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Revisão Turbo
Prof. Leonardo Fetter, Prof.ª Maitê Damé,
Prof.ª Patrícia Strauss e Prof.ª Tatiane Kipper.
SUMÁRIO
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas da Revisão Turbo do curso
preparatório para a 2ª Fase OAB. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas
acompanhado da legislação pertinente.
1. Levantamento de Prova
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo | Direito Civil
Petição Inicial
Recurso de Apelação
Agravo de Instrumento
Contestação
Embargos à Execução
0 5 10 15 20
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo | Direito Civil
Contratos
Obrigações
Direito do consumidor
Alimentos
Sucessões
Recursos
Locações
Dano
Negócio Jurídico
Defesa do executado
Atos processuais
Responsabilidade Civil
Intervenção de terceiros
Litisconsórcio
Usucapião
Bem de família
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo | Direito Civil
Estrutura
Modalidades de obrigações: 233 - 285
Transmissão das obrigações: 286 - 302
Adimplemento e extinção das obrigações: 303 - 388
Inadimplemento: 389 - 420.
Requisitos
De quem deve pagar: Artigos 304-307.
Outras pessoas, além do devedor, podem pagar e outras
pessoas além do credor podem receber.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo | Direito Civil
Quem paga:
• Devedor
• Terceiro interessado. (por exemplo: fiador): Ao pagar, se sub-roga nos direitos do credor
primitivo.
• Terceiro não interessado: (amigo, por exemplo). Ao pagar, não se sub-roga, mas tem direito
de reembolso contra o devedor. Se fizer o pagamento em seu nome.
• Segundo o artigo 304 qualquer interessado poderá pagar a dívida e se o credor se opuser
poderá o terceiro ajuizar ação de consignação em pagamento.
Se houver pagamento por terceiro não interessado, sem que o devedor saiba ou em
oposição ao devedor não terá o terceiro direito de pedir o reembolso para o devedor, se este
último tinha meios para ilidir a ação.
Prova
O devedor que paga, tem direito à quitação regular e pode reter o pagamento, se não lhe for
entregue a quitação. Quitação é a prova efetiva do pagamento. Seus requisitos se
encontram no artigo 320.
Desta forma, preferencialmente se espera que a quitação preencha os requisitos do “caput”
do artigo 320. Contudo, caso não possua todos os requisitos, poderá ainda assim o
pagamento ser comprado por outros meios.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo | Direito Civil
Temos uma importante relação com o Princípio da boa-fé objetiva. Temos aqui a aplicação
da “SUPRESSIO” e da “SURRECTIO”
“Supressio” significa supressão, por renúncia tácita, pelo não exercício com o passar do
tempo.
Já a “Surrectio” significa que, ao mesmo tempo em que o credor, por exemplo, perde o
direito do pagamento no domicílio estipulado, significa que o devedor ganha um novo
domicílio para efetuar o pagamento.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo | Direito Civil
O exemplo que pode ser trazido é o caso do fiador que paga a dívida do devedor, para que
não seja responsabilizado pelo pagamento. Ao fazer isso, o credor sai da relação
obrigacional, já que recebeu o pagamento e o então fiador passa a ser o novo credor do
devedor (que não pagou e então continuará devendo, mas agora para o novo credor, que
era seu antigo fiador).
Importante destacar que na sub-rogação não há a EXTINÇÃO da dívida e sim a substituição
de uma pessoa por outra através do pagamento. Não há o surgimento de nova dívida. A sub-
rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do
primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
Como regra, quem deverá escolher qual dívida será paga, é o devedor (artigo 352).
Se o devedor nada fizer, então se transfere o direito de escolha ao credor (Artigo 353). Caso
nem o devedor, nem credor se manifestem, então teremos a imputação legal, ou seja, a lei,
no seu artigo 355, que diz quais serão as dívidas a serem pagas. Se o devedor não fizer a
indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas
líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao
mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa. Assim:
1) Havendo capital e juros, primeiro se fará nos juros;
2) A imputação será feita na dívida vencida em primeiro lugar;
3) Se todas forem vencidas na mesma data, então a imputação deverá ser feita na mais
onerosa.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Inadimplemento
Temos dois tipos de inadimplemento:
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Assim, quando houver cláusula penal moratória, poderá o credor exigir o cumprimento da
obrigação e o cumprimento da cláusula penal moratória.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Requisitos da Evicção
Direitos do evicto
Lembrando que evicto é aquele que perdeu a coisa em virtude de sentença judicial.
A) Responsabilidade total (artigo 450 do CC): Salvo estipulação em contrário, o evicto tem
direito:
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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1) Perda considerável: Poderá o evicto (quem perdeu parcialmente o bem) optar entre a
rescisão do contrato e a restituição da partedo preço do desfalque.
2) Perda não for considerável: Pode apenas pleitear a indenização e não a rescisão do
contrato.
Observação: Preço que sua fixação fica ao livre arbítrio da outra parte - nulo, segundo artigo
489 do CC.
Coisa: Pode ser a venda de algo que já existe ou de bens que virão a existir (coisa futura)
conforme artigo 483 do CC.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo | Direito Civil
Natureza jurídica
1) Unilateral: só gera obrigações para uma das partes.
2) Consensual: se aperfeiçoa com a aceitação.
3) Solene: a doação deve ser feita por escritura pública ou instrumento particular. Contudo,
em bens móveis de pequeno valor admite‑se a doação verbal, desde que a doação ocorra
imediatamente.
4) Gratuito: somente uma das partes perde patrimônio.
Restrições à doação
1) Doação da parte inoficiosa: é nula a parte que exceder ao que poderia dispor em
testamento, segundo o artigo 549 do CC.
2) Doação de todos os bens do doador: é a chamada doação global, em que não pode todos
os bens do doador serem doados, sem que fique algo para a sua subsistência. Caso isso
aconteça, teremos nulidade.
3) Doação do cônjuge adultero a seu cúmplice – artigo 550 do CC: pode ser anulada a
doação pelo cônjuge ou pelos herdeiros necessários. Prazo de 2 anos depois de dissolvida a
sociedade conjugal.
Revogação da doação
Há duas razões pelas quais é possível a revogação da doação: ingratidão do donatário e por
descumprimento de encargo, conforme artigo 555 do CC.
Por ingratidão do donatário: As hipóteses se encontram nos arts 557 e 558 do CC.
A) Se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso
contra ele;
B) Ofensas físicas cometidas pelo donatário contra o doador;
C) Se o injuriou gravemente ou o caluniou;
D) Podendo o donatário auxiliar com alimentos ao doador, e não o faz.
Quando o ofendido não for o doador, mas cônjuge, ascendente, descendente, ou irmão
deste, ou descendente adotivo, também pode o doador pleitear a revogação da doação, de
acordo com o artigo 558 do CC.
Qual é o prazo para que se peça a revogação por ingratidão? Dentro de um ano, a contar de
quando chegue ao conhecimento do doador sobre o fato e que o donatário foi o autor.
Quem pode ajuizar a ação de revogação da doação? É personalíssima, ou seja, somente o
doador pode ajuizá‑la. Contudo, se a ação foi iniciada, e o doador morreu, os herdeiros e
sucessores podem prosseguir com a ação.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Mas e no caso de homicídio doloso? Se o doador morreu, como vai ajuizar? É uma exceção,
nesse caso, os herdeiros podem ajuizar a ação de revogação da doação.
De qualquer forma, só se admite a revogação da doação, por ingratidão, nas doações puras.
Não se admite, portanto: nas doações puramente remuneratórias, nas oneradas com
encargo já cumprido, nas que se fizerem em cumprimento de obrigação natural, e nas feitas
para determinado casamento.
Contrato de empréstimo
Duas são as espécies de empréstimos: mútuo e comodato.
Contrato de comodato
Comodato é o empréstimo para uso, gratuito de coisas infungíveis. Pode ser bens móveis ou
imóveis, mas precisa ser infungível. O contrato se perfectibiliza com a tradição da coisa.
Características do comodato:
A) Gratuidade do contrato: Se fosse oneroso, seria o contrato de locação.
B) Infungibilidade do bem: restituição do mesmo objeto recebido como empréstimo.
C) Contrato real, já que o aperfeiçoamento do contrato se dá com a tradição (e não com a
aceitação).
D) Contrato unilateral, já que após a tradição, só há obrigações para uma das partes, que é o
comodatário (restituir a coisa) e não há obrigações para o comodante.
E) Contrato não solene, já que não necessita forma especial para a sua celebração.
Obrigações do comodatário:
A) Conservar a coisa – art. 582
O comodatário deve conservar a coisa como se fosse sua. Deve responder pelas despesas
de conservação.
O comodatário não pode nunca tentar cobrar do comodante as despesas comuns, feitas
com o uso e gozo da coisa emprestada.
C) Restituir a coisa:
Deve ser restituída a coisa no prazo convencionado e não havendo este prazo, finda a razão
pela qual ocorreu, o empréstimo deve ser restituído (empresta livros para o trabalho de
conclusão de curso, e quando passado o evento, deverão ser devolvidos, por exemplo).
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Contrato de mútuo
O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O bem é emprestado para consumo. O
mutuário se obriga a restituir ao mutante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero,
qualidade e quantidade. É empréstimo para consumo, pois o mutuário não está obrigado a
devolver o mesmo bem, do qual se torna dono.
