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MARINHA DO BRASIL

ESPRAC DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS

MÓDULO IV
1
ÍNDICE

1 – PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
1.1 - Gestão Contemporânea

2 - PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO


2.1 - Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo – FDEPM
2.2 - Plano de Metas Lima
2.3 - Licitação, Contrato e Convênio

2
UE
1.0
Processos Administrativos

1.1 – GESTÃO CONTEMPORÂNEA


As publicações EMA-134 MANUAL DE GESTÃO
ADMINISTRATIVA NA MARINHA e SGM-107
NORMAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO tratam
detalhadamente do assunto

Existem algumas formas e técnicas que sugerem novas atitudes e ações a


respeito da administração dos processos.
Deve-se ressaltar que tais ações administrativas dependem essencialmente de
um grande esforço de todos os agentes intervenientes do sistema, fundamentalmente
daqueles que detêm alguma parcela desse poder, e que devem ser receptivos às ações
no sentindo de querer “MELHORAR”, sem o que, certamente, qualquer esforço será em
vão.
A filosofia básica fundamenta-se na função de que qualquer processo só é válido
se, e somente se, estiver em contínuo aperfeiçoamento. Caso contrário significa, no
mínimo, estagnação e por vezes retrocesso.
Foram vários os sistemas e doutrinas administrativas adotadas nessas últimas décadas
que se identificaram com esse sentido e que trouxeram em seu bojo melhorias aos
processos administrativos de setores públicos e privados, podemos citar como exemplo a
reengenharia, a gestão pela qualidade total (GQT), e outros.
Entretanto, cabe observar que todos esses programas pregam um sistema de
melhoria continuada, apresentados através de metodologias distintas, o que significa em
última análise que administrar hoje em dia requer, fundamentalmente, a adoção de
atitudes que ressaltem a vontade de melhorar constantemente, caso contrário estará
irremediavelmente vocacionado ao fracasso.

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Pensando em sistemas de melhoria continuada é que a MB desde o final da
década de 80 vem estudando e adequando propostas à sua sistemática administrativa.

- Gestão
A administração ou gestão de organizações supõe a existência de uma instituição a
ser administrada ou gerida, ou seja, um agrupamento de pessoas que se relacionem num
determinado ambiente, físico ou não, orientadas para um objetivo comum, como em um
navio: a sua tripulação. Gerir significa administrar recursos financeiros, materiais e
humanos a fim de atender a um determinado propósito. Dessa forma, a gestão pode
ser definida como a capacidade de fazer o que precisa ser feito na condução da
organização para o cumprimento de sua missão. Compreende as ações de planejar,
organizar, dirigir, coordenar e controlar e está presente em todos os momentos e
atividades, desde aquelas mais corriqueiras até os mais complexos processos que
envolvem grande número de pessoas.

- Excelência na Administração Pública

O conceito de excelência inseriu-se no atual cenário mundial de globalização com


características específicas como administração com o foco no cliente e reengenharia nas
estruturas organizacionais. É conhecido como o estágio final dos programas de qualidade
total, o momento no qual todas as funções básicas da organização, como a produção de
bens e serviços públicos, funcionam com o máximo de produtividade e qualidade.
Nas últimas décadas, a maior exigência por transparência e possibilidades de
controle dos resultados pela sociedade teve como resultado o aprimoramento de técnicas
de medição de resultados e a adoção de parâmetros de responsabilização pelas
organizações públicas. Nesse caminho, em consonância ao arcabouço teórico da
administração gerencial para uma melhor gestão pública, a Administração Pública
Brasileira necessitava definir um modelo que pudesse guiar as organizações públicas em
busca da transformação cultural e de gestão rumo à excelência e, ao mesmo tempo, que
permitisse avaliações comparativas de desempenho entre as organizações públicas.
Então, o Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) foi concebido a partir da
premissa de que a Administração Pública deve ser excelente sem deixar de considerar as
particularidades inerentes à sua natureza pública. .

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Destacam-se nesse processo, além dos princípios que norteiam uma gestão de
qualidade, os fundamentos de excelência gerencial, que são orientados pelos princípios
constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

- Fundamentos de excelência gerencial


I) Pensamento Sistêmico
Definido como entendimento das relações de interdependência entre os diversos
componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo,
com foco na sociedade;
II) Aprendizado Organizacional
Definido como a busca contínua e alcance de novos patamares de conhecimento,
individuais e coletivos, por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento e
informações e experiências;
III) Cultura da Inovação
Definida como a promoção de um ambiente favorável à criatividade, à experimentação e à
implementação de novas ideias que possam gerar um diferencial para a atuação da
organização;
IV) Liderança e Constância de Propósitos
Esse fundamento tem por definição que a liderança é o elemento promotor da gestão,
responsável pela orientação, estímulo e comprometimento para o alcance e melhoria dos
resultados organizacionais. Deve atuar de forma aberta, democrática, inspiradora e
motivadora das pessoas, objetivando o desenvolvimento da cultura da excelência, a
promoção de relações de qualidade e a proteção do interesse público. É exercida por
todos na OM, principalmente pela alta administração, entendida como o mais alto nível
gerencial e assessoria da organização;
V) Orientação por Processos e Informações
Definido como a compreensão e segmentação do conjunto das atividades e processos da
organização que agregue valor para as partes interessadas. Por esse fundamento, a
tomada de decisões e a execução de ações na organização devem ter como base a
medição e análise do desempenho, levando-se em consideração as informações
disponíveis. Portanto, é importante que a OM utilize corretamente os canais de
comunicação disponíveis, como correio eletrônico, telefone e sistemas, a fim de que a
informação chegue ao destino de maneira confiável e tempestiva;
VI) Visão de Futuro

