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Público
1. Universalização 5. Humanização
2. Regionalização 6. Objetivação
3. Institucionalização 7. Codificação
4. Funcionalização 8. Jurisdicionalização
As Tendências evolutivas do Direito Internacional
Público
Universalização Regionalização
● Autodeterminação dos povos ● Forma de cooperação;
● Desagregação dos impérios; ● Particularizar regras jurídicas
europeus; a um espaço físico
● Soberania para todos os ● Distribuição de poder
Estados, portanto tratar
equilibrado → cessão de
como igual.
soberania
● Direito Internacional Universal
● Ex: Mercosul
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Institucionalização Funcionalização
● Evolução das relações
bilaterais/multilaterais para ser um
● O Direito Internacional cria
direito nos organismos normas de regulação no
internacionais/agências (ONU) internacional e também no
● Órgão supranacional: União
Europeia nacional via organismos
● Reconhecimento de entidades internacionais.
distintas dos Estados e interesse
na existência de pólos decisórios ● Se tornando um
● Consequência: Maior segurança e complemento.
estabilidade na sociedade intl
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Humanização
● O Direito Internacional ganha uma face humanizadora com
o nascimento do Direito Internacional dos Direitos
Humanos, notadamente com a arquitetura normativa de
proteção de direitos nascida no pós-Segunda Guerra, desde
a Carta da Nações Unidas (1945), desenvolvendo-se com a
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e com
os inúmeros tratados internacionais de proteção desses
mesmos direitos surgidos no cenário internacional após
esse período.
As Tendências evolutivas do Direito Internacional
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Humanização
● Essa tendência de humanização do Direito Internacional
provém, como destaca Jorge Miranda, de três momentos
históricos conexos. O primeiro nasce com a definição
internacional ou a consagração internacional dos direitos
humanos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de
1948, passa a ser considerada um código de ética universal de
direitos humanos, que fomenta a criação de grandes pactos e
convenções internacionais, de documentos e de textos
especializados das Nações Unidas e de suas agências
especializadas.
As Tendências evolutivas do Direito Internacional
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Humanização
● O segundo, que tem o seu início com Convenção Europeia de
Direitos Humanos (1950), passando para a Convenção
Americana sobre Direitos Humanos (1969), é a consagração de
um direito de queixa, ou de um direito recurso, ou de
comunicação (petição) dos cidadãos contra o seu próprio
Estado perante as instâncias internacionais; trata-se da
necessária sujeição dos órgãos do Estado às decisões
provenientes de órgão jurisdicionais internacionais ainda
crescentes, criados por tratados também ratificados pelos
mesmos Estados de que são cidadãos as pessoas queixosas.
As Tendências evolutivas do Direito Internacional
Público
Humanização
● Por fim, o terceiro momento é a criação da Justiça Penal
Internacional, com origem nos Tribunais de Nuremberg e
Tóquio e, mais recentemente, nos Tribunais para crimes
cometidos nos territórios da ex-Iugoslávia e de Ruanda.
Com a criação do Tribunal Penal Internacional, o Direito
Internacional dos Direitos Humanos se desenvolve, se
concretiza e se enriquece, alargando-se cada vez mais o
seu âmbito de proteção.
As Tendências evolutivas do Direito Internacional
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Objetivação
● Uma sexta tendência do Direito Internacional colocada por
Jorge Miranda é a objetivação, ou seja, a superação definitiva
do dogma "voluntarista", segundo o qual a vontade dos atores
internacionais é o fundamento único da existência do Direito
Internacional Público. Desde a positivação da norma pacta
sunt servanda pela Convenção de Viena sobre o Direito dos
Tratados de 1969 -, justificando e fortalecendo a existência e
validade de inúmeros tratados internacionais de proteção dos
direitos humanos presentes na atualidade.
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Codificação
● Uma sétima característica desse desenvolvimento
histórico é a codificação do Direito Internacional,
merecendo destaque o que prescreve o art. 13, S1“, alínea a,
da Carta das Nações Unidas de 1945, segundo o qual um
dos propósitos da Assembleia Geral da ONU é o de
"incentivar o desenvolvimento progressivo do direito
internacional e sua codificação". Por esse motivo a ONU
tem impulsionado os trabalhos da sua Comissão de Direito
Internacional (CDI) e de seu Conselho de Direitos Humanos
As Tendências evolutivas do Direito Internacional
Público
Codificação
● Tendo vários textos internacionais contemporâneos
concluídos sob o apoio desses órgãos, como as grandes
convenções do Direito Internacional Público, do Direito
Internacional Privado e do Direito Internacional dos
Direitos Humanos.
