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GUERREIRO RAMOS
30/09/2023
Um fato relevante trazido pelo autor é que a mentalidade primitiva das
comunidades pré-letradas é incompatível com a técnica da racionalização
econômica do trabalho hoje preconizada. A forte tradição fixou as
necessidades da época e a forma de satisfazê-las, assim, qualquer tentativa
de inovação que viesse a alterar os processos vigentes era considerada
ofensiva. Em decorrência desta visão a mudança era desconhecida e tal
fato emperrava o desenvolvimento da racionalização do trabalho nestas
sociedades.
30/09/2023
OS PRECONCEITOS ANTI-TRABALHISTAS NA
ANTIGUIDADE
30/09/2023
O trabalho na Idade Média e no Renascimento
Adentrando os passos na Idade Média, a visão do trabalho se modifica e
toma uma nova conotação, a mística. A nobreza orgulhava-se de não
trabalhar e este período fica marcado por uma imobilidade que impedia as
técnicas organizacionais do trabalho progredirem. Porém, a ordem social é
rompida com o advento do Renascimento, que trás a tona a força do
trabalho e seu valor mercadológico dando início a especulação e a
contabilidade, afastando-se dos valores atrelados ao misticismo religioso e
anti-produtivo. O laicismo surge e o Estado começa a tomar sua posição
social no descortinar de uma nova etapa de avanços na humanidade.
30/09/2023
O despertar renascentista
A Europa inunda-se com a eclosão da ciência, e uma nascente postura dá
início aos processos de racionalização em todas as atividades da vida
humana. E dentro deste novo cenário encontrava-se o trabalho, o qual foi
se desvencilhando dos antigos preconceitos vividos pelas profissões
mecânicas as quais começam a ser palco de estudo das ciências aplicadas
ao trabalho.
30/09/2023
Expoentes do Renascimento
Alguns notáveis espíritos do pensamento humano se reportaram ao
nascimento da racionalização do trabalho, entre eles: Leonardo da Vinci
(1452-1519), Francis Bacon (1561-1626), Galileu Galilei (1564-1842), René
Descartes (1596-1650) e Frederick Taylor (1856-1915). Este último
consolidando-se como um importantíssimo ponto no tempo histórico no
mundo, assinalando o nascimento do estudo científico do trabalho, através
da aplicação de seu método cartesiano a o desenvolvimento da
racionalização das atividades laborais.
30/09/2023
AUTORES DESTACADOS DURANTE A 1* REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Robert Owen (1771-1857), que salienta em suas obras que o homem é principalmente pré-
fabricado pelos seus predecessores. Havia na leitura de Owen o embrião da idéia de racionalização do
trabalho
30/09/2023
O SISTEMA TAYLOR
A humanidade avança rumo a dias de melhor entendimento das coisas, e é através
do engenheiro americano F. W. Taylor que a organização racional do trabalho
propriamente dita tem seu ponto inicial, considerando todas as contribuições
anteriores com devida relevância, entretanto, é através deste notável homem que
esta ciência é organizada e estudada com nitidez e logicidade.
Tendo como lema “ciência em lugar de empirismo” Taylor lança seu entusiasmo
reformista ao mundo, contribuindo de forma capital na libertação do trabalho
humano da tradição vigente oriunda dos tempos primitivos. Seu método científico
utilizou-se de duas operações fundamentais: a análise e a síntese, distinguindo o seu
sujeito – o homem, e o seu objeto – a matéria. O taylorismo foi seguido por vários
estudiosos nos Estados Unidos e no restante do mundo.
30/09/2023
O SISTEMA FORD
Acompanhando os novos passos da civilização hodierna surge mais um vulto insigne
na escala mundial que contribuíra para a tecnologia do trabalho, Henri Ford (1863-
1947), criador do fordismo, considerado pelo autor mais que um sistema de
organização racional do trabalho, mas principalmente uma doutrina econômica,
sendo Ford, pioneiro no estudo da chefia executiva.
Ford trouxe como uma de suas principais contribuições o mecanismo do trabalho
repetitivo. A teoria de eficiência de Ford baseou-se em três princípios
interdependentes: produtividade e intensificação, ligados ao fator tempo; e
economicidade, vinculado ao fator matéria. Por um complexo de condições, os
Estados Unidos da América foi o berço ideal do fordismo, que por várias outras
razões de cunho cultural e social não teve a mesma aceitação em outras localidades
do mundo.
30/09/2023
A RACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO NA ALEMANHA
30/09/2023
Cont.
A trajetória de melhoria contínua, peculiar a natureza humana, prossegue
trazendo a luz dos acontecimentos novos fatos, desta vez pelas
reivindicações da classe operária, para que os estudos sobre o impacto da
atividade laboral tomem rumo a atender demandas visando assegurar uma
melhor satisfação ao trabalhador nos aspectos agora fisiológicos e
psicológicos. Tais necessidades surgidas após os primeiros ensaios
do taylorismo formaram estímulos poderosos aos pesquisadores para
explorarem este novo campo de ensaios.
30/09/2023
Cont.
O aparato estatal também é atingido por esta nova tecnologia, e toma uma
trajetória eminentemente sociológica. Seu ciclo de racionalização não se
processa pura e simplesmente ao saber técnico, como as organizações não
governamentais assimilaram, mas sim por uma transformação operada na
base da diminuição e até anulação da eficácia da antiga tradição. Assume
papel importante neste contexto o digno pensador e estudioso alemão Max
Weber (1864-1920) com sua tese que embasa as características da
administração pré-moderna e distingue as duas das principais fases da
administração pública: a administração patrimonial e administração racional
ou burocrática.
30/09/2023
O avanço da racionalização do trabalho
Em vários países do mundo a racionalização do trabalho atinge também
os setores públicos e vai operando grandes transformações.
No Brasil, pontua o autor, estas mudanças encontram resistências,
provindas do histórico da nação. A estrutura política e social do país não
comporta de forma rápida tais avanços trazidos por um sistema
racionalizado.
A tradição do patrimonialismo, clans feudais, privatismo e espírito
patriarcal são apontados como fatores impeditivos do avanço de processo
no setor público. Alguns episódios importantes da racionalização
administrativa no Brasil são assinalados na obra em pauta. 30/09/2023
A civilização chega a novo estágio, os sistemas de Taylor, Ford entre outras vertentes
do assunto revelam pressupostos que não suprem mais as necessidades do contexto da
sociedade que se descortinava, o homem como ser social não queria ser mais tratado
como uma “peça” voltada ao lucro no ambiente funcional. Este tipo de tratamento
mecanicista que até o presente momento da evolução era dado à racionalização do
trabalho estava causando grande desequilíbrio social. A sociologia do trabalho viceja e
trás com ela importantes estudiosos para o palco da pesquisa avançada no assunto.
Muitas descobertas decisivas foram feitas sobre esta nova tecnologia do trabalho,
alterando posicionamentos que até o momento vinham sendo aceitos. Foi mais um
passo importante nos estudos da racionalização do trabalho. Em síntese, os
pesquisadores foram unânimes em afirmar que a empresa só funciona de forma bem
sucedida se houver integração da organização formal com a não formal.
30/09/2023
Conclusões:
A ORT até o presente momento não se constituía em uma
metodologia de organização, mas encontrava-se em fase de
emergência.
30/09/2023
Referências:
RAMOS, A.G. Uma introdução ao histórico da organização
racional do trabalho. Brasília: Conselho Federal de
Administração, 2009.
30/09/2023