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ADMINISTRAÇÃO CONTEMPORÂNEA

Administração Contemporânea

 Atualmente, a humanidade está habilitada a gerar mais informação do que pode absorver,
mais interdependência do que pode gerenciar, mais transformações do que pode
acompanhar. O resultado é uma explosão de um acelerado processo de globalização, com
amplas repercussões nos padrões de conduta política, econômica, social e organizacional
estabelecidos após a Revolução Industrial.
 Por conta da contenção orçamentária, o Estado perde sua capacidade de fornecer
subsídios e empréstimos, de investir em infraestrutura e de controlar o consumo.
Fronteiras nacionais desaparecem e blocos regionais de comércio emergem então,
possibilitando às grandes corporações mundiais assumir o poder sobre a determinação,
produção e distribuição de bens e serviços públicos e privados.
 E as organizações obrigam-se a cortar custos, elevar os níveis de automação e ajustar os
sistemas gerenciais, entre outras medidas, a fim de enfrentar a acirrada disputa com os
concorrentes internacionais. Tal situação remete à necessidade de reavaliação do conceito
de competitividade.
 Hoje, é necessário conhecer a cultura nacional no contexto dos negócios e
empreendimentos internacionais, e a revisão constante dos sistemas e processos visando
à melhoria da produtividade e da competitividade. Redesenhar os processos para
encontrar melhores maneiras de atender e satisfazer às necessidades dos diferentes
grupos de interesses da organização, dos quais podem ser destacados: os clientes, os
proprietários, os fornecedores, entre outros.
 A caracterização adequada do processo pode facilitar o uso da tecnologia da informação
por meio da telecomunicação e banco de dados permitindo a visualização de novas formas
de gestão, de produtos e de serviços.
 As organizações são sistemas sociais abertos em constante interação com o ambiente no
qual estão inseridos. Os processos nelas desenvolvidos devem ser compatíveis com o
ambiente, ou seja, com as necessidades dos mercados e a adaptação tecnológica. Devem
ser flexíveis e suscetíveis de ajustes periódicos em função das mudanças ocorridas no
ambiente.
 Os gestores das organizações desempenham papéis, funções e tarefas planejadas e
estruturadas para obter resultados operacionais que garantam a sobrevivência das
organizações em harmonia com o ambiente externo e com as condições internas.
 As funções administrativas e operacionais são estruturadas e gerenciadas para manter o
equilíbrio entre os ambientes geral externo e de tarefas internas de forma a evitar conflitos
entre a organização e a sociedade à qual pertence.
 O relacionamento da organização com o ambiente social baseia-se na premissa de que as
organizações existem para satisfazer às necessidades sociais do ambiente.
 O processo se inicia com a busca de informações e identificação das necessidades da
comunidade, assim como a pesquisa de mercado.
 Segue a classificação das necessidades e definição dos meios para satisfazê-las. A
definição dos meios para satisfazer às necessidades sociais constitui-se nos objetivos
operacionais da organização. Satisfazer necessidades sociais é o objetivo e razão da
existência das organizações. Simultaneamente essas organizações definem outros
objetivos como a sobrevivência, o crescimento, o desenvolvimento de pessoal, de
tecnologia, de produto, de assistência e outros. Da satisfação das necessidades sociais
depende a sobrevivência das organizações, tudo o mais é conseqüência das habilidades
dos administradores em garantir a existência, crescimento e desenvolvimento das
organizações.
 A complexidade do ambiente geral exige e fundamenta a especialização das funções e as
habilidades necessárias para dialogar com o ambiente complexo que envolve as
organizações.

