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Ijuí
2017
Jonas Felipe Führ (jonasfelipe.fuhr@gmail.co m). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/ UNIJUÍ, 2017
JONAS FELIPE FÜHR
Ijuí
2017
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Análise ergonômica de postos de trabalho, ao computador, em um escrit ório de uma empresa metalúrgica.
JONAS FELIPE FÜHR
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovado em sua forma final pelo
professor orientador e pelos membros da banca examinadora.
BANCA EXAMINADORA
Jonas Felipe Führ (jonasfelipe.fuhr@gmail.co m). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/ UNIJUÍ, 2017
Dedico este trabalho a toda a minha família e as
pessoas que colaboraram para a sua realização.
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AGRADECIMENTOS
Jonas Felipe Führ (jonasfelipe.fuhr@gmail.co m). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/ UNIJUÍ, 2017
“Bondade e misericórdia certamente me seguirão
todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do
Senhor para todo o sempre.”
Salmo 23.6
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RESUMO
Jonas Felipe Führ (jonasfelipe.fuhr@gmail.co m). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/ UNIJUÍ, 2017
ABSTRACT
The present work deals with the importance of the ergonomic question and the
environmental conditions in the workstations to the computer.Among the ergonomic risks that
have more relation with the use of computers can be emphasized the requirement of inadequate
posture, in prolonged working days and the use of imprudent furniture.In addition to these risks,
the general conditions of the environment (lighting, temperature and noise) have a great influence
on productivity and quality at work.Computer work should follow parameters established by the
NR-17, protecting the worker from repetitive effort injuries (RSI), which are repetitive work
related diseases and reach a large part of the users of this work tool.The focus of the present study
is the ergonomic evaluation of three computer workstations in an office of a metallurgical
company located in the municipality of Ijuí / RS, identified their differences in relation to NR-17
and proposed improvements for all the analyzed stations. It can be seen that the three jobs
analyzed, some of them are in compliance with NR-17 and other related regulatory standards.
The results show that the ergonomic issue in computer jobs is not given due importance and that
we need to work to make the work environment healthier for all workers.
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LISTA DE FIGURAS
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LISTA DE TABELAS
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LISTA DE SIGLAS
NR Norma Regulamentadora
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 12
1.1 CONTEXTO...................................................................................................... 13
1.2 PROBLEMA ..................................................................................................... 13
1.2.1 Questões da pesquisa ....................................................................................... 13
1.2.2 Objetivos da pesquisa ...................................................................................... 13
1.2.3 Delimitação....................................................................................................... 14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................... 15
2.1 ERGONOMIA................................................................................................... 15
2.2 ANTROPOMETRIA E POSTOS DE TRABALHO ........................................ 18
2.3 NORMA REGULAMENTADORA Nº 17 (NR-17)......................................... 19
2.4 CONDIÇÕES AMBIENTAIS........................................................................... 29
2.4.1 Temperatura e umidade.................................................................................. 30
2.4.2 Ruído................................................................................................................. 30
2.4.3 Iluminância ...................................................................................................... 32
2.5 DOENÇAS E LESÕES RELACIONADAS AO TRABALHO ....................... 34
2.6 GINÁSTICA LABORAL.................................................................................. 34
3 METODOLOGIA............................................................................................ 37
3.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA .......................................................................... 37
3.2 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DO SETOR ADMINISTRATIVO
........................................................................................................................... 37
3.3 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DO DEPARTAMENTO
PESSOAL .......................................................................................................................... 38
3.4 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DO SETOR DE COMPRAS E
EMISSÃO DE NOTAS FISCAIS ..................................................................................... 39
3.5 MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS ..................................................... 40
3.5.1 Análise Antropométrica .................................................................................. 40
3.5.1.1 Mesa e Assento .................................................................................................. 40
3.5.2 Condições Ambientais ..................................................................................... 41
3.5.2.1 Temperatura e umidade..................................................................................... 41
3.5.2.2 Ruído Ambiental ................................................................................................ 42
3.5.2.3 Iluminância ........................................................................................................ 43
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................. 45
4.1 ANÁLISE ERGONÔMICA .............................................................................. 45
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4.1.1 Posto de trabalho do setor administrativo (ADM.) ...................................... 45
4.1.2 Posto de trabalho do setor de departamento pessoal (D. P.) ....................... 46
4.1.3 Posto de trabalho do setor de compras e emissão de notas fiscais .............. 48
4.2 ANÁLISE TÉRMICA ....................................................................................... 49
4.3 ANÁLISE DO RUÍDO...................................................................................... 51
4.4 ANÁLISE LUMÍNICA ..................................................................................... 51
5 CONCLUSÃO.................................................................................................. 53
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 54
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1 INTRODUÇÃO
Os riscos ergonômicos que têm maior relação com o uso de computadores são: exigência
de postura inadequada, utilização de mobiliário impróprio, imposição de ritmos excessivos,
trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade. Além
desses riscos, as condições gerais do ambiente (iluminação, temperatura e ruído) têm grande
influência no comportamento dos trabalhadores.