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Indica o rumo de uma organização e a constância de propósitos que a mantém nesse
rumo. Está diretamente relacionada à capacidade de estabelecer um estado futuro
desejado que dê coerência ao processo decisório e que permita à organização antecipar-
se às necessidades e expectativas dos cidadãos e da sociedade. Inclui, também, a
compreensão dos fatores externos que afetam a organização com o objetivo de gerenciar
seu impacto na sociedade;
VII) Geração de Valor
Representa o alcance de resultados consistentes, assegurando o aumento de valor
tangível e intangível de forma sustentável para todas as partes interessadas;
VIII) Comprometimento com as Pessoas
É definido como o estabelecimento de relações com as pessoas, de modo a criar
condições para a melhoria da qualidade nas relações de trabalho, a fim de conseguir a
lealdade das partes, a sinergia das equipes de trabalho e o comprometimento de todos;
IX) Foco no Cidadão e na Sociedade
Representado pelo direcionamento das ações públicas para atender e regular,
continuamente, as necessidades dos cidadãos e da sociedade, na condição de sujeitos
de direitos, beneficiários dos serviços públicos e destinatários da ação decorrente do
poder de Estado exercido pelas organizações públicas;
X) Desenvolvimento de Parcerias
Representa o desenvolvimento de atividades conjuntamente com outras organizações
que tenham objetivos específicos comuns, buscando o pleno uso das suas competências
complementares para desenvolver sinergias;
XI) Responsabilidade Social
Definida como a atuação voltada para assegurar às pessoas a condição de cidadania com
garantia de acesso aos bens e serviços essenciais. Ao mesmo tempo, apresenta como
um dos princípios gerenciais a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas
naturais, potencializando a capacidade das gerações futuras de atender suas próprias
necessidades;
XII) Controle Social
Atuação que se define pela participação das partes interessadas no planejamento,
acompanhamento e avaliação das atividades da Administração Pública e na execução
das políticas e dos programas públicos; e
XIII) Gestão Participativa

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Representa o estilo de gestão que determina uma atitude gerencial da alta administração
que busque o máximo de cooperação das pessoas, reconhecendo a capacidade e o
potencial diferenciado de cada um e harmonizando os interesses individuais e coletivos, a
fim de conseguir a sinergia das equipes de trabalho.
No caminho da excelência no cumprimento da missão da OM, é importante para o
administrador naval aplicar e integrar os fundamentos descritos nas atividades diárias da
OM. É nessa direção que se encontra a orientação por processos, pois permite: garantir a
sinergia; planejar melhor as atividades; definir adequadamente as responsabilidades;
utilizar os recursos de modo mais eficiente; realizar a prevenção e solução de problemas;
e ainda eliminar as atividades redundantes, aumentando a produtividade.

PROGRAMA NETUNO

Em consonância com as metas do Governo Federal quanto à gestão por


excelência, o Comandante da Marinha (CM) aprovou o Programa Netuno, que é , a
adequação do modelo de excelência à cultura naval brasileira, de modo que possa ser
aplicado em todas as OM, sejam elas operativas, administrativas ou de apoio.

Propósito
Apresentar situações e procedimentos de caráter operacional a serem
observados pelas Organizações Militares (OM) de modo a complementar as diretrizes
estatuídas nas publicações Manual de Gestão Administrativa da Marinha (EMA-134) e
Manual de Inspeções e Reuniões Funcionais da Marinha (EMA-130), no intuito de
contribuir para a implementação de uma gestão de alta performance na Marinha do Brasil
(MB), bem como, para o aumento da visibilidade institucional por intermédio do Programa
Netuno.

