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Entre Palavras 8

Página 13
LEITURA
1. c.
2.
Introdução – 1º parágrafo. Apresenta-se o tema: a origem de Ponte de Lima.
Desenvolvimento – de «A dita ponte (…)», l. 9 até «nomes dos seus homens», ll. 68-69. É constituído pelos 2º, 3º e 4º parágrafos, que tratam da história da ponte sobre o rio
Lima desde o tempo dos Romanos, da construção da vila em torno dela e da lenda que lhe está associada.
Conclusão – último parágrafo. Retoma a informação anterior e termina sugerindo uma visita a esta vila histórica.
3. Ponte de Lima tem um nome «claro como a água» porque o nome da ponte indica isso mesmo: ponte que atravessa o rio Lima. Por isso, o seu nome é claro, não necessita de
interpretação.
3.1 Comparação
4. 1º d. / 2º c. / 3º a. / 4º b.
5. O facto de a ponte ter sido construída no tempo dos Romanos e a vila apenas ter sido fundada no século XII.

Página 14
LEITURA
6. «águas», l. 55
7.
7.1 Os soldados recusavam-se a atravessar o Lima, porque tinham medo de perder a memória. Para os convencer a fazê-lo, o general recorreu a um estratagema: atravessou o
rio e chamou os soldados um a um pelo nome, mostrando assim que não tinha perdido a memória.
7.2. O Letes – rio que, segundo a mitologia greco-romana, provocava o esquecimento.

Teste interativo
«O rio do esquecimento»

GRAMÁTICA
1.
1.1 Radical -<feitiç->; prefixo <en->; vogal temática do verbo <-a>; sufixo de infinitivo <-r>
1.2 a.
2.
a. Derivação não afixal
b. Derivação por prefixação
c. Derivação por sufixação
3. Indica repetição.
4. Indica qualidade.
5.
a. Conjunção subordinativa causal
b. Conjunção coordenativa adversativa
c. Pronome relativo
d. Pronome pessoal átono
e. Determinante relativo
f. Determinante artigo definido

Página 17
LEITURA
Nota
Há fichas de trabalho complementares sobre a temática da «Aventura e Viagem» no LPP.
1. c.
2.
2.1 P
 ara norte, em primeiro lugar, o visitante poderá encontrar a fraga do Cuco, em segundo lugar, a ladeira dos Cortelhos, e, em terceiro lugar, o Castro do Falgueirão. Por outro
lado, para sul, poderá ainda encontrar um penedo conhecido pelo Castro Corisco e mais uma fraga medideira, com uma série de cruzes gravadas; além disso, encontrará
também o alto das Barreiras.
3. Por exemplo, «à direita», ll. 11-12, «à esquerda», l. 21, «no meio», l. 24, «à sua frente», ll. 63-64.
Página 18
LEITURA
4.
a. V
b. V
c. F (O visitante terá de se deslocar em direção a um morro, até encontrar um pequeno penedo.)
d. V
e. F (O visitante encontrará duas pedras medideiras.)
5. Carros puxados por animais.
6. O antecedente é «o alto das Barreiras», l. 64.
7. a.
8. O
 viajante é aconselhado a subir para o alto das Barreiras porque foi neste local que o povo se refugiou durante as invasões francesas. Além disso, deste miradouro natural
podem-se observar alguns pontos da vila e da serra do Montesinho bem como vários espécimes da avifauna da região, como a águia-real, o falcão-peregrino, o corvo, o gaio,
o picanço, a pega e a rola.

Teste interativo
«Montesinho no coração da montanha»
PowerPoint
Textos instrucionais

GRAMÁTICA
1. c.
2. b.
3.
a. «não» – valor de negação; «sim» – valor de afirmação
b. «bastante» – valor de quantidade e grau
c. «Só» – valor de inclusão e exclusão
d. «seguidamente» – valor de ordem, ordenação ou sequência
e. «Ali» – valor locativo ou de lugar
3.1
a. Modificador de frase
b. Modificador de GV
c. Complemento oblíquo
d. Predicativo do sujeito

Página 21
ORALIDADE

Documento
Grelha de avaliação: «Falar para dar instruções»
LPP

Grelha de avaliação: «Falar para dar instruções»