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 Todo desenvolvimento de processo tem uma lógica:
Mercado necessita do quê?  Pesquisa  o que produzir para satisfazer  Análise da
estrutura  como e quando será feito?  Planejamento da produção  Ordenar os
processos  Produzir a satisfação

a) Mudança e estratégia nas organizações: Empreendedores

 O empreendedorismo, gradualmente, vem se firmando como uma grande possibilidade de


opção profissional, junto com a atuação de profissionais em grandes organizações e na
área pública. O empregado tradicional está perdendo espaço para outras formas de
parceria. Os mercados mudam cada vez mais rápidos e para atender as suas
necessidades, as organizações, por uma questão de sobrevivência, devem ser cada vez
mais ágeis, no sentido de antecipar-se às mudanças e estar à frente da concorrência. O
seu formato deve ser flexível, para se adaptar a estas mudanças.
 Empreendedor é uma pessoa que cria novo negócio em face a risco e incerteza, com o
propósito de conseguir lucro e crescimento, mediante identificação de oportunidades de
mercado e agrupamento dos recursos necessários para capitalizar sobre estas
oportunidades.
 Perfil do empreendedor:
a) tem desejo de responsabilidade;
b) tem preferência por riscos moderados;
c) possui confiança em sua habilidade para o sucesso;
d) sente desejo de contínuo “feedback”;
e) apresenta elevado nível de energia;
f) mantém uma orientação futura, voltado para resultados;
g) tem capacidade de organização para escolher as pessoas e os recursos certos;
h) possui visão do dinheiro como símbolo do sucesso e não um fim em si mesmo;
i) é pró-ativo (faz as coisas antes que lhe peçam);
j) comprometimento com as pessoas (relacionamento dentro do empreendimento);
k) tem tolerância com ambigüidade e flexibilidade.

 Motivos para iniciar um negócio próprio


a) necessidade de ser próprio patrão;
b) vontade de ganhar mais dinheiro;
c) provar aos outros e a si mesmo que é capaz de ter um empreendimento.

 Como desenvolver uma ideia de negócio


1) descrever o produto ou o serviço da maneira mais detalhada possível
2) identificar um aspecto diferencial para seu produto ou serviço
3) pensar no mercado alvo. Tentar definir limites, tanto geográficos quanto os que se
referem ao perfil dos clientes
4) procurar opções para distribuir os produtos ou informações sobre o mesmo:
shoppings, revendedores, vendas por telefone, internet, etc.
5) se seu negócio basear-se na venda de produtos, você irá produzi-los ou encontrar
um fornecedor?
6) relacionar os itens necessários para começar a atividade: instalações,
equipamentos, equipe e investimentos
7) ser crítico em relação a sua idéia: tente identificar e solucionar possíveis falhas.

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PLANEJAMENTO

 Planejar é decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira, quando e quem deve
fazer, de forma flexível e fundamentada em conhecimentos, estimativas e finalidades.
 O planejamento realizado no nível institucional (direção) é chamado planejamento
estratégico.
 “Planejamento estratégico é o processo de decisão dos objetivos da empresa, das
mudanças nesses objetivos, dos recursos utilizados para atingi-los e das políticas que
deverão governar a aquisição, utilização e disposição desses recursos” (Anthony R. H.)
 Uma análise racional das oportunidades oferecidas pelo meio, dos pontos fortes (que serão
acentuados) e dos pontos fracos (que serão minimizados) das empresas e da escolha de
um modo de compatibilização (estratégia) entre os dois extremos, compatibilização esta
que deveria satisfazer do melhor modo possível os objetivos da empresa. Uma vez
escolhida a estratégia, chega-se à solução essencial e a empresa deve procurar implantá-
la.
 Em todo planejamento é imprescindível:
1) Estabelecer objetivos;
2) Prever as atividades a serem realizadas para atingir os objetivos;
3) Elaborar um cronograma de atividades;
4) Determinar o grau de responsabilidades das pessoas incumbidas em realizar as
atividades.
 O planejamento começa com o conhecimento de todos os processos que o
empreendimento envolverá.
 O horizonte de tempo de planejamento é o intervalo de tempo para o qual o planejamento
é imaginado. Um planejamento deve ser realizado para um determinado espaço de tempo
futuro. Conforme o prazo utilizado de horizonte de tempo de planejamento, o planejamento
pode ser curto prazo (até 1 ano), médio prazo (de 1 a 3 anos) e longo prazo (acima de 3 a
5 anos).