Neste tipo de empréstimo, o mutuante transfere o domínio, a propriedade, do bem ao
mutuário. Isso não acontece no comodato. Além disso, o mutuário se torna PROPRIETÁRIO
da coisa, correndo por conta desse, todos os riscos da tradição.
Características do mútuo:
O mútuo é temporário, se entende que em algum momento o que foi emprestado será
devolvido. Mas e se não houver prazo para a restituição do bem? O CC determina que:
A) Até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas
B) De 30 dias, pelo menos, se o mútuo for de dinheiro
C) Do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Responsabilidade Civil
Estrutura:
Parte geral: 186, 187, 188
Obrigação de indenizar: 927-943
Indenização: 944-954
A responsabilidade civil subjetiva é a regra dentro do Direito Civil. Ela é baseada na “teoria da
culpa”, já que é necessária a verificação de culpa, para que se possa configurar tal requisito.
Assim, para a verificação da responsabilidade civil subjetiva (regra) é necessário: conduta
humana, culpa, nexo causal e dano. Já a responsabilidade objetiva está consagrada no
parágrafo único do artigo 927.
Neste caso, para a configuração da responsabilidade objetiva são necessários: conduta
humana, nexo causal e dano.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Mesmo assim, de acordo com o parágrafo único, a indenização deverá ser equitativa e, se
privar o incapaz ou as pessoas que dele dependam do seu sustento, então tal indenização
não terá lugar. Devido ao parágrafo único do 942 do CC, ainda há discussões que tratam
sobre a responsabilidade do incapaz ser ou não subsidiária. No entanto, a jurisprudência e a
doutrina dizem que sim, em decorrência do artigo 928 do CC, ela será subsidiária, não tendo
aplicação o parágrafo único do art. 942 do CC.
Assim, há somente duas excludentes nas quais o dono/detentor não será responsabilizado:
culpa da vítima e força maior.
Ponto muito importante a ser verificado que a responsabilidade é de quem habita o prédio.
Assim, seriam responsáveis o locatário, comodatário, proprietário, enfim, quem estiver
habitando o prédio.
Caso não se saiba de onde partiu o objeto caído ou lançado, os tribunais têm entendido pela
responsabilização do condomínio que, após (e caso) identificado o responsável, poderá
ajuizar regresso contra o ofensor.
Direito do Consumidor
Para que haja a aplicação do CDC é necessária a existência de uma relação de consumo:
Consumidor + fornecedor, cujo objeto é um produto ou um serviço.
Consumidor
Há 4 tipos de consumidores:
A) Consumidor standard (padrão): Art. 2° do CPC: “Consumidor é toda pessoa física ou
jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”.
B) Consumidor equiparado: Parágrafo único do art. 2º do CDC: “Equipara-se a consumidor a
coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de
consumo”.
C) Consumidor equiparado: art. 17 do CDC: “Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos
consumidores todas as vítimas do evento”.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Fornecedor
Está no art. 3 º do CDC:
Pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional, estrangeira, ente despersonalizado.
Desenvolve atividade com habitualidade, como sendo o ofício, a profissão ou uma de suas
profissões. Temos aqui ideias de atividades profissionais, habituais e com finalidade
econômica.
Lembrar que fornecedor se enquadra como sendo gênero. Desta forma, não somente o
fabricante, por exemplo, mas também transformadores, intervenientes e até comerciantes
poderão ser responsabilizados. Não importa se regularizado ou não, com CNPJ ou não.
Produto: O produto pode ser todo bem móvel ou imóvel, material ou imaterial. Também
temos produtos duráveis (bens que não se extinguem após uso regular, ainda que sofram
desgastes, tais como carro, mesa, brinquedos etc.) e produtos não duráveis (tais como
alimentos, remédios, cosméticos, sabonetes etc).
O fornecedor de serviços tem um outro requisito (que não tem o fornecedor de produtos):
remuneração. Remuneração que pode ser direta ou indireta.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Observar:
➙ Registro da emancipação voluntária e judicial no CRCPN
➙ Casamento: divórcio não retorna à incapacidade.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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O art. 6º do Estatuto da pessoa com deficiência (lei 13.146/2015) - deficiência não afeta a
plena capacidade civil, inclusive para gestão do plano familiar e existencial do indivíduo. A
pessoa com deficiência pratica o ato, podendo escolher dois apoiadores para lhe auxiliarem
na tomada de decisão (art. 1.783-A, CC).
Nesta ação haverá a fixação (por perícia) dos atos que podem ser praticados e nomeará o curador.
Direitos de Personalidade
Ao lado dos direitos patrimoniais, existem direitos, não menos importantes, que estão fora
do comércio e encontram-se inseridos na personalidade do indivíduo. São direitos inerentes
e ligados à pessoa humana e a sua dignidade, de forma perpétua e permanente. Dentre
estes direitos destacam-se a vida, liberdade, nome, próprio corpo, imagem e honra.
O rol exemplificativo
➙ Relação direta com o princípio da dignidade da pessoa humana
➙ Relação direta com os direitos fundamentais previstos na CF
➙ Proteção dos direitos de personalidade do nascituro (art. 2º, CC)
➙ Aplicável, no que couber, às pessoas jurídicas (art. 52, CC). Súmula 227, STJ: “A pessoa
jurídica pode sofrer dano moral”.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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➙ Testamento vital
➙ Cirurgia de adequação sexual – possibilidade
➙ Crença religiosa – testemunhas de Jeová
Ex.: Art. 15, CC:
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco
de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Importante:
Enunciado 528, das Jornadas de Direito Civil, que autoriza o chamado testamento vital ou
biológico, que nada mais é do que uma autorização para a prática da suspensão do
tratamento médico:
“É válida a declaração de vontade expressa em documento autêntico, também chamado
"testamento vital", em que a pessoa estabelece disposições sobre o tipo de tratamento de
saúde, ou não tratamento, que deseja no caso de se encontrar sem condições de manifestar
a sua vontade”.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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com plena liberdade de expressão artística, científica, histórica e literária, desde que não se
ofendam os direitos constitucionais dos biografados”.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Não se trata de declarar nula a personalidade, mas sim de tornar a personalidade jurídica
ineficaz em certos casos.
Pode desconsiderar a pessoa jurídica para atingir bens dos sócios ou, ao inverso,
desconstituir a pessoa jurídica para atingir bens da empresa (desconsideração inversa)
Somente a requerimento da parte ou do MP (não pode ocorrer de ofício).
Bens Jurídicos
Bem jurídico = “toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo”.
Gagliano e Pamplona Filho.
Importante
Móveis e Imóveis
Art. 80 – Imóveis por determinação legal
Art. 82 – Não perdem o caráter de imóveis – questão da 1 fase – vitrais do Mercado Público
de São Paulo.
Divisível e indivisível
Se o bem for divisível, o proprietário pode alienar a terceiro, sem dar preferência aos demais
comunheiros. Se, contudo, o bem for indivisível, deverá dar preferência aos comunheiros.
Ex.: área de terras em condomínio – deve dar preferência aos demais. Se aquela mesma área
for desmembrada em duas matrículas, desaparece o condomínio e passa a ser divisível.
Ex.: apartamento em um edifício – não precisa dar preferência aos demais.
Fungíveis e infungíveis
O mútuo é o contrato para empréstimo de bens fungíveis. O comodato, por sua vez, de
bens infungíveis.
Consumíveis e inconsumíveis
Interessante é a situação dos livros. Se estiverem nas prateleiras de uma livraria – para
serem vendidos – serão bens consumíveis. Já, se estiverem nas prateleiras de uma biblioteca
– apenas para serem usados, lidos e devolvidos – serão inconsumíveis.
Reciprocamente considerados
Principal: existe por si só próprio (solo);
Acessório: pressupõe a existência do principal (árvore)
A regra é que a natureza do principal é a mesma do acessório.
O acessório sempre segue o principal em seu destino.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Bem de família
Voluntário: vários bens, até 1/3 do patrimônio líquido, escritura pública ou testamento,
registro no CRImóveis, enquanto o casal existir ou os filhos forem menores de 18 anos,
impenhorabilidade quanto a dívidas posteriores a instituição, salvo as derivadas do próprio
bem (impostos e condomínio).
Legal: Lei nº 8.009/90, único bem, regra é que seja impenhorável, exceção: art. 3º, Lei,
protege imóveis de pessoas solteiras, casadas ou viúvas. Box de garagem – se tiver matrícula
própria pode ser penhorado. Se o imóvel estiver locado a terceiro – Súmula 486, STJ:
mantém a impenhorabilidade.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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➙ Capacidade dos negócios jurídicos gerarem efeitos. Pode depender de alguma “situação
especial” (elementos acidentais do negócio jurídico). Públicos: pertencentes à pessoas de
direito público interno (art. 98, CC).
Efeitos de anulabilidade
➙ Não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz.
➙ Alegada pelo interessado (arts. 177 e 178, CC).
➙ Art. 172, CC - negócio jurídico anulável pode ser confirmado (convalidado), através de
confirmação expressa (art. 173, CC).
➙ Menor púbere (16 a 18 anos) não pode alegar idade para eximir-se da obrigação, quando,
na celebração do negócio, omitiu a informação (art. 180, CC).
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Prescrição e Decadência
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Prescrição
A prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado, em razão da inércia do
titular, dentro do prazo previsto pela lei.
