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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE EXCELÊNCIA

CURSO DE DIREITO

E-COMMERCE NA PANDEMIA E A SUA INFLUÊNCIA NO DIREITO DO


CONSUMIDOR

BAHIA
Maio de 2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE EXCELÊNCIA
CURSO DE DIREITO

E-COMMERCE NA PANDEMIA E A SUA INFLUÊNCIA NO DIREITO DO


CONSUMIDOR

Trabalho elaborado pelos discentes Alan


Santos Silva, Alberto Luiz Rodrigues Lima
Neto, Amanda Santos Magalhães, Anielly
Costa Santos, Arielle Santos Batista, Faila
Matildes Barbosa Gomes e Jurandy Palma de
Oliveira Neto a ser entregue ao Prof. Geraldo
Calasans da Silva Junior como parte das
exigências para obtenção de nota na disciplina
Direito das Relações de Consumo.

BAHIA
Maio de 2023
SUMÁRIO:

1.0 INTRODUÇÃO...............................................................................................4

2.0 A PANDEMIA DO COVID-19..........................................................................4

2.1 O CONTEXTO HISTÓRICO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO........................5

2.2 O COMÉRCIO ELETRÔNICO E A PANDEMIA DO COVID-19......................6

2.2.1 O COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES DURANTE A PANDEMIA


DO COVID-19...................................................................................................... 7

2.2.2 A PROTEÇÃO DOS CONSUMIDORES NO E-COMMERCE DURANTE A


PANDEMIA ......................................................................................................... 7

2.3 DO DIREITO DE ARREPENDIMENTO..........................................................8

2.4 DA LEI N° 14.010/2020...................................................................................9

2.5 DA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS (LGPD)...............10

3.0 CONCLUSÃO.............................................................................................. 11

4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................12


1.0 – INTRODUÇÃO:
Se mostra evidente que, a pandemia do Covid-19 modificou a sociedade
em vários aspectos, incluindo, principalmente, o mercado, a forma como as
pessoas compram produtos e serviços. Com o distanciamento social e as
restrições impostas devido ao lockdown às atividades econômicas, muitos
consumidores recorreram as compras online como uma alternativa segura e
conveniente para adquirir seus bens e serviços. Sendo assim, esse aumento
repentino no e-commerce gerou uma série de mudanças nos direitos do
consumidor, que visam garantir a proteção e os interesses dos consumidores
nesse novo cenário.
Ademais, com tais mudanças no cenário comercial, novas problemáticas
surgiram, como por exemplo, muitas empresas tiveram dificuldade em cumprir
com os prazos de entrega estabelecidos, ocasionando em uma flexibilização
desses prazos. Por outra perspectiva, os consumidores também tiveram que
lidar com produtos com defeitos e a dificuldade do acesso ao reparo desses
vícios, levando a um aumento do prazo para reclamação dos bens adquiridos
com defeitos.
Também é de suma importância destacar que o atendimento ao cliente
também obteve mudanças significativas no período pandêmico, com a
necessidade de as empresas investirem em tecnologia e treinamento para
garantir um atendimento à distancia eficiente e de qualidade. Além disso, a
regulamentação do comércio eletrônico também foi modificada para se adequar
a esta nova realidade.
Essas mudanças refletem a necessidade de adaptação do mercado
virtual diante da pandemia e demonstram a importância de garantir os direitos
do consumidor em qualquer situação.

2.0 – A PANDEMIA DO COVID-19:


Na data de 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) foi alertada sobre inúmeros casos de pneumonia na cidade de Wuhan,
província de Hubei, na República Popular da China, tratava-se de uma nova cepa
(tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos.
Ocorre que, uma semana depois, na data de 7 de janeiro de 2020, as
autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de
coronavírus. Nesse contexto, o vírus de fácil contágio e propagação já havia se
espalhado, sendo a segunda principal causa de resfriado comum (após rinovírus)
e, até as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves em
humanos do que o resfriado comum.
Ao todo, sete coronavírus humanos (HCoVs) já foram identificados:
HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV (que causa
síndrome respiratória aguda grave), MERS-COV (que causa síndrome
respiratória do Oriente Médio) e o, mais recente, novo coronavírus (que no início
foi temporariamente nomeado 2019-nCoV e, em 11 de fevereiro de 2020,
recebeu o nome de SARS-CoV-2). Esse novo coronavírus é responsável por
causar a doença COVID-19.
Desde então a OMS tem trabalhado com autoridades de diversos países
do mundo, para aprender mais sobre o vírus, como que afeta os enfermos e
como pode se dar o tratamento dessas pessoas doentes, bem como, soluções
para controlar a propagação do vírus.
Nesse sentido, sob recomendação da OMS e aval da maioria dos países,
inclusive do Brasil, foi aderido o lockdown, que consiste no isolamento social das
pessoas e consequentemente o fechamento do comércio presencial, bem como,
escolas, teatros, cinema, etc. Tal problemática se tornou um dilema para o
estado, que se viu entre uma catástrofe econômica ou uma crise sanitária.
Diante desse cenário, cresce exponencialmente o comércio virtual, como
uma reação da sociedade para manter o mercado em plena atividade mesmo
diante da situação pandêmica no contexto histórico da época.
Ademais, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem
prestado apoio técnico aos países das Américas e recomendado manter o
sistema de vigilância alerta, preparado para detectar, isolar e cuidar
precocemente de pacientes infectados com o novo coronavírus.

2.1 – O CONTEXTO HISTÓRICO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO:


O e-commerce (comercio eletrônico) surgiu em meados de 1960, nos
Estados Unidos. No início seu foco principal era a troca de arquivos de
solicitações de pedidos, ou seja, apenas mostrar ao dono da empresa que o
cliente tinha interesse em solicitar determinado produto para compra.
A modalidade surgiu quando as companhias de telefone e internet
começaram a utilizar o Eletronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de
Dados) elas tinham como objetivo compartilhar arquivos e documentos de
negócios entre empresas.
Com a popularização da ferramenta, principalmente entre usuários
autônomos, na década de 1990 duas gigantes da economia começaram a
demonstrar interesse no sistema, a Amazon e o eBay.
De forma simultânea, as plataformas trabalharam de forma a
revolucionar o e-commerce na América, deixando sempre o consumidor em
evidência, além, de ajudar a estabelecer algumas estratégias utilizadas até hoje.
Com o passar dos anos e com o sucesso dos computadores e internet
na década de 90, o e-commerce começou a ganhar cada vez mais espaço
também em países menos desenvolvidos. Assim, em 1996 surgiram os primeiros
registros de loja virtual no Brasil, contudo, apenas com o sucesso da Submarino,
em 1999, é que os consumidores despertaram certo interesse na compra online
de livros.
A história do e-commerce no Brasil é bem recente, porém, nos primeiros
anos, ainda na década de 90, os telefones e computadores não eram comuns
entre os brasileiros, dessa forma, pode se dizer que o sucesso da transação
eletrônica se deu a partir do século XXI, com a internet discada.
Em 1995, o escritor e economista Jack London lançou a Booknet. A
livraria virtual foi pioneira no e-commerce brasileiro e, ainda, ousava com a
promessa de entrar o pedido em até 72 horas.
Em 1999, a loja foi comprada e, só então, recebeu o nome de
Submarino. A famosa marca que conhecemos hoje em dia como parte do grupo
B2W, e que é uma fusão de diferentes empresas do comércio eletrônico, como
Lojas Americanas, Submarino e Shoptime.
Além disso, no mesmo ano, surgiram os players de porte, ou seja,
grandes investidores capazes de operacionalizar bancos digitais e permitir ao
consumidor mais facilidade na hora do pagamento. Sendo assim, a lojas
Americanas e o Mercado Livre, são atualmente considerados os dois maiores e-
commerces da América Latina com players de porte.

