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Direito Empresarial
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Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
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Revisão Turbo | 39° Exame da OAB
Sumário
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O conceito destes requisitos encontra-se nos arts. 11, 12, 13, 14 e 15.
O objetivo da patente é garantir ao seu titular a exclusividade durante o período da
vigência - 20 anos para invenção, 15 para modelo de utilidade. A menção à exclusividade está
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no art. 42, ao passo que o art. 43 apresenta exceções à exclusividade. Por fim, o art. 44 menciona
a possibilidade de o titular buscar indenização pelo uso indevido de sua patente.
Como visto, a patente é equiparada a um título de propriedade (bem móvel), podendo ser
licenciada ou alienada. Contudo, está sujeita a intervenção do estado por meio do licenciamento
compulsório, ou seja, a concessão de licença contrária à vontade do titular.
O art. 68 versa sobre o licenciamento compulsório em casos de uso abusivo ou falta de
uso. Nesses casos, um concorrente (com capacidade financeira e técnica) é quem deverá fazer
o requerimento que, concedido, lhe autorizará a explorar patente de outrem.
O licenciamento compulsório do art. 71 funda-se na emergência nacional ou interesse
público, e é decretado pelo próprio Estado, visando sanar situação temporária de risco.
Por fim, o art. 88 versa sobre a titularidade da patente criada em ambiente laboral: mesmo
que o mentor intelectual do projeto seja funcionário, a concessão se dará em nome do
empregador, pois ele quem forneceu os meios materiais para sua concretização.
1.1. Os registros
O conceito de registro é próximo ao da patente: é uma concessão temporária garantida
pelo Estado (INPI) para o criador de marca ou desenho industrial que vai lhe garantir
exclusividade no uso.
Os desenhos industriais vêm conceituados no art. 95. São a forma plástica e ornamental,
bem como o conjunto de cores de um produto. Podemos citar como exemplo o design de produto
de uma sandália Melissa, ou uma garrafa plástica de água. Seu prazo de vigência é de 10 anos,
podendo ser renovada por 3 vezes de 5 anos.
A marca por sua é o sinal visualmente perceptível e serve para identificação de produto
ou serviço. Sua função consiste em proteger o consumidor (para que identifique os produtos que
realmente deseja, sem ser induzido em erro), bem como em recompensar o titular, pela boa
divulgação ou qualidade de seu produto.
Essencial conhecer o art. 124, que apresenta o que não é considerado como marca.
A marca é o único bem de propriedade industrial que pode durar para sempre: sua
vigência é de 10 anos, podendo ser renovada quantas vezes forem necessárias.
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A) O trespasse será possível, mas a marca, por se tratar de direito personalíssimo, não poderá ser
transferida, devendo a empresa trespassante utilizar seu nome próprio.
B) O contrato de trespasse é possível, com a total transferência do acervo imaterial da empresa Cerberus,
inclusive de sua marca, pois esta engloba o estabelecimento da empresa.
C) O trespasse não poderá ser realizado, pelo fato da empresa adquirente exercer o mesmo ramo de
atividade da que pretende adquirir.
D) O trespasse poderá ocorrer, mas engloba tão somente os bens físicos da empresa, os quais compõem
o estabelecimento comercial.
2. Lei n° 11.101/2005
*Para todos verem: esquema.
Recuperação Recuperação
Falência
extrajudicial judicial
2.2. Legitimados
Empresário individual e a sociedade empresária. Não se aplica às sociedade simples.
Exceções: art. 2º, art. 6º, §13 e art. 48, §2º, todos da Lei n° 11.101/05.
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A) A postura do juízo foi incorreta, visto que a Recuperação Judicial pode ser concedida a empresários e
não empresários, inclusive no caso de sociedades simples.
B) A postura do juízo foi correta, visto que a lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e
simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí
decorrentes, mas a inscrição permanece sendo obrigatória para fins de sujeição aos regimes falimentares.
C) A postura do juízo foi incorreta, visto que a inscrição é uma faculdade conferida ao produtor rural que
exerça a atividade rural como sua profissão.
