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A disciplina História da Educação tem como preocupação central a re exão crítica em torno
do processo educativo ao longo do tempo e do espaço. Para que possamos provocar tal
nível de re exão é fundamental que o aluno compreenda o desenvolvimento da educação ao
longo do tempo, não como leitura passiva do passado, ou como simples relato cronológico
acerca das diferentes tradições educativas, mas, sobretudo, que consiga compreender que a
história das sociedades e o processo educativo são inseparáveis. Portanto, é fundamental
que se provoque o questionamento acerca do contexto social, histórico e cultural em que se
formam as diferentes concepções de educação a m de provocar a re exão em torno das
possibilidades que foram engendradas ao longo do tempo e que contribuíram para a
exclusão social das camadas menos favorecidas e dominadas nas diferentes épocas
estudadas.
Objetivos gerais:
- Promover a compreensão do conceito de história em sua relação com a
educação.
- Instrumentalizar o corpo discente para analisar e interpretar a realidade
educacional em suas dimensões históricas e sociais.
- Provocar o entendimento da importância da História da Educação para a
compreensão dos processos educativos ao longo do tempo e do espaço.
- Reconhecer os processos educativos no Brasil, da colonização aos dias atuais,
em suas relações com o sistema social identi cando crises, bem como avanços
e inovações.
Idade Moderna (1453 - 1789): tem início no século XIV com o Renascimento. Mas a nal, o
que renasceu entre os séculos XIV e XVI? Além dos valores clássicos greco-romanos
(humanismo; antropocentrismo; hedonismo; racionalismo/cienti cismo; individualismo;
classicismo; universalismo), renasceu também a cultura urbana, comercial, com vida
intelectual e apreciação artística (claro, entre a parte mais abastada da população). Ocorreu
em 1440 a invenção da imprensa de Gutemberg (impressão de papel), que revolucionou a
literatura trazendo maior acesso aos livros. Há a formação das monarquias absolutistas (a
solução para o cenário de crise do século XIV foi a centralização do poder político, com
apoio da nobreza feudal e burguesia, esse poder foi concentrado em reis).
São exemplos de pensadores absolutistas desse período o Maquiavel (o príncipe) Thomás
Hobbes (homem é o lobo do homem) e Bossuet (direito divino). Portugal e Espanha; França
e Inglaterra são os principais grandes exemplos de monarquias absolutistas formadas nesse
período. Nesse tempo há também a primeira fase do capitalismo, o Mercantilismo
(intervencionismo; protecionismo; metalismo; balança comercial favorável e pacto colonial).
Há a Reforma Protestante e a Contrarreforma (Campanha de Jesus para atuar no Novo
Mundo) e a expansão marítima. No século XVIII, surgiu um movimento intelectual contrário
ao absolutismo, que valorizava a razão, o desenvolvimento cientí co, as liberdades
individuais e o liberalismo econômico, esse movimento foi o Iluminismo. Foi este que motivou
a Revolução Francesa em 1789, marcando o m dessa Idade.
