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O LEVIATÃ DE THOMAS

HOBBES

THOMAS HOBBES (MALMESBURY, 5 DE


ABRIL DE 1588 – HARDWICK HALL, 1 DE
DEZEMBRO DE 1674) FOI UM
MATEMÁTICO, TEÓRICO POLÍTICO, E
FILÓSOFO INGLÊS, AUTOR DE LEVIATÃ
(1651) E DO CIDADÃO (1651).
A principal obra de Hobbes
se chama LEVIATÃ. Este
livro será um marco na
Idade Moderna. As teses
defendidas por Hobbes
contrariavam as principais
ideias da filosofia política de
Aristóteles e de filósofos
cristãos da Idade Média, tal
como São Tomás de Aquino.
A ORIGEM DO TERMO “LEVIATÔ

Hobbes deu ao seu


livro o nome de um
monstro presente na
mitologia fenícia e que
também tem sua
existência retratada na
bíblia.
O “Leviatã” é
retratado de
diversas formas na
mitologia. Sendo
apresentando hora
como uma serpente
marinha ou até
como um polvo
gigante.
Na Bíblia vemos a seguinte descrição do Leviatã:

Poderás tirar com anzol o leviatã, ou apertar-lhe a língua


com uma corda? Os seus espirros fazem resplandecer a
luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva. Da sua
boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela. Os tecidos
da sua carne estão pegados entre si; ela é firme sobre ele,
não se pode mover. Quando ele se levanta, os valentes
são atemorizados, e por causa da consternação ficam fora
de si. Se alguém o atacar com a espada, essa não poderá
penetrar; nem tampouco a lança, nem o dardo, nem o
arpão. Ele considera o ferro como palha, e o bronze
como pau podre.
Hobbes deu o nome “Leviatã” ao seu livro porque
queria comparar a força do mostro mitológico com a
força do Estado.Essa comparação é feita até por meio
de uma citação do livro de Jó:

"... Non est potestas Super Terram quae Comparetur


ei Iob 41 24" ("Não há nenhum poder na terra para
ser comparado a ele. Job 41 24.")
ESTADO DE NATUREZA

No livro “Leviatã” Hobbes busca mostrar a “origem


do Estado” a “origem da sociedade civil”.

Estado de natureza (ou situação natural): é a


condição que o homem se encontra antes do
surgimento do Estado.
No estado de natureza a única lei existente é:

“O direito de natureza, a que os autores geralmente


chamam justiça natural, é a liberdade que cada
homem possui de usar seu próprio poder, da
maneira que quiser, para a preservação de sua
própria natureza”.
HOMO HOMINI LUPUS
BELLUM OMNIUM CONTRA OMNES

Há inexistência do Estado acaba


conduzindo a uma “guerra de todos contra
todos”. O medo e a desconfiança acabam
predominando, como isso os homens se
agridem mutuamente para preservar sua
vida.
O SURGIMENTO DO ESTADO

O medo da morte violenta leva os indivíduos a


fundarem o Estado.

Por meio de um contrato social os indivíduos


renunciam ao direito natural e transferem seu poder
a um soberano. Este soberano será detentor de um
poder Absoluto e o Estado terá o monopólio da
violência.
“Os pactos sem a espada não
passam de palavras,sem força
para dar qualquer segurança a
ninguém.”
FRONTISPÍCIO DA OBRA
CRÍTICA A ARISTÓTELES

Hobbes crítica Aristóteles por este julgar que o


Estado é uma instituição natural, sendo o homem
uma animal político.

Para Hobbes o Estado é uma construção artificial


que os indivíduos criam para preservar suas vidas . O
homem é um animal essencialmente egoísta, o
Estado tenta regulamentar esse egoísmo tornando a
convivência entre os indivíduos possível
ABSOLUTISMO

Hobbes é considerado um dos principais teóricos do


absolutismo, uma organização política que defende
que todo o poder deve ser concentrado nas mãos do
governante (geralmente um monarca).

A teoria e Hobbes é secular. Ele não recorre ao


conceito de “direito divino” para legitimar o poder
absoluto do governante.
JUSPOSITIVISMO (POSITIVISMO JURÍDICO)

 Hobbes um defensor do juspositivismo:

“Um crime [..] consiste em cometer (por feito ou por palavra) um ato
que a lei proíbe, ou em omitir um ato que ela ordena”.

“Onde acaba a lei civil acaba também o crime, pois na ausência de


qualquer lei que não seja a lei de natureza deixa de haver lugar para
acusação, sendo cada homem seu próprio juiz”.

“[..] Para que as palavras "justo" e "injusto" possam ter sentido, é


necessário alguma espécie de poder coercitivo, capaz de obrigar
igualmente os homens ao cumprimento dos pactos, mediante o
medo de algum castigo que seja superior ao benefício que esperam
tirar do rompimento do pacto (…). Não pode haver tal poder antes
de erigir-se um Estado”.

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