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CODIGO DE TRÂNSITO – AULA 04

VEÍCULOS

1. Classificação Geral art.96

1.1 Classificação de Veículos quanto à TRAÇÃO (art.96, I):


Classificar um veículo quanto à tração significa basicamente dizer o que faz com que ele se desloque, saia
do lugar, seja tracionado.

1.1.1 Veículo AUTOMOTOR


Veículo automotor é todo aquele movido a algum tipo de motor de propulsão (gasolina, GNV, diesel,
álcool, elétrico, qualquer que seja o combustível).
Também podemos considerar como automotor aqueles ônibus elétricos que ainda circulam em algumas
cidades, conectados à rede elétrica.

1.1.2 Veículo ELÉTRICO

Ex: O BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre trilhos.


No artigo 96, II, alínea “a”, item 10, temos que este veículo somente existe na espécie PASSAGEIRO.

1.1.3 O REBOQUE e o SEMIRREBOQUE


REBOQUE – veículo destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor.
SEMIRREBOQUE – veículo apoia-se na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de articulação.
❖ Entende-se por unidade tratora o outro veículo responsável por tracionar o semirreboque seja por
meio de encaixe ou articulação.
❖ O reboque e o semirreboque são veículos que têm duas características essenciais:
→ NÃO se deslocam por seus próprios meios;
→ Necessitam SEMPRE de um veículo automotor para tracioná-lo.

❖ O fato de o reboque ou o semirreboque serem veículos sempre tracionados, não os dispensa de


serem sujeitos a registro e licenciamento como os demais veículos.

1.1.4 Veículos de TRAÇÃO ANIMAL


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O veículo de tração animal é aquele que necessita sempre de animais à sua frente para conduzi-lo.
▪ O CTB não definiu qual tipo de animal deve conduzir veículos.
▪ A autorização para conduzir esse veículo deve ser feita pelo órgão executivo de trânsito do
MUNICÍPIO, após a elaboração de uma legislação municipal.

1.1.5 Veículos de PROPULSÃO HUMANA


Para que o veículo de propulsão humana se desloque é preciso que pessoas estejam em sua traseira ou
sobre eles.

2.2 Classificação de Veículos quanto à ESPÉCIE

“Para quem você serve?”

2.2.1 Veículos da Espécie PASSAGEIROS


São aqueles destinados ao transporte de pessoas e suas bagagens.
BAGAGEM = PERTENCES PESSOAIS DO CONDUTOR E PASSAGEIRO

Alguns tipos de veículos de passageiros encontrados no Anexo I do CTB:


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2.2.2 Veículos da espécie CARGA

Temos ainda entre os veículos de carga e de passageiro as motocicletas, as motonetas e os


ciclomotores.

CARACTERÍSTICAS MOTOCICLETA MOTONETA CICLOMOTOR (mobilete)


NÚMERO DE RODAS 02 02 02/03
POSIÇÃO Montado Sentado Qualquer posição
VELOCIDADE Sem limite Sem limite Não passa de 50 km/h
CILINDRADA Acima de 50cc Acima de 50cc Não passa de 50 cc
HABILITAÇÃO A A A ou ACC
ESPÉCIE Passageiro e Carga Passageiro e Carga Passageiro
OBRIG. DO USO DO
Sim Sim Sim
CAPACETE
QUADRICICLO: São veículos de estrutura mecânica igual à da motocicleta, possuindo eixos dianteiros e
traseiro, dotado de quatro rodas, classificados tanto na espécie de passageiro quanto na de carga.

2.2.3 Veículos da espécie MISTO


Veículo misto é veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e de passageiro.
CAMIONETA: veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no mesmo compartimento.
UTILITÁRIO: veículo misto caracterizado pela versatilidade do seu uso, inclusive fora de estrada.
❖ Quanto à camioneta em caso de alteração da sua lotação (resolução CONTRAN):
→ Continua como camioneta até a lotação de 09 pessoas;
→ Caso transporte 10 ou mais pessoas, sua classificação muda para o tipo micro-ônibus e para a
espécie passageiro.

2.2.4 Veículos da Espécie COLEÇÃO


Anexo I do CTB:
VEÍCULO DE COLEÇÃO é o veículo fabricado há mais de 30 (TRINTA) ANOS, original OU modificado, que possui valor
histórico próprio.

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2.2.5 Veículos da Espécie COMPETIÇÃO
Os veículos automotores, inclusive motocicleta, motonetas e ciclomotores poderão ser registrados na
espécie competição!
Para que um veículo seja registrado como de competição, é necessária uma manifestação de seu
proprietário no sentido de solicitar ao DETRAN de registro desse veículo uma autorização prévia para que
seja providenciado o registro na nova espécie.
Existem dois tipos de veículos de competição citados pela legislação de trânsito:
1- Aqueles que sofreram alterações para ficarem mais potentes;
→ só poderá circular nas vias públicas com licença especial da autoridade de trânsito;
→ em itinerário; e
→ horário fixados.

