Você está na página 1de 8

INTERVENÇÃO EMPRESARIAL: LOJAS NAZARI

Acadêmicos: Brenda Dariva de Oliveira, João Miranda Junior.


Professor-Raquel Sirtuli
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso ADG2053 – Seminário Interdisciplinar VIII – INTERVENÇÃO
30/11/2022

RESUMO

A empresa Lojas Nazari é caracterizada como uma empresa comercial do ramo de confecções de
moda masculina, feminina, calçados e demais utilidades para casa como roupas de cama, mesa e
banho. A empresa varejista localizada em dois pontos na cidade de Chapecó/SC, no bairro
Palmital, Avenida Irineu Bornhausen, 834-E e também no Bairro Efapi, Avenida Senador Atilio
Fontana, 2408-E. Sem enquadramento de porte, não pertencente ao Simples Nacional é constituída
pelos sócios administradores, Ademir Nazari, Mariza Nazari, Luiz Augusto Nazari. Atualmente a
empresa é administrada pela família, e possui até hoje em sua gestão a fundadora da empresa
Mariza Nazari, que acompanha de perto os processos e envolve-se em toda gestão. A empresa se
deu início com poucos recursos a partir do momento em que o casal, Mariza e seu esposo se
mudaram para Chapecó após um problema de saúde e necessidade de um procedimento que fez
com que Ademir ficasse impossibilitado de exercer suas atividades profissionais na empresa onde
trabalhava.

Palavras-chave: Planejamento, Organização, Direção e Controle.

1. INTRODUÇÃO

O presente estudo justifica-se pela importância econômica e social das lojas de


confecções, onde possuem como principais características, o fornecimento de roupas, calçados e
artigos de cama mesa e banho, bem como a relevância da perpetuação da empresa aos longos do
ano, e consolidação do negócio. O diagnóstico empresarial foi desenvolvido a partir dos dados
fornecidos na entrevista com a sócia gestora, e conciliado com dados secundários.
Visto complexidade de análise, serão analisados os pontos fortes e fracos da seguinte
empresa, objetivando em uma oportunidade de melhoria para a mesma. Na oportunidade serão
apresentadas revisões bibliográficas que que sustentarão o diagnostico no presente trabalho
apresentado.

2. RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL:

Diante dos dados levantados foram observados pontos fortes como produtos com valores
competitivos, equipe comprometida, atendimento prestigiado e elogiado pelos clientes, condições

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I – dd/mm/aa
de pagamentos, presença dos gestores no negócio, prazo para pagamentos, bem como observado
pontos frascos como ausência dos produtos com modelagem que atenda ao público plus size, e
localização da loja, identificado também a necessidade da empresa possui um planejamento
estratégico documentado. As oportunidades de melhoria estão nas possibilidades de explorar o
comércio das vendas no e-commerce e nas redes sociais, e as ameaças são notadas na concorrência
diante dos produtos comercializados a baixo custo nas redes de fast shop e na crise atual econômica
e política que o país enfrenta.
Ao identificarmos as oportunidades de melhoria ao negócio, o presente estudo busca através
da intervenção empresarial apresentar a importância de a empresa possuir seu planejamento
estratégico documentado, bem como elucida-lo.

3 Objetivo Geral

3.1 Objetivos específicos.

Compreender e elucidar aos gestores o processo do planejamento estratégico, bem como


estruturar o processo de forma a garantir que seus esforços estejam em uma direção solida.

3.2 A principal finalidade.

Identificar possíveis fatores de melhoria e quais são os pontos fortes da loja.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nos últimos anos o setor lojista tem passado pelo constante crescimento da concorrência,
com a globalização e vendas diretamente em plataformas virtuais, isso provoca competições entre
pequenas e grandes empresas refletindo diretamente nos serviços oferecido aos consumidores, que
passaram a se adaptar com as novas plataformas de vendas.

Segundo Gause (apud HENDERSON AND MONTGOMERY,1998) dois


competidores não conseguem sobreviver em um mesmo ambiente utilizando as mesmas maneiras
de sustento, seja na natureza ou nos negócios a estratégia existe e deve ser planejada,
desenvolvendo vantagens competitivas. Assim como para as organizações se manterem ativas no
mercado é necessária à diferenciação das mais importantes características para se destacarem nos
diversos segmentos de mercado através de valores, princípios, produtos e serviços (HENDERSON
apud MONTGOMERY, Cynthia; PORTER, Michael, 1998, p.3).