Não prescrevem: Aqueles referentes ao Direitos da Personalidade, referente ao Estado das
Pessoas: estado de filiação, qualidade de cidadania, condição conjugal. Ações referentes à
separação, interdição, investigação de paternidade etc.;
➙ Prazos: Art. 205 e 206, CC
Decadência
Seria a perda do direito potestativo pela inércia do seu titular, que não o exerceu dentro do
período determinado pela lei;
Refere-se a ações que visam a constituir positiva ou negativamente atos e negócios
jurídicos, como nos casos de ações anulatórias de negócios jurídicos.
Os prazos de decadência são definidos junto aos institutos. Prazo começa a fluir de quando
nasce o direito.
Posse
Os atos de permissão ou tolerância não induzem posse. Este é o caso do detentor, que
conserva a posse em nome do dono (art. 1.198, CC).
De igual forma, os atos clandestinos ou violentos não autorizam a aquisição da posse.
Significa que nos casos de conflitos de terra, por exemplo, em que haja a tomada violenta da
posse da área, estes não poderão adquirir a posse, em razão da violência do ato. Contudo,
depois que cessar a violência ou a clandestinidade poderão eles adquirir a posse.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Efeitos da posse
O Código Civil estabelece, dos arts. 1.210 ao 1.222 os efeitos da posse. Tais efeitos podem
ser de ordem material ou processual.
Os efeitos materiais dizem respeito a percepção dos frutos e suas consequências, ao direito
a indenização e retenção das benfeitorias, as responsabilidades e ao direito de usucapião.
Já os efeitos processuais dizem respeito a possibilidade de utilização dos interditos
possessórios, as ações possessórias e a legítima defesa da posse e do desforço imediato.
O possuidor de boa-fé tem direito aos frutos percebidos (colhidos). Já os frutos pendentes
(ainda não colhidos) devem ser restituídos, assim como aqueles que tenham sido colhidos
por antecipação.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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O possuidor de má-fé deve devolver todos os frutos colhidos ou pendentes, bem como
aqueles que deixou de colher por culpa sua (art. 1.216, CC), devendo, neste último caso, ser
responsabilizado no caso de perecimento dos frutos não colhidos por sua culpa (reparação
de danos – responsabilidade civil). Mas tem direito, o possuidor de má-fé a ser indenizado
pelas despesas de produção e custeio.
Os frutos naturais são aqueles provenientes da coisa principal (frutas, por exemplo). Estes,
tão logo sejam separados da coisa principal consideram-se colhidos.
Os frutos industriais são aqueles que derivam de uma atividade humana (tudo o que venha
a ser produzido em uma fábrica, por exemplo). Estes, assim, como os naturais, logo após
separados consideram-se colhidos.
Os frutos civis derivam de uma relação jurídica ou econômica (rendimentos de aplicações
financeiras, aluguel de imóveis, por exemplo). Estes são percebidos na data prevista para
vencimento do aluguel ou do “aniversário” da aplicação financeira.
Benfeitorias necessárias: o possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a estas
benfeitorias (pelo valor atual) ou exercer o direito de retenção pelo valor delas. O possuidor
de má-fé tem direito de ser ressarcido apenas quanto a estas benfeitorias (aquele que tiver o
dever de indenizar tem direito de optar entre o valor atual da coisa e o custo dela), não
possuindo direito de retenção.
Benfeitorias úteis: o possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a estas
benfeitorias (pelo valor atual) ou exercer o direito de retenção pelo valor delas.
Benfeitorias voluptuárias: o possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a estas
benfeitorias ou de retirá-las, desde que não haja detrimento da coisa (que não haja a
desvalorização do imóvel, por exemplo), caso não lhes sejam pagas. O possuidor de má-fé
não tem direito a levantar as benfeitorias voluptuárias.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Ex.: João se apossa do cavalo de Pedro. Neste caso, se o cavalo morrer na posse de João por
ter ingerido veneno, ele deverá indenizar a Pedro. Contudo, se a morte do animal ocorrer por
uma doença cardíaca grave, ou seja, mesmo que estivesse na posse de Pedro ele morreria,
não terá João o dever de indenizar. CUIDADO, pois, neste caso, depende de PROVA!
Usucapião
O principal efeito da posse é o direito de usucapião, ou seja, o exercício de posse de uma
coisa por certo tempo gera a chamada prescrição aquisitiva, que dá direito ao titular a
pleitear a propriedade da coisa através da pretensão de usucapião.
Proteção Possessória
Dentro dos efeitos da posse encontra-se a possibilidade que o possuidor tem de se utilizar
das ações possessórias (ou interditos possessórios) para proteção e defesa de sua posse.
Importante observar que as ações possessórias tanto podem ser exercidas pelo proprietário
detentor da posse, como também por aquele que, embora não tenha a propriedade, se
encontra na posse da coisa.Quanto a proteção possessória, o CC prevê os seguintes
dispositivos:
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de
turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver
justo receio de ser molestado.
§1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por
sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de
desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição
da posse.
§2º Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de
propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.
Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á
provisoriamente a que tiver a coisa, se não estiver manifesto que a obteve de
alguma das outras por modo vicioso.
Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização,
contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era.
Art. 1.213. O disposto nos artigos antecedentes não se aplica às servidões não
aparentes, salvo quando os respectivos títulos provierem do possuidor do
prédio serviente, ou daqueles de quem este o houve.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Ações Possessórias
1. Interdito proibitório: caso de ameaça ou risco ao exercício da posse do titular. Proteção de
perigo iminente.
2. Ação de manutenção de posse: caso de turbação ou perturbação à posse, ou seja, houve
um atentado à posse, mas sem retirá-la do possuidor. Preservação da posse.
3. Ação de reintegração de posse: caso de esbulho ou retirada da posse, quando o atentado
se concretiza e o possuidor é destituído da sua posse. Devolução da posse. Cabível sempre
que houver invasão, mesmo que parcial, do imóvel.
Propriedade
Atributos da propriedade
Estes quatro atributos da propriedade: Gozar, Reivindicar, Usar e Dispor, são resumidos na
expressão GRUD. Art. 1.228, CC. Se uma pessoa tiver todos estes atributos terá a propriedade
plena. Contudo, faltando algum deles ou, caso esses atributos sejam divididos entre duas ou
mais pessoas, haverá a propriedade restrita.
Direito de uso, ou seja, utilização da coisa conforme as permissões legislativas, ou seja,
existem limites ao uso como, por exemplo, o direito de vizinhança, a desapropriação ou o
tombamento.
Direito de gozo ou fruição, ou seja, a possibilidade de retirar da coisa os frutos que ela
produz (sejam eles naturais ou civis), como, por exemplo, a locação de um imóvel.
Direito de disposição, ou seja, sendo o proprietário da coisa, poder transmiti-la a terceiro,
seja por ato entre vivos (compra e venda) ou causa mortis (testamento), seja de forma
onerosa (mediante pagamento) ou gratuita (negócio benéfico, sem pagamento).
Direito de reinvindicação, ou seja, possibilidade de, através de ação petitória, com
fundamento na propriedade, reivindicar a coisa de quem a detenha injustamente. A ação
reivindicatória é a ação petitória mais comum, tratando-se de ação real fundada no domínio.
Tartuce afirma que pode-se “afirmar que proteção da propriedade é obtida por meio dessa
demanda, aquela em que se discute a propriedade visando à retomada da coisa, quando
terceira pessoa, de forma injustificada, a tenha, dizendo-se dono”. O STJ tem entendido ser
imprescritível tal ação, tendo em vista seu caráter declaratório.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Extraordinária Ordinária
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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O proprietário de uma coisa/prédio não pode usar de sua propriedade de forma a impedir
ou limitar o exercício da propriedade por parte do prédio vizinho. Desta forma, o art. 1.277,
CC permite que o proprietário de um prédio faça cessar as interferências prejudiciais a
utilização da sua propriedade.
Existe, portanto, uma proibição ao uso nocivo da propriedade, que importa em perturbação
da segurança, do sossego ou da saúde dos vizinhos.
De se observar que essa proteção trazida pelo art. 1.277, CC é conferida tanto ao proprietário
como, também, ao possuidor que podem se utilizar de medidas variadas (responsabilidade
civil, obrigação de não fazer, nunciação de obra nova, etc) para fazer cessar a interferência.
Estas proibições de interferências levarão em conta a utilização e localização do prédio,
limites ordinários e tolerância dos moradores da vizinhança.
O art. 1.278, CC, por sua vez, determina que não prevalece o direito de fazer cessar a
interferência, se as mesmas forem justificadas por interesse público. Em uma situação como
esta, haverá o dever, por parte do proprietário do prédio que causa o dano, de indenizar o
vizinho. Ex.: construção de açudes que invadem parte da propriedade vizinha, passagem de
rede elétrica.
Sempre que for possível, o vizinho poderá exigir a redução ou eliminação das interferências,
ainda que por decisão judicial devam ser toleradas – art. 1.279, CC. Ex.: foi tolerada a
construção do açude, mas o mesmo secou e, neste caso, o proprietário pode recuperar o
uso da sua propriedade.
Quando o prédio ameaçar ruína, o proprietário o prédio vizinho pode exigir demolição ou
reparação, além de poder exigir caução pelo dano iminente. Art. 1.280, CC. Sempre que
houver iminência de dano, na construção sobre o prédio vizinho, poderá o outro exigir
garantia de eventual prejuízo (art. 1.281, CC).
Passagem forçada
➙ Art. 1.285
Acessibilidade do imóvel encravado – pode exigir do vizinho a passagem forçada.
