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THOMAS HOBBES: O

ESTADO DE NATUREZA E O
ESTADO CIVIL
THOMAS HOBBES
O LEVIATÃ
BIOGRAFIA

Thomas Hobbes nasceu em 5 de abril de 1588, na


Inglaterra, e faleceu em 4 de dezembro de 1679. Foi um
matemático e filósofo político inglês. Seus principais
livros são: o Leviatã, de 1651 e Do cidadão, de 1642.
Suas principais contribuições para a filosofia são sua
teoria política, que fundamenta o surgimento do Estado
moderno e é conhecido como o primeiro contratualista.
CONCEITOS PARA
COMPREENDER HOBBES
1º) Estado de natureza: É a criação de uma história fictícia que reproduz o
estado no qual o homem vivia antes de entrar no Estado civil, ou seja, antes
da entrada para convivência em sociedade.

Sua frase mais conhecida é:

O HOMEM É O LOBO DO PRÓPRIO HOMEM. OS HOMENS ESTÃO


SEMPRE EM UM ESTADO DE GUERRA E LUTA CONSTANTE PELA
DEFESA DE SUA VIDA.
2º) Jusnaturalismo: É a doutrina filosófica que afirma que os
seres humanos possuem direitos naturais. Se caracteriza pela
defesa de uma natureza humana.

O direito fundamental do jusnaturalismo de Hobbes é o direito


à vida.

A instauração do pacto social para a vida em sociedade se


fundamenta no direito de proteção à vida humana pelo
soberano, ou seja, o governante é responsável pela proteção da
vida dos cidadãos.
3º) Estado civil: É mais conhecido como o Estado moderno. É
onde os homens se reúnem para fazer um pacto social, ou seja,
o contrato social.

O contratualismo é o conceito no qual há a saída do estado de


natureza para a construção do Estado civil e da sociedade.

O direito natural fundamental para Hobbes é o direito de


proteção à vida. Nesse sentido, o pacto que institui o Estado
civil é a proteção do governante à vida dos cidadãos.
O ESTADO DE NATUREZA

O estado de natureza é aquela condição no qual os


homens vivem na condição de guerra, é uma guerra tal
que é de todos os homens contra todos os homens.

Ex: a união de homens mais fracos para ameaçar a vida


de um homem mais forte. Constante ameaça do perigo de
morte por disputa a recursos naturais etc.
ESTADO DE GUERRA
No estado de natureza não há lugar para o trabalho, para o
comércio, para a indústria, navegação ou qualquer outra
atividade social do ser humano.

Há somente lugar para a disputa e o medo da morte violenta.

Nesse período, a vida dos homens é solitária, pobre, sórdida,


embrutecida e breve. Estado de constante ameaça de morte.
Para esse estado de guerra nada pode ser injusto. As noções de
certo e errado, justiça e injustiça não existem. Onde não existe
poder político, não há lei, onde não há nenhuma lei, não há
injustiça.

A justiça e a injustiça só existem a partir do momento em que


se constitui um poder político.

É somente a partir do pacto social, ou seja, do contrato que


institui um governante, que passam a existir as noções de
justiça e injustiça.
O CONTRATO SOCIAL

O pacto ou contrato social é uma união dos homens para construir um


governo, ou seja, para instaurar a sociedade sob o poder de um governante.

O governante é aquele que cria as leis, executa as leis e que legisla e rege o
Estado.

Portanto, o governante detém o poder de formular as leis, de julgar os atos


dos indivíduos e de executar as leis.
O SOBERANO
No contrato social os homens abrem mão de sua liberdade a
todas as coisas para instituir um pacto no qual um soberano
passa a proteger todos os indivíduos.

A principal proteção do soberano é sobre o direito à vida dos


seus cidadãos. Por isso, o jusnaturalismo de Hobbes defende
como principal direito dos cidadãos o direito à vida.

É a partir de Hobbes que o direito à vida se constitui como um


direito fundamental das democracias modernas.
O ESTADO CIVIL

Para Hobbes, o poder político, ou seja, o poder de comandar


o Estado civil se configura na constituição de um soberano
ou na constituição de uma assembleia.

Para Hobbes, a forma de governo que deve ser instaurada é


de uma monarquia absolutista, ou seja, na forma da figura de
um rei ou assembleia que possua todos os poderes do Estado.
MONARQUIA
Além do direito fundamental à vida, Hobbes também propõe
uma liberdade religiosa para os cidadãos. Nesse sentido, o
direito à expressão das mais diversas formas de religiosidade
também pode ser atribuída a Hobbes.

Hobbes é o primeiro contratualista, ou seja, o primeiro filósofo


a formular uma teoria que propõe a instauração de um poder
político baseada em um comum acordo entre seus cidadãos.

É também o primeiro jusnaturalista, aquele que formula


direitos naturais para seus cidadãos.
CONSEGUIMOS COMPREENDER OS
PRINCIPAIS CONCEITOS DE HOBBES?
1) O QUE É O ESTADO DE NATUREZA?

2) O QUE É O JUSNATURALISMO?

3) O QUE É O ESTADO CIVIL?


BIBLIOGRAFIA

WEFFORT, C, F. Os clássicos da política: Maquiavel,


Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau, “O
Federalista”. 13º edição. Editora Ática: São Paulo, 2001.

HOBBES, Thomas. Leviatã: ou matéria, forma e poder


de uma república eclesiástica e civil. Martins Fontes: São
Paulo, 2003.

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