2.2 – O COMÉRCIO ELETRÔNICO E A PANDEMIA DO COVID-19:


A pandemia do COVID-19 espalhou-se por todo o mundo e gerou
medidas de isolamento social, em 2020, a fim de evitar a proliferação da covid-
19. A baixa circulação de pessoas naquele período afetou os micros e pequenos
negócios, que sofreram com a queda no consumo.
O e-commerce, então, ganhou força e passou a ser uma excelente
opção de venda, pois o consumidor habituou-se a receber suas compras em
casa, com a maior praticidade e comodidade. Muita gente teve sua primeira
experiência com compras on-line, e quem tinha alguma resistência passou a dar
uma chance.
No mesmo sentido, os microempreendedores em geral passaram a
catalogar os seus produtos e serviços em sites e redes sociais, ou seja, a
pandemia acabou unindo, não intencionalmente, fornecedores de produtos e
serviços e consumidores no meio virtual, como uma forma de minimizar os
efeitos do déficit econômico causado pelo isolamento social.
2.2.1 – O COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES DURANTE A
PANDEMIA DO COVID-19:
Durante o período de pandemia e isolamento social, pôde ser analisado
os interesses dos consumidores perante a situação de crise sanitária, algumas
mudanças de consumo são significativas, por exemplo:

• As vendas de supermercados, tiveram um aumento de 16%, e a


taxa de conversão média no setor aumentou 8,1%;

• As visitas a sites de saúde (como alimentos naturais, vitaminas e


higiene) aumentaram 11%, e as vendas dispararam 27%;
• A visita a páginas de utensílios domésticos teve um aumento de
33%;
• Além de todos os tipos de delivery, que tiveram uma alta taxa de
procura (Sem dados aproximados).

Os setores não essenciais precisaram se fortalecer como marca, pois o


consumo retornou após a crise, por isso, cresceu ainda mais a importância do
propósito, as empresas e as marcas precisam tomar muito cuidado para não
serem vistas como oportunistas pelos seus consumidores.

Por fim, foi possível verificar que alguns ramos do mercado foi aquecido
pelos consumidores durante a pandemia da Covid-19, fazendo com que alguns
comerciantes enxergasse, mesmo durante uma crise sanitária e econômica, a
oportunidade de ascensão do seu comércio, em maior parte, através do meio
digital.

2.2.2 – A PROTEÇÃO DOS CONSUMIDORES NO E-COMMERCE DURANTE


A PANDEMIA:

O avanço da globalização e a utilização da rede mundial de


computadores permitiram que o comércio eletrônico crescesse
exponencialmente, mudando assim a forma de consumo da sociedade em todo
o mundo. Além disso, as lojas virtuais oferecem uma maior comodidade para os
consumidores e, muitas vezes, encontram melhores preços com entrega gratuita
em suas residências e facilitando o pagamento das compras.

Porém, com várias vantagens em contraponto as lojas físicas os


consumidores ficam vulneráveis a conflitos e até mesmo falta de informações
sobre seus direitos nas compras que realizam no ambiente virtual. É muito
comum pedirem produtos que na loja virtual se mostram de uma forma e quando
entregam em suas residências, se mostra totalmente diferente, lesando a
confiança dos consumidores. Por esse motivo, inúmeras são as ações no Poder
Judiciário sobre essas questões mostrando que muitos que fazem parte do
chamado e-commerce não agem conforme as leis brasileiras.

Os direitos dos consumidores são garantias extremamente importantes


para o direito brasileiro. Permite que haja um equilíbrio na relação de consumo,
evitando possíveis abusos por parte dos fornecedores e oferecendo aos
consumidores a possibilidade de recorrer à esfera jurídica para restituição dos
danos sofridos, mediante a ação ou omissão de outrem. Assim, no momento que
vivemos é de suma importância que cada consumidor conheça seus direitos e
como buscar a resolução dos eventuais danos sofridos.

Em tempos de isolamento social, oriundos da crise mundial instalada


pelo Corona vírus, causador da COVID-19 e de uma pandemia mundial, muitas
pessoas se veem presas ao uso ilimitado da internet bem como sendo obrigadas
a comprar todos os tipos de produtos pelo ambiente virtual com a entrega em
suas residências. É neste cenário que se faz necessário um estudo jurídico sobre
quais são os direitos dos consumidores nas compras na internet.

Diante disso, entender quais são os direitos dos consumidores


aplicando-os ao ambiente virtual permite uma maior segurança a quem, por
motivo de força maior em que vivemos, compra até mesmo alimentos através da
rede mundial de computadores, para que em meio a tantas notícias ruim não
sejamos vítimas do bombardeio virtual de promoções e ofertas que muitas vezes
são verdadeiras armadilhas digitais.