Essa passagem será concedida pelo imóvel mais natural e que mais facilmente se preste a
passagem, mediante indenização cabal (conforme o valor da área da passagem + a
desvalorização) e o rumo (localização da passagem) será fixado judicialmente quando não
houver acordo entre as partes.
O enunciado 88 das Jornadas de Direito Civil prevê que esse direito a passagem forçada
“também é garantido nos casos em que o acesso à via pública for insuficiente ou
inadequado, consideradas, inclusive, as necessidades de exploração econômica”.
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Condomínio
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Direito Matrimonial
Espécies de casamento:
1. Puramente religioso
2. Puramente civil (habilitação + celebração – juiz de paz + registro)
3. Religioso com efeitos civil (Lei nº 1.110/1.950 + Art. 71 e ss da Lei nº 6.015/1973)
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Outorga conjugal
Regra = necessidade de autorização conjugal. Arts. 1.647 a 1.650 do CC.
Exceção:
No regime da separação convencional de bens.
Na separação obrigatória a súmula 377, STF é aplicada.
No regime da participação final nos aquestos, quando o casal convencionar a livre
disposição dos bens.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Há uma expectativa de crédito (que só configura-se ao final). Não se trata de meação, mas
de crédito a receber.
União Estável
- União estável = ato-fato jurídico = independe de vontade para que se configure. União
pública, contínua e duradoura, com a intenção PRESENTE de formar família.
- Aplicabilidade das regras de impedimentos (art. 1.723, § 1.º, CC).
- Não reconhecimento de uniões estáveis paralelas.
- Regime de comunhão parcial de bens.
- Concubinato = 1.727, CC – impedimento matrimonial.
- Não necessita residir sobre o mesmo teto.
➙ Divórcio extrajudicial
- Consenso;
- Inexistência de filhos incapazes ou nascituros (novo CPC) – cabe, neste caso, emancipar os
filhos menores de idade para a realização do divórcio extrajudicial – o CPC/2015 retirou o
termo menores, deixando os incapazes e incluindo os nascituros;
- Assistência de advogado.
➙ Divórcio no estrangeiro
O divórcio consensual pode ser reconhecido no Brasil sem que seja necessário proceder à
homologação. Art. 961, §5.º CPC + Prov. 53 CNJ = Apenas para divórcios consensuais
simples. Havendo guarda, partilha, necessária a homologação do STJ.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Guarda
Unilateral ou exclusiva, quando exercida por apenas um dos pais;
Compartilhada, quando exercida por ambos em iguais condições;
A guarda pode ser modificada se ficar provado que o guardião ou pessoas de sua
convivência familiar não trata convenientemente a criança ou o adolescente.
A guarda pode ser estabelecida a terceira pessoa, desde o nascimento, se houver
abandono afetivo (art. 1584, §5.º, CC).
Com a lei 13.058/2014 a guarda compartilhada tornou-se a regra!
Residência base de moradia = art. 1.583, §3.º
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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➙Título executivo extrajudicial – ação de execução – rito da prisão (art. 911, CPC/2015);
➙Título executivo extrajudicial – ação de execução – rito da expropriação (art. 913,
CPC/2015);
➙Cumprimento de sentença ou decisão interlocutória (nos mesmos autos) – rito da prisão
(art. 528, CPC/2015);
➙ Cumprimento de sentença ou decisão interlocutória (nos mesmos autos) – rito da
expropriação (art. 530, CPC/2015);
Pena de prisão: até 3 prestações vencidas + vencíveis durante o processo. Intimação para
pagamento em 3 dias ou justificativa ou prova do pagamento. Se não pagar – protesto da
decisão. Determinação de prisão civil por até 90 dias – regime fechado.
Constrição de bens: Juiz intima para pagamento em 15 dias, acrescido de custas. Se não
pagar, multa de 10% + honorários de 10%. Se pagar parcial, multa e honorários incidem sobre
o que falta. Não havendo pagamento, expedição de mandado de penhora.
Sucessões
Extinção da Personalidade
Morte real
Morte presumida sem decretação de ausência: art. 7º CC; provável a morte de quem estava
em perigo de vida. Ação de justificativa após fim das buscas. Desaparecido ou prisioneiro de
guerra não encontrado até dois anos após o término da guerra. Ação de justificação só após
2 anos do término da guerra.
Morte presumida com decretação de ausência: art. 6º + art. 22, ambos do CC; alguém que
desaparece sem dar notícias. Três fases: curadoria dos bens do ausente, sucessão provisória
+ sucessão definitiva (neste momento considera-se a morte).
Comoriência: art. 8º, CC; morte simultânea – critério temporal. Morrem ao mesmo tempo
(mesmo que em lugares distintos).
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Ausência
Ausente = art. 22 = aquele que desaparece de seu domicílio sem dar notícias, sem deixar
representante ou procurador para administrar-lhe o patrimônio.
A lei prevê três fases: curadoria dos bens do ausente, sucessão provisória e sucessão
definitiva. Art. 744 e ss. CPC/2015
Bens são arrecadados pelo curador (qualquer sucessor) ➙ publicação de edital na internet,
no site do Tribunal de Justiça e na plataforma de editais do CNJ, onde deverá permanecer
por 1 ano. Não havendo site, a publicação deve ocorrer, de dois em dois meses, no órgão
oficial e na imprensa da Comarca ➙ após o prazo previsto no edital, contado da rrecadação
dos bens do ausente e da nomeação do curador ( será de 3 anos este prazo se o ausente
tiver deixado representante) ➙ abertura da sucessão provisória (sentença de abertura da
sucessão provisória só produz efeitos após 180 dias da sua publicação na imprensa) ➙
possível a abertura de eventual testamento e do inventário para partilha dos bens herdeiros
devem prestar garantia para ingressarem na posse dos bens ➙ após 10 anos da abertura da
sucessão provisória ➙ sucessão definitiva (A sucessão definitiva também pode ser requerida
se restar comprovado que o ausente conta com mais de 80 anos e que não há notícias dele
há mais de 5 anos) ➙ partilha dos bens.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Espécies de sucessão
Legítima
Herdeiros necessários: descendentes, ascendentes e cônjuge ➙ Garantia da legítima
(1/2 da herança).
Testamentária
Herdeiro instituído: recebe % da herança.
Herdeiro legatário: recebe bem certo, descrito e caracterizado.
Herança ≠ meação.
Art. 1.850 – será plena a liberdade de testar se não houverem herdeiros necessários.
Indignidade Deserdação
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Petição de Herança
Pode ocorrer, por qualquer razão, que algum herdeiro não seja relacionado no inventário e
na partilha. Nesse caso, sua condição jurídica de herdeiro não é reconhecida (filho a ser
reconhecido de uma relação extraconjugal do de cujus).
Nesse caso, para que esse herdeiro possa ter seu direito reconhecido e, então, receber
parcela que lhe cabia na universalidade, deverá ingressar com uma ação judicial. Esse é o
caso da petição de herança.
EXEMPLOS:
- Alguém que se aposse ilegalmente da herança ou de parte dela;
- Herança que é recolhida por parentes mais afastados do falecido e o interessado é de grau
mais próximo, de classe preferencial;
- A herança é distribuída entre os herdeiros legítimos, e aparece testamento do de cujus, em
que outra pessoa é nomeada herdeira;
- O filho não reconhecido ingressa com ação de investigação de paternidade e, de forma
cumulada, com a petição de herança.
Sucessão Legítima
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Sucessão testamentária
Liberdade de dispor Formas ordinárias
Disposições: Particular:
1. Patrimoniais Próprio testador
2. Pessoais: reconhecimento de filho, 3 testemunhas
perdão indigno. Possível não observar requisitos se houver risco
de vida (juiz analisa).
Capacidade:
1. No ato de elaborar o testamento: Cerrado:
pessoa capaz maior de 16 anos. Próprio testador
2 testemunhas
2. Incapacidade superveniente não retira
Tabelião aprova
validade.
Costurado e lacrado
Formas especiais
Marítimo e aeronáutico:
No diário de bordo
Deve ser entregue a autoridade no desembarque
Só tem validade se a pessoa falecer na viagem ou não
convalescer dentro de 90 dias após desembarque
Militar:
Ao oficial responsável
Situação excepcional - aceito de viva voz.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Revogação do testamento
Revogar: modificar ou desconstituir, através de novo ato de vontade.
Caducar: o ato perde a validade por uma causa que o esvazia, ou em razão de um fato que
lhe retira o objeto.
Espécies de revogação:
EXPRESSA: dá-se mediante a confecção de novo testamento, onde é indispensável
mencionar a revogação do anterior, ou parte dele. Observa-se a mesma solenidade pra a
celebração (art. 1.969 CC).
O simples fato de existir novo testamento não significa que tenha revogado o anterior.
Ambos podem coexistir, desde que não sejam contraditórios, ou seja, desde que se
complementem.
Formas de revogação
1) Total: revogação pura e simples: declara-se, em novo testamento, a revogação do anterior,
não fazendo qualquer limitação ou reserva.
2) Parcial: limita-se ao tópico atingido – art. 1.970 CC
3) A revogação do testamento de reconhecimento de filho é válida, mas a declaração de
reconhecimento permanece surtindo efeitos.
4) O novo testamento não atinge os legados, pois estes são especificações dos bens.