Página 24
LEITURA
1. d.
2.
2.1 «Voasse», no contexto, significa o desejo de que Mónica fosse autónoma, pudesse sair da casa dos pais (do «ninho»).
2.1.1 O
 recurso expressivo aqui presente é a metáfora. A sua expressividade reside na relação de sentido que se estabelece entre uma ave que sai do ninho e uma jovem adulta:
do mesmo modo que uma ave adulta voa para sair do ninho, também uma jovem adulta deveria poder sair da casa (do «ninho») dos pais.
2.2 O que a impede de «voar» é ser mãe solteira, trabalhar num local distante de casa e não ganhar o suficiente para sustentar casa própria.
3.
3.1 A
 ntónio acha que só desempenha o papel de avô (e não o de «avô-pai») e que tem um poder de decisão reduzido relativamente ao neto. Já Amélia pensa que, sendo avó,
também é, por vezes, «um bocadinho mãe».
4.
a. António parece ser um pouco insensível, mas, na realidade, é muito carinhoso.
b. O desemprego apanhou todos de surpresa provocando fortes danos na família.
5. Como a casa era pequena e apenas estava preparada para o casal, Fátima e José tiveram de proceder a várias alterações para receber os filhos. Em primeiro lugar, deram
móveis, além disso reorganizaram as assoalhadas da casa, e, finalmente, aproveitaram melhor o espaço disponível para acomodar camas, brinquedos, secretárias e
jogos.
6.
6.1 emigrar
6.2 «a filha e o genro», l. 98
Página 24 (cont.)
LEITURA
7.
7.1 Amélia e António: a filha mais velha é mãe solteira; trabalha longe de casa; o que ganha não é suficiente para sustentar uma
casa.
7.2 Fátima e José: o genro ficou desempregado e o ordenado da filha não é suficiente.
7.3 Glória: a filha e o genro emigraram para Angola.

Teste interativo
«Avós heróis»

Página 27
LEITURA
1.
a. O remetente é o engenheiro informático Pedro Sobral Teixeira.
b. O destinatário é o engenheiro Alcântara Alves.
c. O objetivo da carta é a candidatura a um emprego de engenheiro informático.
2. O
 s argumentos que apresenta são os seguintes: em primeiro lugar, indica que possui qualificações académicas adequadas – licenciatura e mestrado – para o exercício da
profissão; em segundo lugar, refere o trabalho desenvolvido numa empresa ligada à criação de produtos informáticos; em terceiro lugar, afirma deter conhecimentos nas
áreas da segurança de redes móveis e no desenvolvimento de software para smartphones. Finalmente, considera-se uma pessoa responsável e com boa capacidade de
trabalho.
3. F órmula de saudação ou de entrada: «Exmo. Senhor Diretor de Recursos Humanos da Chips&Genius Portugal». Fórmula de despedida ou fecho: «Subscrevo-me, com os
melhores cumprimentos».
4. A introdução é constituída pelo 1º parágrafo, porque é aí que o remetente indica o objetivo da carta: a candidatura a um emprego. O desenvolvimento é constituído
pelos 2º, 3º e 4º parágrafos e neles se apresentam os argumentos para a obtenção do emprego (as qualificações profissionais, académicas e sociais do candidato).
A conclusão é constituída pelo último parágrafo, no qual o candidato se coloca à disposição para uma entrevista com o empregador.
 efinição possível: o Curriculum Vitae é um documento onde se encontram organizados os dados biográficos, conhecimentos e percurso académico e profissional de uma
5. D
pessoa.
5.1 As suas partes principais são a informação pessoal, experiência profissional, formação académica e profissional e aptidões e competências pessoais.

Página 28
ORALIDADE
Nota
Esta atividade de compreensão oral pretende servir de motivação para a leitura e compreensão do texto «Azulejo português» e deverá ser feita em pares.
Antes de se iniciar a atividade, o professor deverá explicar aos alunos que serão feitas duas visualizações do vídeo – uma para apreensão geral do conteúdo e outra para
apreensão de pormenores.
Durante cada uma das visualizações, os alunos deverão tomar notas que lhes permitam responder às perguntas. Se necessário, far-se-á uma terceira visualização do vídeo para
que todos os alunos possam responder.
No momento da avaliação poderá ser feita nova visualização para esclarecimento de eventuais dúvidas.
1. a. Em 1509; b. No antigo convento da Madre de Deus; c. A cor; d. Mostra cidade de Lisboa antes do terramoto; tem cerca de 20 metros; e. Com o Instituto Camões
2. O tema é a história do azulejo português.
3. O azulejo português é apresentado ao longo dos séculos com as suas características e utilizações em interiores e exteriores.
4. b.
5. a. F (Vinham de Sevilha.); b. V; c. V; d. V; e. F (Mostra a cidade de Lisboa antes do terramoto.)
6. b.
7. No vídeo, a diretora do Museu Nacional do Azulejo apresenta o museu e o local onde funciona e faz uma exposição sobre a história do azulejo português, desde o século XV
até à atualidade.