2- Aqueles que foram construídos exclusivamente para competição, ou seja, os PROTÓTIPOS.

2.2.6 Veículos da Espécie TRAÇÃO


os veículos da espécie tração são aqueles que tracionam outro veículo ou que operam maquinários
agrícolas.
O CTB define como veículos desta espécie:
CAMINHÃO-TRATOR: veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro veículo.

TRATOR DE RODAS: aquele que possui roda (pneumáticos).

TRATOR DE ESTEIRA: aquele que nos lembra os tanques de guerra.

TRATOR MISTO: aquele que possui esteira e pneus.


2.2.7 Veículos da espécie ESPECIAL
É aquele que não pertence à espécie passageiro, carga, misto, competição, tração ou coleção.
O que torna um veículo especial é a sua carroçaria.
São os casos, segundo Resolução CONTRAN nº 291/08 por exemplo:
 de um caminhão adaptado para ser um trio elétrico;
 um automóvel que foi transformado em ambulância
 ou em veículo de funeral.

Ou ainda:
TRAILER: reboque ou semirreboque tipo casa, com duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado 5
à traseira de automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades turísticas como, alojamento
ou para atividades comerciais.
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME): veículo automotor, cuja carroçaria é fechada e destinada a
alojamento, escritório, comércio ou finalidades análogas.

2.3 Classificação de Veículos quanto à CATEGORIA


Classificar um veículo quanto à categoria é mostrar a que se destina determinado veículo ou a que
finalidade ele se presta.
Vem consignada num documento definitivo chamado CRV (Certificado de Registro de Veículo).
As categorias dos veículos são diferenciadas pelas cores de suas placas, e não pela numeração destas.
Você como proprietário, pode requerer a mudança de categoria do seu veículo. A cor da placa será
mudada, mas a sua numeração continuará com os mesmos caracteres até a baixa do veículo!

art. 97
As características dos veículos, suas especificações básicas, configuração e condições essenciais para
registro, licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN, em função de suas aplicações.

2.4 Veículos Especiais – Regras Principais


veículos são enquadrados como de emergência:

✓ os destinados a socorro de incêndio e salvamento;


✓ os de polícia;
✓ os de fiscalização e operação de trânsito.
✓ as ambulâncias e;
✓ os de salvamento difuso (esse trazido pela Resol 268), ou seja, os destinados a serviços de
emergência decorrentes de acidentes ambientais.

2.4.2 Os veículos prestadores de SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA


Devemos entender serviços de utilidade pública como aqueles destinados a atender a interesses de
sujeitos indeterminados, prestando serviços públicos ou, de interesse coletivo ou geral.
São veículos de utilidade pública (Resolução nº 268/08 art. 3º, §1º):
✓ Os destinados à manutenção e reparo de redes de energia elétrica, de água e esgotos, de gás
combustível canalizado e de comunicações;
✓ Os que se destinam à conservação, manutenção e sinalização viária, quando a serviço de órgão
executivo de trânsito ou executivo rodoviário;
✓ Os destinados ao socorro mecânico de emergência nas vias abertas à circulação pública;
✓ Os veículos especiais destinados ao transporte de valores;
✓ Os veículos destinados ao serviço de escolta, quando registrados em órgão rodoviário para tal
finalidade;
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✓ Os veículos especiais destinados ao recolhimento de lixo a serviço da administração pública.

Estes veículos devem estar identificados pela instalação de dispositivo, não removível, de iluminação
intermitente ou rotativa, e somente com luz amarelo-âmbar. A Resolução também proíbe o acionamento
ou energização do dispositivo luminoso durante o deslocamento do veículo, exceto quando em efetivo
serviço de utilidade pública.

2.4.3 Veículos EXCEPCIONAIS


(art. 99) do CTB:
Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites
estabelecidos pelo CONTRAN.
O excesso de peso será aferido por equipamento de pesagem ou pela verificação de documento fiscal;
Será tolerado um percentual sobre os limites de peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à
superfície das vias, quando aferido por equipamento tudo conforme estabelecer o CONTRAN.
Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesagem de veículos serão aferidos de acordo com a metodologia
e na periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão ou entidade de metrologia legal.

Exceção ao art. 99:


art. 101 (alterada pela Lei nº 14.071/20):

Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte DE CARGA, que não se enquadre nos limites de
peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição
sobre a via, Autorização Especial de Trânsito - AET, com prazo certo, válida para cada viagem OU PERÍODO,
atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias.

A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características do veículo ou


combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial.
Estabelece o art. 102:

O veículo de carga deverá estar devidamente equipado quando transitar, de modo a evitar o derramamento da
carga sobre a via. E será o CONTRAN que fixará os requisitos mínimos e a forma de proteção das cargas, de acordo
com a sua natureza.

 Infração:
Art. 231. Transitar com o veículo:

(...)

II - Derramando, lançando ou arrastando sobre a via: 7

a) carga que esteja transportando;

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa;

Medida administrativa - retenção do veículo para regularização;

Ainda no art. 100:


Os veículos de transporte coletivo de passageiros poderão ser dotados de pneus EXTRALARGOS;

O CONTRAN regulamentará o uso de pneus EXTRALARGOS para os demais veículos;


§3º É PERMITIDA a fabricação de veículos de transporte COLETIVO de passageiros de até 15 m de
comprimento na configuração de chassi 8x2.

2.4.4 Veículo de Transporte de CARGA INDIVISÍVEL


Considera-se como carga indivisível aquela carga que não se divide e que, devido às suas super dimensões
de tamanho e/ou peso, necessitam de veículos ou combinação de veículos adequados para seu transporte.
É de se imaginar que grande parte desses veículos terão excedidos seus pesos e tamanhos. Nesses casos,
usando-se do art.101 do CTB, citado anteriormente, para regular suas viagens.
Quanto às cargas indivisíveis, temos também os guindastes auto propelidos ou sobre caminhões, que se
misturam com o próprio veículo.
A esses veículos poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, Autorização Especial
de Trânsito (AET), com prazo de 06 meses, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias.
2.4.5 Veículos PAU-DE-ARARA

Tal autorização não poderá exceder a 12 meses, prazo a partir do qual a autoridade pública
responsável deverá implantar o serviço regular de transporte coletivo de passageiros, em
conformidade com a legislação pertinente e com os dispositivos deste Código.
Já o contrário, o transporte de carga em veículos destinados ao transporte de passageiros só pode 8
ser realizado de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN.

2.4.6 Combinação de Transporte de Veículos - CTV


A CTV, ou “Combinação para o Transporte de Veículos", vulgarmente conhecida como cegonha, é o
veículo, ou combinação de veículos, construído ou adaptado especialmente para o transporte de
automóveis, vans, ônibus, caminhões e similares.

as CTV, cujas dimensões excedam aos limites previstos, só poderão circular nas vias portando Autorização
Especial de Trânsito – AET.

2.4.7 Combinação de Veículos de Carga – CVC


As CVC, “Combinações de Veículos de Carga”, são veículos em que
a unidade tratora está ligada no mínimo a duas unidades
fracionadas.

2. A Segurança Veicular

2.1. Equipamentos Obrigatórios

art. 103, §1º - os fabricantes, os importadores, os montadores e os encarroçadores de veículos deverão


emitir certificado de segurança, indispensável ao cadastramento no Registro Nacional de Veículos
Automotores (RENAVAM)
Para que um veículo seja seguro e de boa trafegabilidade, ele precisa estar com todos os seus
equipamentos de segurança e sua mecânica em perfeitas condições.
art. 105 do CTB:

São os seguintes os equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo
CONTRAN:
EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS:
VEÍCULOS:
I - cinto de segurança, com exceção dos veículos destinados ao transporte de passageiros em percursos em que
seja permitido viajar em pé;

II - registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo - para os veículos de transporte e de condução


escolar, os de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto total superior
a quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas.

III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automotores;

V – Escapamento;
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VII - equipamento suplementar de retenção - air bag frontal para o condutor e o passageiro do banco dianteiro.
(não se aplica aos veículos destinados à exportação.)

BICICLETAS (com aro maior que 20):


• campainha;
• sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais;
• espelho retrovisor do lado esquerdo.

A Lei nº 14.071/20 adicionou mais um equipamento obrigatório no rol acima! Confira:

Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo
CONTRAN:
(...)
VIII - LUZES DE RODAGEM DIURNA. (faróis com DRL- Daytime Running Light)

➢ O farol com luz de rodagem diurna (DRL) pode ser integrado aos faróis ou posicionado
separadamente, no para-choque e isso varia de acordo com a marca e o modelo do veículo.

art. 105, agora em seu §1º

O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos obrigatórios dos veículos e determinará suas especificações técnicas.

E assim fez o CONTRAN através da Resolução nº 14/98.


