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Estudos Contemporâneos de Gestão de Empresas

Armando Mathe

1. Gestão da Qualidade

Qualidade representa muito mais do que a noção de que um produto ou serviço é bom. Para
Lacombe (2009, p. 255), qualidade diz respeito a “todas as propriedades ou características de
um produto ou serviço relacionadas à sua capacidade de satisfazer as necessidades explícitas
ou implícitas dos que o utilizam”. Nesse sentido, entendemos que qualidade tem a ver com a
busca pela satisfação plena dos consumidores.

2. Gestão do Conhecimento

O conhecimento pode ser tanto explícito quanto tácito. O conhecimento tácito é mais
subjetivo, e circula na organização por meio de ideias e conceitos não registrados ou
formalizados. Ele se origina das experiências e das interações das pessoas; assim, é mais
difícil de ser comunicado ou padronizado. O conhecimento explícito, por sua vez, é acessível
por meio de registros escritos (livros, manuais, documentos) ou mesmo gráficos (figuras,
tabelas, diagramas). Dessa forma, o conhecimento explícito é muito mais claro e direto do que
o tácito, e, portanto, pode ser mais facilmente comunicável e padronizável (LACOMBE,
2009).

Esse processo de sistematização e formalização do conhecimento organizacional permite que


todos os integrantes de todos os níveis da organização possam acessar o conhecimento gerado
e, posteriormente, absorvê-lo para o aprimoramento de suas atividades. Além disso, é
essencial que as organizações encorajem os colaboradores a trocar informações,
conhecimento e sugestões acerca dos recursos e produtos ou serviços, bem como consolidem
caminhos internos por meio dos quais o conhecimento seja gerado, formalizado e comunicado
(ESCRIVÃO FILHO; PERUSSI FILHO, 2010). Os gestores de organizações baseadas em
conhecimento precisam, por fim, realizar suas atividades de modo a transformar
conhecimento em algo útil e produtivo (GONÇALO; BORGES, 2010).

Outros desafios

 Mudança da cultura organizacional da empresa;


 Implementação de ferramentas tecnológicas de gestão;
 Avaliação do desempenho da equipe;
 Desenvolvimento profissional de colaboradores;
 Adequação das estratégias de Marketing;
 Flexibilidade nas ações;
 Aplicação de uma visão global e sistemática, livre de níveis hierárquicos.
3. Técnicas de Gestão Contemporânea
3.1. Estratégia, Planeamento Estratégico e Gestão Estratégica

Estratégia é um exercício de enxergar o futuro da organização a partir do presente, ou, em


outras palavras, uma “viagem de ida e volta entre presente e futuro” (OLIVEIRA, 2016). Para
Tavares (2010), a teoria sobre estratégia aplicada às organizações passou por três grandes
momentos. Antigamente, em um mundo ainda relativamente estável e previsível, priorizava-
se muito a realização de um planeamento financeiro. Posteriormente, e com as crescentes
instabilidades e mutabilidade dos ambientes, surgiu a preocupação com o planeamento a
longo prazo, que, por sua vez, deu lugar ao planeamento estratégico.

3.2. Gestão da mudança

Mudança, ao contrastar o velho com o novo, muitas vezes causa incômodo, faz rever hábitos e
crenças, gera incerteza e conflito, questiona o status quo. Colaboradores, frente à
possibilidade de mudanças, podem ficar desconfortáveis e inseguros.

Ainda assim, a mudança busca fins válidos. É um processo que muda a situação atual na
busca por mais eficiência. Para Jones e George (2008), mudança organizacional é “o
movimento de uma organização, que se distancia de seu atual estado e encaminha-se para um
futuro desejado, de modo a aumentar sua eficiência e efetividade”.

A gestão da mudança está bastante relacionada com a atividade de controle, que é parte
essencial do trabalho de todo administrador. Isso porque, por meio do controle, os gestores
medem não apenas o desempenho de processos e pessoas, mas da organização como um todo.
Esse controle organizacional tipicamente é feito por meio do acompanhamento de indicadores
diversos, como satisfação dos clientes, nível de desperdício, volume de custos, facturamento,
percentual de lucro, rotatividade dos funcionários, market share, entre outros.

3.3. Empreendedorismo

Atualmente, o empreendedorismo é definido como o processo de gerar ideias inovadoras que


possam significar oportunidades de negócios, seja na abertura de novos negócios, seja na
melhoria do atual, por meio de ferramentas, métodos e práticas.
Assim, o empreendedor é aquele que tem a capacidade de tomar a iniciativa em buscar
soluções inovadoras. Como a competitividade está associada à criação de produtos ou
serviços melhores, as organizações foram buscar gestores com perfil empreendedor para fazer
coisas novas e melhores. O empreendedor é o líder, é aquele que vai levar a empresa para o
caminho da inovação.