A educação informal
● A educação no período pré-histórico é uma educação para a vida, para a sobrevivência,
difusa, natural, espontânea, inconsciente, adquirida na convivência familiar, de forma oral
sob in uencia dos anciãos, o ser juvenil aprendia as técnicas elementares necessárias à
vida: caça, pesca, pastoreio, agricultura e atividades domésticas;
● A educação informal/primária permeia todos os períodos da vida humana, é a
socialização/ endoculturação que ocorre no seio da família, feita por meio de imitação,
entretanto, é a única forma de educação dos povos pré-históricos;
● Fica claro que esse tipo de educação é bem diferente da formal, que é planejada
intencionalmente, com começo, meio e m;
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Pré-História e educação
● Esse período é identi cado como sendo um período histórico anterior ao aparecimento
da escrita, ou seja, cerca de 5.000 a.c, quando os sumérios desenvolveram o primeiro
sistema de escrita;
● Podemos subdividir a pré-história em dois períodos principais: Idade da Pedra Lascada
(Paleolítico), momento em que os homens são nômades e caçadores e Idade da Pedra
Polida (Neolítico), quando já dominam técnicas agrícolas e são sedentários;
● Estas duas formas de vida vão modelar sistemas sociais diferentes, que vão precisar de
modelos diferentes de educação, apesar de ambas serem educação informal;
A Grécia
● Há muito em comum entre nosso mundo atual e o mundo dos gregos antigos: os
conceitos de cidadania e democracia, a loso a, os jogos olímpicos, o teatro, etc. A
Grécia é o berço da Pedagogia;
● Para compreender pensamento educacional na Grécia Antiga, vamos, resumidamente,
vislumbrar os traços característicos de sua cultura e sociedade:
● Este período também é identi cado com Período Socrático (séculos V a IV a.C.),
marcado pela in uência de três grandes lósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles. Neste
período, há o desabrochar da loso a, bem como das ideias pedagógicas, sendo que
Platão e Aristóteles são considerados dois grandes clássicos da pedagogia grega;
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Sócrates
● Já dissemos que os primeiros educadores pro ssionais da Grécia foram os so stas, mas
Sócrates é considerado o grande educador espiritual. Seja como lósofo ou como
pensador, Sócrates foi, antes de tudo, um educador;
● Nascido em Atenas no ano de 469 a.C., Sócrates não era de família nobre, seu pai era
escultor e sua mãe era parteira. Nasceu pobre e pobre morreu, apesar de frequentar a
melhor sociedade da época.
● Assim como os so stas, Sócrates utilizava as palavras faladas, o discurso e o diálogo em
suas atividades educacionais e, assim como eles, acreditava que a virtude deveria ser
ensinada a todos. Mas, se Sócrates concordava com algumas ideias pedagógicas dos
so stas, discordava de outras, como: receber pelo ensino; não deveria ser de caráter
pratico, nem de proveito pessoal, mas sim espiritual, moral, virtude, ética e em busca da
verdade;
● As ideias socráticas foram extremamente inovadoras na educação. Com Sócrates, o
domínio da razão adquire nova importância. Sócrates percebe que, para o ensino ser
e ciente, é necessário ensinar a pensar. O método de Sócrates é basicamente o diálogo
em dois momentos: a ironia e a maiêutica;
Platão
● Enquanto Sócrates foi o primeiro educador da Grécia, alguns autores admitem que
Platão tenha sido o fundador da teoria da educação, ou seja, da pedagogia, pois Platão
se destacou muito mais pela re exão pedagógica do que pela atividade educativa;
● Assim como para Sócrates, para Platão a nalidade da educação era a formação do
homem moral, e o meio era a educação do Estado. Para tanto, o Estado deveria
encarnar a ideia de justiça;
● Platão considerava que a educação deveria ser obrigação do Estado, bem como admitia
que ela deveria ser universal e igual para homens e mulheres;
Aristóteles
● Para Aristóteles, era necessário ensinar o que é virtude, mas somente pela prática da
mesma é que seria possível, realmente, aprender o que esta é de fato;
● Esteve aos seus encargos a educação de Alexandre Magno, lho de Filipe, Rei da
Macedônia, iniciando aquilo que cou conhecido como “educação do príncipe”;
● Para ele, a educação deveria ser responsabilidade do Estado e a mesma para todos,
composta de ginástica, música, letras e desenho.
