com pedidos de declaração e condenação XXXIII
Ação de Conhecimento com Pedido de Antencipação de Tutela V
Ação indenizatória VII e 2010.3
Ação Pauliana XX-RO
Ação de Obrigação de Fazer XIII
Ação Ordinária com Pedido de Tutela Antecipada VI
Ação Rescisória XXIX
Ação de Usucapião VIII
Embargos à Execução XXXI e XXIV
Ação de indenização por danos materiais e obrigação de fazer 38º
Contestação
Contestação XVI e 35º
Contestação com reconvenção XXVIII
Recursos
Recurso de Apelação 36º, XXXIV, XXXII, XXIII, XXI, XIX e 2010.2
Recurso de Agravo de Instrumento XXII, XX e XIV
Recurso Especial XXV e XV
Procedimentos Especiais
1. Contratos
2. Obrigações
3. Direito do consumidor
4. Alimentos
5. Sucessões
6. Recursos
7. Locações
9. Dano
1. Direito do consumidor
2. Tutela provisória
3. Alimentos
4. Dano
5. Responsabilidade civil
6. Negócio jurídico
7. Execução
8. Recursos
9. Contratos
10. Obrigações
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
A ação
O sistema processual brasileiro definiu dois tipos de ação:
• Ação de Conhecimento;
• Ação de Execução.
Ritos/procedimentos
São regras estabelecidas pela lei processual para o tramitar da ação perante o Poder
Judiciário. A lei define a soma de atos processuais que deverão acontecer entre o início (petição
inicial) e o fim da ação (sentença). Temos a seguinte divisão quanto aos ritos/procedimentos:
Procedimento Comum e Procedimentos Especiais. A forma de identificar o uso de um ou outro
é identificando o pedido (a pretensão que a parte vai levar ao Poder Judiciário), será possível
identificar o rito pelo qual este pedido vai tramitar perante o Poder Judiciário.
Jurisdição
Todo o órgão do Poder Judiciário (juiz, desembargador, Ministro) tem jurisdição. No
entanto, o exercício desta jurisdição é limitado pelas regras de competência. Competência é,
então, o limite de atuação dos órgãos jurisdicionais. Dentro de seu campo de atuação é
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
outorgado ao juiz poder para decidir sobre os conflitos. A grande divisão diz respeito a
competência ESTADUAL e FEDERAL.
Diante disso, para fixar a competência federal basta verificar o art. 109 da Constituição
Federal – ali ficou definido quais seriam as circunstâncias que acarretam a competência federal
(da Justiça Federal). Já a competência estadual (Justiça Estadual) é definida de forma residual
– o que não for de competência federal, será de competência estatual.
Incompetência
A incompetência é dividida em absoluta e relativa.
• Absoluta pode ser reconhecida de ofício e em qualquer grau de jurisdição (art. 64, §1ª
do CPC) - a competência absoluta trata dos casos de interesses públicos.
• Relativa não pode ser reconhecida de ofício (art. 337, §5º do CPC) e deve ser alegada
em preliminar da contestação (art. 337, II do CPC), sob pena de prorrogação (art. 65 do CPC) -
a competência relativa disciplina os casos de interesses privados. O reconhecimento da
incompetência (tanto relativa quando absoluta) gera a remessa dos autos para o juízo
competente (e não sua extinção) – art. 64, §3º do CPC.
ATENÇÃO!
O reconhecimento da incompetência no JEC acarreta a extinção do processo sem
resolução do mérito (artigo 51, inciso III, da Lei 9.099/95).
Acesso à Justiça
Custas e Despesas Processuais
Foi definido, no art. 82 do CPC, que o autor, ao propor uma ação, deverá fazer o
adiantamento das custas processuais (ou seja, a parte autora deverá fazer o recolhimento das
custas para ter sua ação distribuída).
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
A sentença (ao final do processo – quando da sua extinção), condenará a parte vencida
ao pagamento (para a parte vencedora) das custas e despesas que esta (parte vencedora)
antecipou (art. 82, §2º do CPC).
Justiça gratuita
O próprio art. 82 do CPC prevê que no caso de Justiça Gratuita restará a parte isenta do
pagamento de custas e despesas processuais. Nesse sentido, o artigo 98 do CPC garante à
pessoa natural ou jurídica, tanto brasileira, quanto estrangeira, que tenha insuficiência de
recursos para o pagamento das custas, das despesas processuais e dos honorários
advocatícios, o direito à justiça gratuita.
O pedido ao benefício poderá ser feito em várias fases do processo, na inicial,
contestação, em recursos ou até mesmo na petição que traz um terceiro ao processo.
No caso da pessoa natural, basta a alegação de ser hipossuficiente, não podendo o juiz
indeferir o benefício sem que esteja evidenciado no processo o contrário. Nesse caso, ainda,
antes do indeferimento, a parte tem a oportunidade de provar o contrário (art. 99, §2º e 3º do
CPC). Diferentemente é a situação da pessoa jurídica, que para fazer jus à justiça gratuita deve
provar ser financeiramente hipossuficiente.
Do Juiz
Suspeição e Impedimento
O magistrado, como órgão do Poder Judiciário, deve atuar com imparcialidade. No
entanto, existem circunstâncias que acarretam a sua parcialidade, as quais são definidas como
suspeição e impedimento. As causas que fundamentam o impedimento estão inseridas no art.
144 do CPC e as de suspeição no art. 145 do CPC.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Verificada a parcialidade do juiz, através dessas duas hipóteses, não será declara
extinção do processo – deverá o magistrado ser afastado do processo e os autos encaminhados
ao seu substituto legal (sendo que os atos decisórios praticados até a substituição devem ser
invalidados).
No prazo de 15 dias, a contar do conhecimento do fato, a parte deverá alegar o
impedimento ou suspeição, em petição específica, dirigida ao juiz do processo, na qual deverá
ser indicada o fundamento da recusa, podendo instrui-la com documentos em que se fundar a
alegação e com rol de testemunhas (art. 146, CPC).
Se reconhecer o impedimento ou a suspeição, o juiz ordenará imediatamente remessa
dos autos a seu substituto legal, caso contrário (não reconhecendo sua parcialidade),
determinará a autuação em apartado e no prazo de 15 dias deverá apresentar suas razões,
acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando remessa ao
tribunal para que julgue o incidente (§1º, art. 146, CPC).
O juiz poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de
declarar suas razões (§1º, art. 145, CPC), protegendo a sua intimidade.
Intervenção de Terceiros
A intervenção de terceiros pode se dar através das seguintes formas:
• Assistência: Trata-se de uma intervenção voluntária, em que um terceiro interessado
no conteúdo da sentença intervém no processo a fim de assistir e ajudar a parte com a qual
tenha relação jurídica. Chama-se assistência simples. Existe, ainda, a assistência litisconsorcial,
que é quando o assistente e uma das partes tem um adversário em comum e o assistente visa
defender um direito seu.
• Denunciação da lide: Aqui a intervenção é originada pela iniciativa de uma das partes,
que será chamado de denunciante, cujo objetivo é garantir o direito de regresso no caso de
improcedência do processo. Somente acontece nos casos do art. 125 do CPC.
IMPORTANTE!
Esse direito de regresso somente será julgado pelo juiz se o denunciante perder a ação
principal.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Atos Processuais
Atos processuais das partes
Previsto no artigo 200 do CPC, se subdivide em declarações unilaterais, que são os atos
realizados apenas pela parte, como no caso da petição inicial, ou bilaterais, que requerem a
manifestação de ambas as partes, como no caso do acordo. São atos que geram imediatamente
a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
IMPORTANTE!
A extinção do processo vai sempre acontecer por sentença (art. 316).
ordenará que seja corrigida, avaliando, inclusive, se os atos posteriores que dele dependam
também devem ser reparados (artigo 282 do CPC). A nulidade de um ato só poderá anular os
atos posteriores que dele dependam, não prejudicando os atos posteriores independentes,
conforme disciplina o artigo 281 do CPC.
De acordo com o artigo 277 do CPC, o ato será considerado válido pelo juiz, desde que
tenha alcançado a finalidade para o qual foi previsto, mesmo que tenha sido realizado de forma
contrária a lei. Isso porque adota-se o princípio da instrumentalidade das formas, que diz que a
forma é necessária apenas para que o ato alcance o seu objetivo, sendo que se atingir o objetivo
por outro meio não existirá o vício (exemplo: o réu é citado de forma incorreta, mas comparece
à audiência e se defende - o ato que inicialmente era nulo se tornará válido).
IMPORTANTE!
Identificando que o ato processual, mesmo nulo, não trouxe PREJUÍZO e alcançou a sua
FINALIDADE, não será decretada sua nulidade.
IMPORTANTE!
Conforme o §2º do 229 do CPC, tal dispositivo não se aplica aos processos em autos
eletrônicos.
Para as partes, a consequência da não observância dos prazos processuais é a preclusão,
ou seja, a perda do direito de manifestação:
→ Suspensão do processo: Das causas de suspensão, elencadas no artigo 313 do CPC,
algumas são aplicáveis a todos os tipos (I, II, III e VI), outras são específicas do processo de
conhecimento (IV e V), já as do processo de execução são tratadas no artigo 921 do CPC.
Tutelas Provisórias
As tutelas provisórias são divididas em: Evidência e Urgência.