DESENVOLVIMENTO DE UM PRODUTO OU SERVIÇO

Produto é o objeto principal das relações de troca que podem ser oferecidos num mercado para
pessoas (físicas ou jurídicas), visando proporcionar satisfação a quem os adquire ou consume. Os
produtos somente serão vendáveis se possuírem benefícios suficientes que possam motivar os
consumidores para a compra (proporcionar utilidade). Quanto maior a utilidade, maiores as
chances de serem vendidos.

Classificação do produto:

a) Bens duráveis – ex. imóveis.


Bens não duráveis – ex. alimentos, jornais.
Serviços – atividades que são colocadas à venda. Ex. engenharia, advocacia.

b) Bens de conveniência – aqueles que o consumidor não pretende despender muito


tempo no esforço da compra. São adquiridos de forma frequente e cuja compra
normalmente não exige grandes esforços. Ex. pão, leite, cigarros, combustível.
Bens de compra comparada ou de escolhas – aqueles que exigem esforços do
consumidor, no sentido de comparar qualidade, preço. O esforço ao comprar será
recompensado pelas diferenças pagas. Ex. roupas, móveis.
Bens de uso especial – aqueles que têm características únicas e ou identificação de
marca e cuja compra envolve avaliação mais demorada. Ex. joias.
Bens industriais – ou matérias-primas, máquinas e equipamentos.

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ADMINISTRAÇÃO DAS PRODUÇÕES E OPERAÇÕES

 Trata da maneira como as empresas organizam seus recursos e habilidades, tais como
conhecimentos, equipamentos e pessoas, para produzir bens e prestar serviços. É
necessário determinar o local da produção, calcular o tamanho das instalações, pensar nas
pessoas e habilidades, projetar o produto que se deseja produzir, controlar as matérias-
primas, administrar os estoques, acertar a cadência da produção, etc.
 Ou seja, existe a ENTRADA (onde os insumos) passam por uma TRANSFORMAÇÃO que
geram SAÍDAS (os bens e serviços a serem adquiridos por clientes).
 Os principais insumos são: recursos materiais (matérias-primas, componentes pré-
fabricados, etc.); humanos (funcionários, serviços de terceiros, etc.); capital (máquinas,
instalações, edifícios, etc.); informações (banco de dados, relatórios, consultorias, etc.).

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO (VOLUME E VARIEDADE)

A. Sistema de produção por projetos: a saída é usualmente constituída por um produto único
ou fabricado em poucas unidades. Os produtos ou serviços são tipicamente caros,
grandes, produzidos sob medida, necessitam de muitas pessoas e longo período para
serem fabricados e possuem resultados incertos. Exemplos: produção de navios, aviões,
edifícios, cirurgias, eventos musicais.

B. Sistema de produção por encomenda: o volume de produção é maior (embora baixo) e os


recursos de produção podem ser compartilhados para a produção de mais de um produto.
Não existe estoque de produtos acabados. Exemplo: confecção de roupas sob medida,
produção artesanal de móveis, preparação de refeição em restaurante à la carte.

C. Sistema de produção por lotes: existe a repetição de um mesmo tipo de produto, ou seja,
produtos idênticos (bens ou serviços) são produzidos em lotes separados. O tamanho do
lote pode variar de algumas a muitas unidades: o que os distinguem uns dos outros são as
especificações. Existem estoques (embora indesejados) de produto acabados e de
produtos em processo. Ideal para produtos repetidos de volumes baixos. Exemplos:
fabricação de instrumentos musicais, produção de uma linha especial de automóveis,
montagem de luminárias em um edifício.

D. Sistema de produção em massa: Caracteriza-se por altos volumes de produção com baixa
variedade dos produtos. Ele adota um fluxo do tipo linha de montagem, comum na
indústria automobilística. Serviços também podem ser massificados. A produção em
massa apresenta elevada utilização dos equipamentos e da mão-de-obra, resultando em
sistemas altamente eficientes; todavia, ela oferece pouca flexibilidade para mudanças.
Exemplos: fabricação de eletrodomésticos.