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O Período Helenístico e a Educação Helenística ou Enciclopédica
● No período helenístico, ocorre a decadência das cid ades‐estado. Foi neste período que
Alexandre Magno, Rei da Macedônia, conquistou a Grécia, colocando‐a sob o seu
domínio. Contudo, este também é um momento em que a cultura grega se amplia de tal
maneira que se universaliza e se espalha para todo o mundo. Isto ocorre porque
Alexandre admirava muito a cultura grega, inclusive havia sido educado por Aristóteles e,
em sua empreitada de conquistar o mundo, acabou difundindo‐a de forma magistral;
● Na verdade, o contato da cultura grega com as diferentes culturas do mundo,
especialmente com o mundo oriental (Pérsia e Egito), gerou uma fusão cultural que
passou a caracterizar o helenismo;
● A educação particular, mantida com os pagamentos dos alunos, continuou a existir,
porém, a educação pública se expandiu e passou a ser uma obrigação dos municípios e
das cidades. Apenas a educação militar é que continuou a cargo do Estado;
● Os conteúdos da educação continuam parecidos com os das épocas anteriores, contudo,
há uma diminuição da importância da educação física e dos aspectos estéticos, em
geral, e uma valorização dos aspectos intelectuais. Nesta época, a paideia se
transformou em enkyklios paideia (enciclopédia). A partir do método da memorização, a
leitura, a escrita e o cálculo ganharam maior destaque em relação às outras épocas e a
disciplina era muito rígida, inclusive com a adoção de castigos corporais;
● No período helenístico, a divisão entre matérias humanistas e realistas foi estabelecida
por meio do trivium (gramática, retórica e loso a) e quadrivium (aritmética, música,
geometria e astronomia).
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Unidade III
Educação, sociedade e cultura da Idade Média
● Segundo vários estudiosos, a História da Educação no Brasil pode ser dividida em duas
fases: antes e depois da expulsão dos jesuítas. Portanto, primeiro será abordado a
Educação brasileira a partir da ação dos jesuítas.
Os jesuítas no Brasil
● Origem dos padres jesuítas: Companhia de Jesus, ordem criada por Inácio de Loyola
em 1534 na Contrarreforma católica. Essa foi uma das medidas tomadas pela Igreja
católica para conter a Reforma Protestante, como já explicado;
● Os jesuítas chegaram ao Brasil com o governador geral Tomé de Souza, em 1549. Entre
eles, estava o padre Manuel da Nóbrega, jesuíta que teve importante papel na educação
e catequese dos indígenas. Como “soldados da fé católica”, os jesuítas tinham o objetivo
de disseminar o catolicismo e a educação era a principal via para alcançarem esta meta.
Quinze dias depois de sua chegada à recém‐fundada cidade de Salvador, os jesuítas já
conseguiram fazer funcionar uma escola elementar de “ler e escrever”;
● Ao padre Manuel da Nóbrega juntaram‐se outros dois: Aspilcueta Navarro (o primeiro
jesuíta a falar a língua dos índios) e José de Anchieta (o patrono do Brasil). Este trio
representou a melhor fase da história dos jesuítas no Brasil, fase esta que foi de 1549
até 1570, data da morte de padre Nóbrega;
● Neste período, os jesuítas aprenderam tupi‐guarani, elaboraram material didático para a
catequese e Anchieta organizou uma gramática tupi. Num primeiro momento, eles
ensinavam os curumins junto com os lhos dos colonos. Neste processo, Anchieta usava
vários recursos como a música, a poesia e o teatro. Substituiu as cantigas cantadas
pelos índios pelos hinos de louvor à Virgem. Não demorou que houvesse um choque
cultural entre os valores dos indígenas e dos colonizadores;
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Missões/reduções
● Os jesuítas permaneciam um determinado período nas tribos, realizando a pregação e
os batismos e, para dar continuidade ao trabalho, logo seguiam para outra tribo. Mas
acabaram percebendo que esta maneira não estava surtindo os efeitos necessários de
conversão que eles esperavam. Para que as conversões fossem realmente
consolidadas, foram criadas as missões ou reduções. Do século XVI ao XVII, os jesuítas