Atualmente, as empresas buscam ser altamente competitivas em mercados cada vez mais
globalizados, pois há uma unanimidade na certeza de que o homem é o principal elemento
diferenciador e o agente responsável pelo sucesso de todo e qualquer negócio.
O termo LER – Lesões por Esforço Repetitivo – refere-se a um grupo de doenças que são
causadas fundamentalmente por movimentos repetitivos, envolvendo doenças que acometem os
músculos, tendões, nervos e estruturas articulares, geralmente regiões da coluna vertebral e
membros superiores.
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1.1 CONTEXTO
1.2 PROBLEMA
A partir do momento em que foi identificada como uma das maiores causas de ausência
ao trabalho, a questão ergonômica passou a ser uma preocupação constante das empresas. Além
da geração de custos diretos e indiretos elevados, as conseqüências destes afastamentos têm
contribuído para a diminuição da qualidade de vida dos trabalhadores lesionados, já que são bem
conhecidos os efeitos psicológicos e sociais dos acometidos por doenças causadas pela
inadequabilidade dos postos de trabalho e dos processos produtivos, os quais impõem ritmos
repetitivos, emprego de força, posições antiergonômicas, entre outros fatores de riscos potenciais.
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1.2.3 Delimitação
O tema abordado foi escolhido visto que, ao contrário do que geralmente se supõe, o
trabalho na posição sentada e com computadores pode originar uma série de dores e
complicações aos trabalhadores.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 ERGONOMIA
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tecnologia das indústrias, para proporcionar um melhor conforto e um melhor desempenho nos
diversos cargos dentro da organização, em relação aos trabalhadores.
A ergonomia pode dar diversas contribuições para melhorar as condições de trabalho. Nas
empresas, estas podem variar de acordo com a etapa que ocorrem. A contribuição da ergonomia,
de acordo com a ocasião em que é feita, classifica-se em concepção, correção, conscientização e
participação (IIDA, 2005).
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O ambiente de trabalho precisa ser adequado ao homem e à tarefa que ele vai
desempenhar. O que caracteriza o posto de trabalho ao computador e seus constituintes físicos
(mesa, cadeira, teclado, etc), sob a ótica da ergonomia, é a sua flexibilidade, ou seja, sua
capacidade de se ajustarem às características específicas dos seus usuários.
Conforme Iida (2005), a antropometria trata das medidas físicas do corpo humano.
Aparentemente, medir as pessoas seria uma tarefa fácil, bastando para isso ter uma régua, trena e
balança. Todavia, isso não é tão simples, quando se pretende obter medidas representativas
confiáveis de uma população, a qual é formada por indivíduos dos mais variados tipos e
dimensões. Alem disso, as condições em que essas medidas são realizadas influenciam de
maneira considerável nos resultados.
O posto de trabalho é composto pelo conjunto de componentes que formam o ambiente
físico imediato no qual a pessoa trabalha e com o qual interagem diretamente, incluindo
mobiliário, máquinas, ferramentas, acessórios, materiais, produto. Cada componente do posto de
trabalho deve ter a sua própria adequação ergonômica e deve apresentar ainda, um bom arranjo
dos seus componentes e uma boa relação de distribuição espacial entre os mesmos (DUL, 1995
apud TAVARES E BIEGER, 2005).
De acordo com Iida (2005), basicamente há dois tipos de enfoque para se analisar o posto
de trabalho: o taylorista e o ergonômico.