A tutela provisória de evidência somente poderá ser pedida (e concedida/deferida) nos
casos do art. 311 do CPC e sua análise será incidental. Por outro lado, a tutela de urgência exige,
para sua concessão, a presença dos requisitos do art. 300 (podendo ser requerida e analisada
de forma incidente ou antecedente).
A Tutela de Urgência ainda se subdivide em antecipada (garantir direitos materiais) e
cautelar (garantir direitos processuais). Especificamente as tutelas de urgência poderão ser
requeridas de forma antecedente – a antecipada antecedente está regulada nos arts. 303 e 304
do CPC, enquanto a cautelar antecedente tem sua regulação no art. 305 e seguintes do CPC.
Além do mais, a petição inicial deverá indicar se o autor deseja ou não de que lhe seja
designada audiência de conciliação ou mediação (art. 334 do CPC), bem como, deverá juntar a
procuração contendo nome do advogado, OAB, endereço completo (art. 105, §2º do CPC).
A não juntada será admitida somente, para evitar preclusão, decadência ou prescrição,
ou para praticar ato considerado urgente (art. 287, I c/c art. 104 do CPC).
Para as pessoas jurídicas deve ser indicado: nome da empresa, sede, número de
inscrição no CNPJ, endereço eletrônico, representante da pessoa jurídica (colocar a qualificação
do representante).
IMPORTANTE!
Também pode configurar causa/fundamento para a improcedência liminar dos pedidos a
identificação de prescrição ou decadência (art. 332, §1º do CPC) – neste caso, haverá extinção
com resolução de mérito conforme o art. 487, II do CPC.
Assim como no indeferimento, a improcedência liminar gera a extinção (mas com mérito)
– dessa forma, tal decisão será classificada como sentença (art. 316 do CPC), restando a
apelação como recurso adequado (art. 1.009 do CPC).
Vale recordar, ainda, que interposta a apelação o juiz poderá retratar-se no prazo de cinco
dias, se houve a retratação o juiz irá determinar o prosseguimento do processo, com a citação
do réu, contudo se não houver retratação, determinará que o réu apresente contrarrazões, no
prazo de 15 dias.
mandará citar o réu, que também deverá se manifestar sobre o seu interesse na autocomposição,
somente não será designada quando o juiz entender que a autocomposição é inviável naquela
lide ou se AMBAS as partes disserem que não tem interesse.
Se o autor omitir na inicial seu interesse ou não pela audiência, o juiz entenderá sua
omissão como concordância com o ato, então, caso o réu venha a dizer que não tem interesse,
será designada audiência mesmo assim, ou ainda, se o autor disser que não quer, mas o réu se
manifestar pela realização da audiência de conciliação ou mediação, ela será designada pelo
juiz.
O comparecimento das partes é obrigatório, sob pena de ato atentatório contra à
dignidade da justiça e sob pena de multa de 2% da vantagem econômica pretendia ou do valor
da causa (art. 334, §8º do CPC).
As partes devem comparecer e estarem acompanhadas de seus respectivos advogados
ou defensores públicos (art. 334, § 9º do CPC)
Contudo, se a parte não puder comparecer, poderá ser representada por seu advogado,
desde que tenha procuração com poderes específicos (art. 334, §10 do CPC).
Contestação
Forma processual do réu/demandado apresentar sua defesa. Deverá ser protocolada no
prazo de 15 dias, obedecido o art. 335 do CPC.
Reconvenção
Além da contestação, o réu poderá se valer da reconvenção para contra-atacar o autor,
isto é, através da reconvenção o réu poderá formular pretensões, assim como fez o autor na
petição inicial.
Segundo a expressa previsão do art. 343, deverá a reconvenção ser apresentada na
Contestação (entenda-se que não será em peça separada e no prazo da contestação).
Revelia
A revelia é configurada pela inércia do réu, que deixa de apresentar defesa em relação
aos fatos narrados na inicial – objetivamente, ocorrerá à revelia quando o réu não apresentar
contestação. A revelia do réu acarreta a presunção de veracidade dos fatos narrados na petição
inicial (art. 344, segunda parte do CPC) – os chamados efeitos da revelia; e a desnecessidade
de sua intimação para os demais atos do processo caso não tenha constituído procurador nos
autos. Importante recordar que os do art. 345 são hipóteses que afastam a aplicação dos efeitos
da revelia (o réu permanece revel, mas contra ele não se aplicam os efeitos, ou seja, a presunção
de veracidade dos fatos).
Ônus da prova
Caberá o ônus da prova ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito, e ao réu,
quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, essa é a regra
geral (art. 373, CPC).
Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo, ou quando, for mais fácil para
a outra parte provar fato contrário, o juiz poderá determinar, por decisão fundamentada, que o
ônus seja de forma diversa, ocasião em que deverá dar oportunidade a parte de se desincumbir
do ônus de que lhe foi atribuído. Além do mais, a distribuição diversa do ônus da prova poderá
ser determinada pelas próprias partes (através de um acordo antes ou durante o processo).
Sentença
A sentença pode ser tanto o ato que extingue o mérito da causa, resolvendo-o, como
também poderá ser sem resolução do mérito, apenas resolução processual (art. 485 e 487, do
CPC).
A sentença sem resolução do mérito não produz coisa julgada, o seu efeito é apenas de
coisa julgada formal, pois não impede que a parte renove sua propositura processual (art. 486
do CPC).
Contudo importante observar que a nova proposta de ação só poderá ocorrer se houve o
pagamento das custas e honorários referente a ação anterior (art. 92 e 486, §2º do CPC). Sobre
a fundamentação ou motivação da sentença, é importante observar que não se considera
fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão que (art.
489, §1º do CPC).
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Está sentença possui limites, que, se não respeitados, provocam sua nulidade, são as
chamadas sentenças ultra petita, citra petita e extra petita. Sentença extra petita é aquela que o
juiz julga pedido que não foi proposto pelo autor. Sentença ultra petita é aquela que o juiz
condena o réu em quantidade superior à pedida. A sentença infra ou citra petita é quando o juiz
deixa de apreciar algum pedido da parte, quando houver cumulação de pedidos.
Remessa necessária
Estarão sujeitos ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal, a sentença, conforme o art. 496 do CPC: I - proferida contra a União,
os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito
público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
Nestes casos, se não for interposta apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa
dos autos ao tribunal e se não fizer, deverá o presidente do respectivo tribunal avocá-los.
Não se aplicará a remessa necessária quando a condenação for de mil salários-mínimos
para a União e respectivas autarquias e fundações de direito público; de 500 salários-mínimos
para os Estados, DF e respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que
constituam capitais dos Estados e; 100 salários-mínimos para todos os demais Municípios e
respectivas autarquias e fundações de direito público.
Também não se aplicará o reexame necessário em casos em que a sentença estiver
fundada em:
Ação de Execução
A legitimidade ativa para propor a execução está prevista no art. 778 do CPC.
Os legitimados do polo passivo da execução, estão previstos no art. 779 do CPC.
Quanto a cumulação de dois ou mais títulos na mesma execução não há nenhum
impedimento legal, desde que os títulos apresentem os requisitos de cumulação previstos no art.
327 §1º e 780 do CPC.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Requisitos do título executivo: O art. 783 e 786 do CPC dispõe que “A execução para
cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível”.
ATENÇÃO!
− Poupança: art. 833, X, do CPC: A impenhorabilidade dos bens depositados na
caderneta de poupança é limitada a 40 salários-mínimos.
− Diversas cadernetas de poupança: Caso o devedor possua diversas cadernetas de
poupança, o limite de impenhorabilidade deve considerar a soma de todas elas.
− Dívida relativo ao próprio bem: Lembre-se que a impenhorabilidade não é oponível à
execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição, na
forma do art. 833, §1º.
− Box de estacionamento: Caso o box do estacionamento tenha matrícula individualizada
poderá ser objeto de penhora (ver súmula 449 do STJ).
O art. 833, §2º é categórico ao afirmar que a impenhorabilidade prevista nos incisos IV e
X não se aplica aos casos de penhora para pagamento de prestação alimentícia.
A segunda parte do inciso 2º do art. 833 refere-se à possibilidade de penhora dos ganhos
excedentes a 50 salários-mínimos mensais, seja qual for a origem da obrigação.
Súmulas importantes: Súmula 364 do STJ, súmula 449 do STJ e súmula 486 do STJ.
• Execução por quantia certa: A execução por quantia certa tem o objetivo de compelir
o devedor a pagar determinada quantia em dinheiro.
Na petição inicial, o exequente deverá juntar a memória de cálculo do débito atualizado,
por força do art. 798, I, “b” e parágrafo único e terá a opção de indicar os bens que deseja
penhorar, conforme art. 798, II, “c” do CPC.
Ao receber a petição inicial o juiz determinará a citação do devedor para pagar o débito
em três dias, sob pena de penhora, fixando desde já os honorários advocatícios.
No caso de execução por quantia certa, a citação implica no prazo de três dias para pagar
(a partir da efetiva citação do devedor) e o prazo de quinze dias para oferecer embargos
(contados da juntada do mandado aos autos), independentemente de realizada ou não a
penhora.
• Penhora: Não ocorrendo o pagamento em três dias, o oficial de justiça fará a penhora
dos bens indicados pelo credor na petição inicial e caso não haja indicação, fará a penhora sobre
os bens que localizar em diligência, observado o rol de bens impenhoráveis previsto no art. 833
do CPC e da Lei n. 8.009/90.