MCCLELLAND (1972) identificou características de comportamento do empreendedor, as


quais servem até hoje para quem deseja empreender, quer seja abrindo um novo negócio ou
melhorando a empresa onde trabalha: busca de oportunidades e iniciativa, persistência,
comprometimento, exigência de qualidade e eficiência, correr riscos calculados,
estabelecimento de metas, busca de informações, planeamento e monitoramento
sistemáticos, persuasão e rede de contatos, independência e autoconfiança.

3.4. Gestão Social

Responsabilidade Social é formada pelas seguintes responsabilidades:

 Econômicas: ser lucrativa, gerar riquezas e empregos.


 Éticas: não lesar ninguém voluntariamente, prezar pela integridade de todos os
envolvidos com a empresa.
 Legais: pagar todos os impostos em dia; é por meio deles que o Governo
proporciona o bem-estar social para a sociedade.
 Filantrópicas: são os projetos sociais, que possuem maior visibilidade para os
clientes e pode ser usado como forma de publicidade de suas ações sociais.

Empresas que apoiam seus negócios em princípios socialmente responsáveis acabam por
desenvolver meios de melhorar o relacionamento com parceiros, fornecedores, clientes,
funcionários e sociedade.

3.5. Administração Virtual

A ideia é criar uma rede de empresas (network) em forma de parceria para garantir a
sobrevivência de todas as organizações envolvidas. Nesse modelo, as empresas vão
compartilhar resultados, custos, riscos e um modelo de gestão altamente embasado na
tecnologia da informação, pois não há necessidade da presença física dos envolvidos. É o
trabalhador a distância, virtual.
3.6. Just-In-Time

Operacionalmente, basta dizer que JIT significa que cada processo deve ser suprido com os
itens e quantidades certas, no tempo e lugar certo. O Just-in-Time é, única e exclusivamente,
uma técnica que se utiliza de várias normas e regras para modificar o ambiente produtivo, isto
é, uma técnica de gerenciamento, podendo ser aplicada tanto na área de produção como em
outras áreas da empresa.

A principal característica da filosofia Just in time, é trabalhar com a produção “puxada”, ao


longo do processo, isto é, o material é solicitado apenas quando houver a real necessidade de
sua utilização, pelas linhas de produção. Os planeamentos puxados funcionam para
simplificar os processos de produção, requerendo um volume fixo de produtos, além de
minimizar a quantidade de estoques no sistema de produção assegurando que todos os
recursos utilizados sejam utilizados da melhor forma possível, evitando dessa forma o
desperdício.

O projeto do sistema evita que os defeitos fluam ao longo do fluxo de produção; o único nível
aceitável de defeitos é zero.

4. Sector de Transporte

Transporte1 é o deslocamento ou o movimento de pessoas ou de coisas de um lugar para


outro. O transporte é o principal responsável pelos fluxos de bens, de forma eficaz e eficiente,
desde um ponto fornecedor até os destinos pretendidos. Por isso, constitui uma grande parcela
dos custos logísticos dentro da maioria das empresas e possui participação significativa na
formação do PIB das nações.

4.1. Sistema de transportes


O sistema de transportes é constituído por um conjunto de partes ou subsistemas que
interagem para atingir um determinado fim, de acordo com um planeamento.

 Vias: são os locais pelos quais transitam veículos e usuários: ruas, avenidas, rodovias,
passeios, estradas, hidrovias, ferrovias, rotas aéreas, tubos, esteiras.

 Veículos: são os elementos que promovem o deslocamento: automóveis, caminhões,


motocicletas, bicicletas, elevadores, navios, aviões, helicópteros, trens, cavalos.

1 https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/14282300.pdf.
 Usuários: somos todos nós, nas mais diferentes configurações: pedestre, motorista,
passageiro, motociclista, ciclista, transportador.

 Terminais: são os locais destinados para a realização das operações de carga,


descarga e armazenamento de mercadorias.

 Estações: são os locais que atendem às necessidades de embarque e de desembarque


de passageiros, bem como de integração entre diferentes modalidades de transportes.

 Operação do sistema: é a forma como os veículos e usuários utilizam uma rede de


transportes, atendendo às condições de conforto e de segurança e às regras
estabelecidas.

 Meio ambiente: é tudo que envolve, cerca e afeta os componentes do sistema: chuva,
sol, neblina, neve, noite, dia, vento, fumaça, poluição, ruídos, congestionamentos,
acidentes.