O enfoque taylorista é conhecido também pelo estudo dos tempos e movimentos. A
seqüência de movimentos necessários para executar uma determinada tarefa é baseada em uma
série de princípios de economia de movimentos, o melhor método é escolhido pelo critério de
menor tempo gasto.
Este enfoque contribuiu para o desenvolvimento da indústria na primeira metade do
século XX, entretanto, admite-se hoje que os seus resultados nem sempre são os mais eficazes,
pois leva a produzir métodos cada vez mais simples e repetitivos, o qual gera concentração de
carga de trabalho sobre determinados movimentos musculares, produzindo excessiva fadiga
localizada, além da monotonia.
No enfoque ergonômico, as máquinas, equipamentos, ferramentas e materiais são
adaptados às características do trabalho e capacidades do trabalhador, buscando promover o
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b) Será aceita superfície regulável única para teclado e monitor quando este for dotado de
regulagem independente de, no mínimo, 26 centímetros no plano vertical;
c) A bancada sem material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade de 75
centímetros medidos a partir de sua borda frontal e largura de 90 centímetros que proporcionem
zonas de alcance manual de, no máximo, 65 centímetros de raio em cada lado, medidas centradas
nos ombros do operador em posição de trabalho;
d) A bancada com material de consulta deve ter, no mínimo, 90 centímetros a partir de
sua borda frontal e largura de 100 centímetros que proporcionem zonas de alcance manual de, no
máximo, 65 centímetros de raio em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em
posição de trabalho, para livre utilização e acesso de documentos;
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De acordo com Iida (1990), a área de alcance ótimo sobre a mesa pode ser traçada,
girando-se os antebraços em torno dos cotovelos com os braços caídos normalmente (Figura 2).
Estes descreverão um arco com raio de 35 a 45 cm. A parte central, situada em frente ao corpo,
fazendo interseção com os dois arcos, será a área ótima para se usar as duas mãos. Á área de
alcance máximo será obtida fazendo-se girar os braços estendidos em torno do ombro,
descrevendo arcos de 55 a65 cm de raio (Figura 3). A faixa situada entre a área ótima e aquela de
alcance máximo deve ser usada para tarefas menos freqüentes ou que exijam menos precisão. As
tarefas de maior freqüência e com maiores exigências de precisão, devem ser executadas dentro
da área ótima.
e) O plano de trabalho deve ter bordas arredondadas, conforme a Figura 3;
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Fonte:http://www.zagros.com.br/ (2016)
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Fonte:http://www.mundoergonomia.com.br/ (2016)
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De acordo com o item 17.3.3, os assentos utilizados nos postos de trabalho também
devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:
a) Altura ajustável a altura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c) Borda frontal arredondada;
d) Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar;
Conforme a alínea j do anexo II, os assentos devem ser dotados de:
1) Apoio em 05 pés, com rodízios cuja resistência evite deslocamentos involuntários e
que não comprometam a estabilidade do assento, conforme a Figura 7;
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b) Ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a
utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.
A Figura 13 mostra dicas para uma postura correta do trabalho ao computador.
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De acordo com o item 17.5.1, as condições ambientais de trabalho devem estar adequadas
às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e
atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições
de conforto (item 17.5.2):
a) Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152/1987 – Níveis de ruído
para conforto acústico, norma brasileira registrada no INMETRO;
b) Índice de temperatura efetiva entre 20ºC e 23°C;
c) Velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) Umidade relativa do ar não inferior a 40%.
Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não
apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído
aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A). Os parâmetros previstos no subitem
17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados
próximos a zona auditiva.
Conforme o item 17.5.3, em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada,
natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada a natureza da atividade. A iluminação deve
ser uniformemente distribuída e difusa.
A medição dos níveis de iluminamento, subitem 17.5.3.4, deve ser feita no campo de
trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a
sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. Quando não puder ser
definido o campo de trabalho, este será um plano horizontal a 0,75 metros do piso.
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Segundo Iida (1990), uma grande fonte de tensão no trabalho são as condições ambientais
desfavoráveis, como excesso de calor, ruídos e vibrações. Esses fatores causam desconforto,
aumentam o risco de acidentes e podem provocar danos consideráveis a saúde do trabalhador.