A expropriação dos bens é o meio pelo qual o credor alcançará a satisfação de seu crédito
na execução por quantia certa e consiste na adjudicação, alienação ou apropriação de frutos e
rendimentos de empresa ou estabelecimento e de outros bens.
A adjudicação ocorre quando o bem móvel ou imóvel penhorado é transferido para o
credor a fim de satisfazer seu crédito e nunca poderá ocorrer por valor inferior ao da avaliação.
Alienação do bem, que far-se-á por iniciativa particular (art. 866 do CPC) ou em leilão
judicial eletrônico ou presencial (art. 879, CPC).
Cumprimento de sentença
O cumprimento de sentença é utilizado quando o credor tem um título executivo judicial
(rol de títulos executivos judiciais no art. 515, CPC).
Para que seja iniciado o cumprimento de sentença é necessário a presença de três
requisitos: a) o título executivo judicial; b) inadimplemento do devedor; c) iniciativa do exequente
(513, §1º, do CPC).
É possível fazer o cumprimento de sentença de decisões interlocutórias (exemplo: fixação
liminar de alimentos), cumprimento de sentença provisório (quando a decisão exigida ainda pode
ser modificada) e, ainda, cumprimento de sentença definitivo (sentença já transitada em julgado).
Extinção da execução
Os motivos que levam a extinção da execução estão previstos no art. 924 do CPC, o rol
apresentado é exemplificativo, já que existem outras formas que acarretam na extinção da
execução, como por exemplo, o acolhimento dos embargos.
O art. 925 determina a necessidade de sentença para que a extinção da execução produza
efeitos.
Embargos à execução
A propositura de embargos à execução é a forma que o executado ataca a ação de
execução fundada em título executivo extrajudicial. Trata-se de uma ação autônoma, mas
vinculada à execução (deve ser proposta no juízo da execução e a distribuição deve ser por
dependência com tramitação em autos apartados). Tem natureza de ação de conhecimento e se
presta para desconstituir ou declarar a nulidade ou inexistência do crédito.
O PRAZO para apresentação dos embargos é de quinze dias, conforme preceitua o art.
915 do CPC e observado o art. 231 do CPC que fixa as regras para a contagem do prazo.
Caso o executado reconheça o crédito do exequente no prazo dos embargos e comprove
o depósito de 30% do valor da execução (acrescido de custas e honorários), poderá requerer o
PARCELAMENTO do restante em até 6 parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e
juros de um por cento por mês (art. 916 CPC). Com o deferimento do pedido de parcelamento,
a execução ficará suspensa até a quitação integral do débito.
Importante destacar que o credor não poderá opor-se ao parcelamento, pois se trata de
um direito que a lei confere ao devedor, mas será intimado (art. 916 §1º do CPC) para manifestar-
se em 5 dias sobre o preenchimento dos pressupostos.
O inadimplemento de qualquer das prestações do parcelamento acarretará o vencimento
antecipado das prestações subsequentes e no prosseguimento do processo com o imediato
reinicio dos atos executivos, além de multa de 10% sobre o valor das prestações não pagas
(parágrafo quinto do art. 916).
Efeito suspensivo
O art. 919 do CPC prevê que os Embargos a Execução não terão efeito suspensivo (ou
seja, prossegue a execução).
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Como forma de exceção, poderá ser concedida tal efeito (para suspender a execução,
desde que presentes os requisitos do art. 919, parágrafo primeiro).
b) Base para estruturar a peça: Art. 319 do CPC. Esse artigo 319 do CPC será usado
como base para estruturar petição inicial, e vocês adaptam a petição inicial de acordo com o
procedimento.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
→ No caso da Justiça Estadual quando tiver mais de uma vara: (É A REGRA GERAL)
DOUTO JUÍZO DA ...VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA DO ESTADO DE
PARANÁ.
→ No caso de Tribunal de Justiça: (não no caso de recursos e sim de petição inicial nos
casos de competência originária)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
→ No caso de Tribunal Federal: (não no caso de recursos e sim de petição inicial nos
casos de competência originária)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE
DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ... REGIÃO (Como exemplo, o estado do
Rio Grande do Sul pertence à 4ª região, contudo, caso a problemática da FGV não informe a
região a que pertence o Estado, o examinando não deverá informar, a fim de evitar a identificação
de peça).
→ No caso do STJ:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
→ No caso do STF:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL
CEP..., por intermédio de seu advogado constituído (procuração em anexo), OAB..., endereço
eletrônico..., com endereço profissional na Rua..., número.., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP...,
onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, ajuizar, pelo
procedimento comum (com fundamento no artigo...), a presente (....)
2º Descrever o Fato Gerador: ou seja, o motivo principal que deu origem ao conflito. Aqui
deve ser descrito o fato em si que deu origem à pretensão ou ao direito potestativo do autor.
Exemplificam os doutrinadores acima:
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Polo Ativo:Exequente
Execução Polo Passivo: Executado
I – DOS FATOS
ATENÇÃO: Os fatos devem ser narrados com o enunciado. É VEDADO inventar dados
sob pena de identificação de prova e atribuição de nota zero!
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
III – DO PEDIDO COM AS SUAS ESPECIFICAÇÕES: o autor deve dentre outros pedidos
trazer o pedido de total procedência da ação para o fim de... (pedido certo e determinado,
conforme 322 e 324 do CPC);
IV – VALOR DA CAUSA
O valor da causa que deve constar na petição inicial e na reconvenção tem inúmeras
consequências para o processo.
Deste modo, SE A PEÇA FOR ESTRUTURA DE PEÇÃO INICIAL, o valor da causa
sempre constará na petição inicial, independentemente se for procedimento contencioso ou
voluntário, mesmo que a causa não tenha conteúdo econômico que seja imediatamente aferível,
conforme previsão do art. 291 do CPC.
Para fixar o valor da causa o examinando deve observar o enunciado da FGV, bem como
os critérios para fixação do valor da causa contidos no artigo 292 do CPC.
Verbos adequados:
O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou
que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando
com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
(BRASIL, 2015)
Caso o juiz verifique que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos pelos artigos
319 e 320 do CPC, ou ainda, que a petição apresenta defeitos e irregularidades que dificultam o
julgamento de mérito, determinará que o autor emende ou complete a inicial no prazo de 15 dias.
Estruturação de contestação:
a) Como identificar que é contestação? É a peça de defesa do réu, sendo que é
apresentada de acordo com um dos termos do artigo 335 do CPC.
b) Prazo:
Fundamento Legal: 335, caput do CPC que estabelece o prazo legal de 15 dias a iniciar
de acordo com uma das hipóteses do art. 335 do CPC (ver enunciado da FGV).
− OBSERVAR QUE CONTAM SOMENTE DIAS ÚTEIS: ART. 219 DO CPC;
− OBSERVAR QUE EXCLUI O DIA DO INÍCIO E INCLUI O DIA DO VENCIMETO: ART.
224 DO CPC;
− OBSERVAR AS HIPÓTESES DE PRAZO EM DOBRO;
f) Da Possibilidade de correção do polo passivo pelo autor (artigos 338 e 339 do CPC)
g) Da defesa quanto ao mérito: aqui o réu impugna os fatos, o direito trazido pelo autor;
h) Da existência de Prescrição e Decadência do Direito do Autor: são matérias de mérito,
elencadas no artigo 487 do CPC.
i) Demais questões: Denunciação à lide, Chamamento ao Processo.
OBS: Como as partes são chamadas dentro da reconvenção? O réu continua sendo réu,
mas dentro da reconvenção será chamado de RÉU RECONVINTE. E o Autor dentro da
Reconvenção de AUTOR RECONVINDO! Mas isso na parte da reconvenção.
Emancipação:
- escritura pública
- judicial (tutores)
- casamento
- exercício de emprego
público efetivo
- colação de grau em
curso superior
- independência
econõmica
Atenção:
Registro da emancipação voluntária e judicial no CRCPN
Casamento: divórcio não retorna à incapacidade.
Representação
Incapacidades
Assistência
Necessidade de ação de
Curatela interdição
Nesta ação haverá a fixação (por perícia) dos atos que podem ser praticados e nomeará
o curador.
Direitos de Personalidade
Ao lado dos direitos patrimoniais, existem direitos, não menos importantes, que estão fora
docomércio e encontram-se inseridos na personalidade do indivíduo. São direitos inerentes e
ligados àpessoa humana e a sua dignidade, de forma perpétua e permanente. Dentre estes
direitosdestacam-se a vida, liberdade, nome, próprio corpo, imagem e honra.
O rol exemplificativo
• Relação direta com o princípio da dignidade da pessoa humana
• Relação direta com os direitos fundamentais previstos na CF
• Proteção dos direitos de personalidade do nascituro (art. 2º, CC)
• Aplicável, no que couber, às pessoas jurídicas (art. 52, CC). Súmula 227, STJ: “A
pessoa jurídicapode sofrer dano moral”.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
ATENÇÃO!
Enunciado 528, das Jornadas de Direito Civil, que autoriza o chamado testamento vital
ou biológico, que nada mais é do que uma autorização para a prática da suspensão do
tratamento médico:
“É válida a declaração de vontade expressa em documento autêntico, também chamado
"testamento vital", em que a pessoa estabelece disposições sobre o tipo de tratamento de saúde,
ou não tratamento, que deseja no caso de se encontrar sem condições de manifestar a sua
vontade”.
A pessoa que tiver sua imagem ou voz utilizadas de forma indevida, sem autorização,
poderá acionar a justiça para impedir o uso e, ainda, receber indenização pelo uso indevido.
