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O mundo contemporâneo
Essa aula promove uma discussão introdutória sobre como o tema Capital Humano tem
sido abordado nas organizações contemporâneas. O objetivo dessa disciplina é capacitá-lo
para que você entenda o comportamento e as relações humanas dentro das organizações,
seja você líder ou liderado.
A velocidade com que as mudanças vem ocorrendo mundo contemporâneo leva-nos a
refletir que aprender como se comportar adequadamente para esse ambiente pode nos
ajudar a se diferenciar no mercado de trabalho.
Muitas são as mudanças que o ser humano vem passando nos últimos anos dentro das
empresas. Novas competências e habilidades vem sendo solicitadas e para se firmar em
qualquer área de atuação, os funcionários devem estar sempre antenados com o mercado
de trabalho.
Para iniciar o entendimento destes fatores é importante que você entenda que toda empresa
possui ligação com dois ambientes: o interno e o externo, ou também chamados de micro e
macroambiente, respectivamente.
O microambiente é composto pelos fatores internos da empresa, isto é, características
específicas dela e que podem ser controlados por seus gestores. Já o macroambiente pode
ser entendido como o conjunto de fatores externos à empresa, os quais não são controlados
por ela (KOTLER, 2012).
Já o macroambiente adquire uma importância ainda maior e seus ambientes podem ser
vistos na figura a seguir.
O ponto principal é perceber que a empresa não tem como alterar os componentes do
macroambiente. Por exemplo, nenhuma empresa pode alterar a taxa de inflação ou o índice
de desemprego, mas estes a afetarão, pois com maior desemprego ou inflação alta, há a
tendência de as vendas se reduzirem.
O mundo atual envolve uma sociedade institucionalizada e composta de organizações, onde
toda a produção de bens (produtos) ou de serviços (atividades especializadas) é realizada
por meio delas. Essas empresas também são heterogêneas e diversificadas, já a
administração é uma condução racional e estratégica das suas atividades, seja de uma
instituição lucrativa ou não.
As organizações são entendidas como órgãos sociais e compostas de dois ambientes:
interno e externo. O ambiente interno engloba tudo o que a empresa possui em seu
controle, ou seja, o maquinário, os veículos, os funcionários e a carteira de clientes. Já o
ambiente externo contempla as áreas nas quais a organização não possui controle, tais
como o as condições meteorológicas, a economia e a tecnologia.
As organizações devem se preocupar também com sua amplitude de controle, que é o
número máximo de subordinados que o gestor pode controlar de modo eficaz e eficiente,
determinando o número de níveis hierárquicos e de gestores de uma empresa.
De acordo com sua amplitude de controle, as empresas podem assumir duas posições: a
estrutura aguda e a achatada. A achatada, também chamada de horizontal, constitui-se de
um elevado número de subordinados por gestor e um baixo número de gestores – com uma
elevada amplitude de controle e um reduzido número de níveis hierárquicos.
Já a estrutura aguda, conhecida como vertical, é constituída de um baixo número de
subordinados por gestor e um elevado número de gestores – com uma reduzida amplitude
de controle e um grande número de níveis hierárquicos.
Fonte: SOBRAL; PECI, 2013. (Adaptado).
É fundamental que os gestores observem qual a melhor estrutura para o tipo de negócio
gerenciado por eles e, para tanto, devem analisar como estão seus concorrentes,
fornecedores e o que buscam seus clientes.
O atual cenário de competitividade acirrada leva as organizações a buscarem novos
paradigmas e estratégias para sua sobrevivência. Diante desse contexto, a área de gestão
de pessoas busca por novas atividades, que sejam capazes de melhorar as estratégias com
seus funcionários.
Essas novas estratégias englobam novas formas de trabalho, novos modelos
organizacionais, novas ocupações e uma grande necessidade de atualização.