5) A superveniência de descendente revoga automaticamente o testamento – art. 1.973 –
este dispositivo pressupõe a inexistência, ou conhecimento, de qualquer descendente.
Situação irrelevante em face do teor do art. 1.974: “rompe-se também o testamento feito na
ignorância de existirem outros herdeiros necessários.”
Efeitos da revogação
- Priva-se o testamento de qualquer eficácia, se total, ou da eficácia na parte atingida, se
parcial;
- Passa a vigorar a sucessão (legítima) hereditária, em todos os seus efeitos.
Ação para anulação do testamento
- Proposta no juízo do inventário;
- Testamento viciado ou com cláusulas proibidas.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Ritos/Espécies de Inventários
Ritos/procedimentos
São regras estabelecidas pela lei processual para o tramitar da ação perante o Poder
Judiciário. A lei define a soma de atos processuais que deverão acontecer entre o início
(petição inicial) e o fim da ação (sentença). Temos a seguinte divisão quanto aos
ritos/procedimentos: Procedimento Comum e Procedimentos Especiais. A forma de
identificar o uso de um ou outro é identificando o pedido (a pretensão que a parte vai levar
ao Poder Judiciário), será possível identificar o rito pelo qual este pedido vai tramitar perante
o Poder Judiciário.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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E o Procedimento Comum? O uso deste também é definido pelo pedido, mas de uma forma
ainda mais simples: para todos os pedidos que não tiverem previsão de uso do
procedimento especial, será utilizado o procedimento comum.
Jurisdição
Todo o órgão do Poder Judiciário (juiz, desembargador, Ministro) tem jurisdição. No entanto,
o exercício desta jurisdição é limitado pelas regras de competência. Competência é, então, o
limite de atuação dos órgãos jurisdicionais. Dentro de seu campo de atuação é outorgado ao
juiz poder para decidir sobre os conflitos. A grande divisão diz respeito a competência
ESTADUAL e FEDERAL.
Diante disso, para fixar a competência federal basta verificar o art. 109 da Constituição
Federal – ali ficou definido quais seriam as circunstâncias que acarretam a competência
federal (da Justiça Federal). Já a competência estadual (Justiça Estadual) é definida de forma
residual – o que não for de competência federal, será de competência estatual.
IMPORTANTE: as regras de competência fixadas pelo CPC são territoriais, ou seja, definem o
lugar onde deverá ser proposta a ação. Ainda, a competência do JEC, JEF e JEFP é definida,
também, pelo valor da causa (no estado causas de valor até 40 Salários-Mínimos e nos
juizados federais causas de até 60 Salários-Mínimos).
Incompetência
A incompetência é dividida em absoluta e relativa.
Absoluta pode ser reconhecida de ofício e em qualquer grau de jurisdição (art. 64, §1ª do
CPC) - a competência absoluta trata dos casos de interesses públicos.
Relativa não pode ser reconhecida de ofício (art. 337, §5º do CPC) e deve ser alegada em
preliminar da contestação (art. 337, II do CPC), sob pena de prorrogação (art. 65 do CPC) - a
competência relativa disciplina os casos de interesses privados. O reconhecimento da
incompetência (tanto relativa quando absoluta) gera a remessa dos autos para o juízo
competente (e não sua extinção) – art. 64, §3º do CPC.
Importante:
O reconhecimento da incompetência no JEC acarreta a extinção do processo sem
resolução do mérito (artigo 51, inciso III, da Lei 9.099/95).
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Acesso à Justiça
Custas e Despesas Processuais
Foi definido, no art. 82 do CPC, que o autor, ao propor uma ação, deverá fazer o
adiantamento das custas processuais (ou seja, a parte autora deverá fazer o recolhimento
das custas para ter sua ação distribuída).
A sentença (ao final do processo – quando da sua extinção), condenará a parte vencida ao
pagamento (para a parte vencedora) das custas e despesas que esta (parte vencedora)
antecipou (art. 82, §2º do CPC).
Justiça gratuita
O próprio art. 82 do CPC prevê que no caso de Justiça Gratuita restará a parte isenta do
pagamento de custas e despesas processuais. Nesse sentido, o artigo 98 do CPC garante à
pessoa natural ou jurídica, tanto brasileira, quanto estrangeira, que tenha insuficiência de
recursos para o pagamento das custas, das despesas processuais e dos honorários
advocatícios, o direito à justiça gratuita.
O pedido ao benefício poderá ser feito em várias fases do processo, na inicial, contestação,
em recursos ou até mesmo na petição que traz um terceiro ao processo.
No caso da pessoa natural, basta a alegação de ser hipossuficiente, não podendo o juiz
indeferir o benefício sem que esteja evidenciado no processo o contrário. Nesse caso, ainda,
antes do indeferimento, a parte tem a oportunidade de provar o contrário (art. 99, §2º e 3º
do CPC). Diferentemente é a situação da pessoa jurídica, que para fazer jus à justiça gratuita
deve provar ser financeiramente hipossuficiente.
Do Juiz
Suspeição e Impedimento
O magistrado, como órgão do Poder Judiciário, deve atuar com imparcialidade. No entanto,
existem circunstâncias que acarretam a sua parcialidade, as quais são definidas como
suspeição e impedimento. As causas que fundamentam o impedimento estão inseridas no
art. 144 do CPC e as de suspeição no art. 145 do CPC.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Verificada a parcialidade do juiz, através dessas duas hipóteses, não será declara extinção
do processo – deverá o magistrado ser afastado do processo e os autos encaminhados ao
seu substituto legal (sendo que os atos decisórios praticados até a substituição devem ser
invalidados).
O juiz poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de
declarar suas razões (§1º, art. 145, CPC), protegendo a sua intimidade.
Intervenção de Terceiros
Denunciação da lide: Aqui a intervenção é originada pela iniciativa de uma das partes, que
será chamado de denunciante, cujo objetivo é garantir o direito de regresso no caso de
improcedência do processo. Somente acontece nos casos do art. 125 do CPC.
Importante:
Esse direito de regresso somente será julgado pelo juiz se o denunciante perder a ação
principal.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Amicus Curie: O amicus Curie está previsto no art. 138 do Código de Processo Civil e sua
finalidade é auxiliar na formação de convencimento do juiz. Para que seja admitido o Amicus
Curie, deverá ser observada a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da
demanda e a repercussão social da controvérsia.
Atos Processuais
Atos processuais das partes
Previsto no artigo 200 do CPC, se subdivide em declarações unilaterais, que são os atos
realizados apenas pela parte, como no caso da petição inicial, ou bilaterais, que requerem a
manifestação de ambas as partes, como no caso do acordo. São atos que geram
imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Importante:
A extinção do processo vai sempre acontecer por sentença (art. 316).
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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De acordo com o artigo 277 do CPC, o ato será considerado válido pelo juiz, desde que
tenha alcançado a finalidade para o qual foi previsto, mesmo que tenha sido realizado de
forma contrária a lei. Isso porque adota-se o princípio da instrumentalidade das formas, que
diz que a forma é necessária apenas para que o ato alcance o seu objetivo, sendo que se
atingir o objetivo por outro meio não existirá o vício (exemplo: o réu é citado de forma
incorreta, mas comparece à audiência e se defende - o ato que inicialmente era nulo se
tornará válido).
Importante:
Identificando que o ato processual, mesmo nulo, não trouxe PREJUÍZO e alcançou a sua
FINALIDADE, não será decretada sua nulidade.
Importante:
Conforme o §2º do 229 do CPC, tal dispositivo não se aplica aos processos em autos
eletrônicos.
Para as partes, a consequência da não observância dos prazos processuais é a preclusão,
ou seja, a perda do direito de manifestação:
➙ Suspensão do processo: Das causas de suspensão, elencadas no artigo 313 do CPC,
algumas são aplicáveis a todos os tipos (I, II, III e VI), outras são específicas do processo de
conhecimento (IV e V), já as do processo de execução são tratadas no artigo 921 do CPC.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Tutelas Provisórias
As tutelas provisórias são divididas em: Evidência e Urgência.
Importante:
O instituto da Estabilização da Tutela somente será aplicável nos pedidos de Tutela
Provisória de Urgência Antecipada Antecedente (art. 304 do CPC).
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Importante:
Também pode configurar causa/fundamento para a improcedência liminar dos pedidos a
identificação de prescrição ou decadência (art. 332, §1º do CPC) – neste caso, haverá
extinção com resolução de mérito conforme o art. 487, II do CPC.
Assim como no indeferimento, a improcedência liminar gera a extinção (mas com mérito) –
dessa forma, tal decisão será classificada como sentença (art. 316 do CPC), restando a
apelação como recurso adequado (art. 1.009 do CPC).
Vale recordar, ainda, que interposta a apelação o juiz poderá retratar-se no prazo de cinco
dias, se houve a retratação o juiz irá determinar o prosseguimento do processo, com a
citação do réu, contudo se não houver retratação, determinará que o réu apresente
contrarrazões, no prazo de 15 dias.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Contestação
Forma processual do réu/demandado apresentar sua defesa. Deverá ser protocolada no
prazo de 15 dias, obedecido o art. 335 do CPC.
Cabe ao réu alegar na contestação toda matéria de defesa, de forma específica, expondo as
razões de fato e de direito para impugnar o pedido do autor (art. 336, do CPC).
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Excepcionalmente, conforme previsão do art. 341, parágrafo único do CPC, será autorizada
e permitida a contestação genérica.
