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Trabalho
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo fazer uma abordagem da evolução histórica do Direito do
Trabalho, tanto em nível internacional como na esfera nacional, abordando o início do mesmo e o
seu desenvolvimento no decorrer do tempo, desde os primeiros registros de trabalho operário que
data do início da Revolução Industrial nos quais os trabalhadores não tinham nenhuma garantia e
segurança, concluindo com o panorama atual de todos os benefícios legais garantidos ao
trabalhador. Serão abordadas as fases da história de intensas mudanças em consequência de fatos
históricos que influenciaram a percepção de trabalho, como a Revolução Francesa em 1789, as
Grandes Guerras Mundiais, surgimento das primeiras normas de garantia dos direitos dos
trabalhadores.
1. INTRODUÇÃO
O que temos hoje sistematizado como Direito do Trabalho pode ser entendido como o
resultado de intensas lutas sindicalistas e muito empenho da classe operária em ter seus direitos
trabalhistas garantidos. Mas o atual cenário legal voltado para o trabalhador é muito diferente do
vivido há séculos atrás, mais precisamente do século XVIII, quando começa a surgir a figura do
operário como parte do processo produtivo inerente à Revolução Industrial. A Administração
Científica, que teve como idealizador Frederick Winslow Taylor, dedicou-se à elaboração de
estudos sistematizados de todos os processos administrativos. Como parte desse processo, o
operário, trabalhador que operava as máquinas e desenvolvia os demais trabalhos humanos nas
grandes fábricas, era visto como parte técnica do processo, como uma peça que deveria ser ajustada
para se integrar ao processo, sem a menor preocupação com o caráter pessoal/afetivo. Esse cenário
mudou com o avanço dos estudos relacionados ao processo produtivo, quando esses estudos
estiveram voltados para operário como centro do processo. Como resultado da evolução desses
Adenilson Silva Araújo
Jayne Neris Fernandes de Aguiar Oliveira
Maria Cecília de Sousa Pereira
Mateus Silva Borges
Thaiany Tolentino Diniz Santos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Administração e Ciências Contábeis - 02/12/2019
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estudos surgiu a Teoria Humanística que tinha como objetivo maior humanizar o trabalho operário.
Nesta nova versão das teorias administrativas, surgem outros nomes que se tornaram referências na
área. Este trabalho irá se dedicar ao estudo e à apresentação das fases determinantes da história que
contribuíram para a formação do atual cenário trabalhista.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Direito do Trabalho, em seus primórdios, era visto como um instrumento de tortura, pois,
a primeira forma de trabalho foi a escravidão, em que os quais eram considerados coisa, objeto de
domínio de seu senhor. Os escravos não tinham direito, apenas o dever de trabalhar e sem nenhum
tipo de exigência que viria facilitar suas atividades. Além disso, a palavra “trabalho” tem sua
origem no vocábulo latino Tripallium denominação de um instrumento de tortura composto por três
estacas, em forma de pirâmides que eram cravadas no chão (MARTINS, 2011)
Para a cultura grega, no pensamento dos filósofos Platão e Aristóteles o trabalho era
entendido como algo ruim, entendia-se como trabalho a força física, porque o homem só era
considerado digno quando pudesse participar das atividades comercias na cidade através da sua
palavra.
e retribuindo com trabalho (corvéia) e com o pagamento de taxas sobre o uso das instalações
(moinhos, celeiros) e a terra. O senhor feudal vivia no castelo fortificado para a guerra e centro
econômico autônomo, onde era feito o artesanato e guardados os alimentos. Além da nobreza
guerreira, a igreja também compunha o sistema feudal, exercendo cada mosteiro o senhorio sobre
um feudo, e devendo fidelidade ao rei. De acordo com VIANNA (1984) a servidão foi um tipo
muito generalizado de trabalho em que o indivíduo, sem ter a condição jurídica do escravo, na
realidade não dispunha de sua liberdade.
