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A gestão e o que os gestores estudam

As atividades económicas desenvolvidas pelas empresas são o


principal veículo do crescimento e desenvolvimento económico de
um país. Para fazerem isso as empresas utilizam os fatores produtivos
para produzir os bens e serviços. Para maximizarem os seus
objetivos, as organizações tem de combinar de forma eficiente os
recursos que tem ao seu dispor. Para o fazer necessitam de gestão.
As organizações e a gestão

• As organizações são estruturas que agrupam pessoas para


alcançarem objetivos comuns. As organizações podem ser formais,
como é o caso das empresas, ou informais, como por exemplo,
quando um grupo de pessoas se reúne para obter um dado
objetivo.
• Num mundo cada vez mais global e competitivo, o êxito das
organizações depende da qualidade da sua gestão. Assim, são os
gestores que fixam os objetivos, formulam a estratégia e conduzem
a empresa na direção dos objetivos previamente estabelecidos. Os
gestores preparam, igualmente, as organizações para a mudança,
tentando adaptá-las a um meio envolvente cada vez mais dinâmico
e concorrencial. Deste modo, o êxito ou insucesso das organizações,
depende da qualidade da sua gestão.
Definição de gestão

• A gestão é o processo de coordenar as tarefas dos


elementos de uma organização, por meio do
planeamento, organização, direção e controlo dos
recursos organizacionais com vista a alcançar, de
forma eficaz e eficiente, os objetivos fixados. Desta
definição, extraem-se duas ideias essenciais:
• 1. As funções de planeamento, organização, direção
e controlo.
• 2. Alcançar os objetivos da organização de modo
eficaz e eficiente.
• Apesar da distinção entre estes dois conceitos, eles
estão interligados. Com efeito, sem eficácia, a
eficiência é inútil, dado que a organização não
alcança os objetivos que pretende. Por outro lado,
pode ser-se eficaz e não eficiente. Isso significa que
a organização, desperdiça recursos, isto é, atinge os
objetivos, mas com custos muito elevados.
• Em suma, a boa gestão é aquela que é eficaz e
eficiente no uso dos recursos que tem ao seu
dispor.
Níveis de gestão
• Os gestores de topo são os responsáveis máximos pela performance
global da organização. São gestores de topo o presidente
(Chairman) , os vice-presidentes e os membros do conselho de
administração (Board of diretors), o CEO (Chief Executive Officer) e o
diretor geral.
• Os gestores intermédios são os responsáveis pelas áreas funcionais
da empresa, como o diretor de produção, o diretor financeiro, o
diretor de marketing e o diretor de recursos humanos, etc.
• Na base da hierarquia estão os gestores de primeira linha. São os
responsáveis do trabalho dos que não são gestores. Como
exemplos, temos os supervisores das equipas de produção, os
chefes de vendas, os gestores de produto e de projeto, entre outros.
• O nível estratégico é composto pelos gestores de topo.
Estes, são os responsáveis pelas decisões globais da
organização e pela elaboração de planos e fixação dos
objetivos de longo prazo da organização. São os
responsáveis máximos da empresa, bem como pela
ligação entre esta e o meio envolvente.
• O nível tático inclui os gestores intermédios.
• O nível operacional é constituído pelos gestores de
primeira linha. Estes decisores operam a nível operacional
e tomam decisões de curto prazo, orientadas para as
tarefas operacionais.
• Todos os responsáveis, independentemente do seu nível hierárquico, são
gestores porque fazem as seguintes funções de gestão:

• Planeamento - traduz-se na fixação de objetivos, na formulação de estratégias


com vista a atingir os objetivos e na elaboração de planos para integrar e
coordenar as tarefas. O planeamento pode ser de longo prazo, como o
planeamento estratégico. Este geralmente é de cerca de cinco anos. O
planeamento de curto prazo, como a elaboração de orçamentos em diversas
áreas da empresa, vai normalmente até um ano.

• Organização- estabelece as atividades que devem ser feitas, quem as deve


fazer, como se agrupam, quem responde a quem e onde as decisões são
tomadas. Envolve a organização pormenorizada e a coordenação das tarefas
bem como dos recursos humanos e materiais para as concretizar.
• Direção- ocupa-se com a gestão dos recursos humanos
nas organizações. Trata de liderar e motivar todos os
membros da organização e de tratar dos problemas
comportamentais dos colaboradores.
• Controlo- consiste em acompanhar as atividades e
assegurar que estão a ser feitas de acordo com o
planeado. Procura também encontrar e explicar as
diferenças entre o que foi feito e o que tinha sido
planeado (análise de desvios), com vista a estabelecer
as ações corretivas que se julguem necessárias.
Aptidões e capacidades dos gestores
• As três capacidades são muito importantes para o bom
desempenho de qualquer gestor, mas a sua relevância depende
do nível organizacional do gestor na organização. Assim, para os
gestores de topo, que tem responsabilidades de nível estratégico,
as capacidades concetuais são as mais importantes, dado que o
desempenho destes gestores depende da sua capacidade de
elaborarem estratégias e tomar decisões que influenciam toda a
organização. Por outro lado, as capacidades técnicas são mais
relevantes nos níveis hierárquicos mais baixos. As capacidades
humanas são relevantes em todos os níveis estratégicos porque
todos os gestores lidam com pessoas e coordenam as suas
tarefas.
Os stakeholders
Ética e responsabilidade social na gestão

• A ética diz respeito ao comportamento individual dos gestores e dos


empregados no local de trabalho. Por sua vez a responsabilidade social
refere-se aos diversos modos através dos quais as organizações procuram
equilibrar os seus interesses com os dos grupos e pessoas mais
importantes da sociedade onde atuam.

• Há duas visões sobre a responsabilidade social:


• Visão clássica- As empresas foram criadas para gerar lucros. Ao pagarem
impostos e dado o efeito redistributivo destes, estão a contribuir, deste
modo, para a sociedade.
• Visão contemporânea- As empresas, além de criarem lucro, também se
devem preocupar com a promoção de atividades de caráter social.
Novas tendências da gestão

• Os gestores neste século precisam ter uma visão global do mundo e não estar apenas confinados aos
mercados tradicionais.
• O ambiente atual é de grande incerteza e de mudanças rápidas que exigem dos gestores uma
capacidade de adaptação muito elevada para aumentarem a eficiência e a eficácia nas organizações.
• Há dois fatores relevantes que muito tem contribuído para estas mudanças, são eles: a concorrência
global derivada da globalização e os progressos nas tecnologias de informação e comunicação (TIC).
• As novas TIC permitem ter melhor acesso a mais e melhor informação o que lhes possibilita
aprimorar as suas capacidades de gestão.
• A globalização possibilita novas oportunidades como o acesso ao capital, a novas tecnologias e
ampliar os mercados de venda dos produtos. Contudo, também se reveste de algumas ameaças
como sejam o aumento da competitividade, e a existência de clientes cada vez mais sofisticados.
• Outra realidade que também põe novos desafios aos gestores é a diversidade cultural, porque força
os gestores a compreenderem outros modelos culturais, de modo a não colidirem com os princípios,
costumes e tradições dos mercados onde pretendem colocar os produtos.
• O empreendedorismo coloca, igualmente, novos desafios aos gestores. De forma sintética podemos
dizer que o empreendedorismo é o processo de criar novos negócios para responder a carências do
mercado. Os empreendedores são os indivíduos que correm riscos do seu próprio negócio e são
aqueles que identificam novas oportunidades de negócio.

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