Contudo, o STJ julgou a ADIn 4815, que dá ao art. 20, CC interpretação conforme a
Constituição. Nesta ação, foi autorizada a publicação das “biografias não autorizadas”, ou seja,
a possibilidade de publicação de obras biográficas literárias ou audiovisuais, independentemente
do consentimento do biografado. O Presidente do STF a época (Ricardo Lewandowski) afirmou
que “não é possível que haja censura ou se exija autorização prévia para a produção e
publicação de biografias”, de forma que “a censura prévia está afastada, com plena liberdade de
expressão artística, científica, histórica e literária, desde que não se ofendam os direitos
constitucionais dos biografados”.
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Atos constitutivos
Sócio
Personalidade
Jurídica Personalidade
separada
Pessoa jurídica
Confusão
patrimonial
Desconsideração Abuso da
Art. 50 da personalidade personalidade
Desvio de
finalidade
Não se trata de declarar nula a personalidade, mas sim de tornar a personalidade jurídica
ineficazem certos casos. Pode desconsiderar a pessoa jurídica para atingir bens dos sócios ou,
ao inverso,desconstituir a pessoa jurídica para atingir bens da empresa (desconsideração
inversa, art. 50, § 3º do CC)
Somente a requerimento da parte ou do MP (não pode ocorrer de ofício).
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Bem de família
Voluntário: vários bens, até 1/3 do patrimônio líquido, escritura pública ou testamento,
registro noCRImóveis, enquanto o casal existir ou os filhos forem menores de 18 anos,
impenhorabilidadequanto a dívidas posteriores a instituição, salvo as derivadas do próprio bem
(impostos econdomínio).
Legal: Lei nº 8.009/90, único bem, regra é que seja impenhorável, exceção: art. 3º. A
banca costuma, quando cobra questões sobre a lei 8009/90, a exigir que aborde a regra -
impenhorabilidade pelo art. 1º - e as exceções do art. 3º (quando questiona sobre exceções).
Agente = capaz +
Agente legitimado Condição
Consequência do
inadimplemento negocial
(juros, multa, perdas e
danos)
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Anulável (art.
171, I), salvo em
Incapacidade hipóteses
Relativa (art. 4º Suprimento =
especiais (rts. assistência
do CC)
228, I, 666 e
Agente Capaz 1.860)
Incapacidade
Absoluta (art. 3º Nulidade (art. Suprimento =
do CC) 166, I do CC) representação
Livre
Manifestação da
vontade
Validade, art. 104 do CC
De boa-fé
Naturalmente possível de se
Possível realizar Impossível = terreno na lua
Objeto
Determinado Objeto descrito Imóvel "X"
Suspensiva
Evento futuro e
Condição: art. 121 incerto
Resolutiva
Determinação que
Encargo ou modo impõe um dever ou
ônus ao beneficiário
Art. 158, CC –
devedor desfalca o seu patrimônio, a ponto de se gratuita
Fraude contra tornar insolvente, com o intuito de prejudicar seus
credores credores. Art. 159, CC –
onerosa
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulaçãodo negócio
jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do diaem que se
realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, semestabelecer prazo
para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contarda data da conclusão do ato.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Efeitos de anulabilidade
• Não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz.
• Alegada pelo interessado (arts. 177 e 178, CC).
• Art. 172, CC - negócio jurídico anulável pode ser confirmado (convalidado), através
deconfirmação expressa (art. 173, CC).
• Menor púbere (16 a 18 anos) não pode alegar idade para eximir-se da obrigação,
quando, nacelebração do negócio, omitiu a informação (art. 180, CC).
Absolutamente incapaz;
Invalidade
Absoluta Nulidade Objeto ilícito, impossível ou indeterminável;
Negócio simulado
Invalidade
Relativa Anulabilidade Pode ser confirmada pelas partes
Prescrição e Decadência
Prescrição Decadência
Há prática de um ato/negócio
Existe um direito - Pela parte
- Por terceiro
Deve ser exercida nos prazos dos arts. Geralmente o dispositivo que prevê o
205 e 206, CC. direito, já tras o prazo; Se não trouxer,
art. 179, CC = 2 anos.
Prescrição
A prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado, em razão da inércia
do titular,dentro do prazo previsto pela lei.
Não prescrevem: Aqueles referentes ao Direitos da Personalidade, referente ao Estado
das Pessoas:estado de filiação, qualidade de cidadania, condição conjugal. Ações referentes à
separação,interdição, investigação de paternidade etc.;
➙ Prazos: Art. 205 e 206, CC.
Decadência
Seria a perda do direito potestativo pela inércia do seu titular, que não o exerceu dentro
do períododeterminado pela lei;
Refere-se a ações que visam a constituir positiva ou negativamente atos e negócios
jurídicos, comonos casos de ações anulatórias de negócios jurídicos.
Os prazos de decadência são definidos junto aos institutos. Prazo começa a fluir de
quando nasce odireito.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Posse
É o domínio fisíco que alguém tem sobre a coisa, que vem a ser protegido pelo Direito, sendo,
portanto, concedido efeitos jurídicos a este domínio.
Teorias justificadoras
Teoria objetivista - Jhering - exige apenas o poder físico/fático
sobre a coisa, dispensando o "animus domini", mas agindo, o
agente, com o intuito de explorar a coisa de forma econômica. Esta
é a teoria adotada pelo Brasil (art. 1,196, CC)
Posse
Efeitos da posse
O Código Civil estabelece, dos arts. 1.210 ao 1.222 os efeitos da posse. Tais efeitos
podem ser de ordem material ou processual.
Os efeitos materiais dizem respeito a percepção dos frutos e suas consequências, ao
direito a indenização e retenção das benfeitorias, as responsabilidades e ao direito de usucapião.
Já os efeitos processuais dizem respeito a possibilidade de utilização dos interditos
possessórios, as ações possessórias e a legítima defesa da posse e do desforço imediato.
Os prazos de decadência são definidos junto aos institutos. Prazo começa a fluir de
quando nasce o direito.
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser
restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também
restituídos os frutos colhidos com antecipação.
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são
separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem
como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se
constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
O possuidor de boa-fé tem direito aos frutos percebidos (colhidos). Já os frutos pendentes
(ainda não colhidos) devem ser restituídos, assim como aqueles que tenham sido colhidos por
antecipação.
O possuidor de má-fé deve devolver todos os frutos colhidos ou pendentes, bem como
aqueles que deixou de colher por culpa sua (art. 1.216, CC), devendo, neste último caso, ser
responsabilizado no caso de perecimento dos frutos não colhidos por sua culpa (reparação de
danos – responsabilidade civil). Mas tem direito, o possuidor de má-fé a ser indenizado pelas
despesas de produção e custeio.
Os frutos naturais são aqueles provenientes da coisa principal (frutas, por exemplo).
Estes, tão logo sejam separados da coisa principal consideram-se colhidos.
Os frutos industriais são aqueles que derivam de uma atividade humana (tudo o que venha
a ser produzido em uma fábrica, por exemplo). Estes, assim, como os naturais, logo após
separados consideram-se colhidos.
Os frutos civis derivam de uma relação jurídica ou econômica (rendimentos de aplicações
financeiras, aluguel de imóveis, por exemplo). Estes são percebidos na data prevista para
vencimento do aluguel ou do “aniversário” da aplicação financeira.
na viga; troca do telhado). São úteis aquelas realizadas com o objetivo de facilitar a utilização da
coisa (abertura de uma nova entrada para servir de garagem para a casa). São voluptuárias
aquelas feitas para o mero prazer, sem aumento da utilidade da coisa (decoração do jardim). Art.
96, CC.
Benfeitorias necessárias: o possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a
estas benfeitorias (pelo valor atual) ou exercer o direito de retenção pelo valor delas. O possuidor
de má-fé tem direito de ser ressarcido apenas quanto a estas benfeitorias (aquele que tiver o
dever de indenizar tem direito de optar entre o valor atual da coisa e o custo dela), não possuindo
direito de retenção.
Benfeitorias úteis: o possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a estas
benfeitorias (pelo valor atual) ou exercer o direito de retenção pelo valor delas.
Benfeitorias voluptuárias: o possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a
estas benfeitorias ou de retirá-las, desde que não haja detrimento da coisa (que não haja a
desvalorização do imóvel, por exemplo), caso não lhes sejam pagas. O possuidor de má-fé não
tem direito alevantar as benfeitorias voluptuárias.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a
que não der causa.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda
que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse
do reivindicante.
por uma doença cardíaca grave, ou seja, mesmo que estivesse na posse de Pedro ele morreria,
não terá João o dever de indenizar. CUIDADO, pois, neste caso, depende de PROVA!
Usucapião
O principal efeito da posse é o direito de usucapião, ou seja, o exercício de posse de uma
coisa por certo tempo gera a chamada prescrição aquisitiva, que dá direito ao titular a pleitear a
propriedade da coisa através da pretensão de usucapião.
Proteção Possessória
Dentro dos efeitos da posse encontra-se a possibilidade que o possuidor tem de se utilizar
das ações possessórias (ou interditos possessórios) para proteção e defesa de sua posse.
Importante observar que as ações possessórias tanto podem ser exercidas pelo
proprietário detentor da posse, como também por aquele que, embora não tenha a propriedade,
se encontra na posse da coisa. Quanto a proteção possessória, o CC prevê os seguintes
dispositivos:
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído
no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se po rsua própria
força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do
indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
§2º Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de
outro direito sobre a coisa.
Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter -se-á
provisoriamente a que tiver a coisa, se não estiver manifesto que a obteve de alguma das
outras por modo vicioso.
Art. 1.213. O disposto nos artigos antecedentes não se aplica às servidões não aparentes,
salvo quando os respectivos títulos provierem do possuidor do prédio serviente, ou
daqueles de quem este o houve.
Ações Possessórias
1. Interdito proibitório: caso de ameaça ou risco ao exercício da posse do titular. Proteção
de perigo iminente.
2. Ação de manutenção de posse: caso de turbação ou perturbação à posse, ou seja,
houve um atentado à posse, mas sem retirá-la do possuidor. Preservação da posse.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Propriedade
Atributos da propriedade
Estes quatro atributos da propriedade: Gozar, Reivindicar, Usar e Dispor, são resumidos
na expressão GRUD. Art. 1.228, CC. Se uma pessoa tiver todos estes atributos terá a
propriedade plena. Contudo, faltando algum deles ou, caso esses atributos sejam divididos entre
duas ou mais pessoas, haverá a propriedade restrita.
Direito de gozo ou fruição, ou seja, a possibilidade de retirar da coisa os frutos que ela
produz (sejam eles naturais ou civis), como, por exemplo, a locação de um imóvel.
Extraordinária
• Art. 1.238
• 15 anos de posse
• Dispensa a existência de justo título e boa-fé.
• REDUÇÃO DE PRAZO: para 10 anos se o imóvel for utilizado para moradia habitual ou se tiver
sido realizado obra ou serviço de caráter produtivo.
Ordinária
• Art. 1.242
• 10 anos de posse
• Justo título e boa-fé.
• REDUÇÃO DE PRAZO: para 5 anos se o imóvel tiver sido adquirido, de forma onerosa,
devidamente registrado e, posteriormente, tiver o registro cancelado e desde que os
possuidores tenham estabelecido lá sua moradia ou realizado investimentos de interesse social
e econômico.
Especial Rural
• Art. 1.239
• 5 anos
• área rural de até 50hectares
• produtividade ou moradia
• não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Especial Urbana
• Art. 1.240
• 5 anos
• área urbana de até 250m²
• moradia
• não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural
• Art. 1.240-A
• 2 anos
• área urbana de até 250m²
• moradia (posse direta)
• usucapiente seja proprietário em conjunto com ex-cônjuge ou companheiro que tenha
abandonado o lar
• não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Vizinhança
Uso da propriedade: Artigo 1.277 e 1.278 do Código Civil.
proprietário de uma coisa/prédio não pode usar de sua propriedade de forma a impedir
ou limitar o exercício da propriedade por parte do prédio vizinho. Desta forma, o art. 1.277, CC
permite que o proprietário de um prédio faça cessar as interferências prejudiciais a utilização da
sua propriedade.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
deles seja encravado. Ademais, deve ser levado a registro no Cartório de Registro de Imóveis.
A passagem forçada é obrigatória e a servidão é facultativa.
Condomínio
Condomínio
Paredes, Unidades
Estabelecido cercas, muros autônomas + Convenção de
pelas partes Instituição condomínio Extinção
e valas partes comuns
divisórias dos
imóveis
Cada um Aquisição de
possui uma Ato entre Lei interna do todas as
quota ideal – Incidência das vivos condomínio unidades por
pro indiviso normas do uma só pessoa
direito de
Cada um vizinhança
possui um Deve ser
quinhão real – Testamento registrada Destruição do
pro diviso imóvel
Direito de
preferência – Identificação
art. 504, CC da fração ideal
Desapropriação
Finalidade
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Direito Matrimonial
Espécies de casamento:
1. Puramente religioso
2. Puramente civil (habilitação + celebração – juiz de paz + registro)
3. Religioso com efeitos civil (Lei nº 1.110/1.950 + Art. 71 e ss. da Lei nº 6.015/1973)
Habilitação
Celebração
• No cartório: 2 testemunhas.
• Fora: 4 testemunhas + portas abertas.
• Casamento civil: celebração por juiz de paz.
Causa suspensiva
Impedimentos
Pacto antenupcial
Escritura pública; antes da habilitação (encaminha junto com a habilitação); dispor de
regras patrimoniais (art. 1.653, CC).
Não havendo convenção, ou sendo esta nula ou ineficaz (pelo estabelecimento de
cláusulas que não sejam possíveis) ➙ regime da CPB (art. 1.640, CC).
Sem o pacto antenupcial o regime que deve constar no casamento é o regime legal
(comunhão parcial de bens).
Outorga conjugal
Regra = necessidade de autorização conjugal. Arts. 1.647 a 1.650 do CC.
Exceção:
• No regime da separação convencional de bens.
• Na separação obrigatória a súmula 377, STF é aplicada.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
União Estável
→ União estável = ato-fato jurídico = independe de vontade para que se configure. União
pública, contínua e duradoura, com a intenção PRESENTE de formar família.
→ Aplicabilidade das regras de impedimentos (art. 1.723, § 1.º, CC).
→ Não reconhecimento de uniões estáveis paralelas.
→ Regime de comunhão parcial de bens.
→ Concubinato = 1.727, CC – impedimento matrimonial.
→ Não necessita residir sobre o mesmo teto.
Dissolução do Vínculo Conjugal
CC - Separação +
Divórcio Separação 1 ano de casamento
+ separação judicial + Divórcio por
1 ano de trânsito em conversão
julgado
Divórcio extrajudicial
• Consenso;
• Inexistência de filhos incapazes ou nascituros (novo CPC) – cabe, neste caso,
emancipar os filhos menores de idade para a realização do divórcio extrajudicial – o CPC/2015
retirou o termo menores, deixando os incapazes e incluindo os nascituros;
• Assistência de advogado.
Divórcio no estrangeiro
O divórcio consensual pode ser reconhecido no Brasil sem que seja necessário proceder
à homologação. Art. 961, §5.º CPC + Prov. 53 CNJ = Apenas para divórcios consensuais simples.
Havendo guarda, partilha, necessária a homologação do STJ.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Guarda
Unilateral ou exclusiva, quando exercida por apenas um dos pais;
Compartilhada, quando exercida por ambos em iguais condições;
A guarda pode ser modificada se ficar provado que o guardião ou pessoas de sua
convivência familiar não trata convenientemente a criança ou o adolescente.
A guarda pode ser estabelecida a terceira pessoa, desde o nascimento, se houver
abandono afetivo (art. 1584, §5.º, CC).
Com a lei 13.058/2014 a guarda compartilhada tornou-se a regra!
Residência base de moradia = art. 1.583, §3.º
Ações de Filiação
Ação negatória = presunção. Legitimidade ativa = Pai.
Ação anulatória = reconhecimento voluntário. Legitimidade ativa = Pai.
Investigatória = busca descobrir a paternidade. Legitimidade ativa = Filho.
- São imprescritíveis.
➙Título executivo extrajudicial – ação de execução – rito da prisão (art. 911, CPC/2015);
Pena de prisão: até 3 prestações vencidas + vencíveis durante o processo. Intimação para
pagamento em 3 dias ou justificativa ou prova do pagamento. Se não pagar – protesto da
decisão. Determinação de prisão civil por até 90 dias – regime fechado.
Constrição de bens: Juiz intima para pagamento em 15 dias, acrescido de custas. Se não
pagar, multa de 10% + honorários de 10%. Se pagar parcial, multa e honorários incidem sobre o
que falta. Não havendo pagamento, expedição de mandado de penhora.
Sucessões
Extinção da Personalidade
Morte real
Morte presumida sem decretação de ausência: art. 7º CC; provável a morte de quem
estava em perigo de vida. Ação de justificativa após fim das buscas. Desaparecido ou prisioneiro
de guerra não encontrado até dois anos após o término da guerra. Ação de justificação só após
2 anos do término da guerra.
Morte presumida com decretação de ausência: art. 6º + art. 22, ambos do CC; alguém que
desaparece sem dar notícias. Três fases: curadoria dos bens do ausente, sucessão provisória +
sucessão definitiva (neste momento considera-se a morte).
Comoriência: art. 8º, CC; morte simultânea – critério temporal. Morrem ao mesmo tempo
(mesmo que em lugares distintos).
Ausência
Ausente = art. 22 = aquele que desaparece de seu domicílio sem dar notícias, sem deixar
representante ou procurador para administrar-lhe o patrimônio.
A lei prevê três fases: curadoria dos bens do ausente, sucessão provisória e sucessão
definitiva. Art. 744 e ss. CPC/2015
permanecer por 1 ano. Não havendo site, a publicação deve ocorrer, de dois em dois meses, no
órgão oficial e na imprensa da Comarca ➙ após o prazo previsto no edital, contado da
arrecadação dos bens do ausente e da nomeação do curador ( será de 3 anos este prazo se o
ausente tiver deixado representante) ➙ abertura da sucessão provisória (sentença de abertura
da sucessão provisória só produz efeitos após 180 dias da sua publicação na imprensa) ➙
possível a abertura de eventual testamento e do inventário para partilha dos bens herdeiros
devem prestar garantia para ingressarem na posse dos bens ➙ após 10 anos da abertura da
sucessão provisória ➙ sucessão definitiva (A sucessão definitiva também pode ser requerida se
restar comprovado que o ausente conta com mais de 80 anos e que não há notícias dele há mais
de 5 anos) ➙ partilha dos bens.