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Introdução
O Programa Netuno, definido na publicação EMA-134, consolida a vocação, a
disposição e o compromisso institucional com a melhoria da qualidade da gestão de
nossas OM, repercutindo na orientação estratégica voltada para a excelência gerencial.
Elemento fundamental e sustentáculo das diversas atividades que podem ser
empreendidas relacionadas ao tema, o processo de avaliação da gestão destaca-se no
alicerce do Programa Netuno.
Em essência, avaliar a gestão consiste em identificar e analisar as práticas de
gestão e os resultados de uma organização, tendo por referência o Modelo de Excelência
em Gestão Pública (MEGP) preconizado pelo Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização (GesPública) composto por critérios de excelência que,
resumidamente, viabilizam mensurar o grau de desenvolvimento do sistema de gestão
das organizações e prover os elementos necessários que ao serem trabalhados
promovam avanços na área.
Para tanto são utilizados os Instrumentos para Avaliação da Gestão Pública
(IAGP) que subsidiam, também, as organizações interessadas em participar do Prêmio
Nacional da Gestão Pública (PQGF).
Desenvolvido sob essa inspiração, o Programa Netuno visa à institucionalização
de boas práticas de gestão, permitindo que as OM busquem a melhoria contínua dos
processos inerentes as suas atividades.
Desde sua criação, o Programa Netuno buscou proceder a adaptações àquele
processo de modo a facilitar sua absorção e implementação na Força levando-se em
consideração a cultura naval, mas sem desviar do alinhamento original, em sua
fundamentação, concernente aos demais entes da administração pública brasileira
compromissados com o GesPública.
Naturalmente as organizações e seus colaboradores têm suas próprias
complexidades e culturas, que podem funcionar tanto como facilitadores como elementos
de resistências a mudanças decorrentes da inserção de técnicas administrativas, inéditas
ou não, externas ou desenvolvidas internamente.
Em consonância com este cenário, e em decorrência da experiência inicial conquistada
com a aplicação do IAGP adaptado às particularidades da MB, é que se vislumbrou
proceder a novas adaptações do instrumento para facilitar e potencializar sua aplicação
na Força.

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Assim, o novo IAGP, sob a forma de Lista de Verificação (LV), passou a integrar a
sistemática de Inspeções Administrativo-Militares (IAM) prevista na publicação EMA- 130,
simplificando procedimentos, economizando recursos e potencializando o processo de
avaliação da gestão de nossas OM, além de possibilitar o alinhamento e o emprego
daquela técnica sedimentada e tradicionalmente reconhecida na Força.
Agrupando assuntos relacionados ao tema, nos tópicos que se seguem buscar-
se-á destacar, de maneira direta, os elementos, os ambientes e os caminhos que poderão
facilitar a aplicação do Programa Netuno nas OM em suas respectivas jornadas para a
conquista da excelência em gestão.

O Programa Netuno é um processo administrativo destinado a aprimorar a Gestão


nas Organizações Militares, baseado na capacitação profissional. O Netuno é implantado
nas OM em cinco etapas:

a) Divulgação e Conscientização, destinada à apresentação do Programa aos


Comandantes, Diretores e Oficiais; esta etapa será coordenada pela Diretoria de
Administração da Marinha, pelos Comandantes dos Distritos Navais e pelos ODS;
b) Capacitação de Pessoal, voltada para a qualificação profissional dos oficiais que
serão os multiplicadores do conhecimento necessário à implantação do Programa. São
aplicados três cursos – Avaliação de Gestão, Análise de Melhoria de Processo e
Planejamento Estratégico Organizacional – em etapas presenciais e em ensino a
distância;
c) Institucionalização, visando a auto-avaliação dos processos executados pela OM,
segundo critérios específicos – Liderança, Estratégia e Planos, Cidadãos e Sociedade,
Informação e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados. Esta etapa é realizada
pelos oficiais da OM, que foram qualificadas na fase anterior;
d) Validação e Premiação, que será realizada sob a coordenação do ODS, ou do
Comandante do Distrito Naval, e tem o propósito de confirmar a auto-avaliação realizada
pela organização militar. De acordo com critérios pré-estabelecidos, as OM que se
destacarem receberão prêmios no nível ODS e no âmbito da Marinha do Brasil; e
e) Publicidade dos Resultados, destinada a divulgar no âmbito da Marinha as OM que
se destacaram e obtiveram os melhores resultados com a aplicação do Programa Netuno.
De acordo com o resultado obtido, as OM poderão participar do concurso promovido pelo
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

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- Plano de Melhoria da Gestão (PMGes)
O PMGes é, basicamente, o documento em que a OM consolida o planejamento
de ações para o aproveitamento das oportunidades de melhoria identificadas no processo
de avaliação da gestão.
Informações adicionais sobre o PMGes também estão disponíveis para consulta
no capítulo sobre Avaliações e Inspeções contido na publicação EMA-134 e no sítio do
Programa Netuno.

- Conselho de Gestão
Integrado à estrutura organizacional das OM, o Conselho de Gestão é o
responsável pelo assessoramento ao comandante ou diretor nos assuntos relacionados à
administração geral e ao desenvolvimento organizacional, em particular, nas orientações
para o desenvolvimento de atividades voltadas para o aprimoramento da gestão apoiadas
pelo Programa Netuno.