2.3 – DO DIREITO DE ARREPENDIMENTO:

São comuns as dúvidas sobre o direito de arrependimento, posteriores


a uma compra eventualmente feita por impulso no mercado online diante de
todas estas facilidades encontradas no e-commerce.

Inicialmente, urge salientar que os contratos pactuados pela internet


estão sujeitos à aplicação tanto do Código Civil como do Código de Defesa do
Consumidor, inclusive a Lei 12.965/2014, que estabelece princípios, garantias,
direitos e deveres para o uso da internet no Brasil, só veio para reforçar a
aplicação do Código de Defesa do Consumidor nas relações online, conforme
bem preconiza o seu artigo 7º, XIII, in verbis:

Art. 7°: O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania,


e ao usuário são assegurados os seguintes direitos:

XIII - aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor


nas relações de consumo realizadas na internet.
O chamado “direito do arrependimento” está previsto no artigo 49 do
Código de Defesa do Consumidor:

Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7


dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do
produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de
produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial,
especialmente por telefone ou a domicílio.

Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de


arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente
pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão
devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.

Com o objetivo de estabelecer um regramento minimamente uniforme


de situações que sofreram forte impacto das medidas de contenção do avanço
do coronavírus e evitar, assim, atuações oportunistas, muito comuns em tempos
de crise, foi sancionada a Lei 14.010, de 10 de junho de 2020, que propõe a
criação de um Regime Jurídico Emergencial e Transitório (RJET) para as
relações privadas.

A principal mudança no Código de Defesa do Consumidor, no corpo


normativo da lei supramencionada é a suspensão do Direito de arrependimento
na modalidade delivery, na intenção de evitar a aglomeramento para devolução
de produtos, bem como, visa manter o equilíbrio nas relações firmadas entre
fornecedores e consumidores, indicando uma preocupação com o fluxo de caixa
dos fornecedores.

2.4 – DA LEI N° 14.010/2020:

Superada a questão da abrangência do direito de arrependimento,


passaremos ao exame da Lei 14.010/2020, que foi publicada e entrou em vigor
em 10 de junho de 2020, a qual trata do Regime Jurídico Emergencial e
Transitório das relações jurídicas de Direito Privado (RJET) no período da
pandemia do Covid-19.

O objetivo da lei, como bem destacado pela senadora Simone Tebet:

“é conciliar interesses para, de um lado, prestigiar a


manutenção das relações jurídicas de Direito Privado e, de
outro, permitir ajustes necessários à proteção das pessoas
mais vulneráveis e à viabilização de cumprimento de
prazos”

durante o período da pandemia.


2.5 – DA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS (LGPD):

Dentre esses novos mecanismos de proteção ao mercado consumerista


no ambiente virtual, em agosto de 2020 entrou em vigor a Lei Geral de Proteção
de Dados, que visa regulamentar o tratamento de dados pessoais de usuários
de empresas públicas ou privadas e plataformas digitais, a fim de coibir o uso
indiscriminados dos dados coletados. A lei abrange, sem sombra de dúvidas, o
comércio digital, o qual deve adotar as medidas propostas em lei, assegurando
a proteção de dados pessoais de seus usuários.

De pronto, sabemos que a LGPD determina como essencial para seu


tratamento a anuência do portador dos dados, sendo seu consentimento
imprescindível para o tratamento, conforme apresenta em seu artigo 5º, XII "Para
os fins desta lei, considera-se consentimento: manifestação livre, informada e
inequívoca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados para a
finalidade determinada". Além do consentimento, os consumidores na posição
de titulares dos dados podem solicitar informações sobre o tratamento realizado
em seus dados, correções dos dados apresentados, realizar atualizações,
solicitar a portabilidade de seus dados para outras plataformas e revogar seus
consentimentos a qualquer tempo. Logo, o usuário que fornece seus dados deve
ter total controle sobre o tratamento deles.

