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APRECIAÇÃO CRÍTICA “AS ILHAS DESCONHECIDAS”

O livro “As Ilhas Desconhecidas” são feitas de notas da primeira e única deslocação de
Raul

Brandão à Madeira e aos Açores. Raul Brandão faz descrições deslumbrantes das
paisagens, mas o que é mais impressionante é que consegue também dar lugar ao
realismo. Um dos mais belos livros de viagem da literatura portuguesa. É a mais
completa homenagem aos arquipélagos dos Açores e Madeira. Este livro é como um
diário, pois o autor, Raul Brandão, relata tudo o que vê no seu dia-a-dia durante a
viagem, desde o relevo da ilha até aos seixos dos parques até mesmo a forma das flores.
Destaca muito bem a beleza da ilha das Sete Cidades.

Durante a leitura apercebi-me que o autor apreciou mais as ilhas dos Açores, já a
Madeira o autor gostou, mas sinto que desprezou um pouco o quotidiano da ilha este
acontecimento pode se dar devido ao cansaço.

Penso que a escrita do livro está muito bem concedida assim admirando a forma como
Raul Brandão descreve as ilhas portuguesas, elogiando-as, e devido à técnica do
visualismo do mesmo modo com Fernão Lopes usava nas suas crónicas, assim
transmitindo sensações visuais, olfativas, gustativas e auditivas como nesta descrição
“Sentei-me num pomar de deliciosas nêsperas amarelas e maduras, a vermelha mais
ácida, e a branca mais doce que se desfaz em sumo na boca.” (página 22)

A meu ver acho o livro é muito atrativo, adorei o tema abordado não só devido à técnica
de escrita, à homenagem das nossas ilhas mas também devido ao facto de nunca as ter
visitado, foi incrível a sensação de sentir a viagem de Raul Brandão e as palavras, essas,
tocam fundo no nosso coração, ainda para mais aqueles que amam as ilhas e o mar "mar
desmaiado, que não foi feito para se ver mas para respirar". Recomendo o livro a todas
as pessoas, mas principalmente a amantes de viagens.
ANEXOS (PESQUISAS REALIZADAS)
AUTOR

Raul Brandão nasceu na Foz do Douro, Porto, a 12 de março de 1867, e morreu em


Lisboa a 5 de dezembro de 1930.Teve a sua formação na Universidade do Porto. Foi
militar desde 1888 a 1911, quando se reformou do posto de capitão, dedicou o resto da
sua vida ao jornalismo e à literatura, escrevendo livros, como “Os Pescadores”, ”Os
Pobres” e “Húmus”, a sua obra-prima. Também escreveu peças de teatro como “O Gebo
e a Sombra”, que tem impressionado várias pessoas até aos dias de hoje. Raul Brandão
tem um grande fascínio pelo mar pois era descendente de pescadores, sendo assim um
tema recorrente da sua obra.

Deixou uma extensa obra literária e jornalística que muito influenciou a literatura e a
língua portuguesa.

Raul Brandão destacou-se em homenagens como: A Biblioteca Municipal de


Guimarães, com o seu nome;

Em 1950, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a


uma rua na zona de Alvalade;

Em 1967 foi inaugurado no Porto, um monumento dedicado a Raul Brandão


OUTRAS OBRAS

Raul Brandão escreveu outras obras como: Os Pobres (1900), Húmus (1917), Os
Pescadores (1923), A Farsa (1926), A Morte do

Palhaço e o Mistério das Árvores (1926), El-rei Junot (1912)

CORES DAS ILHAS

A paleta de cores começou a ser formada com a visita do escritor Raul Brandão aos
Açores e foi atribuída a cada ilha uma determinada cor.

Sendo, Santa Maria a ilha amarela devido às giestas que por lá abundam, São Miguel a
ilha verde por causa das pastagens, Terceira a ilha violeta pelas latadas de lilases,
Graciosa a ilha branca pelas suas pedras brancas, São Jorge a ilha castanha pelas rochas
na ponta dos Rosais, Pico a ilha cinzenta pela sua montanha, Faial a ilha azul pelas
hortênsias azuis, Flores a ilha rosa devido às azáleas e o Corvo a ilha preta pela lava e
pelos campos murados.

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