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DE SANDRO BOTTICELLI
Introdução
Introdução........................................................................................................................................1
Sandro Botticelli..............................................................................................................................1
Visão Geral da Obra........................................................................................................................3
Análise Plástica...............................................................................................................................5
Análise Histórica.............................................................................................................................6
Comentário Pessoal.........................................................................................................................7
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Sandro Botticelli
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da época redescobriram o valor de Botticelli, valor este que se estende até ao
momento presente.
O NASCIMENTO DE VÉNUS
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Inspirada na mitologia
romana, Vénus aparece nua no
centro da pintura sobre uma
grande concha, que por sua vez,
está repousada sobre a água do
mar. Vénus está banhada de luz
exaltando, assim, a pureza da sua
alma.
A riqueza dos detalhes, o uso das cores claras, a harmonia das formas, a
delicadeza dos movimentos, a serenidade nos olhares e a alusão ao mito de
Vénus são as principais características desta obra de Botticelli.
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Análise Plástica
Composição Botticelli fez uso da sua inteligência sensível ao
determinar toda a composição da tela. Ele cria linhas
de orientação que quase fazem com que a própria
pintura pareça que está a ascender ao divino, estas
linhas inclinadas ascendentes e a composição
piramidal permitem-nos ter essa ideia. O equilíbrio
também é um fator presente nesta obra e é possível
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pintura a têmpera aplicada sobre madeira. A têmpera é uma
técnica na qual os pigmentos de cor são misturados
com água e ovo.
Análise Histórica
A pintura procura captar a altura do nascimento da deusa, momento que
simboliza o surgir dos ideais de beleza e de verdade. Colocada no centro da
composição, a deusa ergue-se sobre uma concha que se aproxima da costa,
empurrada pelo movimento das ondas e acompanhada de três personagens
que tentam imprimir a sua essência divina.
A serenidade da imagem e a luminosidade da paisagem traduzem um
duplo sentido, por um lado apontam para aspetos renascentistas de
derivação clássica (por exemplo, a influência grega presente na definição do
corpo de Vénus) e para a temática mitológica; por outro, o episódio
representado e a composição da tela recordam representações cristãs do
batismo de Cristo, com referências à concha, à água e às figuras dos anjos,
aqui incarnadas pelos ventos (temática religiosa).
A nudez de Vénus exclui qualquer erotismo e representa apenas a
pureza da figura, como comprova o longo cabelo que tapa o sexo e a mão
que esconde os seios.
Botticelli recusou a imitação direta e naturalista do mundo real, criando
um espaço e um conjunto de figuras idealizadas.
O divino é representado por Vénus e como já dito apesar da composição
pagã, pode-se fazer um paralelo com a religiosidade cristã, como se Vénus
viesse purificada pelas águas batismais. Ela é bela e pudica, isto reflete a
verdade cristã, consequentemente a conecta à figura de Maria, assim sendo, a
pintura passa a ser tratada de forma religiosa.
As figuras de Zéfiro ao lado da sua esposa Clóris representam o amor
carnal, que é purificado pela presença de Hora, que corre para cobrir Vénus.
Para a representação do corpo da deusa, o pintor propositalmente o
realiza de modo que pareça que esta não tenha carne e osso. Botticelli, ao
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pintar, escolhe a primavera como a estação. Esta é a estação de Vénus, do
renascimento.
O pintor conseguiu na temática mitológica pagã expressar o espírito
cristão.
Comentário Pessoal
Ao longo da análise deste quadro e também da pesquisa sobre o seu
autor consegui perceber que Sandro Botticelli não era o típico pintor
renascentista, inspirava-se sim nos ideais da Antiguidade Clássica mas não
revelava o estrito realismo como Leonardo da Vinci ou Rafael. A sua forma
subtil de incorporar a temática cristã numa obra de caráter mitológico/pagã
mostra a sua singularidade como artista.
No que refere à obra em específico, conclui-o, então que esta obra,
apesar de ter sido fruto de um mero desejo de objeto para contemplação e
adorno, foi produzida de tal modo que ganhou significados verdadeiros. Uma
obra que conecta o pensamento ao divino e a razão à sensibilidade. Reflete
uma linha de pensamento do autor, que intencionalmente criou toda uma
mensagem divina para que aqueles que contemplem a obra possam aprender
e refletir.
Do meu ponto de vista afetivo considero “O nascimento de Vénus” uma
pintura de extrema beleza e delicadeza, com uma conjunção de cores serenas
e tranquilas e com um significado sublime e uma sensação angelical.
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