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A ética nas empresas não se limita a um manual de boas práticas

Na gestão a ética é o conjunto e normas de conduta que permitem distinguir comportamentos


certos de comportamentos errados, porque atualmente a responsabilidade social é um
conceito difundido globalmente. A ética é a ciência da conduta, é teoria que regula o
comportamento moral dos indivíduos na sociedade. As organizações atuais enfrentam
constantes mudanças e desafios, tem de haver uma orientação de ética
interna que orientem as suas decisões e as relações entre as pessoas que nelas participam. Em
simultâneo, esse comportamento ético deverá ser reconhecido pela comunidade e pelos
restantes stakeholders.
O código moral é regido por valores, como, honestidade qualquer ocasião, coragem para
assumir as decisões, tolerante, flexível e integro.

Tem bastante importância no mundo empresarial, pois irá ajudar o gestor na sua tomada de
decisão, sobretudo de decisões difíceis e que impliquem conflitos éticos, o gestor tem de se
munir de conhecimentos, competências e ferramentas para ser bem sucedido.

Cada vez mais os consumidores estão mais atentos aos danos causados por algumas práticas
abusivas e começam a exigir às empresas o cumprimento de requisitos.

Por isso é necessário que as organizações tenham responsabilidade social, e voluntariamente


se preocupem com o ambiente e integrem socialmente contribuindo para uma sociedade mais
justa na preservação do ambiente, como por exemplo, a reciclagem do lixo doméstico e
industrial, a reciclagem de toners, plástico e papel, o respeito pelas pessoas, funcionários,
comunidade e restante stakeholders.

A responsabilidade social das organizações, divide-se em duas perspetivas, a zona de


obrigação que engloba as obrigações de forma estrita como o cumprimento da lei e a
obtenção de lucro, e a zona de convicção, que engloba as reocupações éticas e a contribuição
para a comunidade, (a responsabilidade ética, fazer o que está correto e a responsabilidade
discricionária, contribuir para a comunidade.

Os gestores por vezes têm de enfrentar dilemas éticos, que consistem em situações onde é
retirado benefícios e ganhos com comportamentos não éticos, como por exemplo, o Dumping
social (empregar trabalhadores pagando-lhes salários muito baixos, por lonas jornadas de
trabalho e por vezes em más condições de trabalho), o trabalho infantil, o dumping ambiental
(escolha de países que não fiscalizam as suas práticas poluidoras), discriminação (não contratar
ou promover por razões de raça, sexo, idade oi religião).

Para corresponder às solicitações externas e internas, qualquer empresa necessita de uma boa
gestão, é fundamental ter em conta, valores, questões éticas e aspetos culturais, saber
administrar e coordenar os recursos eficazmente para atingir os objetivos.
Um dos maiores desafios que se colocam à gestão moderna é a multiculturalidade, é frequente
encontrar empresas com vários indivíduos de diferentes culturas e etnias. O gestor tem que
ter uma liderança intercultural, tem que saber lidar com as diferenças, ter princípios
estratégicos e valores éticos universais para lidar com a realidade da globalização.

A cultura e a diversidade global tem que ser aceite e aproveitada para garantir sucesso na
empresa. As culturas devem ser compreendidas no âmbito da gestão, nomeadamente o
processo de internacionalização, como por exemplo a linguagem, escrita, oral, não verbal,
gestual e até mesmo corporal, têm que ser compreendidas pelos intervenientes. A religião que
tem muita influência sobre o modo de vida e hábitos nas pessoas de diversas culturas.

Portanto a diversidade cultural, repercuta-se em diferentes atitudes no que concerne ao


relacionamento entre as pessoas, gestão do tempo e ambiente externo.

As práticas de gestão diferem entre países e culturas. A globalização e a competição à escala


global fizeram aumentar o número de gestores globais, para lidarem com as diferenças
culturais, explorar oportunidades em diferentes mercados e enfrentar alterações sociais,
tecnologias e económicas.

Geert Hofstede considerava “não existir um método universal nem uma única teoria da gestão
no mundo, a própria palavra tem diferentes origens consoante as culturas dos diversos
países”.

Ninguém é empreendedor, o sucesso de um negócio vai depender entre outros aspetos do


bem conhecimento do mercado, bom planeamento, uma boa equipa e uma boa avaliação de
risco.

O empreendedorismo desempenha um papel fundamental, tomando riscos e explorando


oportunidades, para assumir retornos esperados, é um processo dinâmico que envolve a
tomada de riscos que têm de ser ponderados, a criatividade, a inovação e comportamentos
pautados de ações orientadas para o crescimento sustentável.

O ambiente onde as organizações se inserem é muito competitivo, por isso o controlo de


gestão possibilita a ter acesso a informações para dirigir e poder tomar decisões adequadas,
medindo o desempenho em relação a diversos aspetos como financeiros, operacionais,
humanos e comerciais, de modo a que os objetivos sejam atingidos, com a finalidade de evitar
ocorrências que leve ao afastamento dos objetivos traçados, e craiam atividades que levem ao
alcance dos objetivos, através das técnicas de balanced Scorecard e Benchmarking.