O réu pode então, na contestação, apresentar sua defesa processual (as denominadas
Preliminares, previstas no art. 337 do CPC) e de mérito (rebatendo de forma específica os
fatos – art. 341 do CPC – e os pedidos, art. 336 do CPC).
Reconvenção
Além da contestação, o réu poderá se valer da reconvenção para contra-atacar o autor, isto
é, através da reconvenção o réu poderá formular pretensões, assim como fez o autor na
petição inicial.
Segundo a expressa previsão do art. 343, deverá a reconvenção ser apresentada na
Contestação (entenda-se que não será em peça separada e no prazo da contestação).
Revelia
A revelia é configurada pela inércia do réu, que deixa de apresentar defesa em relação aos
fatos narrados na inicial – objetivamente, ocorrerá à revelia quando o réu não apresentar
contestação. A revelia do réu acarreta a presunção de veracidade dos fatos narrados na
petição inicial (art. 344, segunda parte do CPC) – os chamados efeitos da revelia; e a
desnecessidade de sua intimação para os demais atos do processo caso não tenha
constituído procurador nos autos. Importante recordar que os do art. 345 são hipóteses que
afastam a aplicação dos efeitos da revelia (o réu permanece revel, mas contra ele não se
aplicam os efeitos, ou seja, a presunção de veracidade dos fatos).
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Ônus da prova
Caberá o ônus da prova ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito, e ao réu,
quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, essa é a
regra geral (art. 373, CPC).
Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo, ou quando, for mais fácil
para a outra parte provar fato contrário, o juiz poderá determinar, por decisão
fundamentada, que o ônus seja de forma diversa, ocasião em que deverá dar oportunidade a
parte de se desincumbir do ônus de que lhe foi atribuído. Além do mais, a distribuição
diversa do ônus da prova poderá ser determinada pelas próprias partes (através de um
acordo antes ou durante o processo).
Sentença
A sentença pode ser tanto o ato que extingue o mérito da causa, resolvendo-o, como
também poderá ser sem resolução do mérito, apenas resolução processual (art. 485 e 487,
do CPC).
A sentença sem resolução do mérito não produz coisa julgada, o seu efeito é apenas de
coisa julgada formal, pois não impede que a parte renove sua propositura processual (art.
486 do CPC).
Contudo importante observar que a nova proposta de ação só poderá ocorrer se houve o
pagamento das custas e honorários referente a ação anterior (art. 92 e 486, §2º do CPC).
Sobre a fundamentação ou motivação da sentença, é importante observar que não se
considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou
acórdão que (art. 489, §1º do CPC).
Está sentença possui limites, que, se não respeitados, provocam sua nulidade, são as
chamadas sentenças ultra petita, citra petita e extra petita. Sentença extra petita é aquela
que o juiz julga pedido que não foi proposto pelo autor. Sentença ultra petita é aquela que o
juiz condena o réu em quantidade superior à pedida. A sentença infra ou citra petita é
quando o juiz deixa de apreciar algum pedido da parte, quando houver cumulação de
pedidos.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Remessa necessária
Estarão sujeitos ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal, a sentença, conforme o art. 496 do CPC: I - proferida contra a
União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações
de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução
fiscal.
Nestes casos, se não for interposta apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos
autos ao tribunal e se não fizer, deverá o presidente do respectivo tribunal avocá-los.
Não se aplicará a remessa necessária quando a condenação for de mil salários-mínimos para
a União e respectivas autarquias e fundações de direito público; de 500 salários-mínimos
para os Estados, DF e respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios
que constituam capitais dos Estados e; 100 salários-mínimos para todos os demais
Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
Também não se aplicará o reexame necessário em casos em que a sentença estiver fundada
em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada
no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em
manifestação
Ação de Execução
A legitimidade ativa para propor a execução está prevista no art. 778 do CPC.
Os legitimados do polo passivo da execução, estão previstos no art. 779 do CPC.
Quanto a cumulação de dois ou mais títulos na mesma execução não há nenhum
impedimento legal, desde que os títulos apresentem os requisitos de cumulação previstos
no art. 327 §1º e 780 do CPC.
Requisitos do título executivo: O art. 783 e 786 do CPC dispõe que “A execução para
cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível”.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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ATENÇÃO
➙ Poupança: art. 833, X, do CPC: A impenhorabilidade dos bens depositados na caderneta de
poupança é limitada a 40 salários-mínimos.
➙ Diversas cadernetas de poupança: Caso o devedor possua diversas cadernetas de poupança,
o limite de impenhorabilidade deve considerar a soma de todas elas.
➙ Dívida relativo ao próprio bem: Lembre-se que a impenhorabilidade não é oponível à
execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição, na
forma do art. 833, §1º.
➙ Box de estacionamento: Caso o box do estacionamento tenha matrícula individualizada
poderá ser objeto de penhora (ver súmula 449 do STJ).
O art. 833, §2º é categórico ao afirmar que a impenhorabilidade prevista nos incisos IV e X não
se aplica aos casos de penhora para pagamento de prestação alimentícia.
A segunda parte do inciso 2º do art. 833 refere-se à possibilidade de penhora dos ganhos
excedentes a 50 salários-mínimos mensais, seja qual for a origem da obrigação.
Súmulas importantes: Súmula 364 do STJ, súmula 449 do STJ e súmula 486 do STJ.
Execução por quantia certa: A execução por quantia certa tem o objetivo de compelir o devedor
a pagar determinada quantia em dinheiro.
Na petição inicial, o exequente deverá juntar a memória de cálculo do débito atualizado, por
força do art. 798, I, “b” e parágrafo único e terá a opção de indicar os bens que deseja penhorar,
conforme art. 798, II, “c” do CPC.
Ao receber a petição inicial o juiz determinará a citação do devedor para pagar o débito em
três dias, sob pena de penhora, fixando desde já os honorários advocatícios.
No caso de execução por quantia certa, a citação implica no prazo de três dias para pagar (a
partir da efetiva citação do devedor) e o prazo de quinze dias para oferecer embargos (contados
da juntada do mandado aos autos), independentemente de realizada ou não a penhora.
Penhora: Não ocorrendo o pagamento em três dias, o oficial de justiça fará a penhora dos bens
indicados pelo credor na petição inicial e caso não haja indicação, fará a penhora sobre os bens
que localizar em diligência, observado o rol de bens impenhoráveis previsto no art. 833 do CPC
e da Lei n. 8.009/90.
A expropriação dos bens é o meio pelo qual o credor alcançará a satisfação de seu crédito na
execução por quantia certa e consiste na adjudicação, alienação ou apropriação de frutos e
rendimentos de empresa ou estabelecimento e de outros bens.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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A adjudicação ocorre quando o bem móvel ou imóvel penhorado é transferido para o credor
a fim de satisfazer seu crédito e nunca poderá ocorrer por valor inferior ao da avaliação.
Alienação do bem, que far-se-á por iniciativa particular (art. 866 do CPC) ou em leilão judicial
eletrônico ou presencial (art. 879, CPC).
Execução contra fazenda pública: A execução contra fazenda pública fundada em título
extrajudicial está regulada no art. 910, do CPC, que determina sua citação para opor
embargos à execução em trinta dias.
Cumprimento de sentença
O cumprimento de sentença é utilizado quando o credor tem um título executivo judicial
(rol de títulos executivos judiciais no art. 515, CPC).
Para que seja iniciado o cumprimento de sentença é necessário a presença de três
requisitos: a) o título executivo judicial; b) inadimplemento do devedor; c) iniciativa do
exequente (513, §1º, do CPC).
É possível fazer o cumprimento de sentença de decisões interlocutórias (exemplo: fixação
liminar de alimentos), cumprimento de sentença provisório (quando a decisão exigida ainda
pode ser modificada) e, ainda, cumprimento de sentença definitivo (sentença já transitada
em julgado).
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Extinção da execução
Os motivos que levam a extinção da execução estão previstos no art. 924 do CPC, o rol
apresentado é exemplificativo, já que existem outras formas que acarretam na extinção da
execução, como por exemplo, o acolhimento dos embargos.
O art. 925 determina a necessidade de sentença para que a extinção da execução produza
efeitos.
Embargos à execução
A propositura de embargos à execução é a forma que o executado ataca a ação de
execução fundada em título executivo extrajudicial. Trata-se de uma ação autônoma, mas
vinculada à execução (deve ser proposta no juízo da execução e a distribuição deve ser por
dependência com tramitação em autos apartados). Tem natureza de ação de conhecimento
e se presta para desconstituir ou declarar a nulidade ou inexistência do crédito.
O PRAZO para apresentação dos embargos é de quinze dias, conforme preceitua o art. 915
do CPC e observado o art. 231 do CPC que fixa as regras para a contagem do prazo.
Caso o executado reconheça o crédito do exequente no prazo dos embargos e comprove o
depósito de 30% do valor da execução (acrescido de custas e honorários), poderá requerer o
PARCELAMENTO do restante em até 6 parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e
juros de um por cento por mês (art. 916 CPC). Com o deferimento do pedido de
parcelamento, a execução ficará suspensa até a quitação integral do débito.
Importante destacar que o credor não poderá opor-se ao parcelamento, pois se trata de
um direito que a lei confere ao devedor, mas será intimado (art. 916 §1º do CPC) para
manifestar-se em 5 dias sobre o preenchimento dos pressupostos.