Se o ausente reaparecer durante a sucessão provisória, o patrimônio lhe é devolvido.
Se o ausente retornar nos 10 anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, terá direito
aos bens no estado em que se encontram, os sub-rogados em seu lugar ou o preço que os
herdeiros tiverem recebido pelos bens alienados.
Legítima
Herdeiros facultativos: colaterais ➙ Podem ser excluídos da
sucessão (liberdade plena de testar).
Herança ≠ meação.
Art. 1.850 – será plena a liberdade de testar se não houverem herdeiros necessários.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
• Decorre de lei.
• Hipóteses: art. 1.814, CC.
• Independe de manifestação.
• Alcança o herdeiro legítimo e o testamentário (instituído ou legatário).
Indignidade • A exclusão depende da Ação de Indignidade ou de sentença penal condenatória
transitada em julgado (art. 1815-A, CC).
• Prazo para a ação de indignidade: 4 anos (abertura da sucessão).
• Admite reabilitação, mediante perdão do ofendido.
• Nem sempre os fatos são anteriores à morte do autor da herança.
Petição de Herança
Pode ocorrer, por qualquer razão, que algum herdeiro não seja relacionado no inventário
e na partilha. Nesse caso, sua condição jurídica de herdeiro não é reconhecida (filho a ser
reconhecido de uma relação extraconjugal do de cujus).
Nesse caso, para que esse herdeiro possa ter seu direito reconhecido e, então, receber
parcela que lhe cabia na universalidade, deverá ingressar com uma ação judicial. Esse é o caso
da petição de herança.
A ação visa, portanto, o reconhecimento da qualidade de herdeiro e a satisfação quanto
ao acervo hereditário, ou seja, contemplar o herdeiro – autor da ação – com sua quota parte na
herança.
Exemplos:
• Alguém que se aposse ilegalmente da herança ou de parte dela;
• Herança que é recolhida por parentes mais afastados do falecido e o interessado é de
grau mais próximo, de classe preferencial;
• A herança é distribuída entre os herdeiros legítimos, e aparece testamento do de cujus,
em que outra pessoa é nomeada herdeira;
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Sucessão Legítima
Falecido Solteiro
Descendentes
• Mais próximo excluem os mais remotos;
• Existe direito de representação;
• Filhos sucedem por cabeça;
• Outros descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau.
Ascendentes
• Mais próximos excluem os mais remotos;
• Não há direito de representação;
• Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam
a metade, cabendo a outra aos da linha materna.
Colaterais
• Mais proximo excluem os mais remotos
• Ordem: Irmãos - Sobrainho - Tios - Demais colaterais
• Existe direito de representação - Filhos de Irmãos
• Irmão unilateral - peso 1
• Irmão bilateral - peso 2
Sucessão testamentária
Público:
Limitada a 50% da herança: - Tabelionato
- herdeironecessário. - 2 testemunhas
Plena: Particular:
- colaterais. - Próprio testador
- 3 testemunhas
- Possível não observar requisitos se houver
Disposições: riscode vida (juiz analisa).
1. Patrimoniais
2. Pessoais: reconhecimento de filho,perdão
indigno. Cerrado:
- Próprio testador
- 2 testemunhas
Capacidade: - Tabelião aprova
1. No ato de elaborar o testamento:pessoa - Costurado e lacrado
capaz maior de 16 anos.
2. Incapacidade superveniente não
retiravalidade
Formas especiais
Marítimo e aeronáutico:
No diário de bordo
Deve ser entregue a autoridade no desembarque
Só tem validade se a pessoa falecer na viagem ou nãoconvalescer dentro de 90 dias após
desembarque
Militar:
Ao oficial responsável
Situação excepcional - aceito de viva voz.
Revogação do testamento
• Revogar: modificar ou desconstituir, através de novo ato de vontade.
• Caducar: o ato perde a validade por uma causa que o esvazia, ou em razão de um fato
que lhe retira o objeto.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Espécies de revogação:
→ Expressa: dá-se mediante a confecção de novo testamento, onde é indispensável
mencionar a revogação do anterior, ou parte dele. Observa-se a mesma solenidade pra a
celebração (art. 1.969 CC).
→ Tácita: decorre do surgimento de novo testamento, cujos dizeres e o conteúdo
apresentam-se incompatíveis com o anterior. Ante a contradição, permanece sempre a
disposição mais recente.
O simples fato de existir novo testamento não significa que tenha revogado o anterior.
Ambos podem coexistir, desde que não sejam contraditórios, ou seja, desde que se
complementem.
Formas de revogação
1) Total: revogação pura e simples: declara-se, em novo testamento, a revogação do
anterior, não fazendo qualquer limitação ou reserva.
2) Parcial: limita-se ao tópico atingido – art. 1.970 CC
3) A revogação do testamento de reconhecimento de filho é válida, mas a declaração de
reconhecimento permanece surtindo efeitos.
4) O novo testamento não atinge os legados, pois estes são especificações dos bens.
5) A superveniência de descendente revoga automaticamente o testamento – art. 1.973 –
este dispositivo pressupõe a inexistência, ou conhecimento, de qualquer descendente. Situação
irrelevante em face do teor do art. 1.974: “rompe-se também o testamento feito na ignorância de
existirem outros herdeiros necessários.”
Efeitos da revogação
→ Priva-se o testamento de qualquer eficácia, se total, ou da eficácia na parte atingida, se
parcial;
→ Passa a vigorar a sucessão (legítima) hereditária, em todos os seus efeitos.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Ritos/Espécies de Inventários
Inventário judicial pelo rito do arrolamento sumário - art. 659, CPC/2015 - herdeiros são maiores,
capazes e a partilha é amigável
Ritos
Inventário judicial pelo procedimento do arrolamento comum - art. 664, CPC/2015 - valor dos bens
do espólio for inferior a 1.000 salário mínimos
Inventários extrajudicial - Lei nº 11.441/2007 + art. 610, §1º, CPC/2015 - Todos capazes
(capacidade de todos os interessados) e de acordo (ausência de letigiosidade) - sem testamento.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Quem paga;
Lugar do pagamento;
Tempo do pagamento.
Requisitos:
De quem deve pagar: Artigos 304-307.
Outras pessoas, além do devedor, podem pagar e outras pessoas além do credor podem
receber.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Quem paga:
• Devedor
• Terceiro interessado. (por exemplo: fiador): Ao pagar, se sub-roga nos direitos do
credor primitivo.
• Terceiro não interessado: (amigo, por exemplo). Ao pagar, não se sub-roga, mas tem
direito de reembolso contra o devedor. Se fizer o pagamento em seu nome.
• Segundo o artigo 304 qualquer interessado poderá pagar a dívida e se o credor se
opuser poderá o terceiro ajuizar ação de consignação em pagamento.
Se houver pagamento por terceiro não interessado, sem que o devedor saiba ou em
oposição ao devedor não terá o terceiro direito de pedir o reembolso para o devedor, se este
último tinha meios para ilidir a ação.
Objeto
Com relação ao objeto de pagamento, o devedor e credor não são obrigados a pagar ou
receber um objeto diferente do contratado, ainda que sejam mais valiosos. Da mesma forma,
sendo a obrigação divisível, não podem credor/devedor partilhar a prestação se assim não se
estipulou. É permitida a cláusula de escala móvel ou cláusula de escolamento, de acordo com o
artigo 316: É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
Extremamente relevante o artigo 317 que trata sobre a revisão contratual por fato
superveniente: “Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a
pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.”
Prova
O devedor que paga, tem direito à quitação regular e pode reter o pagamento, se não lhe
for entregue a quitação. Quitação é a prova efetiva do pagamento. Seus requisitos se encontram
no artigo 320.
Desta forma, preferencialmente se espera que a quitação preencha os requisitos do
“caput” do artigo 320. Contudo, caso não possua todos os requisitos, poderá ainda assim o
pagamento ser comprado por outros meios.
Como regra, quem deverá escolher qual dívida será paga, é o devedor (artigo 352).
Se o devedor nada fizer, então se transfere o direito de escolha ao credor (Artigo 353).
Caso nem o devedor, nem credor se manifestem, então teremos a imputação legal, ou seja, a
lei, no seu artigo 355, que diz quais serão as dívidas a serem pagas. Se o devedor não fizer a
indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo
tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa. Assim:
1) Havendo capital e juros, primeiro se fará nos juros;
2) A imputação será feita na dívida vencida em primeiro lugar;
3) Se todas forem vencidas na mesma data, então a imputação deverá ser feita na mais
onerosa.
Inadimplemento
Temos dois tipos de inadimplemento:
Obrigação ainda pode ser adimplida Obrigação não pode mais ser cumprida
Direito Contratual
Estrutura:
• Teoria geral dos contratos: 421 – 480;
• Contratos em espécie: 481 – 853;
• Atos unilaterais de vontade: 854 – 886.
Requisitos da Evicção
• Perda total ou parcial da propriedade;
• Aquisição realizada de forma onerosa;
• Anterioridade do direito daquele que ganhou a ação judicial.
Direitos do evicto
Lembrando que evicto é aquele que perdeu a coisa em virtude de sentença judicial.
A) Responsabilidade total (artigo 450 do Código Civil): Salvo estipulação em contrário, o
evicto tem direito:
Observação: Preço que sua fixação fica ao livre arbítrio da outra parte - nulo, segundo
artigo 489 do Código Civil.