Segundo Chiavenato (2003, p.39), o planejamento estratégico é um processo de formulação


de estratégias organizacionais no qual se busca a inserção da organização e da sua missão no meio
ambiente em que ela está atuando.

No significado geral sobre “estratégia” de acordo com Barbosa e Brodani (2005, pag. 109)
observa-se que seu norte principal diz respeito a ser capaz de posicionar- se corretamente frente
às situações principalmente quando se está diante de incertezas e turbulências do ambiente, seja
ele no plano financeiro, seja no âmbito de suas atividades internas e processuais.

Apesar de ser uma atividade voltada para o futuro, o planejamento deve ser constante
e permanente e, se possível, acolhendo o maior número de colaboradores na sua elaboração e
implementação. Para se obter sucesso no planejamento, é essencial que conheça o ambiente em que
a organização está inserida, isto é, sua região, sua missão, seus objetivos e, acima de tudo, todos os
fatores chaves para o seu sucesso. Maximiano (2009) define que planejamento, além de ser um
processo de tomada de decisões, é também definir objetivos ou resultados a serem alcançados,
assim como Lacombe e Heilborn, que defendem que para se ter uma perspectiva a longo prazo, é
necessário que se planeje agora o que se quer para o futuro. Montana e Charnov (2010) acrescentam
que o planejamento envolve três etapas: escolher um destino, avaliar rotas alternativas e determinar
um curso específico para alcançar o destino escolhido. Segundo Schermerhorn (2007), são inúmeros
os benefícios do planejamento na administração, pois ele melhora o foco e a flexibilidade da
instituição, duas coisas importantes para o sucesso da empresa; melhora a orientação para ação, ou
seja, ajuda para que a empresa não fique para trás, sempre pensando no futuro se preparando para
eventuais problemas; melhora a coordenação, fazendo com que a organização dentro da empresa
seja mais efetiva, causando uma melhora na qualidade tanto da empresa quanto do seu produto;
melhora a administração do tempo, ajudando a classificar suas tarefas para fazer primeiro sempre as
de maior importância; e melhora também o controle, que é responsável por avaliar os resultados
obtidos e tomar as devidas providências. Para Maximiano (2009, p. 115), “Além do processo de
tomar decisões e competência intelectual, planejar é também uma questão de atitude”. Para ele,
planejamento envolve principalmente um preparo para o futuro, a capacidade de lidar com a
mudança.
Montana e Charnov (2010) citam que a estrutura do planejamento se divide em três níveis:
estratégico, tático e operacional. O planejamento estratégico analisa o ambiente externo a empresa
para decidir que rumo a mesma deve seguir, se é necessária alguma alteração em sua produção, ou
no tipo de produto que está desenvolvendo. O tempo entre o início dessas alterações e o resultado
final é consideravelmente longo, normalmente acima de cinco anos. Os integrantes deste nível são
os presidentes e altos executivos, devido a importância que essa tomada de decisão possui.
Enquanto o planejamento estratégico envolve questões mais gerais, o planejamento tático é o
responsável por fazer com que os objetivos estabelecidos no estratégico sejam alcançados. O tempo
de realização das metas neste nível são menores que o do anterior, normalmente entre um a cinco
anos, e estão envolvidos ainda os executivos da empresa, com os gerentes ou funcionários
responsáveis pela organização.
O planejamento operacional assegura que tudo esteja disponível e pronto para produzir o
produto final para o cliente. O tempo para as atividades nesse nível variam de um ano para menos,
podendo até mesmo ser mensal. Assim como para Montana e Charnov, Daft também separa a
estrutura do planejamento em níveis, porém com um nível a mais, que ele enquadra acima do nível
tático e que ele chama de Declaração da missão e define como “a razão da existência da
organização” (DAFT, Administração, 2020, p.242), é o que distingue ela das demais organizações.
Lacombe e Heilborn (2008) definem os componentes do planejamento como: premissas básicas,
diagnóstico, estimativas, projeções, cenário, objetivos (gerais e setoriais), metas, políticas
(diretrizes), procedimentos (normas), planos (estratégicos e operacionais), programas, projetos,
cronogramas (físicos e financeiros), orçamentos. Na administração, metas se definem por serem
resultados a se atingir em determinado espaço de tempo, enquanto objetivos são os propósitos
permanentes que devem ser atingidos, ou seja; as metas são estabelecidas como uma consequência
dos objetivos. Os objetivos por sua vez, podem ser classificados em duas categorias; como objetivos
principais, que são os objetivos gerais da empresa. O plano de uma empresa é o propósito geral de
seu planejamento, o que possibilita a realização do mesmo. Segundo Lacombe e Heilborn (2010
p. 172): O planejamento deve ser um processo contínuo, portanto o plano não é o produto final do
processo do planejamento, mas o instrumento que o expressa num determinado momento. O plano
diretor é o plano geral de algum departamento, sendo assim muito abrangente. Maximiano diz que
existem dois tipos de planos: Os temporários, que acabam assim que a tarefa é concluída, como, por
exemplo, orçamentos e cronogramas, e os planos permanentes, que são as decisões programadas,
como, por exemplo, políticas e procedimentos.
5. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EMPRESARIAL:

Segundo os relatos da proprietária e empresa está focada em crescer e manter-se no


mercado, porém não constatamos o planejamento da empresa de forma documentada,
compreendendo assim que o planejamento existe, porém não consta nos autos, não há registro dele,
dessa forma a gestão da empresa não possui um instrumento para estimar, controlar e calcular o
andamento de seus projetos e metas. O planejamento da empresa de forma documentada deve ser
uma prioridade para o negócio pois com tais documentos, a gestão poderá acompanhar de perto o
andamento, Campos (2009, p. 1) nos afirma:

Gestão Estratégica é uma forma de acrescentar novos elementos de reflexão e ação


sistemática e continuada, a fim de avaliar a situação, elaborar projetos de mudanças
estratégicas para acompanhar e gerenciar os passos de implementação. Como o próprio
nome diz, é uma forma de gerir toda uma organização, com foco em ações estratégicas em
todas as áreas.

De posse das informações apresentadas pela empresa durante a entrevista, o grupo sugere
que seja implementado o planejamento estratégico e pretende contribuir com melhorias a sua
gestão. É plausível sugerir o planejamento por composto por quatro fases, segundo Oliveira (1996):
Diagnostico estratégico, Missão da empresa, Instrumentos prescritivos e quantitativo, e Controle e
avaliação.
Na primeira etapa a empresa deverá ser analisada de forma geral: metas, missão, visão,
valores, análise externa e interna. Na seguinte fase deve ser definido a razão pela qual a empresa
existe e qual o seu posicionamento no mercado, na terceira fase são analisadas quais alternativas são
viáveis para os objetivos serem alcançados enquanto na quarta fase se faz a análise e controle da
estratégia selecionada pela empresa. A seguir
Fase I: Diagnóstico estratégico: Identificação da visão e dos valores, análise externa
(oportunidades e ameaças).
Fase II: Missão da organização: Definição da existência da empresa. Missão da empresa,
estabelecimento dos propósitos atuais. Estabelecimento da estrutura estratégica.
Fase III: Instrumentos prescritivos e quantitativos: Estabelecimento dos objetivos, desafios e
metas. Estabelecimento da estratégia e política funcional, projetos e plano de ação.
Fase IV: Controle e avaliação: Análise de indicadores de desempenho. Análise de desvio
dos objetivos. Tomada de ações corretivas, e acompanhamento das ações corretivas.
Existem diversas ferramentas que podem ser utilizadas pelas empresas, com poucas diferenças conceituais
entre elas, e com um consenso em relação as etapas e atividades necessárias para o desenvolvimento do planejamento
estratégico. O planejamento estratégico poderá ser iniciado de forma mais simples, e com o tempo aprimorado.
Atualmente podemos encontrar na internet ferramentas utilizadas como métodos para definir estratégias, um
exemplo é o Balanced Scorecard (BS). A ferramenta possibilita gerar indicadores de produtividade, avaliação de
desempenho, orçamento, custos entre outros, facilitando assim o gerenciamento das estratégias das empresas.