O inadimplemento de qualquer das prestações do parcelamento acarretará o vencimento
antecipado das prestações subsequentes e no prosseguimento do processo com o imediato
reinicio dos atos executivos, além de multa de 10% sobre o valor das prestações não pagas
(parágrafo quinto do art. 916).
Efeito suspensivo
O art. 919 do CPC prevê que os Embargos a Execução não terão efeito suspensivo (ou seja,
prossegue a execução).
Como forma de exceção, poderá ser concedida tal efeito (para suspender a execução,
desde que presentes os requisitos do art. 919, parágrafo primeiro).
b) Base para estruturar a peça: Art. 319 do CPC. Esse artigo 319 do CPC será usado como
base para estruturar petição inicial, e vocês adaptam a petição inicial de acordo com o
procedimento.
➙ No caso da Justiça Estadual quando tiver mais de uma vara: (É A REGRA GERAL)
DOUTO JUÍZO DA ...VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA DO ESTADO DE PARANÁ.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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➙ No caso de Tribunal de Justiça: (não no caso de recursos e sim de petição inicial nos casos
de competência originária)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
➙ No caso de Tribunal Federal: (não no caso de recursos e sim de petição inicial nos casos
de competência originária)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ... REGIÃO (Como exemplo, o estado do Rio
Grande do Sul pertence à 4ª região, contudo, caso a problemática da FGV não informe a
região a que pertence o Estado, o examinando não deverá informar, a fim de evitar a
identificação de peça).
➙ No caso do STJ:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
➙ No caso do STF:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL
Previsão do art. 319, II, do CPC: “os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de
união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do
autor e do réu”.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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➙ 1º Descrever a relação jurídica: descrever a relação fática jurídica mantida entre as partes,
da qual derivou o conflito. Assim, aqui deve ser descrita a situação de fato ou de direito que
antecedeu o conflito ou com ele foi concomitante. Os autores citam exemplos:
a) O fato de autor e réu estarem trafegando de automóvel na mesma via;
b) O casamento entre o autor e a Ré;
c) O contrato de compra e venda de determinado produto celebrado entre as partes;
d) A doação feita pelo autor ao Réu;
e) O fato de o Réu ter se obrigado a pintar um quadro;
➙ 2º Descrever o Fato Gerador: ou seja, o motivo principal que deu origem ao conflito. Aqui
deve ser descrito o fato em si que deu origem à pretensão ou ao direito potestativo do autor.
Exemplificam os doutrinadores acima:
O fato de o réu ter, imprudentemente, abalroado a traseira do automóvel do autor;
O fato de ter se tornado insuportável a continuidade da vida em comum;
O fato de o produtor vendido conter um vício;
O fato de o autor ter incorrido em erro escusável no momento da doação;
O fato de o réu não ter entregue o quadro na data aprazada;
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I – DOS FATOS
ATENÇÃO: Os fatos devem ser narrados com o enunciado. É VEDADO inventar dados sob
pena de identificação de prova e atribuição de nota zero!
III – DO PEDIDO COM AS SUAS ESPECIFICAÇÕES: o autor deve dentre outros pedidos trazer
o pedido de total procedência da ação para o fim de... (pedido certo e determinado,
conforme 322 e 324 do CPC);
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IV – VALOR DA CAUSA
O valor da causa que deve constar na petição inicial e na reconvenção tem inúmeras
consequências para o processo.
Deste modo, SE A PEÇA FOR ESTRUTURA DE PEÇÃO INICIAL, o valor da causa sempre
constará na petição inicial, independentemente se for procedimento contencioso ou
voluntário, mesmo que a causa não tenha conteúdo econômico que seja imediatamente
aferível, conforme previsão do art. 291 do CPC.
Para fixar o valor da causa o examinando deve observar o enunciado da FGV, bem como os
critérios para fixação do valor da causa contidos no artigo 292 do CPC.
IV. As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados:
Na petição inicial, tem o Autor dever de indicar as provas que pretende demonstrar a
veracidade dos fatos alegados.
Para FGV geralmente se faz o pedido genérico sempre: REQUER A PRODUÇÃO DE TODOS
OS MEIOS DE PROVA EM DIREITO ADMITIDOS. E caso conforme a ação ou o enunciado da
peça, se faz o pedido específico de alguma prova.
➙ TRAMITAÇÃO PREFERENCIAL: nos casos do artigo 1.048 do CPC. No que tange ao inciso I
do artigo 1.048 do CPC cuidar ainda o caput do artigo 71 do Estatuto do Idoso e o §5º do
artigo 71 do Estatuto do Idoso. Cuidar ainda a previsão do artigo 4º da Lei de Alienação
Parental.
➙ PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA: conforme previsão dos artigos 294 a 311 do CPC. Pode
haver ainda a liminar, conforme (art. 9º, parágrafo único inciso I, II e III);
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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VERBOS ADEQUADOS
Caso o juiz verifique que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos pelos artigos
319 e 320 do CPC, ou ainda, que a petição apresenta defeitos e irregularidades que
dificultam o julgamento de mérito, determinará que o autor emende ou complete a inicial no
prazo de 15 dias.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Estruturação de contestação:
a) Como identificar que é contestação? É a peça de defesa do réu, sendo que é apresentada
de acordo com um dos termos do artigo 335 do CPC.
b) Prazo:
Fundamento Legal: 335, caput do CPC que estabelece o prazo legal de 15 dias a iniciar de
acordo com uma das hipóteses do art. 335 do CPC (ver enunciado da FGV).
➙ OBSERVAR QUE CONTAM SOMENTE DIAS ÚTEIS: ART. 219 DO CPC;
➙ OBSERVAR QUE EXCLUI O DIA DO INÍCIO E INCLUI O DIA DO VENCIMETO: ART. 224 DO
CPC;
➙ OBSERVAR AS HIPÓTESES DE PRAZO EM DOBRO;
Trazer toda matéria de defesa na Contestação: IMPUGNAR TUDO!!!
c) Princípio da eventualidade (art. 336 do CPC).
d) Ônus da Impugnação Especificada (art. 341 do CPC).
e) Preliminares (art. 337 do CPC): Recebem este nome justamente por serem alegadas antes
da defesa de mérito.
f) Da Possibilidade de correção do polo passivo pelo autor (artigos 338 e 339 do CPC)
g) Da defesa quanto ao mérito: aqui o réu impugna os fatos, o direito trazido pelo autor;
h) Da existência de Prescrição e Decadência do Direito do Autor: são matérias de mérito,
elencadas no artigo 487 do CPC.
i) Demais questões: Denunciação à lide, Chamamento ao Processo.
OBS: Como as partes são chamadas dentro da reconvenção? O réu continua sendo réu, mas
dentro da reconvenção será chamado de RÉU RECONVINTE. E o Autor dentro da
Reconvenção de AUTOR RECONVINDO! Mas isso na parte da reconvenção.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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5. Revisando Recursos e
Procedimentos Especiais
a) Decisões Recorríveis:
Os recursos atacam decisão. A decisão precisa ser passível de recurso.
Observar nesse sentido o conceito trazido pelo artigo 203 do CPC/15, que estabelece quais
são os pronunciamentos do juiz:
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões
interlocutórias e despachos.
§1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais,
sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos
arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem
como extingue a execução.
§2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza
decisória que não se enquadre no §1º.
§3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no
processo, de ofício ou a requerimento da parte.
§4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória,
independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e
revistos pelo juiz quando necessário. (BRASIL, 2015)
A sentença está definida no art. 203, §1º do CPC. O processo pode ser extinto com
resolução de mérito (art. 487) ou sem resolução de mérito (art. 485).
Já as decisões interlocutórias são decisões no curso do processo por meio das quais o juiz
resolve questões incidentes, como por exemplo: conceder ou não uma tutela provisória de
urgência.
Segundo Didier Junior e Cunha (2018, p. 123) as decisões que podem ser proferidas pelo
juízo singular são a decisão interlocutória e a sentença. Interlocutória é a decisão que não
encerra o procedimento em primeira instância, por sua vez, sentença é a decisão judicial
que, enquadrando-se em uma das hipóteses do artigo 485 ou 487 do CPC, encerra o
procedimento na primeira instancia, ultimando a fase de conhecimento ou de execução.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Em sede de Tribunal, as decisões podem ser classificadas a partir do órgão prolator. Podem
ser UNIPESSOAIS (monocráticas) ou acórdãos (colegiadas). AS DECISÕES UNIPESSOAIS
PODEM SER PROFERIDAS PELO RELATOR OU PELO PRESIDENTE OU VICE-PRESIDENTE DO
TRIBUNAL. (DIDIER JUNIOR; CUNHA, 2018, p. 123).
O artigo 204 do CPC traz o conceito de acórdão: “Art. 204. Acórdão é o julgamento
colegiado proferido pelos tribunais”. (BRASIL, 2015).
Constitui o acórdão, portanto, no extrato do julgamento proferido por um órgão colegiado
dos Tribunais, como por exemplo, uma turma, uma câmara, etc.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Ou seja, a EXCEÇÃO é no caso dos Embargos de Declaração, cujo prazo para o recurso é de
05 dias. O prazo é fatal e peremptório. Tratando-se de prazos fixados em dias, contam-se
apenas os dias úteis, de acordo com o CPC/15.
Importante:
O prazo do §5º do art. 1003 do CPC é prazo para interposição dos recursos segundo o CPC.