Coisa: Pode ser a venda de algo que já existe ou de bens que virão a existir (coisa futura)
conforme artigo 483 do Código Civil.
Atual
Coisa
Fatura
Terceiro
Elementos
Mercado/bolsa
Preço índices/parâmetros
Costumes
Outra parte
O prazo para ajuizamento da ação anulatória é de 2 anos, segundo o artigo 179 do Código
Civil.
Unilateral
Gratuito
Consensual
Solene
• É a regra. Em casos de bens móveis de pequeno valor e que a tradição ocorra de forma
imediata, será não solente (art. 541 do Código Civil).
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Restrições à doação
1) Doação da parte inoficiosa: é nula a parte que exceder ao que poderia dispor em
testamento, segundo o artigo 549 do CC.
2) Doação de todos os bens do doador: é a chamada doação global, em que não pode
todos os bens do doador serem doados, sem que fique algo para a sua subsistência. Caso isso
aconteça, teremos nulidade.
3) Doação do cônjuge adultero a seu cúmplice – artigo 550 do CC: pode ser anulada a
doação pelo cônjuge ou pelos herdeiros necessários. Prazo de 2 anos depois de dissolvida a
sociedade conjugal.
Revogação da doação
Há duas razões pelas quais é possível a revogação da doação: ingratidão do donatário e
por descumprimento de encargo, conforme artigo 555 do CC.
Por ingratidão do donatário: As hipóteses se encontram nos arts 557 e 558 do CC.
A) Se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso
contra ele;
B) Ofensas físicas cometidas pelo donatário contra o doador;
C) Se o injuriou gravemente ou o caluniou;
D) Podendo o donatário auxiliar com alimentos ao doador, e não o faz.
Quando o ofendido não for o doador, mas cônjuge, ascendente, descendente, ou irmão
deste, ou descendente adotivo, também pode o doador pleitear a revogação da doação, de
acordo com o artigo 558 do CC.
Qual é o prazo para que se peça a revogação por ingratidão? Dentro de um ano, a contar
de quando chegue ao conhecimento do doador sobre o fato e que o donatário foi o autor.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Contrato de comodato
Comodato é o empréstimo para uso, gratuito de coisas infungíveis. Pode ser bens móveis
ou imóveis, mas precisa ser infungível. O contrato se perfectibiliza com a tradição da coisa.
Características do comodato:
a) Gratuidade do contrato. Se fosse oneroso, seria o contrato de locação;
b) Infungibilidade do bem: restituição do mesmo objeto recebido como empréstimo;
c) Contrato real, já que o aperfeiçoamento do contrato se dá com a tradição (e não com a
aceitação);
d) Contrato unilateral, já que após a tradição, só há obrigações para uma das partes, que
é o comodatário (restituir a coisa) e não há obrigações para o comodante;
e) Contrato não solene, já que não necessita forma especial para a sua celebração.
Obrigações do comodatário
a) Conservar a coisa – art. 582: o comodatário deve conservar a coisa como se fosse sua.
Deve responder pelas despesas de conservação;
b) O comodatário não pode nunca tentar cobrar do comodante as despesas comuns, feitas
com o uso e gozo da coisa emprestada;
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
c) Uso da coisa de forma adequada: responde por perdas e danos se usar o bem fora do
que foi contratualmente previsto, além de, também poder ser causa de resolução do contrato;
d) Restituir a coisa: deve ser restituída a coisa no prazo convencionado e não havendo
este prazo, finda a razão pela qual ocorreu, o empréstimo deve ser restituído (empresta livros
para o trabalho de conclusão de curso, e quando passado o evento, deverão ser devolvidos, por
exemplo.
Contrato de mútuo
O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O bem é emprestado para consumo. O
mutuário se obriga a restituir ao mutante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero,
qualidade e quantidade. É empréstimo para consumo, pois o mutuário não está obrigado a
devolver o mesmo bem, do qual se torna dono. Ex.: dinheiro.
Neste tipo de empréstimo, o mutuante transfere o domínio, a propriedade, do bem ao
mutuário. Isso não acontece no comodato. Além disso, o mutuário se torna proprietário da coisa,
correndo por conta desse, todos os riscos da tradição.
Características do mútuo
O mútuo é temporário, se entende que em algum momento o que foi emprestado será
devolvido. Mas e se não houver prazo para a restituição do bem? O CC determina que:
• Até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas;
• De 30 dias, pelo menos, se o mútuo for de dinheiro;
• Do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível.
Obs.: mútuo para um menor. O Código Civil protege o menor, dizendo que quem empresta
para um menor, não poderá reaver o que emprestou. Contudo, há várias exceções, de quando
o mutuante pode, portanto, reaver o que foi emprestado. São elas:
a) O representante do menor ratificar o empréstimo;
b) Se o menor, em caso de ausência do representante, se viu obrigado a contraí‑lo para
os seus alimentos habituais;
c) Se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho, caso em que a execução do credor
não lhes poderá ultrapassar as forças;
d) Se o empréstimo reverteu em benefício do menor;
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Responsabilidade Civil
Estrutura:
• Parte geral: 186, 187, 188;
• Obrigação de indenizar: 927 – 943;
• Indenização: 944 – 954.
Iremos nos deter na responsabilidade objetiva e nos casos previstos no Código Civil.
Ponto muito importante a ser verificado que a responsabilidade é de quem habita o prédio.
Assim, seriam responsáveis o locatário, comodatário, proprietário, enfim, quem estiver habitando
o prédio.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Caso não se saiba de onde partiu o objeto caído ou lançado, os tribunais têm entendido
pela responsabilização do condomínio que, após (e caso) identificado o responsável, poderá
ajuizar regresso contra o ofensor.
Direito do Consumidor
Para que haja a aplicação do CDC é necessária a existência de uma relação de consumo:
Consumidor + fornecedor, cujo objeto é um produto ou um serviço.
Consumidor
Há 4 tipos de consumidores:
A) Consumidor standard (padrão): Art. 2° do CDC: “Consumidor é toda pessoa física ou
jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”.
B) Consumidor equiparado: Parágrafo único do art. 2º do CDC: “Equipara-se a consumidor
a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de
consumo”.
C) Consumidor equiparado: art. 17 do CDC: “Para os efeitos desta Seção, equiparam-se
aos consumidores todas as vítimas do evento”.
D) Consumidor equiparado: art. 29 do CDC: “Para os fins deste Capítulo e do seguinte,
equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas
nele previstas”.
Fornecedor:
Está no art. 3 º do CDC:
Pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional, estrangeira, ente despersonalizado.
Desenvolve atividade com habitualidade, como sendo o ofício, a profissão ou uma de suas
profissões. Temos aqui ideias de atividades profissionais, habituais e com finalidade econômica.
Lembrar que fornecedor se enquadra como sendo gênero. Desta forma, não somente o
fabricante, por exemplo, mas também transformadores, intervenientes e até comerciantes
poderão ser responsabilizados. Não importa se regularizado ou não, com CNPJ ou não.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Produto: O produto pode ser todo bem móvel ou imóvel, material ou imaterial. Também
temos produtos duráveis (bens que não se extinguem após uso regular, ainda que sofram
desgastes, tais como carro, mesa, brinquedos etc.) e produtos não duráveis (tais como alimentos,
remédios, cosméticos, sabonetes etc).
O fornecedor de serviços tem um outro requisito (que não tem o fornecedor de produtos):
remuneração. Remuneração que pode ser direta ou indireta.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Dos recursos
a) Decisões Recorríveis:
Os recursos atacam decisão. A decisão precisa ser passível de recurso.
Observar nesse sentido o conceito trazido pelo artigo 203 do CPC/15, que estabelece
quais são os pronunciamentos do juiz:
A sentença está definida no art. 203, §1º do CPC. O processo pode ser extinto com
resolução de mérito (art. 487) ou sem resolução de mérito (art. 485).
Já as decisões interlocutórias são decisões no curso do processo por meio das quais o
juiz resolve questões incidentes, como por exemplo: conceder ou não uma tutela provisória de
urgência.
Segundo Didier Junior e Cunha (2018, p. 123) as decisões que podem ser proferidas pelo
juízo singular são a decisão interlocutória e a sentença. Interlocutória é a decisão que não
encerra o procedimento em primeira instância, por sua vez, sentença é a decisão judicial que,
enquadrando-se em uma das hipóteses do artigo 485 ou 487 do CPC, encerra o procedimento
na primeira instancia, ultimando a fase de conhecimento ou de execução.
Em sede de Tribunal, as decisões podem ser classificadas a partir do órgão prolator.
Podem ser UNIPESSOAIS (monocráticas) ou acórdãos (colegiadas). AS DECISÕES
UNIPESSOAIS PODEM SER PROFERIDAS PELO RELATOR OU PELO PRESIDENTE OU
VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL. (DIDIER JUNIOR; CUNHA, 2018, p. 123).
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
O artigo 204 do CPC traz o conceito de acórdão: “Art. 204. Acórdão é o julgamento
colegiado proferido pelos tribunais”. (BRASIL, 2015).
Constitui o acórdão, portanto, no extrato do julgamento proferido por um órgão colegiado
dos Tribunais, como por exemplo, uma turma, uma câmara, etc.
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados,
a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério
Público são intimados da decisão.
§1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta
for proferida a decisão.
§2º Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso
pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação.
§3º No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou
conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial.