D) A postura do juízo foi correta, visto que é obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de
Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Importante: produtor rural e cooperativa médica podem pedir RJ, bem como a sociedade
anônima de futebol.
2.3. Competência
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Art. 69-G. Os devedores que atendam aos requisitos previstos nesta Lei e que integrem
grupo sob controle societário comum poderão requerer recuperação judicial sob
consolidação processual.
Art. 69-J. O juiz poderá, de forma excepcional, independentemente da realização de
assembleia-geral, autorizar a consolidação substancial de ativos e passivos dos
devedores integrantes do mesmo grupo econômico que estejam em recuperação judicial
sob consolidação processual, apenas quando constatar a interconexão e a confusão entre
ativos ou passivos dos devedores, de modo que não seja possível identificar a sua
titularidade sem excessivo dispêndio de tempo ou de recursos, cumulativamente com a
ocorrência de, no mínimo, 2 (duas) das seguintes hipóteses:
I - existência de garantias cruzadas;
II - relação de controle ou de dependência;
III - identidade total ou parcial do quadro societário; e
IV - atuação conjunta no mercado entre os postulantes.
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Art. 105, LRF Art. 94, I, LRF Art. 94, II, LRF Art. 94, III, LRF
Nem sempre a pessoa jurídica começa com uma recuperação judicial. Em alguns casos,
quando a crise já está tão aguda na empresa, não resta alternativa a não ser a falência.
Contestação em 10
dias (art. 98)
Apresentação de
Defesa do pedido pedido de RJ no
de falência prazo de
contestação (art. 95)
3. Sociedade Anônima
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Natureza de sociedade de
capitais
Responsabilidade limitada
Não importância da
Principais características da pessoalidade dos acionistas,
sociedade anônima mas sim de suas contribuições
patrimoniais
A responsabilidade do acionista
é limitada ao preço de emissão
da ação. Há o risco de perder o
valor investido e não o seu
patrimônio pessoal
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I – subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o
capital social fixado no estatuto;
II – realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão
das ações subscritas em dinheiro;
III – depósito, no Banco do Brasil S/A, ou em outro estabelecimento bancário autorizado
pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro.
3.1. Ações
*Para todos verem: esquema.
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Assembleia Geral
(decisão societária)
Conselho de
Conselho Fiscal Administração
(fiscalização) (decisão
estratégica)
Diretoria Executiva
(decisão de
negócio)
Extrajudicial Judicial
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Liquidação
A requerimento do Ministério Público, à
vista de comunicação da autoridade
competente, se a companhia, nos 30
dias subsequentes à dissolução, não
iniciar a liquidação ou, se após iniciá-la,
a interrompe por mais de 15 dias.
Uma vez pago o passivo, o liquidante deve apresentar as contas finais. Se aprovadas as
contas, encerra-se a companhia e o acionista que não concordar tem 30 dias para propor a ação.
Importante: destaca-se que a responsabilidade do liquidante é a mesma do
administrador, e os deveres e responsabilidade dos administradores, fiscais e acionistas
subsistirão até a extinção da companhia.
Importante: assembleia virtual – alteração dada pela Lei n° 14.030/2021.
Art. 121, LSA. A assembleia-geral, convocada e instalada de acordo com a lei e o estatuto,
tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as
resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento.
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A) A constituição da sociedade anônima de capital fechado poderá ser formada por uma pessoa, que será
subscritora de todas as ações em que se dividem o capital social fixado no estatuto; realização, como
entrada de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro; e, depósito, no
Banco do Brasil S/A, ou outro e estabelecimento bancário autorizado pela CVM, da parte do capital
realizado em dinheiro.
B) A constituição da sociedade anônima de capital fechado depende da subscrição de no mínimo duas
pessoas, de todas as ações em que se dividem o capital social fixado no estatuto; realização, como
entrada de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro e depósito, no Banco
do Brasil S/A, ou outro estabelecimento bancário autorizado pela CVM, da parte do capital realizado em
dinheiro.