- Atribuições do Conselho de Gestão:


- aprovar as atualizações/alterações do PMGes;
- examinar o quantitativo e a qualificação do pessoal, promovendo adequada capacitação;
- supervisionar a autoavaliação da gestão da OM;
- avaliar o cumprimento das metas e objetivos;
- atuar como célula avançada do Programa Netuno;
- ratificar as atividades do Conselho Econômico;
- apresentar andamento parcial e consolidado da execução do PMGes, objetivos, metas e
indicadores estabelecidos

- Divisão do Programa Netuno da DAdM


Em caráter geral, a coordenação da implantação do Programa Netuno na MB é da
responsabilidade da Diretoria de Administração da Marinha (DAdM) que por intermédio da
Divisão do Programa Netuno, elemento organizacional daquela Diretoria Especializada
(DE), opera as atividades de assessoria e fomento ao aprimoramento da gestão
administrativa. Em caráter específico, cabe a cada OM adotar as medidas voltadas para o
aprimoramento de seu sistema de gestão com foco em resultados.
- Rede Nacional de Gestão Publica (RNGP)

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A RNGP é a integração de pessoas e organizações voluntárias que atuam no
Programa GesPública em todo o País e em todos os setores da administração pública
brasileira. Trata-se de uma atuação de caráter voluntário e, portanto, sem nenhuma
remuneração, exercida por servidores públicos ou cidadãos brasileiros que recebem
capacitação por meio do Programa e disponibilizam tempo e competência para dar
orientação e assistência técnica aos seus órgãos e demais entidades.
Iinformações sobre o GesPública e a RNGP poderão ser obtidas no endereço eletrônico
www.gespublica.gov.br, ou no sítio do Programa Netuno na intranet em
http://netuno.dadm.mb/.

Sítio do Programa Netuno


O sítio do Programa Netuno, administrado pela Divisão do Programa Netuno,
constitui-se de ferramenta de apoio que tem por propósito facilitar a obtenção, o
desenvolvimento e as trocas de experiências entre as OM da MB nos assuntos
relacionados à excelência em gestão, que sirva como elemento catalisador e
disseminador de boas práticas de gestão e de inovações na área da qualidade, em
especial no âmbito da Administração Pública

Capacitação Profissional
A capacitação profissional representa elemento fundamental para se avançar em
todas as nossas atividades, sejam elas profissionais ou particulares. Neste sentido,
também para a adequada e profícua aplicação dos conceitos e ferramentas que
permeiam o caminho da excelência em gestão sob a égide do Programa Netuno, faz-se
necessário que as OM disponham de pessoal capacitado nessa área. Assim, recomenda-
se às OM que busquem capacitação profissional de seu pessoal por meio de cursos que
poderão ser realizados com o apoio do Sistema de Ensino Naval e outros meios
disponíveis no mercado.

Planejamento Estratégico Organizacional


O Planejamento Estratégico Organizacional é o documento que permite orientar
as ações e medidas a serem implementadas pelas OM de modo a contribuir para o
cumprimento da missão e o alcance da visão de futuro. Direciona e proporciona meios

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para lidar com as mudanças, posicionando as OM da melhor maneira possível na
permanente construção do futuro.

Avaliação da Gestão
O processo de avaliação da gestão constitui-se em um dos principais meios para
a transformação organizacional, pois permite traçar um diagnóstico do sistema de gestão
das OM que servirá de subsídio para a adoção de medidas de melhoria. Consiste de duas
etapas, a auto-avaliação e a validação conforme disposto no publicação EMA-134.
Na MB, este processo está integrado às IAM previstas na publicação EMA-130.
Nesta mesma publicação constam orientações para as OM que não estão submetidas à
sistemática de IAM.
No processo mencionado, as OM fazem uso da LV do Programa Netuno e da
tabela auxiliar de pontuação incluídas na publicação EMA-130.
Cabe destacar que, em relação à tabela auxiliar de pontuação, sua composição
refere-se a uma orientação básica de modo a facilitar a organização do conhecimento e
prover um sentido representativo de procedimentos que possam refletir, em grande parte,
o dia a dia das diferentes OM. Entretanto, o preenchimento desta tabela não deve limitar
os relatos e as ações das OM, uma vez que são elas que saberão mais apropriadamente
elencar suas próprias práticas de gestão relacionadas às questões da lista.
Informações adicionais sobre o PMGes também estão disponíveis para consulta
no capítulo sobre Avaliações e Inspeções contido na publicação EMA-134 e no sítio do
Programa Netuno.

Indicadores de Desempenho
Os diversos processos de trabalho e atividades que compõem o dia a dia das
organizações são, normalmente, melhor gerenciados por intermédio do acompanhamento
de indicadores que possam demonstrar o rendimento obtido em diferentes momentos e
situações, e assim, comparados com metas e parâmetros pré-estabelecidos para
subsidiarem os ajustes que se fizerem necessários.
Para tanto, recomenda-se às OM que, após a definição, identificação e otimização
de seus respectivos processos, mantenham o acompanhamento de seus principais
indicadores. O uso dos indicadores deve ser realizado de maneira criteriosa a fim de não
se estar criando pesados encargos adicionais para as próprias organizações na

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alimentação de indicadores cujos índices apurados não venham a ser de grande
relevância para a missão da OM.