2.4.2 Ruído
O ruído caracteriza-se por ser uma mistura complexa de sons, inútil, indesejável e
desagradável, podendo ser prejudicial à saúde humana. Sua amplitude é medida em níveis de
pressão sonora, utilizando o decibel (dB), o qual representa a relação logarítmica entre a variação
de pressão efetivamente medida e uma pressão de referência adotada.
Conforme Iida (1990), outra definição, de natureza mais operacional, considera o ruído
um estímulo auditivo que não contém informações úteis para a tarefa em execução.
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2.4.3 Iluminação
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Comparação entre a NBR 5413/1992 e a ISO CIE 8995/2013 para níveis de iluminância
NBR 5413/1992 ISO CIE/2013
300 – 500 -750 (lux) 500 (lux)
Fonte: NBR 5413/1992 e ISO CIE 8995/2013
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A cada ano que passa mais doenças ocupacionais são identificadas como motivo de
afastamento dos trabalhadores das empresas. Os exercícios laborais visam à promoção da saúde e
a melhora das condições de trabalho.
Segundo Zilli (2002, p. 35-36), a Rússia foi citada realizando a ginástica da pausa
adaptada para cada cargo em 150.000 empresas, envolvendo 5 milhões de trabalhadores. Na
Bulgária e na antiga União Soviética comprovou-se que o tempo de pausa era compensado com a
produtividade e ainda percebeu-se a melhora na acomodação visual em trabalhos de precisão e
otimização da reação visomotora entre 42% e 65% das pessoas que executavam um programa de
ginástica de pausa.
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A mesma autora relata que em 1928, teve origem no Japão com exercícios diários
executados pelos funcionários dos Correios a fim de se descontraírem e cultuar a saúde.
Conforme Polito e Bergamaschi (2003, p. 25), após a Segunda Guerra Mundial, este
hábito foi difundido por todo o país, e atualmente, um terço dos trabalhadores japoneses
exercitam-se diariamente, tendo obtido como resultados, a diminuição dos acidentes de trabalho,
o aumento da produtividade e a melhoria do bem - estar dos trabalhadores.
De acordo com Zilli (2002, p. 36), os primeiros registros sobre a ginástica laboral no
Brasil, datam de 1966, nos estaleiros Ishikavajima, introduzida pelos japoneses e, em 1973, na
Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior de Novo Hamburgo (FEEVALE) com
experiências realizadas por meio da aplicação de programas de atividades físicas que em conjunto
com o SESI implantaram o programa de Ginástica Laboral Compensatória em cinco empresas da
região do Vale dos Sinos.
Para Figueiredo e Alvão (2005, p. 69) pode-se arriscar a conceituar a ginástica laboral
como uma atividade física realizada durante a jornada de trabalho, com exercícios de
compensação aos movimentos repetitivos, à ausência de movimentos, ou a posturas
desconfortáveis assumidas durante o período de trabalho.
Segundo Oliveira (2006, p. 3), ginástica laboral são exercícios efetuados no próprio local
de trabalho, com sessões de cinco, dez ou quinze minutos, tendo como principais objetivos a
prevenção das LER/DORT e a diminuição do estresse, através dos exercícios de alongamento e
de relaxamento.
A ginástica laboral pode ser classificada em três tipos:
• Ginástica Laboral de Aquecimento ou Preparatória: é realizada antes da jornada de
trabalho e o seu principal objetivo é preparar o indivíduo para o início do trabalho;
• Ginástica Laboral de Pausa ou Compensatória: é realizada durante as pausas obrigatórias
objetivando aliviar as tensões, fortalecer a musculatura do trabalhador e impedir a instalação dos
vícios de postura;
• Ginástica Laboral de Relaxamento: é realizada no final da jornada de trabalho, e tem
como principais objetivos a redução do estresse, alívio das tensões e a melhora na função social.
• Ginástica Laboral Corretiva: é aplicada a um grupo reduzido de pessoas, utilizando
exercícios que visam fortalecer a musculatura e atenuar as conseqüências provenientes de
condições ergonômicas inadequadas no ambiente de trabalho.
