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Nicolau Maquiavel

Nicolau Maquiavel foi um importante teórico, pensador político, filósofo, historiador,


diplomata, músico e escritor do Renascimento. Considerado o "Pai do Pensamento
Político Moderno", nasceu em Florença, Itália, no dia 03 de maio de 1469.

O Príncipe
O Príncipe é um manual para os governantes sobreviverem no poder. Nesse livro,
Maquiavel apontou aquilo que é necessário para que haja a conservação do poder e a
consequente conservação do Estado em uma cidade.
Dentro da obra de Maquiavel, podemos destacar alguns pontos centrais encontrados no
livro em questão:
● Virtu e fortuna: é melhor ter a virtu do que contar apenas com a fortuna, isto é, é
melhor ter uma capacidade de provisão, uma força e, em alguma tradução, até a virtude,
do que contar apenas com a sorte. Virtu é toda a característica de bom preparo do
governante. Ter a boa sorte é bom, mas aquele que tem a boa sorte, e está preparado
para a sorte ruim, permanece no poder.
● Os fins justificam os meios: Maquiavel não disse essa frase, mas ela foi atribuída à
sua obra por estar alinhada com o seu pensamento. Um bom governante, para manter o
governo e a ordem social, precisa tomar medidas impopulares e até cruéis às vezes. Em
nome da ordem, essas medidas são justificáveis.
● Ser amado é bom, mas é preferível ser temido: o temor impede a revolta. O amor é
inconstante, e a confiança do amor permite a revolta. Não é de todo ruim ter algum amor
do povo, mas é melhor ser temido, pois o que teme não se levanta contra.
● Ações populares e ações impopulares: as ações populares, aquelas que agradam
ao povo, que são boas para o povo, devem ser feitas lentamente. As ações impopulares
devem ser feitas de uma vez. Essa tática visa a manter a popularidade do governante.
Ele sempre será lembrado como bom, caso venha de tempos em tempos soltando parte
do resultado de sua ação popular, e será rechaçado por um tempo (mas logo cairá no
ostracismo), se tomar uma medida impopular de uma vez.

Frases de Maquiavel
● “Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se
faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando
deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo
medo do castigo, que nunca falha.”
● “O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os
homens que tem à sua volta.”
● “Tornamo-nos odiados tanto fazendo o bem como fazendo o mal.”
● “Nunca foi sensata a decisão de causar desespero nos homens, pois quem não
espera o bem não teme o mal.”

Thomas Hobbes
Thomas Hobbes (5 de abril de 1588 – 4 de dezembro de 1679) foi um matemático, teórico
político e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1642).

Ideias Políticas de Thomas Hobbes


Para Hobbes todo o conhecimento vem dos sentidos, A paixão é mais forte que a
vontade. Na moral e na política, essa teoria dá no seguinte: os súditos do Estado são
extremamente individualistas e só se reúnem em comunidade porque esse é o melhor
meio de sobreviver.
Essa semi-guerra é analisada no Leviatã. Leviatã, no livro de Jó, na Bíblia é o monstro
que governa o caos primitivo. Para Hobbes, o Estado é o Grande Leviatã, o deus imortal
que se sobrepõe ao indivíduo e o absorve, embora tenha sido criado para servi-lo.
Hobbes foi autor de diversas obras como: De Cive (1642), Leviatã (1651), De Corpore
(1655) e De Homine (1658).
Em todas ele fala de um Estado Natural em guerra perpétua, exprimindo bem seu
pensamento na frase: "Bellum omnia contra omnes, homo homini lupus" (O homem é
lobo do homem).

Hobbes e o Contrato Social


O Contrato Social seria um acordo entre os membros da sociedade, que reconhece a
autoridade de um soberano, dono de direitos iluminados. O Estado absolutista seria o
único capaz de fazer respeitar o Contrato Social e garantir a ordem e a paz na relação
entre os indivíduos.

Para construir uma sociedade é necessário que cada indivíduo abra mão de certos
direitos naturais para o governo ou outra autoridade. Com isso, obtém-se as vantagens
da ordem social e estabeleça um acordo mútuo de não aniquilação do outro.

Hobbes inicia a sua argumentação com a premissa de que no estado de natureza todos
os homens são movidos pelo instinto de conservação. A luta pela sobrevivência instaura
a guerra de todos contra todos.

O medo da morte violenta associado à consciência de que é mais vantajoso viver no


estado civil (instinto de conservação + razão) produz no homem o desejo de viver em
paz.

Desta forma, de livre vontade, visando apenas o interesse próprio de conservação, os


homens chegam, então, a um acordo. Todos irão renunciar aos seus direitos naturais e
submeter-se integralmente a um poder soberano.

A função do soberano é assegurar que todos respeitem o contrato social e, dessa forma,
garantir a vontade de todos que é a paz e a segurança individual. Para desempenhar bem
esta função, o soberano deve exercer um poder absoluto, sem estar subordinado a
ninguém; e nem mesmo a uma Carta Magna. Só dessa forma seria possível subjugar os
interesses particulares, o individualismo cada vez mais acirrado presente na sociedade
de relações mercantilizadas, o qual colocava em xeque o interesse geral, isto é, a
convivência pacífica dos homens.

Através deste raciocínio lógico-dedutivo, desta construção do pensamento, chega-se à


justificação do poder absoluto, do poder inquestionável. O poder soberano é legítimo,
enfim, porque:
a) é constituído a partir da vontade livre de indivíduos livres e iguais; e de comum
acordo, ou seja, do consenso.
b) assegura o interesse de todos que é viver em paz, com segurança, livre do medo
da morte repentina e violenta.

Se o poder soberano não conseguir realizar o interesse de todos, isto é, a obediência de


todos ao contrato social, pode vir a ser deposto por uma rebelião. Concluir-se-á, nesse
caso, que o soberano não era legítimo.
John Locke
John Locke nasceu em Wrington, Inglaterra, em 1632 e faleceu também na Inglaterra em 1704.
Locke é considerado o pai do liberalismo político e do empirismo filosófico. formado em
Medicina, Ciências Naturais e Filosofia, dedica sua vida aos escritos sobre a política e a
filosofia, abandonando definitivamente a medicina.

Seus pensamentos e obras tem como pano de fundo as revoluções Inglesas, a revolta contra a
dinastia Stuart e o absolutismo. Defensor da Monarquia Constitucional e Representativa, Locke
passa anos entre a França e a Holanda como exilado político, retorna à Inglaterra apenas em
1688, com a coroação de Guilherme de Orange e o estabelecimento da Monarquia
Constitucional Representativa.

Considerado pai do empirismo britânico e influenciador de vários pensadores empiristas como


David Hume, Kant, Voltaire e Adam Smith. John Locke afirmava que o conhecimento provinha
de experiências e sensações, que poderiam ser tanto externas, como internas, caso das
reflexões e sensações individuais.

Para Locke as reflexões acontecem no momento em que as sensações são trabalhadas e


desenvolvidas pela dúvida, conhecimento anterior sobre fatos e objetos ou até mesmo pela
crença individual ou coletiva em algo. A junção desses elementos permite o processamento e
classificação das diversas sensações.

Na obra 2º Tratado sobre Governo Civil, de 1681, Locke estabelece como sendo direitos naturais
ao ser humano, o direito à vida, à liberdade e a propriedade. Para o pensador, o Estado seria o
responsável pela manutenção dos direitos naturais de seus cidadãos, em especial, o direito à
propriedade privada. Caso o Estado não cumprisse com a defesa de tais direitos, os cidadãos
poderiam constituir de maneira legítima o governante.

No campo da política Locke é considerado um dos precursores do pensamento liberal, muitas


das ideias e pensamentos do inglês foram retomados pelos pensadores iluministas franceses.
Locke era defensor da Monarquia Constitucional e criticava a teoria hobbesiana de direito divino
dos reis.

De acordo com Locke, a soberania não reside no Estado, mas na população, que através de
representantes escolhidos, deveria formular e promulgar leis a serem cumpridas pelos
monarcas. Locke foi também o primeiro a apresentar a divisão do poder político em três: o
Executivo, o Legislativo e por fim, o judiciário, necessários para a constituição de um Estado
Liberal. O modelo de divisão de poderes ainda é um dos mais adotados em diferentes governos
ao redor do mundo.

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