Um empreendedor deve ter tomada de iniciativa, e saber identificar oportunidades, deve


calcular os riscos, persistente e comprometidos exigindo qualidade e eficiência, deve estar
informado, estabelecendo metas, tem de ser persuasivo, independente e ter autoconfiança.

O empreendedor tem que tem um planeamento estratégico, uma estratégia global (analisar e
verificar pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças), estar a par da missão,
valores, objetivos e metas e perceber como a organização irá lidar com o ambiente interno
(cultura organizacional, modelo de gestão, nível de qualificação e formação dos colaboradores)
e externo (natureza, fatores socioculturais, conjuntura económica, sistema legal).

Para alcançar maior desempenho por parte das organizações tem cada vez maior enfase
lideranças que enfatizem o foco na visão, nos valores, nas ideias e no risco com o objetivo de
incrementar o desempenho eficiência e eficácia e para isso os recursos humanos são um
grande pilar e o seu contributo é fundamental, pois entre elas o GRH desenvolve atividades
como, planeamento de recursos, promoções, formação interna de pessoal, avaliação de
desempenho, despedimentos, arquivamento e ligações com entidades externas, planeamento
e execução de estratégias de recrutamento. Os recursos humanos além de terem de alcançar
os objetivos traçados têm de fortalecer as relações sociais na organização, têm de ser íntegros,
transparentes, com diversidade, gerir competências.

A liderança também é fulcral, a capacidade de influenciar os colaboradores, de forma que


estes empenhem-se e comprometam-se voluntariamente nos objetivos e metas a atingir. Um
líder tem que ter capacidades de comunicação e motivação, capacidades de trabalhar em
grupos e equipas, preparação, serenidade, humildade, cautela e sentido de identidade.

Trabalhar em equipa permite melhorar a forma de realização das atividades, produtividade, as


relações interpessoais, o nível de comunicação, e a qualidade de trabalho desenvolvida e trás
vantagens com máximo aproveitamento dos talentos individuais, máxima criatividade, maior
rapidez na concretização, novas abordagens e soluções para velhos prolemas. As equipas
podem ser permanentes ou temporárias, e os elementos podem vi do mesmo departamento
ou de departamentos distintos, precisam de uma boa liderança para se sentirem motivados.

Os líderes necessitam de possuir capacidades de gestão e os gestores necessitam de


capacidades de liderança, sendo que as capacidades de uns e de outros complementam-se e
são essenciais para o desenvolvimento e sucesso da organização.

O desempenho dos colaboradores é determinante para o sucesso da organização, indivíduos


motivados irão ser bastante produtivos, produzindo com qualidade e eficiência.

A teoria de motivação de Maslow identifica cinco pontos distintos de necessidades, as


fisiológicas, segurança, amor e relacionamento, estima e auto-realização. A teoria da
motivação de Herberg demonstra que fatores que provocam atitudes positivas não são os
mesmo que provocam atitudes negativas (fatores higiénicos quando não estão presentes
geram insatisfação, e os fatores motivacionais, quando estão presentes podem levar a grandes
níveis de motivação). Já a teoria da equidade defende que a motivação do individuo depende
da comparação que ele faz do seu comportamento e dos resultados obtidos por si e pelos
outros colaboradores, o individuo sente-se motivado se tiver a perceção que a organização
tem uma atitude justa perante a sua experiência, qualificações, tempo de dedicação ao
trabalho e por isso espera receber recompensas como o salário e o reconhecimento.

Implementação de mudanças

Novas tecnologias implicam novos processos de produção, novos produtos, novas formas de
comunicação, novos conhecimentos e formação contínua.

As alterações económicas, alterações da regulamentação, evolução cultural e a concorrência


são fatores que provocam mudança, por isso foi necessário tomar algumas decisões e
implementar uma mudança planeada, a implementação de um novo Software para a
contabilidade, faturação e gestão de stocks das conservas e todos os materiais necessários
para a produção, foi bem aceite depois de ter sido atribuída a formação necessária, o grande
objetivo era Assegurar e valorizar a formação dos colaboradores.

Com a Pandemia houve alguns casos de isolamento profilático, e sendo ausência de 15 dias,
em vários departamentos houve a necessidade de reunir com os colaboradores e explicar a
situação, e solicitar compreensão, pois havia trabalho acumulado e não estávamos a
responder à procura solicitada. Foi solicitada à gestão de recursos humanos recrutamento de
novos funcionários para fazer face à ausência, e enquanto não foi preenchida a lacuna foi
necessário formar equipas polivalentes, motivadas e empenhadas para atingir as metas
propostas e um chefe para controlar as equipas e auxiliadas nas dificuldades acrescidas. Há
que mencionar que a liderança teve um papel fundamental, focou, alinhou os colaboradores
com visão estratégica e criou uma recompensa extra para os funcionários que quisessem e
pudessem fazer parte destas equipas.

Equipas motivadas fazem o sucesso da organização, pois colaboradores motivados irão ser
bastantes produtivos, produzindo com qualidade e eficiência.

A motivação tem implicações nas várias funções de gestão, planeamento e organização,


liderança e controlo.

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