C) A constituição da sociedade anônima de capital fechado depende da subscrição de no mínimo duas
pessoas, de todas as ações em que se dividem o capital social fixado no estatuto; realização, como
entrada de 25%, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro e depósito, no Banco
do Brasil S/A, ou outro estabelecimento bancário autorizado pela CVM, da parte do capital realizado em
dinheiro.
D) A constituição da sociedade anônima de capital fechado depende da subscrição de no mínimo duas
pessoas, de todas as ações em que se dividem o capital social fixado no estatuto; realização, como
entrada de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro e imóveis; e, depósito,
no Banco do Brasil S/A, ou outro estabelecimento bancário autorizado pela CVM, da parte do capital
realizado em dinheiro.
1. Societário
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Art. 982, CC. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967);
e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade
por ações; e, simples, a cooperativa.
Responsabilidade
Responsabilidade subsidiária e
subsidiária e limitada ao Responsabilidade limitada na
capital investido por cada limitada ao preço de proporção das
Responsabilidade
sócio, mas todos os emissões das ações quotas, salvo se
dos sócios
sócios respondem subscritas ou adquiridas houver
solidariamente perante por cada acionista. responsabilidade
terceiros pela solidária expressa
integralização do capital. no contrato social.
Dissolve-se de pleno
direito por qualquer das
Dissolução hipóteses elencadas no
art. 1.033, do CC e, se
empresária, pela
declaração de falência.
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2. Contratos empresariais
O cotidiano da vida empresarial deixa evidente a importância de se estabelecerem
negócios com terceiros como meio de viabilizar a atividade econômica voltada para a satisfação
de alguma necessidade do mercado.
Da atividade econômica desemprenhada pela empresa surge a celebração de contratos,
que podem ser de variados regimes jurídicos: trabalhistas, administrativos, comerciais, inclusive
de consumo. Esse último é entendido como uma exceção na relação empresarial.
Por se tratar, em regra, de contratos atípicos, nos contratos empresarial, se nota uma
maior prevalência do princípio da força obrigatória dos contratos (pacta sunt servanda),
embora sua criação e interpretação ainda devam seguir as regras ordinárias aplicadas aos
contratos em geral.
*Para todos verem: quadro comparativo.
CONTRATO PREVISÃO
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Relação contratual
empresarial Em regra é um contrato Prevalência do princípio da
atípico, embora sua criação e força obrigatória dos
interpretação ainda devam contratos (pacto sunt
seguir as regras ordinárias servanda): a intervenção do
aplicadas aos contratos em Estado deve ser mínima, em
geral respeito à vontade das partes
A) Angélica tem direito à renovação da locação como subrogatária da sociedade dissolvida, mas deve
informar ao locador sua condição no prazo de 30 (trinta) dias do arquivamento da ata de encerramento
da liquidação, sob pena de decadência.
B) Angélica não tem direito à renovação da locação, pois somente a sociedade dissolvida poderia exercer
tal direito, por ter sido a parte contratante, incidindo o princípio da relatividade dos contratos.
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C) Angélica tem direito à renovação da locação como subrogatária da sociedade dissolvida, mas deve
continuar a explorar o mesmo ramo de atividade que a sociedade dissolvida.
D) Angélica não tem direito à renovação da locação, pois tal direito somente é conferido ao(s) sócio(s)
remanescente(s) quando a sociedade sofre resolução por morte de sócio, e não dissolução.
3. Títulos de crédito
*Para todos verem: esquema.
Aval
Principais atos
Endosso Aceite
A) não poderá promover a execução em face de nenhum dos signatários diante da perda do prazo para
a apresentação da duplicata a protesto por falta de pagamento.
B) poderá promover a execução da duplicata em face do aceitante e do endossante, por ser facultativo o
protesto por falta de pagamento da duplicata, caso tenha sido aceita pelo sacado.
C) poderá promover a execução da duplicata em face do aceitante e do endossante, pelo fato de o título
ter sido apresentado a protesto em tempo hábil e por ser o aceitante o obrigado principal.
