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Jean-Jacques Rousseau, nasceu em Genebra (Suíça) em 1712, no dia 28 de junho

e faleceu no ano de 1778, no dia 2 de julho, na França. Foi muito importante para
época, na qual dispôs vários feitos, considerado um dos principais filósofos com
pensamento representativo ao iluminismo, tanto que suas ideias foram cruciais para
a Revolução Francesa (1789). Rousseau publicou várias obras com fundos
importantes, mas irei frisar no “Discurso Sobre a Origem da e os Fundamentos
Desigualdade entre os Homens”, nela já começamos a dizer que é dividida em
duas partes, a primeira é a análise do homem em seu estado natural como
civilizado e a segunda é a parte da questão da desigualdade com a defesa de ideias
e pautas, da sociedade como um todo. O intuito desse texto, foi para ganha a
competição do prêmio concedido pela Academia de Dijon que tinha a seguinte
pergunta: “Qual é a origem da desigualdade entre os homens, e ela é
respaldada pela lei natural?”. Porém, naquela época o texto não tinha sido
reconhecido pelo comitê, tanto que o trabalho foi postado um ano depois, ou seja,
em 1755.
Rousseau em seu escrito inicia mostrando as distinções da desigualdade a dividindo
em duas: A desigualdade natural ou física e a desigualdade moral ou política, ele
pauta da seguinte forma:
“Concebo na espécie humana duas espécies de desigualdade: uma, que chamo de natural
ou física, porque é estabelecida pela natureza, e que consiste na diferença das idades, da
saúde, das forças do corpo e das qualidades do espírito, ou da alma; a outra, que se pode
chamar de desigualdade moral ou política, porque depende de uma espécie de convenção, e
que é estabelecida ou, pelo menos, autorizada pelo consentimento dos homens. Consiste está
nos diferentes privilégios de que gozam alguns com prejuízo dos outros, como ser mais ricos,
mais honrados, mais poderosos do que os outros, ou mesmo fazerem-se obedecer por eles.”
(Rousseau, Discurso Sobre a Origem da e os Fundamentos Desigualdade entre os
Homens part. 1, pag.2)
Resumidamente falando, Rousseau quis dizer que uma desigualdade era totalmente
natural sem o homem se submeter a outro, já na questão da moral ou política, que
convenhamos era de maior interesse para ele, já tinha alguma influência ou “mão”
do homem. Também podemos falar que Rousseau, tem uma tratativa para rebater a
tese de Hobbes que trata o homem como mal e egoísta dizendo que:
“ (...) Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente
mau; que seja vicioso, porque não conhece a virtude; que recuse sempre aos seus
semelhantes serviços que não acredita serem do seu dever; ou que, em virtude do direito que
se atribui com razão às coisas de que tem necessidade, imagine loucamente ser o único
proprietário de todo o universo. Hobbes viu muito bem o defeito de todas as definições
modernas do direito natural: mas, as consequências que tira da sua mostram que a toma em
um sentido que não é menos falso. Raciocinando sobre os princípios que estabelece, esse
autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa
conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais próprio
à paz e o mais conveniente ao gênero humano (...).”
(Rousseau, Discurso Sobre a Origem da e os Fundamentos Desigualdade entre os
Homens part. 1, pag.14)
E além de Hobbes, ele rebate outros pensadores também.
“Não examinarei, como o supõe Aristóteles, se suas unhas alongadas não foram primeiro
garras aduncas; se não era peludo como um urso; e se, ao andar de quatro patas (3), o seu
olhar dirigido para a terra e limitado a um horizonte de alguns passos não marcaria ao mesmo
tempo o caráter e o limite de suas idéias.”
(Rousseau, Discurso Sobre a Origem da e os Fundamentos Desigualdade entre os
Homens part. 1, pag.4)
Todos os pensadores acabam pautando um assunto em comum, no caso, o homem
em estado natural seja ele, bom ou ruim, em cada uma das suas observações. Para
Rousseau o homem em estado natural era bom, ele tinha uma naturalidade boa,
benevolente, feliz e livre. O homem natural, foi aprendendo como se portar, sua
preocupação era sua subsistência, então ele teve que aprender como “se virar”, a
cada dificuldade ele precisava ir adquirindo conhecimento e aprendendo com cada
um dos problemas que viesse a ter, o homem foi basicamente se aperfeiçoando,
juntando de pouco em pouco, construirá seu abrigo, que depois viraria sua casa, foi
mudando o método de comunicação até que acaba por criar uma sociedade, que
para Rousseau foi nesse momento em que deveriam ter parado. Eles meio que
proviam sua subsistência e quando atingiram sua “perfectibilidade” onde se não
permitiu essa pausa ou parada, segundo a teoria de Rousseau. Acho que foi nesse
momento que começou o problema, depois daí começou as comparações para o
melhor do melhor em determinadas coisas, com isso, surge guerras paralelamente
um contra o outro. Como não havia leis naquela época, tudo era daquela maneira,
até que em momento houve o surgimento da agricultura e a metalurgia, Rousseau
nomeou isso como “a grande revolução”, naquele tempo aquilo tinha sido um
marco.
Com isso, podemos dizer que começou uma grande mudança, tudo foi ficando
diferente, como por exemplo a divisão de trabalho, o entendimento do valor de uma
propriedade, de quem é mais rico ou pobre, essa separação é uma problemática de
classes, de certo modo um dependia do outro e acredito que essa relação era difícil,
tinha muitas discórdias e guerras, até que foram criadas leis para que pudessem se
proteger, protegerem suas necessidades, proteger suas propriedades, na realidade
foi lei para tudo e para todos, e criou-se uma hierarquia, ao meu ver porque os mais
poderosos tinham leis que também os protegia e não só eles como suas
necessidades.
“(...) Outros, dando primeiro ao mais forte autoridade sobre o mais fraco, fizeram logo
nascer o governo, sem pensar no tempo que se devia ter escoado antes que o sentido das
palavras autoridade e governo pudesse existir entre os homens (...).”
(Rousseau, Discurso Sobre a Origem da e os Fundamentos Desigualdade entre os
Homens part. 1, pag.3)
“(...) Enfim, todos, falando sem cessar de necessidade, de avidez, de opressão, de desejos e
de orgulho, transportaram ao estado de natureza ideias que tomaram na sociedade: falavam do
homem selvagem e pintavam o homem civil (...).”
(Rousseau, Discurso Sobre a Origem da e os Fundamentos Desigualdade entre os
Homens part. 1, pag.3)
Estado de natureza, o bom e velho “homem selvagem” um homem no qual é livre
o espirito de liberdade habita nele, sem distinções de bem ou mal, possui uma
conexão com a natureza, ou seja, o homem em seu estado natural, é feliz,
benevolente, facilmente saciável, tudo fica bom com facilidade, seja de fome ou
sede até reprodução ou preservação. O “homem civil” é aquele que carrega o
nome de civilizado, categorizado por sociável (diferente do “homem selvagem”
que é facilmente isolável), mas vemos o homem civilizado como uma
pseudoliberdade já que ele tem que cumprir leis e normas, já que há um contrato
que sela por um pacto social, deixando moralmente mais responsabilizado por seus
atos. Acredito que o homem já civilizado, consegue ser mais facilmente influenciável
para uma possível desigualdade. Quando ingressamos em sociedade é muito mais
fácil saber quem está recebendo mais e quem está recebendo menos, vemos isso
abertamente ao recebimento de salários e ao separa funções, a desigualdade é
arduamente mostrada quase que diariamente. Então o homem ingressar em
sociedade, é a partida para se corromper, segundo a escrita de Rousseau.
Podemos concluir que, além de Rousseau ser um senhor de extrema polêmica,
sendo protestante e contrariando teorias de seus amigos filósofos, é um ser de
extrema excelência quando se trata em escrever seus escritos e expor suas teorias,
Rousseau trabalha a questão do homem em seu estado natural e como civilizado e
toda a questão da desigualdade quando o homem ingressa em sociedade e
facilmente se corrompe deixando de ser, o homem selvagem sem princípios para o
homem civil que acaba sendo que uma composição a mais para ações de
desigualdade no local no qual ele vive, quando há a divisão do rico e o pobre, a
gente enxerga claramente, as problemáticas que vão formando até se tornar a total
e real desigualdade social. A formação de governo e as decisões e funções são
dívidas e assim separados seus módulos onde causa mais desapontamentos e
desigualdades em geral.

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