Atenção:

DEVEM COMERCIALIZAR OS SEUS VEÍCULOS COM OS EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIO:

→ Fabricantes;
→ importadores,
→ os montadores,
→ os encarroçadores de veículos; e
→ os revendedores (inclusive os de usados).

Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modificação de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição
de equipamento de segurança especificado pelo fabricante, será exigido, para licenciamento e registro,
certificado de segurança expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou entidade de metrologia legal,
conforme norma elaborada pelo CONTRAN.

Parágrafo único. Quando se tratar de blindagem de veículo, não será exigido qualquer outro documento ou
autorização para o registro ou o licenciamento. (Lei nº 14.071/20)

Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros (por exemplo, os 10


táxis, ônibus), deverão satisfazer, além das exigências aqui previstas, às condições técnicas e aos requisitos
de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder competente para autorizar, permitir ou
conceder a exploração dessa atividade (art. 107).

É vedado, nas ÁREAS ENVIDRAÇADAS do veículo:


→ o uso de CORTINAS, PERSIANAS FECHADAS OU SIMILARES nos veículos em movimento, salvo
nos que possuam espelhos retrovisores em ambos os lados;
→ aposição de INSCRIÇÕES, PELÍCULAS REFLETIVAS OU NÃO, PAINÉIS DECORATIVOS OU
PINTURAS, quando comprometer a segurança do veículo, na forma de regulamentação do
CONTRAN.
É proibido o uso de inscrição de caráter publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção
dos condutores em toda a extensão do para-brisa e da traseira dos veículos, salvo se não colocar
em risco a segurança do trânsito.

Art. 98 - Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização da autoridade


competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas características de
fábrica (art. 98).
→ Inserido pela lei 14.,71/20 - §2º: Veículos classificados na espécie MISTO, tipo UTILITÁRIO,
CARROÇARIA JIPE poderão ter alterado o DIÂMETRO EXTERNO do conjunto formado por RODA E
PNEU, observadas restrições impostas pelo fabricante e exigências fixadas pelo Contran.

2.2. A Inspeção Veicular


Todos os veículos devem ter a obrigatoriedade de realizar essa inspeção, mesmo os novinhos??

104, §§ 6º e 7º do CTB:

Estarão isentos da inspeção:

➢ Veículos novo da categoria particular com capacidade para até 07 passageiros:


✓ durante 03 anos a partir do primeiro licenciamento, desde que mantenham suas características originais
de fábrica E não se envolvam em acidente de trânsito com danos de média ou grande monta.

➢ Demais veículos novos:


✓ Durante o período de 02 anos a partir do primeiro licenciamento, desde que mantenham suas
características originais de fábrica E não se envolvam em acidente de trânsito com danos de média ou 11
grande monta.

O que acontece se o veículo não for aprovado nessa inspeção?

art. 104, §5º

Será aplicada a medida administrativa de retenção aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na de
emissão de gases poluentes e ruído.

 Os veículos e motores novos ou usados que sofrerem alterações ou conversões são obrigados a atender aos
mesmos limites e exigências de emissão de poluentes e ruído.

3. A Identificação dos Veículos

3.1. Elementos de Identificação INTERNA


O CTB regulamenta que o veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou
no monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN (res. N° 24/98). Esta
gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as
suas características, além do ano de fabricação, que não poderá ser alterado.
CHASSI: é a parte rígida do veículo sobre a qual deve ser colocada a carroçaria;

MONOBLOCO é a parte inteiriça do veículo.

As regravações dos caracteres acima citados, quando necessárias, dependerão de prévia autorização da
autoridade executiva de trânsito e somente serão processadas por estabelecimento por ela credenciado,
mediante a comprovação de propriedade do veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o ano
de fabricação.

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3.2. Elementos de Identificação EXTERNA


O veículo será identificado externamente por meio de placas dianteira e traseira, sendo esta (a traseira) lacrada em
sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN.

 As placas serão confeccionadas por fabricantes credenciados pelo DETRAN de cada Estado e Distrito
Federal, obedecendo às formalidades legais vigentes.
 É obrigatória a gravação do registro do fabricante em superfície plana da placa e da tarjeta, de modo a
não ser obstruída sua visão quando afixadas nos veículos.
 As especificações e os modelos das placas foram regulamentados pelas Resoluções nº 231/07 e 241/07,
já atualizadas por várias outras.

o §9º do art. 115

As placas que possuírem tecnologia que permita a identificação do veículo ao qual estão atreladas são dispensadas
da utilização do lacre, na forma a ser regulamentada pelo CONTRAN.
❖ Essa tecnologia usada são os QR Codes.

