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O livro “As Ilhas Desconhecidas” são feitas de notas da primeira e única deslocação de
Raul
Brandão à Madeira e aos Açores. Raul Brandão faz descrições deslumbrantes das
paisagens, mas o que é mais impressionante é que consegue também dar lugar ao
realismo. Um dos mais belos livros de viagem da literatura portuguesa. É a mais
completa homenagem aos arquipélagos dos Açores e Madeira. Este livro é como um
diário, pois o autor, Raul Brandão, relata tudo o que vê no seu dia-a-dia durante a
viagem, desde o relevo da ilha até aos seixos dos parques até mesmo a forma das flores.
Destaca muito bem a beleza da ilha das Sete Cidades.
Durante a leitura apercebi-me que o autor apreciou mais as ilhas dos Açores, já a
Madeira o autor gostou, mas sinto que desprezou um pouco o quotidiano da ilha este
acontecimento pode se dar devido ao cansaço.
Penso que a escrita do livro está muito bem concedida assim admirando a forma como
Raul Brandão descreve as ilhas portuguesas, elogiando-as, e devido à técnica do
visualismo do mesmo modo com Fernão Lopes usava nas suas crónicas, assim
transmitindo sensações visuais, olfativas, gustativas e auditivas como nesta descrição
“Sentei-me num pomar de deliciosas nêsperas amarelas e maduras, a vermelha mais
ácida, e a branca mais doce que se desfaz em sumo na boca.” (página 22)
A meu ver acho o livro é muito atrativo, adorei o tema abordado não só devido à técnica
de escrita, à homenagem das nossas ilhas mas também devido ao facto de nunca as ter
visitado, foi incrível a sensação de sentir a viagem de Raul Brandão e as palavras, essas,
tocam fundo no nosso coração, ainda para mais aqueles que amam as ilhas e o mar "mar
desmaiado, que não foi feito para se ver mas para respirar". Recomendo o livro a todas
as pessoas, mas principalmente a amantes de viagens.
ANEXOS (PESQUISAS REALIZADAS)
AUTOR
Deixou uma extensa obra literária e jornalística que muito influenciou a literatura e a
língua portuguesa.
Raul Brandão escreveu outras obras como: Os Pobres (1900), Húmus (1917), Os
Pescadores (1923), A Farsa (1926), A Morte do
A paleta de cores começou a ser formada com a visita do escritor Raul Brandão aos
Açores e foi atribuída a cada ilha uma determinada cor.
Sendo, Santa Maria a ilha amarela devido às giestas que por lá abundam, São Miguel a
ilha verde por causa das pastagens, Terceira a ilha violeta pelas latadas de lilases,
Graciosa a ilha branca pelas suas pedras brancas, São Jorge a ilha castanha pelas rochas
na ponta dos Rosais, Pico a ilha cinzenta pela sua montanha, Faial a ilha azul pelas
hortênsias azuis, Flores a ilha rosa devido às azáleas e o Corvo a ilha preta pela lava e
pelos campos murados.