§4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada
como data de interposição a data de postagem.
§5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para
responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
§6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do
recurso. (BRASIL, 2015)
Ou seja, a EXCEÇÃO é no caso dos Embargos de Declaração, cujo prazo para o recurso
é de 05 dias. O prazo é fatal e peremptório. Tratando-se de prazos fixados em dias, contam-se
apenas os dias úteis, de acordo com o CPC/15.
IMPORTANTE!
O prazo do §5º do art. 1003 do CPC é prazo para interposição dos recursos segundo o
CPC. Uma lei específica poderia prever um prazo específico. Ex: 10 dias para o recurso
inominado – art. 42 da Lei 9099/05: “Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias,
contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do
recorrente”. (brasil, 1995)
Caso seja hipótese de feriado local o que acaba por modificar o prazo final do recurso, o
recorrente deverá comprovar a sua ocorrência; De acordo com o caput do artigo 1.003 do
CPC/15, o início do prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados,
a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público
são intimados da decisão. Ou seja, a intimação será do advogado e não da parte, isso porque é
o advogado quem deverá praticar o ato em nome da parte, ou seja, interpor o recurso.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Recurso de Apelação
a) Fundamento legal:
→ Art. 994, I do CPC: prevê o recurso da Apelação;
→ Art. 1.009, CAPUT do CPC: prevê que da sentença cabe Apelação;
→ Art. 203, §1º do CPC: define o que é sentença;
→ Art. 485 e 487do CPC: estabelecem a extinção do processo sem e com resolução de
mérito; Ainda, 490 e 488 também do CPC no que se refere ao julgamento com e sem resolução
de mérito.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
b) Prazo: 15 dias
− Fundamento Legal: art. 1.003, §5º do CPC;
− Prazo para o Apelado oferecer contrarrazões: 15 dias art. 1.003, §5º e 1.010, §1º do
CPC;
− Contam-se dias úteis: art. 219 do CPC;
− Início da contagem na forma do artigo 224 do CPC;
− Conta de regra da intimação do advogado (CAPUT do artigo 1.003 do CPC), porém
cuidar N.E e se FGV mencionar e decisões proferidas em audiência.
− Aplicam-se as hipóteses de prazo em dobro.
d) Efeitos:
Regra: devolutivo e suspensivo.
Efeito Suspensivo: art. 1.012 do CPC. “Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.”
Não terá efeito suspensivo: Hipótese do §1º do art. 1.012 do CPC:
§1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente
após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
No entanto, poderá requerer o efeito suspensivo, mesmo nos casos do §1º do art. 1.012
do CPC, comprovando os requisitos do §4º do art. 1.012 do CPC. Por cautela, fundamentar no
art. 995, parágrafo único do CPC.Lembrar que uma lei especial pode prever que a apelação não
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
terá efeito suspensivo automático. Cuidar o §3º do artigo 1.012 do CPC também quanto ao efeito
suspensivo.
IMPORTANTE!
1. Nos 03 casos acima (331, 332, §3º e 485, §7º) tem que fazer na petição de interposição
pedido para o juiz de primeiro grau se retratar;
2. Nos dois casos (331, 332, §3º) há previsão específica nos artigos de pedido de citação
para o apelado (réu) ser citado para oferecer contrarrazões no prazo de 15 dias. Então nesses
dois casos, o pedido para o apelado oferecer contrarrazões deve ser fundamentado no (332, §4º
+ 1.003, §5º do CPC – improcedência liminar do pedido) ou (331, §1º + 1.003, §5º) –
indeferimento da inicial.
Cuidar que lei especial pode prever a retratação;
e) Estrutura da Apelação:
O recurso de apelação é dividido em duas partes:
1º) PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO (Juiz de 1º grau)
2º) PETIÇÃO DE RAZÕES (Tribunal de Justiça OU Tribunal Regional Federal, conforme
for Justiça Estadual ou Federal)
As decisões interlocutórias são aquelas proferidas no curso do processo pelo juiz, mas
que não implicam no seu encerramento, tampouco finalizam uma de suas fases.
No que tange à decisão interlocutória TARTUCE e DELLORE (2016, p. 351) esclarecem:
“como demonstra a própria formação da palavra, inter significa “entre” e “locutório” vem de
locutus, fala. A decisão interlocutória é a proferida entre falas: entre a primeira fala do processo
(que é do autor na petição inicial) e a última (que será do juiz, na sentença), muitas decisões
deverão ser proferidas”.
As decisões interlocutórias que não são recorríveis por agravo de instrumento deverão
ser impugnadas em sede de preliminar do recurso de Apelação ou nas contrarrazões, conforme
preceitua o art. 1.009, §1º, do CPC/15:
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem
sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua
revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Taxatividade mitigada: Entendimento do stj no sentido de que se for urgente e não der
para esperar até a sentença poderá ser interposto agravo de instrumento mesmo que a decisão
interlocutória proferida na fase de conhecimento não esteja no rol do artigo 1.015.
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou
decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do
relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
(BRASIL, 2015)
Porém, o Agravante poderá, com base no artigo 1.019, I do CPC, requerer que o relator,
ao receber o Agravo de Instrumento, atribua efeito suspensivo ou deferir, em antecipação de
tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal:
• Será requerido toda vez que o juiz der uma • Será requerida toda vez que o juiz der uma
decisão POSITIVA apta a prejudicar os decisão NEGATIVA apta a prejudicar os
interesses da parte a ser defendida. Há, na interesses da parte a ser defendida. Há, na
decisão, uma determinação no sentido de que decisão, uma denegação de algo que lhe é
algo seja cumprido; o magistrado concede algo necessário; o juiz nega algo que a parte por
que lhe trará prejuízos. Efeito suspensivo é você defendida precisa com urgência. O efeito
requerido porque a outra parte pleiteou algo e o ativo é concedido porque a própria parte
juiz concedeu. requereu algo que foi negado.
FONTE: AGUIRRE, João; SÁ, Renato Montans de. Prática Civil. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p.
Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por
meio de petição com os seguintes requisitos:
I - os nomes das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. (BRASIL,
2015)
Recurso Especial
Cabimento:
• Previsto no artigo 105, inciso III da CF;
• Procedimento previsto no artigo 1.029 e seguintes do CPC;
• Exige: pré-questionamento, demonstração de que tenha sido violada lei federal;
• Ataca acórdão proferido pelo TJ ou TRF quando ocorrer situação do artigo 105, inciso
III da CF;
• Dividido em folha de interposição e folha das razões;
• Folha de interposição dirigida ao Presidente ou Vice- Presidente do Tribunal Recorrido
e folha das razões dirigida ao Superior Tribunal de Justiça;
Procedimentos Especiais
• Ação de consignação em pagamento: 539 a 549 do CPC;
• Embargos de terceiro: artigo 674 a 681 do CPC;
• Monitória: 700 a 702 do CPC meio de defesa (embargos monitórios – 702 do CPC);
• Oposição: 682 a 686 do CPC;
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
Com carinho,
Equipe Ceisc.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
REFERÊNCIAS
ADEDE Y CASTRO, João Marcos. Novo código de processo civil comentado para
concursos: procedimentos especiais – arts. 539 a 770. Curitiba: Juruá, 2016.
AGUIRRE, João; MONTANS DE SÁ. Prática Civil. 7. Ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
ARAUJO JUNIOR, Gediel Claudino. Prática de Recursos no Processo Civil. 3. Ed. São
Paulo: Atlas, 2015.
CHACON, Luis Fernando Rabelo. Manual de prática forense civil. 7. Ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2020.
DIDIER JUNIOR, Fredie; CUNHA, Leonardo Carneiro da. Curso de direito processual civil:
meios de impugnação às Decisões Judiciais e Processos nos Tribunais. 15 ed. Salvador:
Juspodivm, 2018.
DONOSO, Denis; SERAU JUNIOR, Marco Aurélio. Manual dos recursos cíveis: teoria e
prática. 2 ed. Salvador: Juspodivm, 2017.
FÜHRER, Maximiliano Roberto. Resumo de processo civil. 41 ed. São Paulo: Malheiros,
2016.
LOURENÇO, Haroldo. Processo civil sistematizado. 3. Ed. Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: Método, 2017.
MEDINA, José Miguel Garcia. Direito processual civil moderno. 2 ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2016.
MONTENEGRO FILHO, Misael. Ações possessórias no Novo CPC. 4. Ed. São Paulo:
Atlas, 2016.
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil
QUARESMA, Arnaldo ... (et al). Revisão turbo OAB 1ª fase: doutrina e questões. 2. Ed.
São Paulo: Rideel, 2021.
ROCHA, Marcelo Hugo da; THAMAY, Rennan Faria Krüger; GARCIA JUNIOR, Vanderlei.
Passe na OAB: 2ª fase FGV: completaço prática civil. 3. Ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
SCAVONE JUNIOR, Luiz Antonio. Modelos de peças no Novo CPC. 2 ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2016.
SILVA, Jaqueline Mielke; COLOMBO, Juliano. Manual de prática civil: teoria e prática.
Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2017.
TARTUCE, Fernanda; DELLORE, Luiz. Manual de prática civil. 12 ed. Rio de Janeiro:
Forense. São Paulo: Método, 2016.
VIANA, Joseval Martins. Prática forense em processo civil: teoria e prática. 2. Ed.
Salvador: Editora Juspodivm, 2018
Ceisc OAB
2ª Fase 39º Exame | Revisão Turbo | Direito Civil