Indicadores de desempenho
A manutenção dos conceitos organizacionais (missão, visão, valores e princípios)
associados a manutenção de um bom clima organizacional contribuem para melhores
resultados empresariais, deixando clientes mais satisfeitos e contribuindo para a retenção de
talentos.
Para que a organização tenha uma boa gestão de pessoas faz-se necessário revisar ou
investir no realinhamento de quatro indicadores organizacionais:
Definição do negócio;
Definição da missão;
Definição da visão de futuro;
Identificação dos valores organizacionais.
A definição do negócio tem a função de orientar o comportamento de todos os
colaboradores e expressar seus valores. Por meio dela, somos capazes de perceber a
definição dos desejos ou necessidades que ela quer satisfazer quando o usuário adquire
seu produto ou serviço.
A missão dá significado ao negócio. Define a razão da existência da empresa, indica os
rumos para a excelência, revela sua essência. Por meio dela, ficamos mais orientados na
tomada de decisões, na definição de objetivos e na formulação de estratégias.
Definir a visão de futuro é pensar em “como queremos ser vistos” pelos usuários,
fornecedores, parceiros e pessoal interno. A visão de futuro serve como norteadora de
ações para alcançar a excelência e deve ser compartilhada por todos na organização.
A identificação de valores também é de extrema importância, visto que eles orientam a
conduta das pessoas em uma organização e definem padrões de comportamento e
contribuem para o estabelecimento da cultura interna.
O RH fora do RH
A área de Recursos Humanos migrou do operacional para o estratégico. Ao longo do tempo,
desde a origem das práticas de gestão de empresas, depois da Revolução Industrial, esta
área vem sofrendo muitas evoluções.
Esta área que sempre foi conhecida como a responsável pelos controles de pessoal, pelo
apontamento de horas trabalhadas, pelos pagamentos, pelo cumprimento da legislação
trabalhista também evoluiu no cuidado com a saúde do trabalhador, com a qualidade de
vida no trabalho e passou a considerar os aspectos ambientais do trabalho e a saúde física,
mental, social e emocional entre as pessoas.
O enfoque do trabalho dos profissionais desta área nas empresas tem uma complexidade
muito maior atualmente, entretanto, o trabalho da área ainda envolve os controles, a rigidez
do cumprimento das questões burocráticas éticas e legais e também o cuidado com o bem-
estar e a satisfação das pessoas.
Você percebeu que até a nomenclatura da área ficou diferente? De Seção de Pessoal para
Recursos Humanos, depois para Gestão de Pessoas.
No cenário atual é nitidamente reconhecida a diferença competitiva que as empresas que
cuidam de seus colaboradores possuem em relação a outras que ainda tratam gente como
recurso. Sendo assim, é importante evidenciar que a área era operacional e nos momentos
atuais, se tornou estratégica.
É necessário fazer uma revisão completa dos pontos: planejamento; recrutamento e seleção
(R/S); treinamento e desenvolvimento (T/D); remuneração e benefícios (R/B); cargos e
salários (C/S); avaliação; tecnologias de suporte; ética e transparência. Ao realizar esse
procedimento, a empresa consegue identificar e corrigir desvios.
Você deve entender nesse ponto do nosso estudo que atrair e agregar talentos não significa
somente pensar nas atividades presentes e operações da empresa, mas principalmente no
seu futuro e destino. É necessária a visão de que as pessoas que estão ingressando hoje
na empresa poderão ser, mais adiante, os futuros dirigentes.
O segredo está em investir pesadamente em pessoas, a fim de aumentar o capital humano
e, consequentemente, o capital intelectual focado no negócio da organização.
Atividade extra
Nome da atividade: Artigo: A importância do RH estratégico para as organizações
Link para assistir a atividade: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/a-
importancia-do-rh-estrategico-para-as-organizacoes/83770/
Referência Bibliográfica
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson, 2012.
ROBBINS, S. P. Fundamentos do Comportamento Organizacional – 8ª. Edição –
Pearson Prentice Hall.
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013.