D) não poderá promover a execução em face do endossante, diante da perda do prazo para a
apresentação da duplicata a protesto por falta de pagamento, mas poderá intentá-la em face do aceitante,
por ser ele o obrigado principal.
3.1. Endosso
Art. 11 e seguintes da LUG.
1) Transmissão;
2) Garantia;
3) Cuidar cláusula “sem garantia”;
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4) Regra: verso;
5) Anverso: com indicação do ato.
Em preto:
• Identifica beneficiário;
• Transmissão por endosso.
Mandato
Caução Póstumo
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Súmula 475, STJ: responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário
que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou
intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas.
Súmula 476, STJ: o endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde
por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário.
Art. 20. O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso
anterior. Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois
de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma
cessão ordinária de créditos.
3.3. Aval
1) Em preto;
2) Em branco;
3) Simultâneo (coaval);
4) Sucessivo (aval do aval);
5) Parcial.
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Nota
promissória
Letra de
Cheque
câmbio
Ver proibição do CC
(art. 897).
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Cheque Duplicata
Lei 7.357/85 Lei 5.474/68
A) O aval dado no título foi irregular, pois, para a sua validade, deveria ter sido lançado no anverso.
B) A falta de indicação do avalizado permite concluir que ele pode ser qualquer dos signatários (emitente
ou endossante).
C) O aval dado no título foi na modalidade em branco, sendo avalizado o emitente.
D) O aval somente é cabível no cheque não à ordem, sendo considerado não escrito se a emissão for à
ordem.
A) É nulo o aval após o vencimento na duplicata, por vedação expressa no Código Civil, diante da omissão
da Lei nº 5.474/68 (Lei de Duplicatas).
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B) É válido o aval na duplicata após o vencimento, desde que o título ainda não tenha sido endossado na
data da prestação do aval.
C) É nulo o aval na duplicata cartular, sendo permitido apenas na duplicata escritural e mediante registro
do título perante o agente escriturador.
D) É válido o aval dado na duplicata antes ou após o vencimento, por previsão expressa na Lei de
Duplicatas (Lei nº 5.474/68).
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Caso aquele legalmente impedido exerça a atividade, irá responder pessoalmente pelas
obrigações contratadas. Nesse caso, precisamos diferenciar impedimento com incapacidade. O
art. 974 do CC indica que “poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido,
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de
herança”. Assim, não se pode começar uma empresa individual sendo incapaz, contudo,é possível
em casos de incapacidade superveniente ou incapacidade do sucessor na sucessão por
morte que a empresa continue as atividades dessa forma.
Como visto, o art. 974 disciplina a questão referindo que para tanto é necessária
autorização judicial e que nesse caso uma espécie de limitação da responsabilidade, referindo
que "não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da
sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela". A questão deve estar clara
no alvará que concede a autorização.
O legislador previu no art. 975 que "se o representante ou assistente do incapaz for pessoa
que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a
aprovação do juiz, um ou mais gerentes".
Em relação ao empresário casado, a regra do art. 978 merece muita atenção pois refere
textualmente que “o empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer
que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-
los de ônus real”. Contudo, há que destacar-se que o Enunciado 58 das Jornadas de Direito
Comercial que a regra apenas vale "desde que exista prévia averbação de autorização conjugal
à conferência do imóvel ao patrimônio empresarial no cartório de registro de imóveis, com a
consequente averbação do ato à margem de sua inscrição no registro público". Porém, cumpre
reforçar que pelo Código Civil esse "porém" não existe.
O Empresário deve observar sempre a regra do art. 979 do Código Civil, mantendo o
arquivamento na Junta de todos os pactos e declarações antenupciais, bem como os títulos de
doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.
Ainda, destaque para a previsão do art. 980 que determina que a "sentença que decretar ou
homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos
a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis".
Por fim, um empresário pode ser representado pela Sociedade Empresária, que será
estudada com maiores detalhamentos na Seção 2. Contudo, para fins de caracterização, tem-se
que possuir natureza jurídica de pessoa jurídica. Os sócios podem ser pessoa natural ou jurídica
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10) FGV - 2022 - OAB - XXXV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
A fisioterapeuta Alhandra Mogeiro tem um consultório em que realiza seus atendimentos, mas atende,
também, em domicílio. Doutora Alhandra não conta com auxiliares ou colaboradores, mas tem uma
página na Internet exclusivamente para marcação de consultas e comunicação com seus clientes.