4.2. Modalidades
O modo ou a modalidade de transporte está relacionado com o tipo de veículo utilizado para
fazer o deslocamento de pessoas e mercadorias. A escolha por um modo de transporte está
fortemente vinculada ao seu custo e ao tempo de deslocamento.

 Terrestre: carros, caminhões, ônibus, trens.


 Aquático: navios, barcos.
 Aéreo: aviões, helicópteros.
 Tubular: gasodutos, oleodutos.
A classificação das modalidades de transportes também pode envolver subcategorias de um
ou mais modos de transporte tradicional supracitados.

 Transporte rodoviário
É um transporte terrestre cujos veículos se deslocam sobre estradas pavimentadas ou não
pavimentadas.

 Transporte ferroviário
Também é um transporte terrestre. O veículo, uma composição ou trem também conhecido
como material rodante, é constituído por uma locomotiva e vários vagões que transportam
cargas ou passageiros.

 Transporte aquaviário
Esse modo de transporte também é referido como hidroviário. O deslocamento ocorre sobre a
superfície das águas, em canais navegáveis – rios (fluvial) e oceanos (marítimo) – com barcos
e navios. O transporte fluvial está condicionado aos regimes dos rios e operações de dragagem
e derrocamento sobre o leito que influenciam a navegabilidade.

 Transporte aéreo
É a modalidade na qual os veículos circulam no ar, mediante coordenadas geográficas. As
vias são chamadas de aerovias ou rotas aéreas.

 Transporte dutoviário ou tubular


A via é constituída por uma sequência de tubos, geralmente metálicos, posicionados de forma
judiciosa sobre o terreno. O traçado da via contém estações de bombeamento devidamente
espaçadas e dimensionadas para dar continuidade ao fluxo.

4.3. Desafios rodoviários e suas técnicas no transporte de cargas2.


O transporte rodoviário representa um papel cada vez mais estratégico na cadeia logística de
qualquer empresa. Por ser o modal mais utilizado no país, buscar alternativas para que ele seja
mais seguro, eficiente e rápido é um grande diferencial para o sucesso do seu negócio.

O transporte rodoviário ainda precisa evoluir e muito para atender de maneira satisfatória às
necessidades competitivas das indústrias e às demandas do consumidor moderno. Os desafios
não são poucos: desde a origem até a chegada ao destino final, existem grandes obstáculos
que podem comprometer a eficácia do transporte rodoviário.

5.3.1. Roubo de cargas

Esse é um dos grandes desafios do transporte rodoviário, sobretudo pela falta de segurança
das estradas e dos próprios caminhões.

2 https://cargox.com.br/blog/descubra-os-principais-desafios-da-logistica-e-como-supera-los
As quadrilhas de roubo de cargas rodoviárias estão utilizando técnicas e equipamentos cada
vez mais evoluídos, o que infelizmente aumenta a taxa de sucesso dos roubos. A
complexidade para superar esse desafio vai muito além das acções de empresas que realizam
o transporte rodoviário, mas investir em segurança e tecnologia é um importante passo para
minimizar riscos.

Técnicas:

 Contratação de seguro para cargas;


 Implantação de sistema de rastreio via satélite;
 Instalação de câmeras no interior dos caminhões;
 Implantação de telas de bloqueio nos compartimentos de cargas;
 Investimento em treinamento de segurança para os funcionários envolvidos no
transporte.

5.3.2. Avaria de cargas

A avaria de cargas ainda é muito comum no transporte rodoviário. Amassados, rasgos,


arranhões e outros danos ocasionados às mercadorias diminuem a satisfação do consumidor e
podem comprometer a credibilidade de sua empresa, afinal muitos clientes enxergam as
avarias como falta de profissionalismo e julgam a experiência como negativa.

Além das avarias, o transporte inadequado pode ocasionar até mesmo a perda total dos
produtos. Por isso, por menor que seja a distância, é preciso que o transporte seja adequado e
seguro para cada tipo de carga. Para cargas frágeis e delicadas, os cuidados devem ser ainda
maiores.

Técnicas:

 Padronização dos processos de manuseio e transporte;


 Uso de ferramentas adequadas para o manuseio das cargas;
 Uso de embalagens adequadas para o transporte;
 Equilíbrio na quantidade de cargas de tamanhos e pesos variados;
 Uso de racks metálicos e caixas plásticas para optimizar o empilhamento dentro dos
caminhões.
5.3.3. Gestão de rota ineficaz

A gestão de rotas é fundamental para optimizar as entregas e aumentar a satisfação dos


clientes. No entanto, realizar uma gestão estratégica e eficiente ainda é um desafio para muitas
empresas, principalmente para aquelas que não apostam em investimentos tecnológicos e
qualificação da equipe.