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A Ginástica Laboral (Figura 15) proporciona benefícios, tanto para o trabalhador, quanto
para a empresa. Além de prevenir as LER/DORT, contribui para a melhora do relacionamento
interpessoal e o alívio das dores corporais.
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3 METODOLOGIA
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O segundo posto de trabalho analisado foi o do setor de departamento pessoal (Figura 17).
As atividades são realizadas por um funcionário do sexo feminino e consiste na análise de
documentos referentes à rotina trabalhista, admissão e demissão de funcionários, cálculo de
férias, folha de pagamento.
Para a realização das suas tarefas, o funcionário utiliza computador, máquina de calcular e
telefone, localizados em uma mesa de trabalho. A jornada de trabalho semanal é de 44 horas, e o
horário diário da realização das atividades se dá entre 07h30min e 11h50min e entre 13h30min e
18h05min de segunda a quinta-feira, e sexta-feira das 07h30min e 11h50min e a tarde entre
13h30min e 17h30min.
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Este posto de trabalho também localiza-se no térreo, o piso é cerâmico e as paredes são
em alvenaria, e o forro é de laje maciça. O local possui iluminação natural, através de vidros e
artificial por lâmpadas fluorescentes.
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Para a realização das medições antropométricas e das condições ambientais nos postos de
trabalho, foram utilizados os seguintes equipamentos: trena, termômetro e umidade,
decibelímetro digital e luxímetro.
Para a realização da análise antropométrica dos postos de trabalho foi utilizada uma trena,
para a verificação das medidas das mesas e cadeiras, conforme a Figura 19.
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Figura 20: Termômetro sobre a mesa de trabalho para a medição da temperatura e umidade
Para a medição do ruído foi utilizado o equipamento Decibelímetro Digital, marca Impac,
modelo IP-130. Para a realização da medição, o equipamento foi ligado e selecionado a curva de
ponderação A, à qual é apropriada para fazer medições de sons e ruídos ambientais. O mesmo foi
colocado sobre a mesa de cada posto de trabalho (Figura 21), em seguida realizou-se a leitura do
valor indicado no mostrador.
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3.5.2.3 Iluminância
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Como este posto de trabalho possui duas mesas independentes, optou-se por analisar a
mesa de menor dimensão, na qual está localizado o computador. Em relação à mesma, observa-
se, conforme a Tabela 4, que a sua largura, profundidade, profundidade livre para os joelhos e a
profundidade livre para os pés, não estão de acordo com o recomendado pela NBR 13966/1997, a
qual especifica as características físicas e dimensionais para as mesas para escritórios.
Recomendado
Variável NBR 13966/1997 Medido Observação
Mínimo Máximo
Altura da mesa de trabalho 720 750 740 De acordo com a norma
Largura da mesa de trabalho 800 ― 680 Em desacordo com a norma
Profundidade da mesa de trabalho 600 1100 410 Em desacordo com a norma
Altura livre sob o tampo 650 ― 720 De acordo com a norma
Profundidade livre para os joelhos 450 ― 300 Em desacordo com a norma
Profundidade livre para os pés 570 ― 300 Em desacordo com a norma
Largura livre para as pernas 600 ― 680 De acordo com a norma
Fonte: Autoria Própria (2017)
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revestido com material que permite a perspiração na cor azul, permitindo a movimentação sob o
tampo da mesa na qual está localizado o computador, contudo não permite a movimentação sob o
tampo da mesa lateral, onde estão localizados os documentos. O encosto da cadeira possui altura
da superfície superior ajustável em relação ao piso, entre 37 e 50 centímetros, e a sua
profundidade útil é de 42 centímetros, conforme recomendações da NR-17. O assento possui
ainda apoio para os braços regulável em altura e borda frontal arredondada.
Abaixo estão descritas inconformidades deste posto de trabalho em relação a NR-17:
● O monitor de vídeo, o teclado e o mouse, não estão apoiados em superfícies com
mecanismos de regulagem independentes, conforme o ítem 2, do Anexo II da norma.
