Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Os fundamentos da gestão pública de excelência são valores imprescindíveis que de uma gestão
pública baseada na excelência. Não se fundamentam em leis, normas ou técnicas, são valores que
necessitam ser paulatinamente internalizados até definirem a gestão de uma organização.
Para a maioria das organizações públicas, alguns ou todos os fundamentos aqui expostos são esses
fundamentos apenas objetivos, fazem parte de visão futura da prática gerencial desejada.
Gradativamente irão se tornar hábitos e, por fim valores inerentes à cultura organizacional.
O Modelo de Excelência em Gestão Pública ficou conhecido a partir da premissa de que é preciso
ser excelente mesmo sendo público.
Esse Modelo deve estar alicerçado em fundamentos próprios da natureza pública das organizações e
fundamntos próprios da gestão de excelência contemporânea. Em corrrelação esses fundamentos
irão definir o que se entende hoje por excelência em gestão pública.
CF: a gestão pública para ser excelente tem que ser legal, impessoal, moral, pública e eficiente.
As organizações públicas, até mesmo aquelas que prestam serviços exclusivos de Estado, devem
submenter-se à avaliação de seus usuários, tendo o conhecimento necessário para gerar produtos e
serviços de valor para esses cidadãos e com isso proporcionar-lhes maior satisfação. Este
fundamento envolve não apenas o cidadão individualmente, mas todas as formas pelas quais se faça
representar: empresas, associações, organizações e representações comunitárias.
2. Gestão participativa
O estilo da gestão pública de excelência é participativo. Isso vai determinar uma atitude gerencial
de liderança, que esteja alicerçada em conseguir o máximo de cooperação das pessoas,
reconhecendo a capacidade e o potencial diferenciado de cada um e harmonizando os interesses
individuais e coletivos, a de conseguir a sinergia das equipes de trabalho.
A valorização das pessoas supõe-se em dar autonomia para atingir metas, criar oportunidades de
aprendizado, de desenvolvimento das potencialidades e reconhecer pelo desempenho bom.
Visão de futuro
A visão de futuro busca o agir persistente, continuo, para que as ações do dia a dia da organização
contribuam para a construção do futuro almejado.
Aprendizado organizacional
O aprendizado deve ser internalizado na cultura organizacional sendo a parte do trabalho diário em
suas atividades, seja na procura da eliminação da causa de problemas, na busca de inovações e na
motivação das pessoas pela própria satisfação de executarem suas atividades sempre da melhor
maneira possível.
É importante mostrar que este fundamento é horizontal para toda a organização. E vai significar que
independentemente do processo produtivo, da prática de gestão ou do padrão de trabalho, o
aprendizado deve acontecer de maneira sistêmica.
Agilidade
A postura pró-ativa está ligada à noção de antecipação e resposta rápida às mudanças do ambiente.
A organização deve antecipar-se no atendimento às novas demandas dos seus usuários e das demais
partes interessadas, na medida em que percebem os sinais do ambiente e conseguem antecipar-se
evitando problemas e/ou aproveitando oportunidades.
Foco em resultados
O sucesso de uma organização é baseado nos resultados medidos por um conjunto de indicadores
que devem refletir o grau de atendimento às expectativas de todas as partes interessadas.
Inovação
Inovação quer dizer mudanças significantes para melhorar os processos, serviços e produtos da
organização e criar novos valores para as partes interessadas da organização.
A gestão das organizações públicas tem que motivar o cidadão e a própria sociedade a exercer
ativamente o seu papel de guardiãs de seus direito e de seus bens comuns.
Nesse sentido, a boa gestão pública mostra a criação de canais efetivos de participação do cidadão
nas decisões públicas, na avaliação dos serviços, inclusive na avaliação da atuação da organização
dos impactos que possa causar à saúde pública, à segurança e ao meio ambiente.
Gestão da qualidade
Didaticamente pode-se afirmar que a qualidade é dividida em três períodos: Era da inspeção, Era da
estatística e Era da qualidade total. Embora alguns autores citem dois períodos anteriores à
inspeção: a era do operador e a era do supervisor. Cada uma dessas épocas representa uma
reformulação de conceitos e posturas administrativas fundamentadas essencialmente na
preocupação das empresas com os seus produtos, com os seus processos e com os seus clientes,
respectivamente. O que denota uma evolução da consciência nas relações comerciais.
No sistema de produção artesanal na qual o operador era o próprio artesão, ele era o responsável por
todas as etapas da produção, inclusive a comercialização. Sendo o contato direto com o mercado
consumidor, isso proporcionava ao operador (artesão) ter uma visão das necessidades de seus
clientes, possibilitando a confecção de peças sob medida para atender um desejo específico. Este
período perdurou até fins do século XIX.