E. Sistema de produção contínua: Caracteriza-se por um fluxo contínuo de produção,


baixíssima variedade de produtos, flexibilidade quase nula e operação praticamente
ininterruptas. O produto é único e as decisões da produção tratam principalmente do
volume a ser produzido e da manutenção do sistema. Exemplos: laminação de ferro,
geração de eletricidade.

FASES DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES

A. Infra-estrutura da unidade de produção


 Esta fase se ocupa da localização da unidade produtiva, do dimensionamento dos
equipamentos, da determinação do pessoal necessário para a produção, do cálculo do
tamanho das instalações e edifícios, dos investimentos em veículos, da aquisição de

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equipamentos de comunicação, da contratação de serviços fixos, da aquisição de seguros,
etc. É a responsável pelos investimentos para a produção.
 Erros nesta fase são difíceis de serem corrigidos posteriormente e custam muito caro.
 Abordam (1) o planejamento da capacidade produtiva e (2) os estudos de localização da
universidade.

1. Planejamento da capacidade produtiva

 A capacidade de uma unidade de produção ou operações representa a quantidade máxima


de trabalho que esta unidade consegue processar em um determinado período.
 Exemplo: um centro de atendimento ao cliente com três pessoas trabalhando oito horas
dia, com uma eficiência de 90%, atendendo a 20 chamados por hora, tem uma capacidade
igual a: 3 * 8 * 0,9 * 20 = 432 atendimentos dia.
 Normalmente, os sistemas são operados abaixo da capacidade, configurando folgas ou
tolerâncias.
 Um dimensionamento da capacidade produtiva é necessário para evitar desajustes entre
demanda e capacidade. Pode ser baseada em: satisfação total da demanda; satisfação
mínima da demanda; satisfação da demanda média. O ajuste entre demanda e capacidade
pode ser feito com modificações para aumentar a demanda ou expansão ou diminuição da
oferta.

2. Estudos de localização

 Uma vez determinado um local, é muito difícil ou impossível mudá-lo. Os fatores de


decisão podem ser agrupados em:
1) Custos de produção e operação (influenciam no cálculo do custo global)
a) Custo da mão-de-obra;
b) Custo das matérias-primas e componentes;
c) Custo do terreno;
d) Custo da energia e água;
e) Custo do transporte;
f) Custos dos impostos e taxas;
g) Custos dos equipamentos de produção e operação
2) Potencial de vendas e assistência a clientes (vantagens ao localizar a empresa perto
dos clientes):
a) Potencial de vendas;
b) Facilidade de assistência técnica e comercial ao cliente;
c) Rapidez e flexibilidade na entrega;
3) Vantagens da presença
a) Imagens do local;
b) Potencial para aquisição de novos cliente na área;
c) Interação com outras empresas, concorrentes e fornecedores;
d) Oportunidades para a prospecção de novos negócios.

B. Projetos na produção

 Nesta fase são produzidas especificações detalhadas relativas a produtos, processos e


operações de fabricação. Consideram-se as especificações da forma, do nível de
qualidade, do número de componentes e da confiabilidade do produto.
 No projeto do produto determina-se as características técnicas (dimensões, design, cores,
materiais, tempo de espera, etc.) do produto para atender às necessidades do cliente.
 No projeto do processo determina-se quais operações serão necessárias para fabricar o
produto, quais equipamentos deverão ser utilizados, quais etapas de fabricação deverão
ser cumpridas, etc.

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 No projeto das operações define-se a sequência das operações de fabricação, a duração
das operações, a escala das pessoas, a prioridade na utilização das máquinas disponíveis,
etc. O projeto das operações é usualmente estudado como Programação e Controle da
produção. Abordam (1) o desenvolvimento do produto, (2) o arranjo físico e (3) o projeto e
organização do trabalho.