desenvolveram a catequese por meio do con namento indígena nas missões ou
reduções;
● As missões ou reduções eram povoamentos ou aldeias criadas pelos jesuítas. Possuíam
uma organização bem de nida que podia reunir várias etnias. Foram construídas casas
para cada família, pois os jesuítas se surpreenderam com o fato de duzentas famílias
morarem numa mesma oca. A catequese nas missões, reduções, povoamentos ou
aldeias era mais e ciente. Os jesuítas ensinavam regras de higiene e saúde, técnicas e
práticas agrícolas. Algumas missões foram muito prósperas. Nelas, se praticava
agricultura, criação de gado e artesanato e os jesuítas tinham uma ação ampla de
conversão religiosa, educação e trabalho;
● A ação dos jesuítas procurava anular as tradições indígenas, pois elas eram
reconhecidas como atrasadas, selvagens e indignas;
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A sociedade colonial e o ensino jesuítico
● Num primeiro momento, os lhos de colonos e curumins aprenderam juntos, mas a
tendência que se con rmou não foi esta, ou seja, a educação jesuítica separou os
catequizados dos instruídos. Assim, a educação para os curumins tinha o objetivo de
cristianizar, paci car e torná‐los dóceis para o trabalho, enquanto que, para os lhos dos
colonos, a educação poderia ir além de ler, escrever e contar;
● Para relembrar a colonização no Brasil: centrada na ocupação do território, de modo a
viabilizar a produção agrícola de interesse para o mercado europeu, ou seja, nossa
economia era baseada num modelo agrário‐exportador dependente. A viabilização deste
modelo teve como apoio a larga distribuição de terras pelo sistema de sesmarias. Para
ter o “direito” de receber estas terras, era preciso ter condições de aproveitá‐las e isso
signi cava possuir recursos para produzir cana‐de‐açúcar e comprar escravos para tal
trabalho. Desta forma, a distribuição de terras no Brasil, desde o início da colonização,
foi marcada por um caráter de privilégio, elitista e discriminatório, que marcará
profundamente a estrutura social brasileira. A economia se expandiu em torno do
engenho de açúcar, centrada no latifúndio, na escravidão e na monocultura;
● Numa sociedade agrária e escravista, o interesse pela educação era quase nulo e,
portanto, a quantidade de analfabetos era muito grande. As mulheres e negros eram
excluídos do ensino e pouco despertavam o interesse dos padres, que se concentravam
na catequese dos curumins. Ao enviar os jesuítas para o Brasil com a nalidade de
converter os índios pela educação, regulando a consciência pela uniformidade da fé,
Portugal tinha como prioridade manter a unidade política e a dominação da metrópole
sobre a colônia. O ensino que se estabelecia carregava estas marcas;
● A educação para os lhos dos senhores de engenho seguia a tradição portuguesa, o
primeiro lho do sexo masculino herdava o patrimônio do pai e deveria dar continuidade
ao trabalho nas terras, no engenho. O segundo lho poderia se dedicar às letras e
normalmente frequentava o colégio para depois concluir os estudos na Europa. O
terceiro estudava para se tornar um religioso.
● Outra forma de educação praticada pelos jesuítas acontecia nos confessionários, pois,
ao ouvir os pecado, os padres iam modelando o pensamento dos colonos.
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A educação montada pelos jesuítas - os colégios tinham a seguinte estrutura
● Inicialmente a criança aprendia a ler, escrever e contar.
● Após este ensino elementar, os colégios forneciam formação em Humanidades, Filoso a,
Ciência e Teologia. O curso de Humanidades era de grau médio e se ensinava latim e
gramática, especialmente para meninos brancos e mamelucos (mestiços de branco e
índio). Os outros dois cursos eram de grau superior e alguns colégios ofereciam até as
quatro possibilidades;
● Após o curso de Artes e Filoso a, o jovem podia escolher entre duas opções: ou estudar
teologia, tornado‐se padre, ou preparar‐se para as carreiras liberais como Direito e
Medicina. Para tal, deveria estudar em uma das diversas universidades europeias. Os
brasileiros optavam, em grande parte, pela universidade de Coimbra, em Portugal.