O feudalismo foi substituído por novo sistema econômico e social por volta do século XVI,
visto que na Inglaterra as classes superiores passaram a cercar os pastos, preferindo explorá-los
diretamente, pois, assim cercados, era muito pequeno o número de pastores necessários, e na França
a Revolução varreu os últimos vestígios da servidão.
Observamos num terceiro plano as corporações de ofício, em que existiam três personagens,
os mestres, os companheiros e os aprendizes. No início das corporações de ofício só existiam dois
graus dentro dessas organizações, chamados mestres e aprendizes, só depois no século XIV surge o
grau intermediário os companheiros.
Verifica-se nessa fase histórica um pouco mais de liberdade do trabalhador, porém visavam-
se aos interesses das corporações mais do que conferir qualquer proteção aos trabalhadores,
inclusive quanto à duração do contrato de trabalho. Os aprendizes trabalhavam a partir de 12 ou 14
anos, já se observando, em alguns países, a prestação de serviços com idade inferior. Ficavam os
aprendizes sob a responsabilidade do mestre que, inclusive, poderia impor-lhes castigos corporais.
Os pais dos aprendizes pagavam taxas, muitas vezes elevadas, para o mestre ensinar seus filhos e se
o aprendiz superasse as dificuldades dos ensinamentos era promovido ao grau de companheiro.
O companheiro só passava a mestre se fosse aprovado em exame de obra-mestra, prova que
era muito difícil, além de ter de pagar taxas para fazer o exame.
Nesse período, havia uma espécie de contrato de trabalho entre os companheiros e os
mestres, porém inexistia garantia para a continuidade do referido pacto, simplesmente porque não
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havia uma certeza de quanto tempo esse contrato duraria. O mestre poderia terminar o acordo, sem
que houvesse a necessidade de uma justificativa ou o pagamento de uma indenização.
Na Idade Moderna, especificadamente, com a Revolução Francesa, em 1789, o
desenvolvimento do comércio e a liberdade contratual com o decreto d’ Allarde, que considerava
livres todos os cidadãos para o exercício de profissão, veio pôr fim às corporações de ofício. A
partir desse período foi reconhecido o primeiro dos direitos econômicos e sociais, o Direito do
Trabalho, segundo o qual cada cidadão tinha o direito de ganhar a sua subsistência.
No entanto, somente com a Revolução Industrial, no século XVII, considera-se o marco
histórico do Direito do Trabalho, o que se deve a diversas transformações, como: o trabalho passar a
ser chamado de emprego, o aparecimento da máquina a vapor, a expansão da mão de obra
assalariada, o surgimento das fábricas e da linha de produção NASCIEMNTO, 2015, pp. 49-50).
Os trabalhadores, de maneira geral, passaram a trabalhar por salários e num primeiro
momento, o contrato de trabalho era celebrado mediante livre acordo entre as partes. Entretanto,
constatava-se que o empregador ainda era o senhor do trabalhador, podendo terminar a relação a
qualquer momento, sem qualquer responsabilidade. Contudo, o Estado passou a intervir na relação
de trabalho, uma vez que, a jornada de trabalho era excessiva caracterizado por capitalismo
selvagem, pois visava à lucratividade empresarial, e, não à proteção da dignidade do trabalhador.
Trabalho perde a sua natureza administrativa, passando a ser um órgão do Poder Judiciário e
restabelecendo o direito de greve, porém com certa restrição, uma vez que não apoiou o direito do
trabalho. Para a Constituição de 1967, houve criação Fundo de Garantia de Tempo de Serviços
(FGTS) (NASCIMENTO, 2015, p.57).
O direito trabalhista é uma das principais áreas do direito que trata das relações de trabalho.
A origem de suas normas está relacionada àquelas criadas pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT), além da cultura de um povo, as doutrinas, os regimentos das empresas e os
contratos de trabalho.