As Tendências evolutivas do Direito Internacional
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Jurisdicionalização
● Por último, como oitava tendência evolutiva do Direito
Internacional colocada pelo jurista português, tem-se a
jurisdicionalização, que passa a ser a consequência lógica
da acumulação de todas essas tendências vistas
anteriormente. O fenômeno da jurisdicionalização decorre
do desenvolvimento progressivo do Direito Internacional
Público, fato que veio a ocorrer com maior ênfase
principalmente depois da segunda metade do século XX.
As Tendências evolutivas do Direito Internacional
Público
Jurisdicionalização
● A fase da jurisdicionalização do Direito Internacional já passou por
três momentos bem nítidos na história das relações internacionais
até hoje: a) o da criação de tribunais internacionais de vencedores
contra vencidos, mostra de uma Justiça Internacional primitiva e
arcaica, tendo como exemplo os tribunais militares pós-guerra. b) o
da criação de Tribunais Internacionais ad boc pelo Conselho de
Segurança da ONU, tendo como exemplo os tribunais penais para
crimes cometidos na antiga lugoslávia e em Ruanda; e c) O da
institucionalização de tribunais internacionais de caráter
permanente e universal, tendo como exemplo o Tribunal Penal
Internacional.
O Direito Internacional Público nos dias atuais
● O Direito Internacional Público, dentre todos os ramos
jurídicos, é o que atualmente mais tem se desenvolvido,
principalmente depois da mudança do cenário
internacional pós-Segunda Guerra. O atual direito das
"gentes" encontra-se ainda em construção. E a dificuldade
de compreendê-lo aumenta cada vez que os interesses dos
Estados se chocam com os ideais mais nobres da
humanidade, o que o coloca sempre em meio a um fogo
cruzado, entre a ordem e a desordem, notadamente em
face dos particularismos culturais que atualmente
competem como que num duelo de "culturas"
O Direito Internacional Público nos dias atuais
● Se tratando das questões econômicas, políticas e
científicas, a formação e desenvolvimento de blocos
regionais, ao lado das políticas mundiais de expansão de
mercados, têm trazido consequências nem sempre felizes
para a ordem internacional do nosso tempo, como por
exemplo a dificuldade das negociações com países
economicamente mais fortes. Desta maneira, é notado que
o Direito Internacional Público, passa por um duplo
problema.
O ensino do Direito Internacional Público
● É comum nos cursos universitários encontrar um "roteiro" de
Direito Internacional Público que não mais condiz com a
realidade das relações jurídico-internacionais. O programa
ultrapassado que ainda se tem é reflexo do longo período de
tempo que o Direito Internacional Público permaneceu como
disciplina optativa nas faculdades, tendo a ser voltada apenas
como matéria obrigatória nos anos de 1997. A partir desse
momento o estudo do Direito Internacional Público passou a ser
retomado, mesmo assim, muitos dos programas universitários
não ocupam temas considerados como principais na arena
internacional contemporânea, como por exemplo, a proteção
internacional dos direitos humanos.
Conceito, denominações e
divisões do Direito
Internacional Público
Conceito
pelos sujeitos;
pelo objeto/matéria regulada - o caráter de internacional está
conectado com a origem da norma;
pela fonte das suas normas.
Conceito contemporâneo
Conjunto de princípios e regras jurídicas que disciplinam e
regem a atuação e a conduta da sociedade internacional,
visando alcançar as metas comuns da humanidade.
Conjugação dos elementos/critérios:
fontes normativas - costumeiras e convencionais
sujeitos intervenientes - Estados, organizações internacionais
intergovernamentais e indivíduos
matérias reguladas - paz, segurança e estabilidade das
relações internacionais
Conceito clássico (positivista e restrito)
Rousseau: “é o ramo do direito que rege os Estados nas suas
relações respectivas”
corrente estatal - rejeita a condição de sujeito de direito
internacional aos indivíduos
A partir da 2ª Guerra Mundial, o indivíduo passou a ser
considerado pela sociedade internacional como sujeito de
direito internacional; o Estado deixa de ser protagonista único
na cena internacional, passa a compartilhá-la com
organizações interestatais e indivíduos.
Indivíduos - sujeitos de direito internacional
law of nations
droit des gens
diritto internazionale
Völkrrecht
Distinções
Outras divisões:
● DIP Comum (geral ou universal) x DIP Particular
(continental ou regional)
Problemática: o DIP pode deixar de ser universal? Pode existir
um direito internacional continental ou regional?
Ex. : Direito Internacional Americano
Divisões
Principais diferenças:
● Direito Interno trata do conjunto de normas em vigor em
um dado Estado, enquanto o Direito Internacional é o
conjunto de normas jurídicas não pertencentes a uma
ordem interna.
● O direito internacional regula e rege as relações dos
Estados entre si, além do complexo das atividades
envolvendo as organizações internacionais em suas
relações mútuas, e também os indivíduos.
Aplicação Internacional e Interna