(1) Desenvolvimento do produto


 Abrange o planejamento e o projeto do produto

Fases do desenvolvimento do produto Questões típicas


1 Elaboração da estratégia competitiva Será melhor desenvolver, copiar, importar pronto?
para o produto Quais são os produtos substitutos?
Quais são os pontos forte e fracos do produto?
2 Definição do cliente Quem é o cliente?
Onde ele pode ser encontrado?
3 Planejamento do produto Quais são as necessidades do cliente?
Quais dessas necessidades são mais importantes?
Qual é a posição do produto face aos concorrentes?
4 Projeto do produto Quais as características técnicas do produto?
Como projetar estas características em detalhes?
5 Projeto dos processos Quais processos são necessários para a fabricação?
Quais processos são mais econômicos?
6 Projeto das operações de produção Quais são os recursos necessários para a produção?
Quando deve começar e terminar a produção?
7 Documentação O que é importante registrar sobre o desenvolvimento?
O que pode contribuir para o aperfeiçoamento futuro?

(2) Arranjo físico

 O projeto do arranjo físico busca determinar a posição dos recursos empregados na


produção e nas operações. Como resultado, pessoas, máquinas, equipamentos e
instalações são distribuídos no espaço necessário para as operações produtivas. Um bom
arranjo beneficia a produtividade do processo produtivo, através da economia de recursos
com instalações, pessoal e equipamentos. Podem ser fixos, flexíveis ou de curta duração.

C. Planejamento, programação e controle de produção

 Trata das operações dos recursos materiais, humanos e capital, destinados a produção.
Nesta fase estão incluídos tanto projetos de curto e longo prazos. Abordam (1)
planejamento agregado da produção, (2) programação e controle de produção e (3)
administração de materiais.

(1) Planejamento agregado da produção

 O planejamento agregado tem por finalidade principal o balanceamento entre a demanda e


a capacidade, procurando minimizar as perdas para a empresa. Utiliza-se de previsão da
demanda – quanto produzir, definição de estoques, aquisição de matéria-prima,
equipamentos.

(2) Programação e controle de produção

 Garante a qualidade planejada para os produtos, a produtividade, a disponibilidade dos


recursos nas quantidades e nos tempos certos, o balanceamento entre capacidade
disponível e demanda do produto. São responsáveis por atividades como alocação de
carga (busca determinar a quantidade de trabalho para cada centro de trabalho),

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sequenciamento (define a ordem em que os trabalhos serão executados) e balanceamento
de linha.

(3) Administração de materiais

 É composta basicamente pelo controle de estoques. Os estoques são constituídos por


produtos acabados, componentes de produtos e matérias-primas mantidas sem a adição
de valor. O principal motivo da usual aversão ao estoque é o custo associado a ele (custo
do item do produto, custo do pedido, custo de manutenção do estoque, custo da falta do
estoque e a soma de todos, o custo total).

 Os estoque podem ser classificados em:


 Estoque de contingência ou de segurança – com a função de compensar as
flutuações da demanda em relação à previsão.
 Estoque de ciclo – com a função de satisfazer à demanda entre duas datas de
compras.
 Estoque de oportunidades – formados por grandes compras de material efetuadas
para aproveitar excepcionalmente preços baixos.
 Estoque externo – encontra-se fora do centro de produção, por exemplo, no
fornecedor. É composto por mercadorias ainda não disponíveis pela empresa, mas com
a qual ela poderá contar.

D. Manutenção e melhoria contínua

 Nesta fase são abordados os programas de longo prazo relativos às atividades de


produção. Sua principal função é garantir a continuidade e a efetividade das etapas
anteriores. Os programas de manutenção têm por objetivo a continuidade das operações
programadas e os programas de melhoria contínua procuram conferir níveis mais elevados
de qualidade e competitividade aos produtos e negócios. Aborda a (1) manutenção dos
sistemas de produção e operações e (2) a organização da manutenção.

 Manutenção dos sistemas de produção e operações: representa as atividades para


conservar equipamentos, máquinas, edifícios e instalações, em condições de apoiar as
metas da organização. As manutenções podem ser: corretivas (no reparo de uma
instalação que quebrou), preventiva (finalidade de prevenir a quebra ou mal
funcionamento), sistemática (realizada em intervalos regulares), preditiva (somente
acionada quando há indícios da necessidade) e combinada (utilizando dos tipos anteriores,
numa estratégia de manutenção).