● Encosto não é ajustável em sentido antero-posterior;
Após analisar qualitativamente e quantitativamente o posto de trabalho, e para adequação
do mesmo as normas, as seguintes recomendações de alteração são necessárias:
● O monitor do computador deve ser apoiado em superfície que contenha mecanismo
para a regulagem de altura conforme a necessidade do funcionário, evitando também reflexos da
iluminação do ambiente;
● A mesa analisada, na qual está localizado o computador, deve ser trocada por outra
maior com ajuste de altura da superfície de trabalho, e com a superfície de apoio para o teclado e
o mouse com ajuste independente de altura, atendendo as recomendações necessárias para o
trabalho.
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Recomendado
Variável NBR 13966/1997 Medido Observação
Mínimo Máximo
Altura da mesa de trabalho 720 750 740 De acordo com a norma
Largura da mesa de trabalho 800 ― 1500 De acordo com a norma
Profundidade da mesa de trabalho 600 1100 750 De acordo com a norma
Altura livre sob o tampo 650 ― 680 De acordo com a norma
Profundidade livre para os joelhos 450 ― 650 De acordo com a norma
Profundidade livre para os pés 570 ― 650 De acordo com a norma
Largura livre para as pernas 600 ― 530 Em desacordo com a norma
Fonte: Autoria Própria (2017)
Ainda em relação à mesa de trabalho, observa-se que a mesma não possui bordas
arredondadas e o dispositivo de apontamento na tela (mouse) está apoiado na mesma superfície
do teclado, com espaço suficiente para sua livre utilização, conforme prescreve a NR-17.
O assento utilizado para as atividades, no posto de trabalho do departamento pessoal,
possui apoio em cinco pés com rodízios, encosto com espuma de alta densidade, revestida com
material que permite a perspiração na cor cinza, permitindo também a movimentação sob o
tampo da mesa. O encosto da cadeira possui altura da superfície superior ajustável em relação ao
piso, entre 37 e 50 centímetros, e a profundidade útil entre 38 e 46 centímetros, conforme
recomendações da NR-17. O assento possui ainda apoio para os braços regulável em altura e
borda frontal arredondada.
Abaixo estão descritas suas inconformidades:
● O monitor de vídeo, o teclado e o mouse, não estão apoiados em superfícies com
mecanismos de regulagem independentes, conforme o item 2, do Anexo II da norma.
● Encosto não é ajustável em altura e em sentido ântero-posterior;
Após analisar qualitativamente e quantitativamente o posto de trabalho, e para adequação
do mesmo as normas, as seguintes recomendações de alteração são necessárias:
● O monitor do computador deve ser apoiado em superfície que contenha mecanismo
para a regulagem de altura conforme a necessidade do funcionário, evitando também reflexos da
iluminação do ambiente;
Jonas Felipe Führ (jonasfelipe.fuhr@gmail.co m). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/ UNIJUÍ, 2017
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Recomendado
Variável NBR 13966/1997 Medido Observação
Mínimo Máximo
Altura da mesa de trabalho 720 750 730 De acordo com a norma
Largura da mesa de trabalho 800 ― 1500 De acordo com a norma
Profundidade da mesa de trabalho 600 1100 700 De acordo com a norma
Altura livre sob o tampo 650 ― 710 De acordo com a norma
Profundidade livre para os joelhos 450 ― 700 De acordo com a norma
Profundidade livre para os pés 570 ― 700 De acordo com a norma
Largura livre para as pernas 600 ― 850 De acordo com a norma
Fonte: Autoria Própria (2017)
A empresa dispõe de um aparelho climatizador tipo split 12000 BTUS, para o controle da
temperatura.
A medição da temperatura e umidade foi realizada no mês de novembro de 2016. Foram
feitas seis medições por dia, durante o período de três dias. As medições foram realizadas às 08h,
10h, 12h, 14h, 16h e 18h. Nos setores administrativo e departamento pessoal foi realizada uma
única medição, pois ambos estão localizados próximos um do outro.
Na Tabela 7, estão descritas as temperaturas médias encontradas nos três setores
analisados, nos horários observados.
Analisando-se os resultados da Tabela 7, observa-se que em todas as medições a
temperatura ficou acima do índice de temperatura efetiva máxima recomendada pela NR-17, a
qual é de 23 ºC. A maior temperatura média encontrada foi no setor de compras, a qual estava 3
ºC acima da temperatura máxima recomendada por norma.