Carta de Serviços da OM
A Carta de Serviços ao Cidadão foi instituída pelo Decreto nº 6.932, de 11 de
agosto de 2009, com o objetivo de informar ao cidadão os serviços prestados por um
órgão ou entidade, as formas de acesso a esses serviços e os respectivos compromissos
e padrões de qualidade de atendimento ao público. Sua elaboração e divulgação são
obrigatórias somente para os órgãos e entidades que prestam serviços diretamente ao
cidadão..
A Carta de Serviços da OM, ou simplesmente Carta de Serviços, é um
instrumento similar a Carta de Serviços ao Cidadão e, portanto, deve trazer informações
completas sobre os serviços prestados, tais como: prioridades de atendimento; tempo de
espera; padrões de qualidade; formas de comunicação; locais e prazos. Além disso, a
Carta de Serviços deve ser divulgada no local da prestação do serviço e no sítio
eletrônico da OM.

Premiações
As premiações materializam o reconhecimento pela qualidade dos trabalhos
desenvolvidos, referenciando os produtos e os serviços das organizações. São
consequências do esforço e do comprometimento das organizações com a excelência em
tudo que realizam, desde a concepção até sua aplicação e posterior monitoramento de
modo a estar atendendo, e mesmo superando, as expectativas e demandas de suas
partes interessadas. Traz em seu bojo a satisfação e motivação da força de trabalho,
projetando a organização no meio em que atua.
As OM que desejarem participar dos concursos para premiações deverão entrar
no processo com o conhecimento de seus respectivos Comandos Imediatamente
Superiores e da DAdM. Informações sobre premiações e links relacionados ao assunto
podem ser consultados no sítio do Programa Netuno.

Considerações finais
Contribuir para o aprimoramento da gestão das organizações de modo a permitir
que nossas OM possam cumprir suas missões em elevados padrões de qualidade, com
eficiência, eficácia e efetividade é a razão da existência do Programa Netuno. Trata-se de

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um Programa de caráter institucional que simboliza e referencia as iniciativas da Marinha
em sua empreitada no caminho da excelência em gestão.
Conforme visto, as diversas técnicas administrativas trabalhadas no seio deste Programa
compõem um arcabouço básico daquilo que pode ser implementado pelas diferentes OM
em complemento a seus próprios esforços. Objetiva-se difundir continuamente essas
técnicas administrativas, e outros assuntos correlatos, em apoio às OM. Contudo, deve
ser observado que o enriquecimento permanente do conteúdo também depende
fundamentalmente da participação, do interesse e do retorno apresentados pelas próprias
OM.
O Programa Netuno foi criado com a participação de todos os setores da MB que
apresentaram suas contribuições para sua adequada aplicação na Força. Cabe a cada
um de nós manter e incrementar este espírito de cooperação e desenvolvimento. O
Programa Netuno é plural, de todos para todos. Quanto mais participarmos, mais
resultados positivos estaremos alcançando.

UE
2.0

Planejamento e Controle Financeiro

2.1 - FUNDO DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO


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PROFISSIONAL MARÍTIMO- FDEPM

INTRODUÇÃO

O Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo – FDEPM é a fonte


de recursos que provê o SEPM.
A arrecadação, gestão e emprego desses recursos são balizados por legislação,
clara e eficaz e orientações específicas da DPC, conforme listadas a seguir:

- O Decreto-Lei Nº 828, de 05 de setembro de 1969, que institui o FUNDO DE


DESENVOLVIMENTO DO ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO;
-O Decreto Nº. 968, de 29 de outubro de 1993, que Regulamenta o FDEPM; e
- Portarias e outros documentos da DPC que normatizam procedimentos/orientações.

Cumpre destacar, na documentação disponível, o que se segue:


DECRETO-LEI Nº DA FINALIDADE
828/69 Esse Fundo é destinado a atender despesas com o
desenvolvimento do ensino profissional marítimo, a cargo da
Diretoria de Portos e Costas do Ministério da Marinha. (Art. 1)

DECRETO Nº DOS RECURSOS


968/93 O Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional
Marítimo será constituído:
I - das contribuições arrecadadas pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) das empresas particulares, estatais, de
economia mista e autárquicas, quer federais, estaduais ou
municipais, de navegação marítima, fluvial ou lacustre, de