 As disposições sobre a identificação externa não se aplicam aos veículos de uso BÉLICO.
 Os veículos de 02 ou 03 rodas são dispensados da placa dianteira.

As placas dos veículos oficiais, de representação, dos pertencentes às missões diplomáticas, das repartições
consulares, dos organismos internacionais, dos funcionários estrangeiros administrativos de carreira e dos peritos
estrangeiros de cooperação internacional foram excepcionadas das regras aqui estudadas recebendo atenção
especial em algumas Resoluções do CONTRAN.

3.3. Placas dos Veículos Oficiais


As placas de veículos oficiais deverão conter, gravados nas tarjetas ou em espaço correspondente na própria
placa, os seguintes caracteres:
3.4. As Cores das Placas dos Veículos Oficiais

do Presidente e do Vice-Presidente da República


dos Ministros de Estado
dos Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados
do Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal 13
do Advogado-Geral da União
do Procurador-Geral da República

 Os veículos de representação dos Presidentes dos Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos,
Secretários Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembleias Legislativas, das Câmaras
Municipais, dos Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo chefe do
Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças Armadas terão placas especiais, de acordo
com os modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
Quanto aos demais veículos oficiais, as placas são, em regra, de fundo branco e caracteres pretos.

 Ainda quanto a esses veículos, cabe ressaltar que, como norma de exceção, o CTB regulamenta que os
veículos de propriedade da União, dos Estados e do Distrito Federal, devidamente registrados e
licenciados, somente quando estritamente usados em serviço reservado de caráter policial, poderão
usar placas PARTICULARES, obedecidos os critérios e limites estabelecidos pela legislação que
regulamenta o uso de veículo oficial.

<3 Excepcionalmente, mediante autorização específica e fundamentada das respectivas corregedorias e com a
devida comunicação aos órgãos de trânsito competentes, OS VEÍCULOS UTILIZADOS por membros do Poder
Judiciário e do Ministério Público que exerçam competência ou atribuição criminal poderão temporariamente
ter placas especiais, de forma a impedir a identificação de seus usuários específicos, na forma de regulamento
a ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional do Ministério
Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.<3

mais uma novidade!


Trata-se do modelo de placa que já começa a ser utilizado por muitos veículos dos países do
MERCOSUL.
Resolução nº 780/19.
“até 31 de janeiro de 2020 veículos a serem registrados, em processo de transferência de município
ou de propriedade, ou quando houver a necessidade de substituição das placas, deverão ser
identificados com Placas de Identificação Veicular no novo modelo.”

3.5. As Plaquetas de Capacidade


Em seu art. 117, o CTB prevê que os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros deverão
conter, em local facilmente visível, a inscrição indicativa:
✓ de sua tara;
✓ do Peso Bruto Total (PBT);
✓ do Peso Bruto Total Combinado (PBTC) ou Capacidade Máxima de Tração (CMT) e;
✓ de sua lotação.
Os conceitos abaixo, retirados do CBT estão desatualizados, tendo sido revisados pela Resolução do
CONTRAN n 290/08. Sendo assim, se cobrar definição do CBT, utilizar essas. Se cobrar resolução, usar da
resolução.
Anexo I CTB:
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento, do combustível, das
ferramentas e dos acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, 14
expresso em quilogramas.
LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo transporta, expressa em
quilogramas para os veículos de carga, ou número de pessoas, para os veículos de passageiros..
PESO BRUTO TOTAL (PBT) - peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, constituído da soma da
tara mais a lotação.
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) - peso máximo transmitido ao pavimento pela combinação de
um caminhão-trator mais seu semirreboque ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques.

CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) - máximo peso que a unidade de tração é capaz de tracionar,
indicado pelo fabricante, baseado em condições sobre suas limitações de geração e multiplicação de
momento de força e resistência dos elementos que compõem a transmissão.

VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL

art. 118 do CTB

A circulação de veículo no território nacional, independentemente de sua origem, em trânsito entre o Brasil e
os países com os quais exista acordo ou tratado internacional, reger-se-á pelas disposições do CTB, pelas
convenções e acordos internacionais ratificados.
 Se esse país não possui qualquer acordo ou convenção com o nosso, sua a circulação desse veículo deverá
submeter-se de qualquer jeito às regras do CTB.

Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do território nacional sem o prévio pagamento ou o
depósito, judicial ou administrativo, dos valores correspondentes às infrações de trânsito cometidas e ao
ressarcimento de danos que tiverem causado ao patrimônio público ou de particulares, independentemente
da fase do processo administrativo ou judicial envolvendo a questão.

Os veículos que saírem do território nacional sem o cumprimento do disposto acima e que posteriormente
forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação no território nacional serão retidos até a
regularização da situação.

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