6. MATERIAIS E MÉTODOS

O instrumento de coleta de dados utilizado nesta pesquisa foi o questionário. A coleta de


dados é a fase da pesquisa em que se indaga a realidade e se obtêm dados pela aplicação de
técnicas. Em estudo de caso, é comum o uso de questionários e entrevistas (MARCONI;
LAKATOS, 2010).
O presente estudo foi realizado a partir de uma abordagem qualitativa, de tipo de estudo de
caráter exploratório, realizado na empresa do ramo comercial de confecções, caçados e roupas de
cama, mesa e banho Loja Nazari, os dados foram conciliados com o questionário aplicado na
entrevista com a sócia-proprietária Mariza Nazari. Foram utilizados registros, anotações, e
consultados dados no site oficial da empresa, além da observação in loco.
Para a pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, a técnica de observação é frequentemente
combinada com entrevistas rápidas e em um tom informal (GODOY, 1995).

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Percebe-se a necessidade das empresas de todos os portes terem o seu planejamento estratégico, o
qual poderá ser realizado de acordo com suas particularidades e necessidades. Conforme Terence
(2002) nos áfirma:

As pequenas empresas possuem algumas particularidades, decorrentes de sua estrutura, que


influenciam sua gestão e atuação no mercado. Desta forma, os estudos relativos às suas
técnicas de gestão são fundamentais para a melhor utilização destas e alocação eficaz dos
seus escassos recursos. Na grande maioria das vezes, as pequenas empresas não necessitam
de técnicas complexas de gestão, apenas formas adequadas às suas especificidades.
8. CONCLUSÃO

Conclui-se que o planejamento sozinho não alcança as metas e os objetivos, é necessário a gestão
trabalhar em cima do planejamento, afim de controlar, acompanhar e se necessário corrigi-lo. As
empresas têm uma grande dificuldade em implementar e dar andamento no planejamento
estratégico, as gestões das empresas são realizadas geralmente com um misto de tino comercial,
empreendedorismo e oportunismo, sendo assim necessário capacitação dos gestores e profissionais
envolvidos na gestão das empresas para planejar o negócio e controlar seus resultados.
A implementação da gestão estratégica na empresa, com forma de documento deve contribuir
mutuamente para alcançar os objetivos, controlar e direcionar a empresa para uma excelente gestão
de negócio.
O presente estudo observou que em determinadas organizações, o líder guia o sentido que as
pessoas devem adotar em seus trabalhos, pois as etapas desempenhadas não podem fugir do foco do
objetivo traçado inicialmente. Uma boa eficácia do líder garante que seu modo de comandar a
equipe será seguro e confiante, pois nem todo gerente ou administrador de uma empresa é um líder
eficaz. Observou se também que o ambiente ao seu redor pode influenciar na eficácia do resultado
final de um determinado trabalho.

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação –


Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

CAMPOS, Wagner. O que é a gestão estratégica? 2009. Disponível em: http://www.artigonal.com/.


Acesso em: 01 mar. 2016

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São
Paulo: Ed. Pearson, 2006.

CHIAVENATO, Idalberto; Fundamentos de administração: planejamento, organização,


direção e controle para incrementar competitividade e sustentabilidade. 1 ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2016.
DA SILVA, Gleidson Macedo; BORGES, Renata Ferreira; MORAES, João Paulo Marques. A importância do
planejamento estratégico para pequenas empresas. Revista Gestão, Inovação e Negócios, n. 4, p. 01-21,
2013.
FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo:
Atlas, v. 5, 2011.

GODOY, A.S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades: uma revisão histórica dos
principais autores e obras que refletem esta metodologia de pesquisa em ciências sociais. Rev Adm.
Empresas, v.35, n.2, p.57-63, 1995.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.

MONTGOMERY, Cynthia; PORTER, Michael. Estratégia A Busca da Vantagem Competitiva. 4.


ed. Rio de Janeiro: Campus,1998.

MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013.

OLIVEIRA, DjalmaPinho Rebouças de. Planejamento Estratégico. São Paulo: Atlas, 1996

PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed.


Intersaberes, 2016.

TERENCE, Ana Cláudia Fernandes. Planejamento estratégico como ferramenta de competitividade na


pequena empresa: desenvolvimento e avaliação de um roteiro prático para o processo de elaboração
do planejamento. 2002. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

Você também pode gostar