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A EDUCAÇÃO RELIGIOSA NA IDADE MÉDIA E A

INFLUÊNCIA DA IGREJA NO PENSAMETO


OCIDENTAL
Elisa Margarete Vieira
Professor Giancarlo Moser
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELUI(FUCAP)
Curso Normal Superior (Séries Iniciais – 1ª a 4ª Séries)
História da Educação
06/05/2006

Resumo

O presente estudo realizado sobre História da Educação irá apontar as características do contexto
histórico da sociedade medieval européia e suas influências na concepção de educação medieval,
visando perceber a influência da igreja católica.

Palavras-chave: Exclusão; Doutrina; Poder.

1 Introdução

A sociedade européia no período denominado medieval possui características especiais


de organização social que acabaram por definir as concepções de homem e de educação e
representou o período de construção da Europa cristã. O período medieval, portanto, foi marcado
pela forte influência exercida pela Igreja Católica, em que o pensamento cristão era hegemônico e
norteava toda a produção cultural e ideológica.
A Igreja Católica se consolidou enquanto instituição e exerceu influência tanto espiritual
como política.
Nesse sentido, podemos considerar que a religião católica serviu como um importante
instrumento da manutenção da ordem social vigente.
Através do trabalho do clero procurou agregar os diferentes grupos sociais, construindo
uma consciência cristã. Para isso utilizou-se do processo educativo. Este, por sua vez, imprimiu
uma concepção do mundo pautada nos valores teocêntricos, sendo Deus o centro de tudo, tornando-
se a referência para todas as ações humanas. Assim, nessa sociedade os “desvios” eram computados
como pecados, cuja pena seria o castigo eterno.
Uma representação que justificava a exclusão das pessoas que não se orientassem
segundo as normas da Igreja.
Esse imaginário cristão foi inserido, no contexto medieval, através dos textos transcritos
das falas dos membros do clero e também da iconografia.
A iconografia foi muito eficaz no que diz respeito a construção da consciência cristã,
principalmente junto a classe social menos favorecida e, que não tinha acesso à educação letrada.
Através das imagens religiosas a igreja produzia a sua doutrina e reforçava um poder
invisível, hegemônico.
É importante pontuar que essa estratégia pedagógica modelou os comportamentos e
exerceu um controle sutil constituído de dogmas e mistérios, que estavam fora do alcance do
homem comum, somente o clero tinha acesso a esse mundo invisível.
A era delegada a ordem para medir as questões que, em última instância eram
determinadas pela vontade de Deus, ser supremo, que deveria ser contemplado, sem ser
questionado.
Nesse contexto de hegemonia da Igreja Católica, uma nova ordem social se estruturou
em bases muito distintas daquela instituída na sociedade romana. Essa nova ordem social que se
estabeleceu, se impôs como um sistema político-econômico, social, ideológico e cultural, que ficou
conhecido como feudalismo. Como contempla SHIMIDT, Mário. Nova História; p. 33: “Nessa época
em que reinavam a insegurança e a incerteza, a Igreja conseguia transmitir a sensação de que era
sólida, correta e invencível”.
Do ponto de vista econômico, podemos destacar o processo da expansão da economia rural,
sendo que a atividade comercial restringia, na maioria dos lugares, as trocas de mercadorias como pouca
circulação de moedas. A economia era essencialmente agrária, com uma atividade agrícola auto-suficiente e
com artesanato doméstico. Em função desse processo, as relações de trabalho também se modificaram com a
substituição da escravidão pela servidão, que, por sua vez, tinha uma política com caráter descentralizado,
sendo que cada senhor feudal tinha autonomia política em relação ao feudo (proprietário). A sociedade era
hierarquizada, sendo o clero e a nobreza os proprietários das terras e, no extremo oposto, os servos, que não
possuíam as terras.
Nesse contexto histórico, o acesso à educação/formação letrada era restrito aos jovens
pertencentes à classe social dominante e visava, principalmente, a formação desses para a vida religiosa. No
entanto, existiam outras formas de educação.

2 Considerações Finais

Para relacionar as características da sociedade medieval com o desenvolvimento da educação, é


importante pontuar, nesse sentido, algumas idéias: como o poder da Igreja Católica, a descentralização do
poder político, a economia agrária e seus laços de dependência; é importante que se discuta a idéia de que a
educação medieval, através da concepção cristã, objetivava manter a ordem social vigente. Assim, as idéias
como “pecado” e “castigo” determinavam o comportamento da população.

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