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serviços portuários, de dragagem e de administração e
exploração de portos;
II - de rendimentos de depósitos ou de operações no próprio
fundo; e
III - dos seguintes recursos:
a) contribuições e doações de entidades públicas;
b) contribuições e doações de pessoas físicas e jurídicas;
c) rendas de prestação de serviços e de mutações
patrimoniais, desde que originárias na própria gestão do
fundo; e
d) outras rendas eventuais, também derivadas da gestão
do fundo.
O total de arrecadações das contribuições será entregue,
mensalmente, pelo Instituto Nacional do Seguro Social à
Diretoria de Portos e Costas conforme a legislação em vigor.
À Diretoria de Portos e Costas é assegurado o direito de
promover, junto ao Instituto Nacional do Seguro Social, a
verificação das cobranças que lhes são devidas, podendo,
para este fim, além de outros meios de natureza direta ou
indireta, credenciar prepostos ou mandatários.
As aplicações financeiras e demais operações tratadas
anteriormente deverão ser autorizadas, expressamente, pelo
Diretor de Portos e Costas.
Os saldos verificados no fim de cada exercício serão
automaticamente transferidos para o exercício seguinte.
DA APLICAÇÃO
Sob a supervisão do Ministério da Marinha e gerência do
Diretor de Portos e Costas, o Fundo de Desenvolvimento do
Ensino Profissional Marítimo, com vistas ao desenvolvimento
do ensino e aperfeiçoamento profissional do pessoal da
Marinha Mercante e das demais atividades correlatas, em
todo território nacional, será aplicado:
I - no levantamento de dados e na implantação e atualização
de cadastros do pessoal da Marinha Mercante Nacional e de

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atividades correlatas;
II - na aquisição de bens móveis de qualquer espécie, que
contribuam para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do
Ensino Profissional Marítimo;
III – Na aquisição, construção ou locação de imóveis, na
forma da lei, destinados a abrigar centros, escolas,
estabelecimentos especializados, no País e residências, que
assegurem a plena utilização dos recursos materiais e
humanos envolvidos no Sistema de Ensino Profissional
Marítimo;
IV - na celebração de convênios, contratos, termos de
ajustes, de compromissos ou de obrigações com órgãos,
instituições e entidades federais, estaduais, municipais,
autárquicas ou particulares, com observância dos preceitos
legais sobre a matéria, para a ministração de cursos de
qualquer espécie, bem como no custeio de viagens de
instrução a bordo de navios e incrementação de outras
atividades correlatas, para as categorias profissionais que
contribuem para a constituição do fundo;
V - no atendimento das despesas correntes e de capital dos
Centros de Instrução Almirante Graça Aranha, do Centro de
Instrução Almirante Braz de Aguiar, das instalações
destinadas ao Ensino Profissional Marítimo das Capitanias do
Portos e suas Organizações Militares Subordinadas e da
infra-estrutura de apoio ao ensino da Diretoria de Portos e
Costas, bem como de outras escolas ou centros que venham
a ser criados com o mesmo objetivo.
DA ADMINISTRAÇÃO
A administração do Fundo de Desenvolvimento do Ensino
Profissional Marítimo será exercida pelo Diretor de Portos e
Costas através da estrutura orgânica da Diretoria de Portos e
Costas.
Haverá junto à DPC um Conselho Consultivo, presidido
pelo Diretor de Portos e Costas, constituído dos seguintes

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membros:
I - o Comandante do Centro de Instrução Almirante Graça
Aranha;
II - O Vice-Diretor de Portos e Costas;
III - os Chefes de Departamento da DPC cujas atribuições se
relacionem com o Ensino Profissional Marítimo e a Política de
Pessoal da Marinha Mercante;
IV - representações pertencentes às atividades ligadas à
Marinha Mercante, às empresas particulares e estatais de
navegação marítima, fluvial ou lacustre; de serviços
portuários; de dragagem e de administração e exploração de
portos, que poderão, a critério do Presidente do Conselho
Consultivo ser convocados a participar, em caráter
permanente ou não, das reuniões do conselho quando terão
direito a voto; e
V - um Oficial da Diretoria de Portos e Costas, escolhido pelo
Presidente do Conselho Consultivo, para servir como
secretário, sem direito a voto.
Ao Conselho Consultivo compete:
I - propor linhas de ação adequadas e aceitáveis para
provimento do Ensino Profissional Marítimo;
II - propor plano de aplicação dos recursos financeiros do
Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo;
III - apreciar relatórios, balancetes e a constituição do
patrimônio do Fundo de Desenvolvimento do Ensino
Profissional Marítimo;
IV - verificar a arrecadação da receita e aplicação da
despesa; e
V - assessorar o Diretor de Portos e Costas no
estabelecimento da política a seguir nas realizações por
conta do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional
Marítimo, de modo a atender as necessidades de pessoal da
Marinha Mercante Nacional.
DECRETO Nº CONTROLE DAS CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS AO FUNDO

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968/93 (Com o DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO PROFISSIONAL
propósito de melhor MARÍTIMO (FDEPM), a Diretoria de Portos e Costas baixou
regulamentar a instruções, que objetivam ordenar procedimentos para
alínea I do Art. 2º) controle das distribuições devidas ao FDEPM (MANUAL DE
ORIENTAÇÕES PARA CONTROLE DAS CONTRIBUIÇÕES
DEVIDAS AO FUNDO DE DESENVOLVIMENTO DO
ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO)
Regimento Para ordenar o funcionamento do Conselho Consultivo do
Interno do FDEPM, previsto no Art. 6º do Decreto de Regulamentação, a
Conselho DPC baixou a Portaria No 02, de 13 de janeiro de 2003, que
Consultivo do oficializou o REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO
FDPEM CONSULTIVO DO FDEPM.