Em seu turno, para que haja maior segurança do titular e da empresa


responsável pelo tratamento de dados, é importante que as plataformas de e-
commerce adotem medidas que assegurem conformidade e adequação à lei de
proteção de dados, criando políticas internas que norteiem o processamento
adequado dos dados de usuários registrados em suas plataformas. Dentre as
políticas de tratamento de dados, as empresas devem inicialmente dispor da
autorização do titular para realizar seu tratamento, assegurar o direito à
privacidade e proteção de dados pessoais, prestar claras informações a respeito
do motivo da coleta de dados e seu efetivo tratamento especificando a finalidade
para o uso, e buscar nova anuência do titular em caso de transmissão de dados
para terceiros ou mudança no modelo de tratamentos de dados da empresa.
Deve haver também atenção redobrada quanto a coleta de dados que tratem
sobre raça, etnia, opção sexual ou religião, pois caracterizam-se como dados
sensíveis e sua solicitação pode ser considerada abusiva.

Para as empresas que não se adequarem a normativa da lei 13.709/18,


indo contra a regulação prevista, a LGPD prevê sanções em forma de multa,
multa diária, bloqueio dos dados pessoais a que se referir a infração, eliminação
dos dados pessoais e publicização da infração.

É de suma importância a adequação aos termos da LGPD, visto que ao


ter a concordância do usuário cria-se negócio jurídico firmado entre a plataforma
e seu cliente, e, nesse interim, é preciso aumentar a confiança do consumidor e
inovar o mercado digital para que haja cada vez mais segurança nas relações
de consumo pela internet, para assim, acompanhar a expansão do e-commerce
de maneira segura e eficaz. A adequação a LGPD não representa somente uma
segurança para o titular, mas também para empresas que são responsáveis pelo
tratamento dos dados pessoais e assegurar a credibilidade das plataformas
utilizadas. Estar em conformidade com a LGPD é promover ainda mais o avanço
do e-commerce.

3.0 – CONCLUSÃO:

Diante de todo exposto supra, pode se concluir que com a globalização


e o fortalecimento da modalidade de comércio e-commerce, facilitou a interação
entre fornecedor e consumidor no século XXI, bem como, com o início da
pandemia de Covid-19 e isolamento social houve um aumento significativo da
procura por essa modalidade de comércio entre os consumidores, surgindo
assim, uma oportunidade para os empreendedores ofertarem seus produtos e
serviços e expandirem seus negócios.

Entretanto, por se tratar de uma modalidade nova de mercado, bem


como, expandir no meio de uma crise sanitária e econômica, há de se pensar
em políticas públicas voltadas para regulamentação desse tipo de comércio,
visando o equilíbrio entre fornecedores e consumidores, para que ambos os
lados consigam se beneficiar com o e-commerce.

Nesse sentido, algumas modificações na legislação tiveram que ocorrer


no período da pandemia, é o caso da Lei n° 14.010/2020 e a Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais, manutenções nesta vertente devem continuar a
ocorrer, tendo em vista que, mesmo após o período de lockdown, o e-commerce
aparenta se mostrar uma realidade já instaurada e que dificilmente irá se
enfraquecer, tendo em vista um mundo cada vez mais globalizado.
4.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-do-consumidor/a-protecao-dos-
consumidores-nas-compras-pela-internet-em-tempos-de-pandemia/

https://www.paho.org/pt/covid19/historico-da-pandemia-covid-19

https://agenciafg.com.br/blog/historia-do-e-
commerce/#:~:text=A%20hist%C3%B3ria%20do%20e%2Dcommerce%20no%
20pa%C3%ADs%20%C3%A9%20bem%20recente,XXI%2C%20com%20a%20
internet%20discada.

https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/coronavirus-o-impacto-nas-
vendas-online,ed84f8e520f71710VgnVCM1000004c00210aRCRD

https://sajadv.jusbrasil.com.br/artigos/382255517/direito-de-arrependimento-
em-compras-online-segundo-o-cdc-art-49

https://www.tjsp.jus.br/download/EPM/Publicacoes/ObrasJuridicas/216-
dc.pdf?d=637581604679873754

https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acesso-a-informacao/lgpd

https://www.conjur.com.br/2020-jun-17/garantias-consumo-suspensao-direito-
arrependimento-
cdc#:~:text=Em%20resumo%2C%20a%20solu%C3%A7%C3%A3o%20encontr
ada,mesmo%20em%20tempos%20de%20pandemia.

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