Conhecido também como direito laboral ou do trabalho, está concentrado em dois
personagens principais, o primeiro, é representado pela figura do empregado, e o segundo do
empregador. Assim, é preciso entender a definição de cada um deles:
Empregado – é uma pessoa física que realiza determinados serviços em um ambiente
específico e deve cumprir as tarefas dadas pelo empregador em troca de salário;
Empregador – pode ser uma pessoa jurídica, física ou mesmo um grupo de empresas que
contrata o empregado para realização de serviços em troca de um salário.
O contrato de trabalho é a ferramenta que comprova a relação de trabalho existente entre os
dois e, nele contém todas as regras que o empregado deve seguir, bem como os seus direitos
básicos.
No Brasil, suas regras são regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a
Constituição Federal de 1988, - que é um conjunto de leis superior às demais – e também àquelas
que não estão presentes nessa Lei, que são as específicas.
O direito do trabalho possui princípios que orientam e informam tanto aqueles que irão
elaborar as leis, quanto quem irá aplica-las. Dentre eles estão princípios protetor, que garante
proteção à parte mais fraca da relação de trabalho e o princípio da primazia da realidade, que leva
em consideração a verdade dos fatos em relação à documentos como, por exemplo, o contrato de
trabalho. Além deles, existem outros princípios que norteiam o direito trabalhista.
Esse direito foi instituído por meio da Lei 4.090/62, a Gratificação de Natal, mais conhecida
como 13º salário, e ele garante que essa remuneração a mais seja paga a todo empregado com
carteira assinada ou vínculo empregatício caracterizado.
2.3.3 Férias
As férias figuram como o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado
após o exercício das atividades realizadas por um ano (período este denominado “aquisitivo”). Essa
concessão pode ser feita dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do direito, (período este
chamado de “concessivo”).
2.3.4 FGTS
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado pela Lei nº 5.107, em
setembro de 1966 e que entrou em vigência a partir de 01 de janeiro de 1967. O objetivo desse
fundo é proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante à abertura de uma conta
vinculada ao contrato de trabalho.
Por isso o FGTS é constituído de contas vinculadas, abertas em nome de cada trabalhador, e
o saldo é formado pelos depósitos mensais efetivados pelo empregador, acrescidos de atualização
monetária e juros.
2.3.5 INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma autarquia que foi criada em 1990, a
partir da fusão do Instituto de Administração Financeira de Previdência e da Assistência Social
(IAPAS) com o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
O INSS é ligado ao Ministério da Previdência e Assistência Social, e faz o controle do
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), determinando o modo de funcionamento do regime de
previdência pública no Brasil, porém a responsabilidade pela arrecadação das contribuições mensais
pagas é da Receita Federal do Brasil.
Que têm o direito a receber esses direitos trabalhistas são os contribuintes do INSS: os
trabalhadores autônomos, assalariados, domésticos, rurais e os contribuintes individuais. E também
que são considerados contribuintes do Instituto.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
O presente trabalho foi obtido a partir de discursões com o grupo, pesquisas na internet, em
artigos científicos que tratavam do assunto e por pesquisa nos livros da própria faculdade.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
A Teoria Humanística é uma peça fundamental para a construção de uma boa relação entre o
empregado e o empregador, pois foi a partir dela que os trabalhadores passaram a ser vistos como
parte importante e fundamental e deixou de ser visto apenas como uma máquina, também podemos
perceber como isso contribuiu para o cenário trabalhista em que vivemos, onde o trabalhador tem
direitos e a criação de sindicatos trabalhistas.
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REFERÊNCIAS
ALVES, Amauri Cesar. A eficácia dos direitos fundamentais no âmbito das relações
trabalhistas. Revista LTr. 75-10/ 1209. Vol. 75 nº 10, Outubro de 2011.
DEL FIACO, J. L. M. Das Relações Humanas a importância do fator humano nas instituições
de ensino superior. Agosto/ 2006.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho, 27 ed. São Paulo: Altas, 2011.
MAXIMIANO, Amaru. Teoria Geral da Administração. Atlas, 2012.
MOTTA, Fernando C.P. Teoria Geral da Administração. São Paulo. Pioneira, 1991.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do trabalho 2. 40. Ed. – LTr, 2015