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Querido leitor,

É como muita alegria, que lanço a Série


Pensando Direito com temas pontuais do
Direito do trabalho.
Tenho percebido, na condição de professor,
que muitas dúvidas corriqueiras vão surgindo
nos corredores das universidades e cursos de
pós-graduação, no que tange ao contrato de
trabalho e aos direitos dos empregados.
Por isso, o Pensando Direito resolveu fazer
uma série de livros digitais com temas diversos
e do cotidiano trabalhista, para te ajudar,
saneando as suas dúvidas.
O e-book é um livro digital, de baixo custo
e que pode alcançar um grande número de
pessoas, principalmente na era digital que
vivemos.
O mundo digital é muito ágil e eficaz.
Assim, combinando rapidez e agilidade ao
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dinamismo e a conveniência tornam a Internet


o meio de comunicação mais eficiente da
atualidade, e a era digital ajudou a difundir uma
nova forma de comunicar-se, de levar
conhecimento a inúmeros pontos nunca antes
mensurados ou conhecidos.
Eu acredito na comunicação e que a minha
missão maior é compartilhar conhecimentos e
trocar experiências, pois acredito, que todo
aprendizado não pode ficar guardado a sete
chaves, mas sim compartilhado, dividido.
Seja dono do seu caminho, faça a diferença
e seja um profissional de SUCESSO.
Que este e-book seja útil na sua formação
e te sirva de apoio.

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“O segredo da mudança é focar toda


a nossa energia não em lutar com o
antigo, mas em construir o novo.”
SÓCRATES

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Sumário

FÉRIAS .................................................................................................................................................... 5
Aquisição das férias ............................................................................................................................... 8
Concessão das férias ............................................................................................................................ 10
Remuneração das férias ...................................................................................................................... 13
Direito de vender 1/3 das férias ........................................................................................................... 16
Sobre o Autor........................................................................................................................................18

Fale comigo...........................................................................................................................................20

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FÉRIAS

As férias constituem um direito do


empregado de deixar de trabalhar e de estar a
disposição do empregador durante um
determinado número de dias consecutivos por
ano, sem prejuízo da remuneração, desde que
preenchidos os requisitos legais.

O art. 7º, XVII da Constituição Federal


assegura aos trabalhadores urbanos, rurais e
domésticos o gozo anual de férias remunerado
com pelo menos mais 1/3 do salário normal.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros


que visem à melhoria de sua condição social:

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a


mais do que o salário normal;

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A nossa Consolidação das Leis do trabalho


(CLT), disciplina as regras a partir do art. 129.

Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um


período de férias, sem prejuízo da remuneração. (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

As férias são remuneradas e computadas


para todos os efeitos, como tempo de serviço,
as férias caracterizam-se como período de
interrupção do contrato de trabalho.

A natureza imperativa das normas sobre


férias faz com que o direito a elas seja
irrenunciável pelo empregado.

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Durante as férias o empregado não


poderá prestar nenhum tipo de serviço para
seu empregador.

Só poderá prestar serviços a outro


empregador, se já estiver obrigado a fazer em
virtude do contrato de trabalho regularmente
mantido com aquele (art. 138, CLT).

Não poderá participar de grupos de


Whatsapp do seu empregador.

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Aquisição das férias

O direito de férias depende da


implementação de um período aquisitivo, que
corresponde a 12 meses de vigência do
contrato de trabalho, ou seja, a cada 12 meses
de vigência do contrato o empregado adquire
o direito às férias (art. 130, CLT).

Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do


contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte
proporção: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais


de 5 (cinco) vezes; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a


14 (quatorze) faltas; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

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III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23


(vinte e três) faltas; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro)


a 32 (trinta e duas) faltas. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977)

O início de fluência dos períodos


aquisitivos coincide com a data de início de
vigência do contrato de trabalho. Exemplo. Se
o empregado foi contratado em 17/03/2019 o
seu primeiro período aquisitivo inicia-se em
17/03/2010 e termina em 16/03/2020; o
segundo período aquisitivo inicia-se em
17/03/2020 e termina em 16/03/2021; e assim
sucessivamente.

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Concessão das férias

É o período pelo qual o empregador deverá


conceder as férias ao empregado, após
cumprido o período aquisitivo.

Assim, as férias são concedidas por ato do


empregador no período concessivo, que
corresponde aos 12 meses subsequentes ao
período aquisitivo (art. 134, CLT)

Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um


só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o
empregado tiver adquirido o direito. (Redação dada pelo Decreto-lei
nº 1.535, de 13.4.1977)

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A época de concessão das férias será a


que melhor consulte os interesses do
empregador, devendo este respeitar o período
concessivo respectivo (art. 136, CLT).

Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte
os interesses do empregador. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535,
de 13.4.1977)

Os membros de uma família, que


trabalharem no mesmo estabelecimento ou
empresa, terão direito a gozar férias no mesmo
período, se assim o desejarem e se disto não
resultar prejuízo para o serviço. (§1º, art. 136,
CLT)

Desde que haja concordância do


empregado, as férias poderão ser usufruídas
em até três períodos, sendo que um deles não
poderá ser inferior a quatorze dias corridos e
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os demais não poderão ser inferiores a cinco


dias corridos, cada um. (Redação dada pela Lei
nº 13.467, de 2017) (§ 1º, art. 134, CLT)

É vedado o início das férias no período


de dois dias que antecede feriado ou dia de
repouso semanal remunerado. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017) (§ 3º, art. 134, CLT)

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Remuneração das férias

Equivale à remuneração normal do


empregado, ou seja, o valor que o empregado
receberia de estivesse trabalhando, inclusive
com integração das horas extras e adicionais
recebidos (noturno, insalubridade,
periculosidade).

A concessão das férias após o período


concessivo, implica na obrigação do
empregador pagar em dobro a respectiva
remuneração, inteligência do art. 137, CLT).
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Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que
trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva
remuneração. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

Também deverão ser remunerados em


dobro os dias gozados após o período legal
(Súmula 81, TST).

Súmula nº 81 do TST FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e


21.11.2003 - Os dias de férias gozados após o período legal de
concessão deverão ser remunerados em dobro.

O pagamento das férias deve ser feito


até dois dias antes do empregado iniciar o
período respectivo, mediante recibo, do qual
deverá constar o início e o termino das férias
(art. 145, CLT).

Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o


do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes

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do início do respectivo período. (Redação dada pelo Decreto-lei nº
1.535, de 13.4.1977

Se o empregador pagar fora deste prazo,


o empregado terá direito a receber em dobro
(sumula 450, TST).
Súmula nº 450 do TST - FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA.
PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA
CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 386 da SBDI-1) – Res.
194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 - É devido o
pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço
constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que
gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo
previsto no art. 145 do mesmo diploma legal.

A cessação do contrato de trabalho dá ao


empregado o direito de receber: FÉRIAS
SIMPLES (aquelas cujo período aquisitivo já se
completou, mas que ainda está em curso o
período concessivo); FÉRIAS VENCIDAS (aquela
cujo período aquisitivo e concessivo já se
completaram, sem que o empregado tivesse
gozado); FÉRIAS PROPORCIONAIS (aquelas
cujo período aquisitivo ainda não se completou
por ocasião da extinção do contrato de
trabalho.
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Direito de vender 1/3 das férias

O empregado, à sua escolha, poderá


vender 1/3 (um terço) do período de férias a
que tiver direito em abono pecuniário, no valor
da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes. (art. 143, CLT)

Na pratica significa que o empregado


tem o direito de vendar 10 dias das férias e
folgar 20 dias.

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Só o empregado pode pedir a conversão


de férias. O patrão não poderá obriga-lo a
vender.

O pedido para converter parte das férias


tem que ser feito até 15 dias antes do fim do
período aquisitivo. Depois disso, o patrão não
é obrigado a aceitar.

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Sobre o Autor

* Mestre em Ciências Área: Direito do Trabalho


e da Seguridade Social, pela Universidade de
São Paulo (USP/SP) desde 2011;
* Especialista em Direito do Trabalho, pelo
Centro Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas (FMU/SP) desde 2005;
* Bacharel em Direito pela Universidade Federal
da Bahia (UFBA), desde 1992;
* Advogado Trabalhista, com mais de 27 anos
de experiência;
* Palestrante e Mentor Jurídico;
* Coordenador de Pós-Graduação em Direito
Material e Processual do Trabalho;

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* Coordenador Acadêmico do Curso


EDUCAJURIS em SJC;
* Professor de Pós-Graduação e Graduação;
* Professor ESA-OAB;
* Professor em cursos preparatórios para
concurso e OAB;
* Autor, em parceria, da obra: “CLT -
Comparada“, lançada em dezembro de 2017
pela editora Jurismestre.
* Autor do E-book - Descomplicando a OAB;
* Autor de artigos jurídicos.
* Presidente da Comissão de Direito do
Trabalho da 36ª Subseção da OAB de São José
dos Campos para o período de 2019/2021;

Um apaixonado e destemido estudioso da área


trabalhista;

Blogueiro, Youtuber e um assíduo comentarista


das redes sociais.

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Fale comigo!

@professorfpeixoto

Professor Fernando Peixoto

Site: www.peixotoconsultoria.com.br

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