Ademais, a complexidade das operações, a precariedade das rodovias e a extensão do


territorial dificultam ainda mais a gestão de rotas. Nesse cenário, a tecnologia é a melhor
aliada para optimizar suas operações.

Técnicas:

 Investimento em Softwares de planeamento de rotas;


 Utilização de sistemas de agendamento de entrega;
 Capacitação dos colaboradores para utilização das tecnologias.
5.3.4. Pouca carga de retorno

Grande parte dos caminhões saem totalmente carregados para realizar a entrega dos produtos.
O problema é que na volta até a sede da empresa, muitos voltam sem nenhuma carga ou
parcialmente cheios. Isso representa pouca produtividade e custos de transporte
desnecessários, já que o veículo está total ou parcialmente inutilizado.

Nesse cenário, criar uma frota produtiva, com baixo índice de ociosidade e aproveitamento
estratégico da frota também é um grande desafio do transporte rodoviário. Por isso, é
fundamental alinhar informações da cadeia de distribuição para optimizar a configuração dos
transportes.

Técnicas:

 Planeamento e optimização da gestão logística;


 Uso de sistemas tecnológicos de roteirização;
 Contratação de empresas especializadas em transporte.
5.3.5. Infraestrutura precária das estradas

As condições rodoviárias são bastante precárias. A falta de qualidade na malha rodoviária


reflecte em atrasos nas entregas, riscos de avaria nas mercadorias, fretes com preços mais
elevados e gastos com manutenção dos veículos.

Assim, apesar de ser o modal mais utilizado, tem sua eficácia comprometida devido à
infraestrutura precária das estradas, o que pode prejudicar a competitividade das empresas
perante o consumidor. Apesar de não ser possível actuar na melhoria desse problema, sua
empresa pode adoptar algumas medidas preventivas.

Técnicas:

 Uso de sistemas com inteligência geográfica para traçar rotas mais eficientes;
 Acompanhamento da frota via GPS;
 Investimento em manutenção preventiva dos veículos;
 Treinamento dos motoristas;
 Uso de equipamentos que emitem alertas sobre problemas nas rodovias.

5. Tecnologias de Informação e Comunicação3

Tecnologia da informação e comunicação (TIC) pode ser definida como um conjunto de


recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objectivo comum. Constituem
um conjunto de recursos tecnológicos e computacionais utilizados para a criação e utilização
da informação.

As TICs são utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no processo de automação), no
comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publicidade), no sector de investimentos
(informação simultânea, comunicação imediata) e na educação (no processo de ensino
aprendizagem, na Educação a Distância).

5.1. Tecnologias de Informação e Comunicação no Sector dos Transportes


a) Transporte de Cargas

3 https://epocanegocios.globo.com/colunas/noticia/2020/02/tendencias-2020-os-rumos-da-inovacao-no-setor-
detransporte-de-cargas.html
Seguindo a tendência de optimização dos processos empresariais, especialmente no sector de
logística, o uso da tecnologia no transporte de cargas tem-se apresentado como imprescindível
para a melhoria de sua qualidade e segurança.

Actualmente, as transportadoras contam com o auxílio de diversas ferramentas e sistemas


capazes de melhorar a eficiência da logística e torná-la ainda mais atractiva ao cliente.

Nos últimos anos, a tecnologia tem-se transformado em uma grande aliada das empresas
contemporâneas. Dificilmente encontramos um negócio que não desfrute dos benefícios de
algum recurso, e essa é uma realidade que se estende a todos os segmentos do mercado.

Por isso, é indiscutível o impacto positivo proporcionado pelos recursos tecnológicos dentro
da rotina das empresas de transporte. Afinal, o apoio tecnológico tem sido determinante para
melhorar a eficiência dos deslocamentos, tornando as operações menos onerosas e mais ágeis.

Conforme visto, a logística é um dos sectores que mais se beneficiam dos avanços
tecnológicos. Aliás, é interessante observar que a optimização desses processos, em grande
parte, se deve à utilização de soluções fornecidas pela tecnologia da informação (TI) e pela
tecnologia da comunicação (TC) — a exemplo dos sistemas de gerenciamento de transporte
(TMS), sistemas de roteirização, rastreamento e monitoramento, assim como os sistemas de
gerenciamento de armazéns (WMS).

5.1.1. Sistemas de Gerenciamento de Transportes (TMS)


Essa ferramenta tem como foco o controle do desempenho de cada uma das operações
envolvidas no transporte, por meio de informações em tempo real fornecidas por GPS.