No período caracterizado pela inspeção iniciado pouco antes da Revolução Industrial, os produtos
eram o principal foco de produtores e clientes. A detecção de defeitos de produção ocorria sem
seguir uma metodologia pré-estabelecida para ser executada.
No período seguinte, o controle estatístico foi adotado por se ter como foco não mais os produtos
fabricados e comercializados, mas os processos de produção. Em consequência do aumento da
demanda mundial por produtos manufaturados, tornou-se inviável a inspeção individual dos
produtos e a técnica da amostragem passou a ser adotada. A seleção aleatória de produtos para
serem inspecionados passou a ser usada de forma que um grupo representava a qualidade de todo
um lotte. No início, o foco, como no período anterior, era no produto, mas com o passar do tempo
foi-se dando prioridade ao controle do processo de produção, viabilizando as condições que
eclodiriam na qualidade total.
Já no período da qualidade total. O que se presencia hoje, a ênfase é dada ao cliente, tornando-o o
centro das atenções das empresas que direcionam seus esforços para atender às suas expectativas.
Uma particularidade dessa época é que todas as pessoas da organização passam a ser responsáveis
pela qualidade proporcionada aos clientes, mas para isso ocorrer sem atropelos é necessário que
todos entendam e incorporem os conceitos relacionados à gestão da qualidade total como um
sistema de inter-relacionamentos e interdependências que envolvem todo o corpo funcional da
organização.
Com o enfoque sistêmico, a qualidade passa a abranger todos os setores da empresa, tratando de
aspectos administrativos, técnicos e organizacionais, e a depender não somente de dados estatísticos
ou de cálculos de engenheiros, mas também de sociologia, psicologia, economia, educação, ciências
jurídicas, informática, dentre outros aspectos. Tal visão sistêmica foi incorporada às organizações,
por sse tratar de um período pós-guerra, onde as preocupações humanitárias giravam em torno de
exigências por parte dos consu idores de maiores garantias e responsabilidades das empresas. Então,
esses conceitos passaram a ser adotados, principalmente, por indústrias de elevada complexidade.
Na década de 50 foi desenvolvido o com conceito de Garantia de Qualidade, na qual, segundo o
Glossário American Society for Quality Control – ASQC (1983) são todas as ações planejadas ou
sistemátias necessária para proporcionar adequada confiança de que o produto ou serviço satisfaça
as necessidades estabelecidas, e isso exigiu das empresas a utilização de rígidos controles para
fornecimento ao mercado consumidor. Uma empresa fornecer Garantia de Qualidade era o mesmo
que forcer proteção contra problemas que possam vir a existir por meio de alertas.
O Japão se rendeu ao CWQC utilizou todos os seus elementos para poder proporcionar o
crescimento econômico dessa atual potência Mundial. Os principais elementos são:
Para o sucesso de um sistema de qualidade é necessário que haja uma perfeita gerência das relações
entre os interesses, objetivos e visões que são particulares de cada um.
Além disso, a qualidade total também busca assegurar a satisfação de todos os outros players
envolvidos nos processos, como parceiros, fornecedores e empregados.
2. Gerência participativa
Dentro da empresa, é necessário desenvolver a cultura da participação e do repasse de informações
aos colaboradores. A participação coletiva fortalece o relacionamento interno, criando laços
corporativos e gerando sinergia entre todos os agentes participantes dos processos.
3. Constância de propósitos
Mudar os valores de um negócio é um processo que leva tempo. Mesmo que de forma gradual, os
propósitos devem ser sempre reforçados e estimulados em sua prática, até que a mudança se torne
consistente o suficiente para ser definitiva.
4. Melhorias contínuas
5. Desenvolvimento de RH
Um dos princípios da qualidade total é o desenvolvimento de RH com o objetivo de aprimorar o
controle e as normas aos colaboradores, além de aperfeiçoar a supervisão dos funcionários.
6. Delegação
Por mais que isso seja um desejo de muitos gestores, é impossível estar presente em todos os setores
da empresa ao mesmo tempo e conseguir dar atenção suficiente para todos eles. Por isso, delegar e
distribuir competências e tarefas é uma forma de se fazer presente em cada espaço do seu negócio.
7. Garantia de qualidade
Um dos princípios da qualidade total é o da garantia. Assegurar a qualidade com base em uma
estrutura de pensamento sistêmico de processos exige que tudo esteja documentado de forma
objetiva e clara, para que o caminho a ser percorrido seja explícito e compreensível a todos.