Jonas Felipe Führ (jonasfelipe.fuhr@gmail.co m). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/ UNIJUÍ, 2017
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Setor Recomendado
Variável Turno Horas Adm. D. P. Compras NR-17
08h 24,4 24,4 24,7
Manhã 10h 24,8 24,8 25,2
12h 24,8 24,8 25,1
Temperatura Média 24,7 24,7 25 20 – 23 ºC
ºC 14h 24,8 24,8 25,9
Tarde 16h 25 25 26
18h 25,4 25,4 26,1
Média 25 25 26
Fonte: Autoria Própria (2017)
Setor Recomendado
Variável Turno Horas Adm. D. P. Compras NR-17
08h 63,6 63,6 67,5
Manhã 10h 66,5 66,5 67,4
12h 66,6 66,6 67,7
Umidade Média 65,6 65,6 67,5 > 40%
% 14h 63,2 63,2 63,9
Tarde 16h 60,5 60,5 58,5
18h 62,4 62,4 61,5
Média 62 62 61,3
Fonte: Autoria Própria (2017)
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Análise ergonômica de postos de trabalho, ao computador, em um escrit ório de uma empresa metalúrgica.
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Os valores medidos para o nível de ruído nos postos de trabalho estão descritos na Tabela
9. Observa-se que em todos os postos de trabalho analisados os níveis de ruído estão de acordo
com o recomendado pela NBR 10152/1987 e a NR-17, as quais prescrevem que o nível de ruído
aceitável para efeito de conforto em escritórios é de até 65 dB(A).
CONDIÇÃO DE CONFORTO
Posto de trabalho Variável Recomendado (dB) Medido
Administrativo Ruído – dB(A) 65 60 dB(A)
Departamento Pessoal 65 60 dB(A)
Compras 65 58 dB(A)
Fonte: Autoria Própria (2017)
Observa-se ainda que o menor valor encontrado foi no setor de compras, onde o valor
medido foi de 58 dB(A).
Jonas Felipe Führ (jonasfelipe.fuhr@gmail.co m). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/ UNIJUÍ, 2017
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Análise ergonômica de postos de trabalho, ao computador, em um escrit ório de uma empresa metalúrgica.
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5 CONCLUSÃO
Jonas Felipe Führ (jonasfelipe.fuhr@gmail.co m). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/ UNIJUÍ, 2017
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REFERÊNCIAS
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Janeiro, 2013.
DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomia prática. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 1995.
CARVALHO, Antonio Vieira. Administração de Recursos Humanos. V.1. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2004.
CRUZ, Janete Araujo. Análise dos fatores ergonômicos do ambiente e sua relevância para a
melhoria das condições de trabalho e do clima organizacional: um estudo de caso no Fórum
da Comarca de Gloria – BA. 2010. Monografia (Graduação) – Faculdade Sete de Setembro,
Bahia, 2010.
FIGUEIREDO F, ALVÃO MA. Ginástica laboral e Ergonomia. Rio de Janeiro: Sprint, 2005.
IIDA, I. Ergonomia: Projeto e Produção. 2ª Edição ver. e ampl.. São Paulo: Blucher, 2005.
MATOS, M.P.; SANTOS, U.P. Ruído: riscos e prevenção. São Paulo: Hucitec, 1994. 103p.
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Análise ergonômica de postos de trabalho, ao computador, em um escrit ório de uma empresa metalúrgica.
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OLIVEIRA JRGO. A prática da ginástica laboral. 3ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.
POLITO E, BERGAMASCHI EC. Ginástica laboral: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint,
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terminais de vídeo, correlacionando suas inadequações com repercussões oculares em
trabalhadores - Estudo de Caso. Tese de Mestrado. João Pessoa. PPGEP/UFPB.1996, 127p.
TREBIEN, Eunice Ivana; MACHADO, Mirian Magnos; SACKSER, Roseli Maria. Qualidade
de Vida no Trabalho. Disponível em:<http://www.assesc.edu.br/download/3
_jornada_cientifica/qualidade_vida_trabalho.pdf>. Acesso: 10 nov. 2016.
Jonas Felipe Führ (jonasfelipe.fuhr@gmail.co m). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/ UNIJUÍ, 2017