Uma lei específica poderia prever um prazo específico. Ex: 10 dias para o recurso inominado
– art. 42 da Lei 9099/05: “Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados
da ciência da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do
recorrente”. (brasil, 1995)
Caso seja hipótese de feriado local o que acaba por modificar o prazo final do recurso, o
recorrente deverá comprovar a sua ocorrência; De acordo com o caput do artigo 1.003 do
CPC/15, o início do prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os
advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o
Ministério Público são intimados da decisão. Ou seja, a intimação será do advogado e não da
parte, isso porque é o advogado quem deverá praticar o ato em nome da parte, ou seja,
interpor o recurso.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Recurso de Apelação
a) Fundamento legal
Art. 994, I do CPC: prevê o recurso da Apelação;
Art. 1.009, CAPUT do CPC: prevê que da sentença cabe Apelação;
Art. 203, §1º do CPC: define o que é sentença;
Art. 485 e 487do CPC: estabelecem a extinção do processo sem e com resolução de mérito;
Ainda, 490 e 488 também do CPC no que se refere ao julgamento com e sem resolução de
mérito.
b) Prazo: 15 dias
Fundamento Legal: art. 1.003, §5º do CPC;
Prazo para o Apelado oferecer contrarrazões: 15 dias art. 1.003, §5º e 1.010, §1º do CPC;
Contam-se dias úteis: art. 219 do CPC;
Início da contagem na forma do artigo 224 do CPC;
Conta de regra da intimação do advogado (CAPUT do artigo 1.003 do CPC), porém cuidar
N.E e se FGV mencionar e decisões proferidas em audiência.
Aplicam-se as hipóteses de prazo em dobro.
c) Cabimento: DA SENTENÇA CABE APELAÇÃO. OBSERVAR AINDA
Preliminar de Apelação: decisões interlocutórias proferidas na fase de conhecimento que
não coube Agravo de Instrumento NÃO PRECLUEM e devem ser alegadas em preliminar de
Apelação;
Qualquer matéria do artigo 1.015 se for decidida NA SENTENÇA IMPUGNO NO RECURSO
DE APELAÇÃO;
OBS: Lembrar do artigo 1.013, §5º DECISÃO NA SENTENÇA QUE REVOGA, CONFIRMA,
CONCEDE TUTELA PROVISÓRIA IMPUGNA NA PRÓPRIA APELAÇÃO;
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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d) Efeitos:
Regra: devolutivo e suspensivo.
No entanto, poderá requerer o efeito suspensivo, mesmo nos casos do §1º do art. 1.012 do
CPC, comprovando os requisitos do §4º do art. 1.012 do CPC. Por cautela, fundamentar no
art. 995, parágrafo único do CPC.Lembrar que uma lei especial pode prever que a apelação
não terá efeito suspensivo automático. Cuidar o §3º do artigo 1.012 do CPC também quanto
ao efeito suspensivo.
ATENÇÃO! EFEITO REGRESSIVO ➙ Possibilidade do juiz se retratar nas hipóteses dos artigos
331, 332, §3º e 485, §7º, todos do Código de Processo Civil.
Importante:
1. Nos 03 casos acima (331, 332, §3º e 485, §7º) tem que fazer na petição de interposição
pedido para o juiz de primeiro grau se retratar;
2. Nos dois casos (331, 332, §3º) há previsão específica nos artigos de pedido de citação
para o apelado (réu) ser citado para oferecer contrarrazões no prazo de 15 dias. Então nesses
dois casos, o pedido para o apelado oferecer contrarrazões deve ser fundamentado no (332,
§4º + 1.003, §5º do CPC – improcedência liminar do pedido) ou (331, §1º + 1.003, §5º) –
indeferimento da inicial.
Cuidar que lei especial pode prever a retratação;
e) Estrutura da Apelação:
O recurso de apelação é dividido em duas partes:
1º) PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO (Juiz de 1º grau)
2º) PETIÇÃO DE RAZÕES (Tribunal de Justiça OU
Tribunal Regional Federal, conforme for Justiça
Estadual ou Federal)
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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b) Cabimento:
Tem cabimento contra as decisões interlocutórias, conforme disposição do caput do artigo
1.015 do CPC. Porém, é de se ressaltar que nem toda decisão interlocutória seria passível de
agravo de instrumento.
A decisão interlocutória está definida no artigo 203, §2º do CPC, e justamente é um
conceito por exclusão, ou seja, que não se enquadra em sentença.
As decisões interlocutórias são aquelas proferidas no curso do processo pelo juiz, mas que
não implicam no seu encerramento, tampouco finalizam uma de suas fases.
No que tange à decisão interlocutória TARTUCE e DELLORE (2016, p. 351) esclarecem:
“como demonstra a própria formação da palavra, inter significa “entre” e “locutório” vem de
locutus, fala. A decisão interlocutória é a proferida entre falas: entre a primeira fala do
processo (que é do autor na petição inicial) e a última (que será do juiz, na sentença), muitas
decisões deverão ser proferidas”.
As decisões interlocutórias que não são recorríveis por agravo de instrumento deverão ser
impugnadas em sede de preliminar do recurso de Apelação ou nas contrarrazões, conforme
preceitua o art. 1.009, §1º, do CPC/15:
§1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu
respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela
preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação,
eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
(BRASIL, 2015)
Nesse sentido, destaca ARAÚJO JUNIOR (2016, p. 35): “O agravo de instrumento é o recurso
cabível contra decisões interlocutórias, mas não todas. Com efeito, como muitas leis antes, o
novo CPC também promoveu alterações no antigo recurso de agravo, começando por
acabar com o ‘agravo retido” (...) As questões apreciadas por decisões judiciais, na fase de
conhecimento, que não sejam impugnáveis por meio do agravo de instrumento, podem,
segundo novo regime, ser reiteradas quando do recurso de apelação (art. 1.009, §1º, CPC).
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Taxatividade mitigada: Entendimento do stj no sentido de que se for urgente e não der para
esperar até a sentença poderá ser interposto agravo de instrumento mesmo que a decisão
interlocutória proferida na fase de conhecimento não esteja no rol do artigo 1.015.
Porém, o Agravante poderá, com base no artigo 1.019, I do CPC, requerer que o relator, ao
receber o Agravo de Instrumento, atribua efeito suspensivo ou deferir, em antecipação de
tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal:
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído
imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e
IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal,
comunicando ao juiz sua decisão; (BRASIL, 2015)
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
EFEITO SUSPENSIVO RECURSAL (TAMBÉM CHAMADA DE
EFEITO SUSPENSIVO ATIVO)
Será requerido toda vez que o juiz der Será requerida toda vez que o juiz der
uma decisão POSITIVA apta a uma decisão NEGATIVA apta a
prejudicar os interesses da parte a ser prejudicar os interesses da parte a ser
defendida. Há, na decisão, uma defendida. Há, na decisão, uma
determinação no sentido de que algo denegação de algo que lhe é
seja cumprido; o magistrado concede necessário; o juiz nega algo que a
algo que lhe trará prejuízos. Efeito parte por você defendida precisa com
suspensivo é requerido porque a urgência. O efeito ativo é concedido
outra parte pleiteou algo e o juiz porque a própria parte requereu algo
concedeu. que foi negado.
** FONTE: AGUIRRE, João; SÁ, Renato Montans de. Prática Civil. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p.
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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O Artigo 1.016, inciso IV do CPC/15 exige que o Agravante indique no recurso de Agravo de
Instrumento o nome e endereço completo dos advogados do Agravante e do Agravado, a
fim de possibilitar a comunicação. (TARTUCE; DELLORE, 2016, p. 358).
Além do artigo 1.016 do CPC/15, o Agravante deve cumprir os requisitos do artigo 1.017 do
CPC/15:
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da
petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada,
da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que
comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos
advogados do agravante e do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos
referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua
responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
§1ºAcompanhará a petição o comprovante do pagamento das
respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme
tabela publicada pelos tribunais. (BRASIL, 2015)
§5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças
referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar
outros documentos que entender úteis para a compreensão da
controvérsia.
Recurso Especial
Cabimento
Previsto no artigo 105, inciso III da CF;
Procedimento previsto no artigo 1.029 e seguintes do CPC;
Exige: pré-questionamento, demonstração de que tenha sido violada lei federal;
Ataca acórdão proferido pelo TJ ou TRF quando ocorrer situação do artigo 105, inciso III da
CF;
Dividido em folha de interposição e folha das razões;
Folha de interposição dirigida ao Presidente ou Vice- Presidente do Tribunal Recorrido e folha
das razões dirigida ao Superior Tribunal de Justiça;
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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Procedimentos Especiais
Ação de consignação em pagamento: 539 a 549 do CPC;
Monitória: 700 a 702 do CPC meio de defesa (embargos monitórios – 702 do CPC);
Oposição: 682 a 686 do CPC;
BOA PROVA!
Se você chegou até aqui é porque se dedicou, investiu em você e na sua carreira
profissional. Agora é chegada a hora de confiar na sua capacidade de mudar a sua vida, nós
acreditamos em você, estamos juntos até a sua aprovação.
Com carinho,
Equipe Ceisc.
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REFERÊNCIAS
ADEDE Y CASTRO, João Marcos. Novo código de processo civil comentado para
concursos: procedimentos especiais – arts. 539 a 770. Curitiba: Juruá, 2016.
AGUIRRE, João; MONTANS DE SÁ. Prática Civil. 7. Ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
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