Rousseau criticou o saber científico de seu tempo por ser motivado por desejos antropocêntricos. Ele acreditava que a virtude, e não o conhecimento, levaria à liberdade. Rousseau desenvolveu a teoria do contrato social, onde os cidadãos entregam sua liberdade natural em troca da liberdade civil mediante leis justas acordadas por todos.
Rousseau criticou o saber científico de seu tempo por ser motivado por desejos antropocêntricos. Ele acreditava que a virtude, e não o conhecimento, levaria à liberdade. Rousseau desenvolveu a teoria do contrato social, onde os cidadãos entregam sua liberdade natural em troca da liberdade civil mediante leis justas acordadas por todos.
Rousseau criticou o saber científico de seu tempo por ser motivado por desejos antropocêntricos. Ele acreditava que a virtude, e não o conhecimento, levaria à liberdade. Rousseau desenvolveu a teoria do contrato social, onde os cidadãos entregam sua liberdade natural em troca da liberdade civil mediante leis justas acordadas por todos.
O período Iluminista foi caracterizado pela valorização do conhecimento científico
em detrimento dos saberes adquiridos pelo senso-comum. No entanto, o filósofo Jean- Jacques Rousseau, elaborou uma perspectiva conflitante acerca da importância das ciências e das artes, que o distinguia de seus contemporâneos. Em primeiro plano, vale ressaltar que após ser questionado em uma dissertação se o saber e a arte teriam contribuído para a perpetuação dos costumes, Rousseau foi categórico ao evidenciar os efeitos negativos que estas trouxeram à sociedade. Apesar disso, o filósofo considerava relevante à busca pela verdadeira ciência, no entanto, criticava a motivação que os homens atribuíam ao exercício do saber. O conhecimento era requerido para satisfazer os desejos antropocêntricos e como um meio dos homens adquirirem honra e glória. Sendo assim, Rousseau acreditava que o saber cientifico evidenciava o mal e prejudicavam a pureza, só mediante à virtude os homens alcançariam o verdadeiro conhecimento. Rousseau nasceu em Genebra, no ano de 1972. Seu pai era um relojoeiro hábil, que, apesar de dedicar-se ao ofício, apenas ganhava o suficiente para a subsistência familiar. Por conseguinte, não nenhum status social e tampouco possuía crédito para ingressar no estudo das letras, já ambientado por autores importantes. No entanto, mesmo em detrimento das circunstâncias, Rousseau conseguiu sobressair-se nos ramos de música, literatura e dramaturgia. A seguir suas obras que adquiriram maior destaque: 1755- Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens 1758- Escreve a primeira versão de: Profissão de fé do vigário de Savóia 1760- A nova Heloísa 1762- Publicação de: O Contrato Social e de Emílio 1767- Publicação de: O Dicionário da Música 1771- Redige: Considerações sobre o governo da Polônia 1772- Redige: Diálogos O estudioso propôs fundamentos importantes para a Teoria Política, tomando como influencia alguns autores clássicos, dentre eles: Hobbes, Grotius e Pendor. No entanto, o fato que o destacava entre os demais, era a forma como colocava o povo como protagonista no meio político, sendo por esta razão, intitulado como personagem fundamental para a Revolução de 1789. Dessa forma, analisando sua obra acerca do Discurso sobre a origem da desigualdade dos homens, Rousseau realiza uma análise crítica sobre a história hipotética da humanidade. O teórico afirma que é necessário se abster das ideias pré-concebidas e voltar o pensamento em tese da legitimação da desigualdade. Assim, faz uma petição propondo que o povo se uma na luta contra a apropriação injusta de bens por parte dos dominantes, e mediante à justiça, defender os mais negligenciados da opressão que os cercava. Então, a partir desse conhecimento, Rousseau posteriormente desenvolve o conceito de Contrato Social. Com esta tese, propõe que todos os homens nascem com a liberdade, mas esta não é garantida durante sua vida, passando a atribuir o sentido de servidão. No entanto, nesta situação surge o Contrato Social como forma de intermediação entre o povo, assim os homens entregam sua liberdade natural em troca da liberdade civil. Por conseguinte, os cidadãos são responsáveis por formular as leis que estes mesmos devem seguir, que em si já é um ato de fundamentação da liberdade. Outrossim, para configurar-se como tal, as leis precisarão representar todos os cidadãos em um ato de assentimento mútuo, a fim de que todos permaneçam inseridos. O princípio da legitimação da política, forma-se através de um pacto que oferecia condições de igualdade para todos, algo que estivesse presente e permanente para o seu desenvolvimento, assim gerando uma grande necessidade para a criação de leis constitucionais para o progresso de um Estado. No Livro III chamado Contrato Social de Rousseau, teremos algo dedicado ao governo, que por definição, é o corpo administrativo do Estado, prestador de serviço ao soberano e órgão limitado ao poder público. Não é algo individual ou com interesses semelhantes à de um soberano. Além disso, as formas clássicas de governo também estariam sujeitas a realizar um papel secundário dentro do Estado e isto serve igualmente para um regime monárquico. Diante de sua coerência, Rousseau levantou alguns questionamentos quanto as formas de governar. Como por exemplo, era analisado o modo como o poder executivo agia contra a autoridade soberana. Muitas vezes agiam em prol de si mesmos e não pela coletividade daqueles que são representados. Decorrente deste fato, outro ponto importante seria de haver trocas de funções para que alguns cargos dentro do governo não se tornassem permanentes. No discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, Rousseau faz uma análise tanto do estado natural como de civilizado do homem e também aborda a ideia de que a desigualdade tem sua originalidade dentro da própria sociedade. Há uma comparação do homem com um animal diante de seus instintos de sobrevivência, além da formação de ideias. Mas, as principais diferenças residem no fato de que o homem enfrenta alguns obstáculos pelos quais os animais não são afetados. Outra percepção de Rousseau é a perfeição existente no homem, que sente a real necessidade de progredir em conhecimentos. A partir do momento em que os homens estão unidos, sua sociabilidade irá influenciar os demais. Mas, é daí que surgem os primeiros indícios de desigualdade: as observações de quem é o mais belo, mais forte ou inteligente, gerando sentimentos de vaidade, desprezo, vergonha e inveja, coisas que eram desconhecidas no estado natural quando praticamente a desigualdade era inexistente. Com o surgimento de propriedades e por sua vez, as divisões destes lugares, foram surgindo as primeiras regras da justiça. Quem trabalhava tinha seus direitos garantidos desde a pratica da agricultura e metalurgia e haviam praticas técnicas que exigiam o trabalho em conjunto. Sem o trabalho em grupo, nada era benéfico. Quem tinha a aquisição de propriedades eram assim repassadas para os seus sucessores na família, principalmente em forma de herança e assim, partiram as primeiras ideias de dominação, trabalhos serviçais e consequentemente a violência. O estado então passaria por um novo processo de reconstrução da sociedade baseada em regras e princípios que deveriam ser respeitadas, para que pudesse ser mais justa e suportável. Para concluir, como homem do seu tempo, Rousseau procurou realizar uma análise cientifica de uma sociedade inspirado na noção de estado da natureza e nos mostra como alcançar uma comunidade harmoniosa diante do ponto de partida na relação de governantes e seus governados fundamentada na liberdade.
Elites políticas e legislação social na Primeira República (1891-1926): a questão social, o federalismo e o legislar sobre o trabalho na Primeira República brasileira