Com base nessas informações, assinale a afirmativa correta.
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o consentimento desses. Essa autorização se dá por meio de uma notificação cuja resposta deve
dar-se em trinta dias, sob pena de ser considerada uma autorização tácita.
Outro ponto de suma importância diz respeito à sucessão empresarial, prevista no art.
1.146 do CC: "o adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores
à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano (...)". Esse prazo de um ano é contado em relação
aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Obviamente tal regra é considerada apenas em relação às dívidas que podem ser
negociadas, o que não se aplica no caso das dívidas de natureza tributária e trabalhista. Nesses
casos devem ser observadas as previsões do art. 133 do Código Tributário Nacional e do art.
448 da Consolidação das Leis Trabalhistas.
É lícito e usual que esses contratos venham com a previsão de uma cláusula de não
concorrência. Em referência a isso, inclusive, o art. 1.147 do Código Civil indica que “não
havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao
adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência”. Nada impede de ser previsto um
prazo menor, valendo esse regramento no silêncio.
Por fim, vale mencionar o caso de sub-rogação nos contratos de exploração, pelo art.
1148 do Código Civil, que indica que "salvo disposição em contrário, a transferência importa a
sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se
não tiverem caráter pessoal". Refere ainda que nada impede que os terceiros rescindam o
contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa,
ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.
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semelhança com outro já registrado na Junta Comercial (vide arts. 1.163 e 1.666, Código Civil).
O nome empresarial pode ser constituído de firma ou denominação. Essa é a regra
trazida no art. 1.155, CC. Enquanto a firma necessita possuir um nome civil em seu núcleo
(extenso ou abreviado), a denominação admite a inserção de qualquer expressão linguística.
Existe uma polêmica no que diz respeito à necessidade de indicação da atividade
empresarial. Na firma a indicação é facultativa, já na denominação em que pese haja exigência
pelo art. 1.158 do Código Civil, a Lei n° 8.934/1994 indica a desnecessidade.
Um cuidado importante é que na sociedade limitada há a opção de escolha entre firma e
denominação, contudo, ao final do nome deve estar incluída a palavra "limitada" ou "ltda". Caso
essa regra não seja observada haverá responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores
que assim utilizarem-se da firma ou denominação.
Outro importante detalhe é que a cooperativa deve utilizar-se de denominação integrando
a palavra "cooperativa'' por extenso. Por outro lado, as sociedades anônimas devem utilizar-se
da denominação junto do vocábulo "sociedade anônima" ou "companhia", sendo facultado
utilizar-se da abreviatura "CIA" ou "S.A.". Nada impede que o nome de um fundador ouacionista
importante componha o nome empresarial.
Por seu turno, as sociedades em comandita por ações podem optar, desde que acresça
ao nome "comandita por ações".
EI FIRMA OU CNPJ
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11) FGV - 2023 - OAB - XXXVIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Marco Araripe pretende iniciar uma empresa em nome próprio e mediante responsabilidade ilimitada
pelas obrigações. Antes de realizar sua inscrição na Junta Comercial, Marco Araripe precisa indicar o
nome que adotará para o exercício de empresa.
Consoante a determinação contida no Código Civil quanto à formação de firma individual, ela deve ser
constituída
A) pelo nome do empresário, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa
da sua pessoa ou do gênero de atividade.
B) pelo nome de fantasia livremente escolhido, aditando-lhe, se quiser, designação do gênero de
atividade.
C) pelo nome abreviado do empresário ou pelo nome de fantasia, aditando-lhe, se quiser, designação
mais precisa da sua pessoa.
D) em duas partes: a primeira, o nome completo do empresário e, a segunda, o nome de fantasia, sendo
vedada a indicação do gênero de atividade.
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8–C 9–D 10 – A 11 – A
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