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recortados com pintura, o que traça uma divisória entre o sonho e a realidade.
A persistência da memoria
Dimensões: 24 cm x 33 cm
Período: Surrealismo
Criação: 1931
Quando olhamos para os relógios reconhecemos este objeto, porém, ele nos causa
estranheza, pois está deformado do seu formato e uso convencionais. Essa
estranheza gera uma reflexão sobre o próprio objeto e a sua função.
E ainda temos uma mosca no relógio derretido, nos remete a lembrança de que o
tempo não pára, ele voa. sendo assim a mosca e as formigas as únicas criaturas
vivas no quadro.
O próprio Dalí está presente, na forma da cabeça adormecida que já havia aparecido
em outros quadros, como no quadro O Jogo Lúgubre (Jogo Lúgubre o perfil do
artista, cujos olhos, adornados por longas pestanas, estão fechados. Um imenso
gafanhoto encontra-se pousado em sua boca, representativo de seus medos).
Seu autorretrato caricaturado, está no plano central da obra, coberto por um relógio
derretido. As pestanas sugerem um grande olho fechado em estado de contemplação,
do sono ou da morte. Dalí propõe que apenas a superação do tempo pode soltar as
rédeas da consciência.
A noção subjetiva do tempo é explorada por Dalí neste quadro. A própria figura do
pintor aparece dormindo em baixo de um relógio derretido. O lugar do sonho, da
vigília, é também um lugar onde a temporalidade assume outras realidades.
O tempo do quadro não é o tempo real, e sim o tempo do inconsciente. Sabe-se que
Dalí foi influenciado por algumas das teorias da psicanálise de Freud, segundo o qual
"o sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente".