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O Príncipe
O Príncipe é um manual para os governantes sobreviverem no poder. Nesse livro,
Maquiavel apontou aquilo que é necessário para que haja a conservação do poder e a
consequente conservação do Estado em uma cidade.
Dentro da obra de Maquiavel, podemos destacar alguns pontos centrais encontrados no
livro em questão:
● Virtu e fortuna: é melhor ter a virtu do que contar apenas com a fortuna, isto é, é
melhor ter uma capacidade de provisão, uma força e, em alguma tradução, até a virtude,
do que contar apenas com a sorte. Virtu é toda a característica de bom preparo do
governante. Ter a boa sorte é bom, mas aquele que tem a boa sorte, e está preparado
para a sorte ruim, permanece no poder.
● Os fins justificam os meios: Maquiavel não disse essa frase, mas ela foi atribuída à
sua obra por estar alinhada com o seu pensamento. Um bom governante, para manter o
governo e a ordem social, precisa tomar medidas impopulares e até cruéis às vezes. Em
nome da ordem, essas medidas são justificáveis.
● Ser amado é bom, mas é preferível ser temido: o temor impede a revolta. O amor é
inconstante, e a confiança do amor permite a revolta. Não é de todo ruim ter algum amor
do povo, mas é melhor ser temido, pois o que teme não se levanta contra.
● Ações populares e ações impopulares: as ações populares, aquelas que agradam
ao povo, que são boas para o povo, devem ser feitas lentamente. As ações impopulares
devem ser feitas de uma vez. Essa tática visa a manter a popularidade do governante.
Ele sempre será lembrado como bom, caso venha de tempos em tempos soltando parte
do resultado de sua ação popular, e será rechaçado por um tempo (mas logo cairá no
ostracismo), se tomar uma medida impopular de uma vez.
Frases de Maquiavel
● “Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se
faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando
deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo
medo do castigo, que nunca falha.”
● “O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os
homens que tem à sua volta.”
● “Tornamo-nos odiados tanto fazendo o bem como fazendo o mal.”
● “Nunca foi sensata a decisão de causar desespero nos homens, pois quem não
espera o bem não teme o mal.”
Thomas Hobbes
Thomas Hobbes (5 de abril de 1588 – 4 de dezembro de 1679) foi um matemático, teórico
político e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1642).
Para construir uma sociedade é necessário que cada indivíduo abra mão de certos
direitos naturais para o governo ou outra autoridade. Com isso, obtém-se as vantagens
da ordem social e estabeleça um acordo mútuo de não aniquilação do outro.
Hobbes inicia a sua argumentação com a premissa de que no estado de natureza todos
os homens são movidos pelo instinto de conservação. A luta pela sobrevivência instaura
a guerra de todos contra todos.
A função do soberano é assegurar que todos respeitem o contrato social e, dessa forma,
garantir a vontade de todos que é a paz e a segurança individual. Para desempenhar bem
esta função, o soberano deve exercer um poder absoluto, sem estar subordinado a
ninguém; e nem mesmo a uma Carta Magna. Só dessa forma seria possível subjugar os
interesses particulares, o individualismo cada vez mais acirrado presente na sociedade
de relações mercantilizadas, o qual colocava em xeque o interesse geral, isto é, a
convivência pacífica dos homens.
Seus pensamentos e obras tem como pano de fundo as revoluções Inglesas, a revolta contra a
dinastia Stuart e o absolutismo. Defensor da Monarquia Constitucional e Representativa, Locke
passa anos entre a França e a Holanda como exilado político, retorna à Inglaterra apenas em
1688, com a coroação de Guilherme de Orange e o estabelecimento da Monarquia
Constitucional Representativa.
Na obra 2º Tratado sobre Governo Civil, de 1681, Locke estabelece como sendo direitos naturais
ao ser humano, o direito à vida, à liberdade e a propriedade. Para o pensador, o Estado seria o
responsável pela manutenção dos direitos naturais de seus cidadãos, em especial, o direito à
propriedade privada. Caso o Estado não cumprisse com a defesa de tais direitos, os cidadãos
poderiam constituir de maneira legítima o governante.
De acordo com Locke, a soberania não reside no Estado, mas na população, que através de
representantes escolhidos, deveria formular e promulgar leis a serem cumpridas pelos
monarcas. Locke foi também o primeiro a apresentar a divisão do poder político em três: o
Executivo, o Legislativo e por fim, o judiciário, necessários para a constituição de um Estado
Liberal. O modelo de divisão de poderes ainda é um dos mais adotados em diferentes governos
ao redor do mundo.