2.2 - PLANO DE METAS LIMA


A gestão financeira adotada pela Marinha é denominada de Plano Diretor (PD)
que, por sua vez, é composto de um conjunto de Planos metas (PM) que são
identificados por letras, sendo que cada uma delas corresponde a um volume de recursos
destinado a um emprego específico.
O Plano de Metas Lima (PML) tem como propósito atender a manutenção e
funcionamento das Capitanias, Delegacias, Agências e Centros de Instrução (CIAGA e
CIABA) bem como o reparo e manutenção das suas embarcações, a recuperação dos
seus bens móveis/imóveis e os cursos relacionados com o EPM.
Para melhor entendimento sobre esse assunto, segue uma explicação básica sobre o PB.

PLANO DE METAS (PM) é o documento que reúne as informações e


considerações a respeito de uma determinada área de atuação e orienta as ações a
empreender nas suas Ações Internas (AI) visando a realização das atividades
relacionadas naquela área. Cada PM é dirigido por um Diretor Executivo, denominado de
Relator de PM.

AÇÃO INTERNA (AI) é o conjunto de programações expressas em metas da


Marinha, cujo conjunto constitui o “Cadastro de Metas da MB”. Esse cadastro é
abrangente e contém as metas oriundas dos documentos condicionantes do Plano
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Diretor (PD) e todas as demais aprovadas pelo Comandante da Marinha.

TIPOS DE AÇÕES INTERNAS UTILIZADAS PELO PLANO DE METAS LIMA:

- PROJETO – É aquela utilizada para alcançar um objetivo específico, envolvendo um


conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto que visa à
expansão ou aperfeiçoamento do patrimônio da MB.
Principais características básicas da AI Projeto: é de caráter eventual e temporário e
modifica, qualitativa ou quantitativamente, o patrimônio da MB.

 ATIVIDADE – É aquela utilizada para alcançar o objetivo de um programa,


envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e
permanente sendo as suas principais características manter e reparar organizações e
meios e prover recursos financeiros para atender as despesas com o funcionamento e
a manutenção da OM.

PLANO DE AÇÃO
O conjunto de Ações Internas dos diversos Planos de Metas aos quais tenham
sido dotados recursos financeiros no exercício é denominado de Plano de Ação.
A proposta do Plano de Ação para um determinado exercício é elaborada no ano
anterior, pelo Estado Maior da Armada (EMA), com base nos subsídios prestados pelos
relatores de Planos Básicos e nas prioridades atribuídas pelos Órgãos de Direção Setorial
(ODS), sendo submetida à apreciação do Conselho do Plano Diretor (COPLAN) e à
aprovação do Comandante da Marinha.

ALTERAÇÃO NO PLANO DE AÇÃO:


Basicamente as alterações serão processadas através dos seguintes módulos de
execução:

ALTEPA
É o documento destinado a registrar as solicitações de alterações do Plano de
Ação, seja remanejando, suplementando ou anulando crédito de Ações Internas (AI), em

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face da conjuntura apresentada na execução do PA e que inviabilize o cumprimento da
meta para qual foi definida, ou que implicam a modificação de valores.

Espécies de ALTEPA:
a) ALTEPA de Suplementação – É aquela que implica em acréscimo no montante
de créditos alocados às AI, aumentando o valor total do PA, seja por
suplementação concedida à MB ou por recebimento de Destaque de Crédito de
outro órgão.
b) ALTEPA por Anulação – É aquela que envolve a anulação total ou parcial dos
créditos provisionados a uma AI, tendo como consequência um decréscimo no
valor do PA a ser executado pela UG recebedora do crédito.
Essa espécie de ALTEPA pode ser utilizada para viabilizar a concessão de
Destaque e Crédito a outro Órgão, em virtude da falta de utilização do recurso, ou
como decorrência de cortes orçamentários impostos pelo Governo Federal, casos
em que o crédito será devolvido à Diretoria de Gestão Orçamentária da Marinha
(DGOM) para que seja remanejado.
c) ALTEPA de Remanejamento - É aquela que envolve o remanejamento de
créditos dentro de uma mesma AI, ou seja, entre fases de uma mesma submeta ou
entre diferentes AI, isto é, transferência de recursos entre metas/submetas
distintas, desde que não haja alteração no valor total do PA.
d) ALTEPA Especial - É aquela que envolve a suplementação, remanejamento ou
anulação de créditos envolvendo AI cuja utilização é impactada pela sistemática de
Limite de Diárias e Passagens (LDP).
As ALTEPA Especiais possuem uma etapa adicional de tramitação, uma vez que
devem ser analisadas pela Relatoria do PM “ZULU” (DGOM), responsável pelo
controle do LDP da Marinha, quanto ao impacto que o seu eventual atendimento
pode causar nos limites atribuídos à Força.