A gestão da qualidade prevê que alguns processos que não agregam valor ao produto sejam
eliminados ou simplificados. Algumas tarefas nas organizações são mal ordenadas ou
dimensionadas, um rearranjo pode ser capaz de otimizá-las.
Por isso, todos devem entender com clareza o fluxo de informação dentro da empresa, além da
missão, propósito, planos e objetivos.
As empresas que buscam o sucesso, obrigatoriamente, devem estar acompanhando as mudanças que
o mercado e a sociedade impõem. Essa constante vigília possibilita monitorar as tendências do
comportamento do consumidor e permite que os objetivos e atitudes das organizações estejam
semprealinhados com as necessidades dos clientes. Para garantir essa postura é imprescindível que a
empre aperfeiçoe continuamente seu sistema de qualidade.
É importante ressaltar uma filosofia japonesa batizada de “Kaizen”, que defendia um sistema de
aprimoramento contínuo nas organizações, onde todos os funcionários devem estar envolvidos com
o espírito de desenvolvimento e a melhoria do sistema. Fundamentado nesse preceito, um
importante conceito de Gestão de qualidade Total foi idealizado por Edwards Demin em 1982,
chamado ciclo PDCA, onde cada letra significa uma ação a ser desempenhada pelas pessoas para
garantir o sucesso do processo de implementação da Qualidade.
Esse mecanismo prega que todas as ações devem ser planejadas, executadas, observadas e
mensuradas e em seguida deve-se realizar uma avaliação dos resultados alcançados. Esse ciclo se
desenvolve de foma contínua e indefinidamente a fim de possibilitar a constante melhoria dos
processos com vista à evolução.
Um dos agentes que compõem a cadeia produtiva, como: os fornecedores, os órgãos públicos, os
distribuidores, os intermediários e outros.
Conceitos da Qualidade
A definição de Juran é considerada por muitos como um conceito técnico da qualidade, que retrata
os equívocos comuns no seu entendimento popular, por exemplo: qualidade não significa beleza,
desempenho, leveza ou embalagem. A sua abrangência reproduz entendimentos que vão além da
relação produto e cliente. Além de determinar um compromisso e disposição extenuantes para quem
se dispõe a adotá-la, visto a constante renovação de necessidades do mercado. Portanto, essa
definição refere-se algo mais que estratégias ou técnicas, na realidade a implementação da
qualidade é uma questão de decisão, que se reflete em políticas de gestão da organização e os
benefícios que promove, são consistentes e duradouros. Isso evidencia que a qualidade tem seu foco
no cliente e requer decisões firmes que demandam esforços, mas que determinam enormes
benefícios para a organização.
Sem dúvida, a definição de Juranm fornece uma noção sobre qualidade, pois fornece as bases de
que se poderia chamar de “Qualidade Total” amarrando as duas pontas da questão da qualidade:
O termo “adequado ao uso” reflete a intenção da empresa em atender às necessidades dos clientes
plenamente, mesmo aquelas ainda não formuladas e o termo “total” garante que o produto será
utilizado em sua totalidade para garantir que o cliente tenha sua necessidade realmente suprida ou
até mesmo superada;
O termo “!adequação ao uso” enfatiza que todos os elementos serão responsáveis pela qualidade,
independente se suas participações são diretas ou indiretas. Os elementos são: pessoas, os métodos,
os equipamentos, as informações, os ambientes etc. Todo o processo produtivo está envolvido,
desde o fornecimento da matéria-prima até a disponibilização do produto acabado ao cliente, a
assistência técnica necessária, as informações para o uso correto do produto etc.
Diante desse conceito de “adequação de uso” é necessário que a empresa reformule a sua
organização para buscar o esforço e comprometimento de todos na busca da Qualidade Total. Daí a
necessidade da estruturação de três ambientes onde a qualidade é desenvolvida: in-line, on-line e
off-line.
c) Qualidade On-line: Esse modelo retrata o esforço da empresa para perceber as possíveis
mudanças de preferências, hábitos ou comportamentos de consumo do mercado e repassá-los à
cadeia produtiva, de forma a viabilizar a adaptação em um menor espaço de tempo possível à nova
realidade. Dessa forma a empresa tem sempre um produto adequado ao consumidor. Diferentemente
do ambiente in-line, que tem ênfase no ambiente interno da organização, ou seja, nas forças e
deficiências e, do ambiente off-line que dá suporte a este, o ambiente on-line está orientado para o
ambiente externo, ou macroambiente, que gera para a empresa oportunidades e/ou ameaças e define
como esta pode se capacitar para reagir às mudanças positivas e/ou negativas deste cenário.