 A organização da manutenção pode ser realizada centralizada (idealizadas e executadas


por um departamento único); descentralizada (aplicado a um pessoal de determinada
área); terceirizada (como na manutenção corretiva).

CONTROLE DE PRODUÇÃO

 Controle é o processo de monitorar as atividades para garantir que estejam sendo


realizadas conforme o planejado e corrigir quaisquer desvios importantes. Os gerentes
realmente não podem saber se suas unidades estão desempenhando corretamente suas
tarefas até que tenham avaliado quais atividades foram concluídas e comparado o
desempenho real com o padrão desejado. A utilização de administração por objetivos
(APO) poderá ser utilizada.
 O processo de controle constitui de três etapas:

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a) mensuração do desempenho real, através de observação pessoal, relatórios
estatísticos, informes verbais, relatórios escritos, acesso a banco de dados. Deve-se
ter clareza no que está sendo medido.
b) comparação do desempenho real em relação a um padrão, ou seja, determinar o
grau de variação entre o desempenho real e o padrão, dentro de uma faixa de
variação aceitável.
c) tomada de ação gerencial para corrigir desvios ou padrões inadequados, tendo três
opções, 1 – não fazer nada, 2 – corrigir o desempenho real e 3 – revisar o padrão.
Uma ação corretiva imediata corrige imediatamente os problemas e retoma o
desempenho. A ação corretiva básica pergunta como e por que o desempenho
variou e, depois passa a corrigir a fonte do desvio.

CONTROLE DE SUA OPERAÇÃO

 Deve-se examinar detalhadamente os métodos de controle que podem ser usados,


começando com um trabalho isolado. Cada trabalhador em relação ao processo de
produção deveria ter:

a) o número de referência e descrição do trabalho


b) o número de referência do cliente em relação ao trabalho e número de encomendas
c) referências a desenhos, catálogos, etc.
d) rota a ser seguida através do processo de produção
e) data de término estimado para cada etapa de produção
f) materiais necessários
g) instrumentos especiais necessários
h) tempo estimado para cada departamento ou cada processo
i) nome de cada operário que trabalha nesta função
j) instruções de embalagem.

 Também deverá ser observada a produção como um todo:

a) a extensão dos compromissos assumidos


b) a capacidade ociosa em cada processo ou em cada máquina
c) a programação do próximo trabalho a ser feito
d) a programação de férias
e) os horários de manutenção do maquinário
f) as porcentagens de refugo e reprocessamento

 Se a empresa fizer produtos especiais, serão necessários:

a) andamento de cada trabalho em comparação aos prazos


b) disponibilidade de materiais especiais necessários
c) progressos sobre previsões de produção
d) proporção de orçamentos que se tornaram encomendas

 Se a empresa fizer produtos em estoques, serão necessários:

a) níveis livres de estoques de mercadorias acabadas (ou seja, estoque total menos
encomendas recebidas porém ainda não entregues)
b) estoques de materiais e períodos de novas encomendas
c) fazer lotes econômicos, todavia não estocar demais
d) relacionar a capacidade de produção e níveis de estoque com previsão de vendas.

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 Não esquecer:

a) segurança: manter a área de trabalho limpa e livre de obstruções e perigos. Poderá


ser contratado um inspetor de segurança. Verificar a legislação sobre a segurança de
trabalho, colocar avisos que poderiam evitar acidentes.
b) Compras: vendedores não te dão o tempo para pensar na hora da compra para que
você não perceba as falhas do produto. Faça com que vendedores critiquem os
produtos de seus concorrentes e depois os de seu produto na hora de compras para
insumos. Não comprar mais do que poderá usar.
c) Negociar quando comprar: qualquer que seja a encomenda tente descontos. Nunca
compre em um impulso, negocie, deixe o vendedor tentar persuadi-lo.
d) Controle de qualidade: mesmo que signifique atraso na entrega, verifique a qualidade
do produto que está sendo entregue.
e) Projeto de produto: verificar junto aos clientes o que eles desejam, elaborar manuais
de utilização do produto.

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