● Por três séculos (XVI, XVII e XVIII), a educação dos jesuítas no Brasil praticamente não
se alterou. Foi uma educação com prioridades no nível secundário visando a formação
humanista, com privilégio dos estudos de latim, dos clássicos e da religião. Não faziam
parte do currículo dos colégios as ciências físicas ou naturais;
● Na verdade, a educação não era de interesse geral. Ela, durante muito tempo, destinava‐
se apenas àqueles que pertenciam à classe dirigente e, mesmo assim, possuía um
caráter muito mais de erudição e ornamento por ser literária, abstrata e alheia aos
interesses materiais e utilitários;
● Não havia interesse na educação para o trabalho. Esta era realizada de maneira informal
no próprio ambiente de trabalho, sem nenhuma regulamentação nem organização. Os
jesuítas tinham escolas‐o cinas nas missões guaranis para ensinar os indígenas , mas
não as difundiram para o restante da sociedade, fazendo‐o apenas em raras
oportunidades;
● Assim, nos duzentos anos de existência no Brasil (de 1549 até 1759, quando os jesuítas
foram expulsos pelo Marquês de Pombal), a educação jesuítica foi uma educação
conservadora, mas que, no entanto, estava de acordo com o tipo de sociedade que aqui
se desenvolvia: aristocrática, agrária e escravista, que depreciava o trabalho manual,
entendido como desclassi cado, e com uma economia agroexportadora dependente e
submetida à opressão política da metrópole;
● Características: analfabetismo; ensino restrito - elitismo; sem compromisso com o
trabalho; ensino clássico que valorizava a literatura e retórica e desprezava as ciências.
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A expulsão dos jesuítas do Brasil e as reformas pombalinas na Educação
● Contexto histórico em Portugal: Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de
Pombal, foi primeiro‐ministro de Portugal de 1750 a 1777, com a missão de reerguer o
país da decadência na qual se encontrava diante de outras potências europeias na
época. Como um país católico, Portugal condenava o juro. Enquanto outras nações
como Inglaterra e França promoviam as manufaturas, Portugal permaneceu atrelado a
uma mentalidade medieval, o que contribuiu para retardar a implantação do capitalismo e
colaborar com a decadência. Além disto, enquanto a Europa renascentista se preparava
para o livre pensar que se consolidaria no Iluminismo do século XVIII, Portugal
permanecia cioso da herança cultural clássico‐medieval, preservando o latim, a loso a
e a literatura cristã;
● A partir do século XVIII, a vida intelectual portuguesa começou a mudar e se abrir para
as ideias iluministas por meio de vários debates acerca da educação, que aconteceram
principalmente com o lançamento da obra Apontamentos para a educação de um menino
nobre (1734), de Martinho de Pina e Proença, em cujas páginas o autor recomendava
aos professores que se preocupassem também com Geogra a, História, Matemática e
Direito, revelando uma nítida inspiração de autores iluministas como Locke e Fénelon;
● Aos poucos, as coisas foram mudando. A estrutura social começou a se transformar, por
exemplo, quando um novo segmento social se formou no Brasil, a pequena burguesia
urbana, que tinha pretensões de ascender socialmente, sendo a Educação a melhor
forma de alcançar este objetivo;
● Além disto, Marquês de Pombal tinha grande apreço para com os ideais iluministas e
com sua chegada ao poder e preocupação de modernizar a administração pública e
maximizar os lucros com a exploração colonial, a própria coroa portuguesa sofreu
in uência dos princípios iluministas;
● Os debates travados sobre educação repercutiram imediatamente sobre as atividades
educacionais dos jesuítas, pois eles detinham o monopólio da educação superior em
Portugal e da educação nas colônias portuguesas espalhadas pelo mundo. Eram
considerados defensores de uma educação tradicional, abstrata, sem fundamento
utilitário, portanto inadequada para a realidade do momento;
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● Assim, por meio do Alvará Régio de 28 de junho de 1759, Marquês de Pombal, como
primeiro‐ministro de Portugal expulsou, ao mesmo tempo, os jesuítas de Portugal e de
suas colônias, suprimindo as escolas e colégios jesuíticos. Pombal empreendeu um
extenso programa de transformações administrativas tanto em Portugal como no Brasil.
As reformas educacionais pombalinas tiveram que acontecer, pois, com a extinção dos
colégios, tal responsabilidade deveria ser assumida pelo governo;