Em um cenário no qual o consumidor busca cada vez mais por rapidez e segurança na entrega
de seus pedidos, esse recurso auxilia o gerenciamento de toda a frota de veículos e dos fretes,
tendo como base informações integradas de custos, como a documentação, o
acompanhamento dos funcionários, os materiais de consumo, os cálculos de valores de fretes
e a emissão de relatórios de desempenho.

De maneira geral, o sistema fornece um panorama das operações, permitindo ao gerente e aos
demais envolvidos o acesso, em tempo real, a dados importantes para a melhoria dos
transportes.
5.1.2. Sistemas de rastreamento e monitoramento
Os sistemas de rastreamento e monitoramento de cargas têm-se tornado uma tendência muito
forte no sector. As melhores transportadoras já fazem uso dessa ferramenta, usufruindo de
inúmeros benefícios:

 Entregas mais rápidas e seguras;


 Ganho de credibilidade e confiança perante o consumidor;
 Redução da ansiedade e reclamações de clientes;
 Possibilidade de programar entregas;
 Maior controle da empresa sobre suas mercadorias e entregas.
Via de regra, o sistema funciona da seguinte maneira: é feita a instalação de módulos
rastreadores via satélite em cada veículo da frota e, a partir disso, ele estabelece uma conexão
contínua durante os deslocamentos.

Um software moderno e completo oferece o suporte para a análise de todas as informações


fornecidas por esses rastreadores e, desse modo, é possível acompanhar diversos aspectos do
percurso, como:

 Controle de tráfego;
 Velocidade média e instantânea;
 Tempo gasto nas paradas;
 Consumo de combustível, entre outros.
Além disso, esses sistemas têm a função de garantir a segurança da carga e do motorista, pois
tornam mais difícil a actuação de criminosos especializados em furtos e roubos de cargas.
5.1.3. Sistemas de roteirização
Planear rotas de deslocamento é uma estratégia muito positiva para o transporte de cargas.
Isso porque, além da redução do prazo de entrega, o procedimento é executado com mais
segurança e menos custos.

Assim, um sistema de roteirização tem como principal função a optimização das rotas de
viagens, já que se encarregam de fornecer as melhores alternativas de trajectos com base em
mapas digitais.

A utilização de informações de geolocalização evita que caminhões transitem por locais


perigosos, desviem de rodovias e estradas em más condições e sigam rotas desnecessárias,
mais longas ou que possam gerar gastos maiores para a empresa com o consumo de
combustível, pedágios e desgastes do caminhão.

Ademais, é importante mencionar que esse recurso tecnológico favorece e simplifica o cálculo
do frete e do próprio prazo de entrega, que passa a ser mais preciso.

5.1.4. Sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS)


Além dos processos externos relacionados ao transporte de cargas, os processos internos são
imprescindíveis para o sucesso do processo. Portanto, cuidar dos armazéns e centros de
distribuição é essencial.

Ou seja, a tecnologia também impacta os transportes em sistemas internos e de apoio nas


empresas. A partir dos “WMS” é possível administrar diversos pontos de apoio da logística:

 Fluxos de entregas;
 Estocagem;
 Separação e expedição de mercadorias;
 Localização de produtos nos armazéns;
 Suporte logístico.
De modo geral, esses sistemas são capazes de melhorar significativamente a agilidade na
separação de mercadorias, a partir de um amplo controlo dos armazéns.

A consequência directa disso é a melhoria na qualidade e rapidez dos transportes, além do


aumento no nível de satisfação dos clientes que contratam os serviços de empresas que os
utilizam.
7. Conclusão

A actualidade é cheia de mudanças, desafios, dinamismo e principalmente de incertezas, por


essas razões as organizações, de modo geral, precisam desenvolver habilidades de adaptação e
de mudança, a fim de transformarem incertezas e desafios do ambiente externo em
oportunidades. Foi-se o tempo no qual as organizações operavam com previsibilidade em
ambientes tranquilos e estáveis. No nosso século XXI, a globalização impulsiona a inovação
tecnológica, os meios de comunicação, o comércio entre as nações e refina as demandas das
pessoas, que cada vez estão mais bem informadas e, por isso, mais exigentes.

Entretanto, com a realização deste trabalho, pode-se concluir que a chave para o
desenvolvimento de uma boa gestão de processos de uma organização é a tecnologia. A
tecnologia veio para contribuir para que o trabalho desenvolvido seja cada vez melhor, ajuda a
optimizar a administração do negócio, gerir informações obtidas externamente para
desenvolver soluções ainda melhores aos consumidores e aos próprios colaboradores.

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