ALTCRED
É o documento destinado a registrar as solicitações de qualquer alteração das
células de crédito colocadas à disposição das UG no PA do exercício.
Para finalizar apresentaremos um exemplo de Ação Interna de Atividade do PB
Lima.

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AÇÃO INTERNA L- 247 – REGISTRO E FISCALIZAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

Esta Ação Interna destina-se a custear despesas com a manutenção preventiva de


caráter rotineiro e manutenção corretiva em face de avarias, desgaste decorrente do uso
e da idade das viaturas e embarcações relacionadas à Inspeção Naval, Vistorias e
embarcações de apoio das OM apoiadas pelo PM LIMA. Dividida nas seguintes
submetas: Manutenção de embarcações e viaturas, estrutura de apoio, aquisição de
embarcações /viaturas e diárias.

2.3 - LICITAÇÃO, CONTRATO E CONVÊNIO

Nesta unidade, definiremos e apresentaremos as características principais de


contrato e de convênio, assim como as formas de licitação e sua dispensa.
A melhor forma de entender esses dois instrumentos de acordo (contrato e
convênio) é, sem dúvida, apresentando as suas distinções.
Para iniciarmos, veremos a definição de cada uma:

CONTRATO ADMINISTRATIVO é o ajuste que a Administração Pública, agindo


nessa qualidade, firma com o particular ou com outra entidade administrativa, para a
consecução de objetivos de interesse público , nas condições desejadas pela própria
Administração (partes).

Enquanto que:
CONVÊNIO é o ajuste que um órgão ou entidade pública firma com outro
órgão ou entidade pública e com organizações particulares sob o regime de mútua
cooperação para realização de objetivos comuns (partícipes).
Observe que na própria definição verifica-se a primeira e, talvez, mais importante
distinção entre esses instrumentos, onde o Contrato apresenta um cunho de interesse
público enquanto o Convênio restringe-se aos interesses comuns entre os partícipes.

CONTRATO CONVÊNIO

Predomínio da Condições
Administração Acordadas 22
Partes Partícipes
Envolvidas (parceria)

Objetivos Objetivos
Distintos Complementares

Sujeito a Sem
Licitação Licitação

Condições Bem Condições


Definidas Ajustadas de
(preços, prazos, Comum Acordo
etc.)

Pode-se, portanto, entender que no estabelecimento de contrato ou de aquisição


de bens e serviços, esses atos estarão sujeitos a um processo de licitação, que é o
assunto que será apresentado a seguir.

LICITAÇÃO
A LEI Nº 8.666, de 21 de junho de 1993, institui as normas para licitações e
contratos da Administração Pública e da outras providências.

O processo de licitação é composto por três etapas sequenciais, da seguinte


maneira:

1o Projeto Básico
Consiste em um documento que descreve o conjunto de elementos necessários e
suficientes para caracterizar a obra ou serviço a ser adquirido. O Projeto Básico tem toda
uma seqüência de informações importantes para a aquisição.

2o Projeto Executivo

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Consiste no conjunto de elementos necessários e suficientes à execução completa da
obra ou serviço, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT.

3o Execução das Obras e Serviços


É a última etapa do processo e consiste nas ações adequadas para a consecução do
Projeto Básico.

Podemos concluir que:


Nenhuma compra deve ser feita sem a adequada caracterização de seu objeto e
indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento.

MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Dependendo da forma da aquisição, a licitação poderá ser feita nas seguintes
modalidades:
> Concorrência - é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital.
> Tomada de Preços - é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas.
> Convite - é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu
objetivo, cadastrados ou não, escolhidos e convidados, em número mínimo de três, pela
unidade Administrativa.
> Concurso - é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração
aos vencedores.
> Leilão - é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis ou imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior à avaliação.
Na prática, o importante é saber qual a modalidade mais adequada a ser
empregada. Para tanto, devemos conhecer os limites que as separam, sendo que isso
está estritamente ligado aos limites da compra e obras. Observe os quadros a seguir:

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MODALIDADE DE LICITAÇÃO ( em R$)*
LIMITES PARA OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA
DISPENSA CONVITE TOMADA DE PREÇOS CONCORRÊNCIA
ATÉ De De De
15.000,00 15.000,01 150.000,01 1.500.000,01
até até em diante
150.000,00 1.500.000,00

MODALIDADE DE LICITAÇÃO ( em R$)*


LIMITES PARA COMPRAS E SERVIÇOS NÃO REFERIDOS NO QUADRO ACIMA
DISPENSA CONVITE TOMADA DE PREÇOS CONCORRÊNCIA
ATÉ De De De
8.000,00 8.000,01 80.000,01 650.000,01
até até em diante
80.000,00 650.000,00
*Esses valores estão sujeitos à variações periódicas.

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