Vídeo
«Museu Nacional do Azulejo»
Teste de oralidade – compreensão oral
«O Castelo de Guimarães»
LPP

Teste de oralidade – compreensão oral: «O Castelo de Guimarães»

CD áudio | Faixa 1

Página 30
LEITURA
1. Tema: o azulejo português. Assunto: o texto trata das características únicas do azulejo português, desde o século XV até à atualidade.
2.
2.1 As suas características únicas são o caráter monumental de muitas das suas aplicações e a forma original como serviu de suporte às mais variadas representações.
Página 31
LEITURA
3.
3.1 O azulejo de gosto e técnica islâmicos e o azulejo de técnica de faiança.
3.2 O azulejo de gosto e técnica islâmicos é de origem espanhola, enquanto que o azulejo de técnica de faiança já é fabricado
em Portugal.
4. c.
5.
5.1 Na época contemporânea o azulejo é utilizado para revestir espaços públicos, como as paredes do metropolitano de Lisboa, enquanto que nos séculos anteriores servia
sobretudo para revestir palácios e igrejas.
6. g.

Teste interativo
«Azulejo português»

Página 32
GRAMÁTICA
1.
1.2 à Holanda / a / complemento oblíquo
1.3 à mão / a / modificador de GV
1.4 com azulejos / com / modificador de GV
1.5 por artistas portugueses / por / complemento agente da passiva
1.6 de azulejos / de / complemento oblíquo
1.7 no museu / em / predicativo do sujeito
2.
2.2 acolá / acolá / complemento oblíquo
2.3 ali / ali / predicativo do sujeito
2.4 muito demoradamente / demoradamente / modificador de GV

Página 33
ESCRITA
Pode ser feito como TPC. Neste caso, o aluno pode até trazer para a aula uma primeira versão do texto, completa ou em construção.

Documento
Grelha de avaliação: «Escrever um texto expositivo»
LPP

Grelha de avaliação: «Escrever um texto expositivo»

Página 35
LEITURA
1. b.
2. a.
3. A
 condescendência, isto é, a benevolência ou tolerância que os habitantes da cidade manifestam relativamente aos do campo quanto às suas pretensas dificuldades no uso
da tecnologia.
4.
4.1 O Biography tornou-se um canal de famosos, o História dedica-se aos aliens e o National Geographic passou a reality show.
4.2 b.
4.2.1 Se as audiências fossem elevadas, não haveria razão para alterar o tipo de programas anteriormente apresentados.
4.3 A crítica implícita a estas alterações é a de que o público não quer que a televisão o instrua, mas que o entretenha.
5.
5.1 R
 esposta possível: na minha opinião, esta afirmação está correta uma vez que a televisão é, de facto, barata e democrática. É barata porque informa (telejornais,
documentários, entrevistas…) e porque entretém através de diversos tipos de espetáculos (cinema, teatro, concertos) sem que esses conteúdos sejam pagos (exceto na
televisão por cabo). É também democrática porque se destina a todos os públicos ao apresentar uma grande variedade de programas para os mais diversos gostos.
Nota
Outras opiniões são admissíveis.

Teste interativo
«Há festa na aldeia»

GRAMÁTICA
1. a. proximidade; b. letrado, culto; c. ascenção
2. a. Exame; b. Competição
Página 36
GRAMÁTICA
Aprende mais
I.
1. a. polissémica; b. polissémica; c. monossémica; d. polissémica; e. monossémica; f. monossémica
2. Frases possíveis:
1. Hoje ganhei umas massas a jogar na bolsa (dinheiro).
2. As massas mais saborosas são as portuguesas (alimento).
3. Na política é necessário agradar às massas (povo).
II.
1.
1.1 a.

Página 37
GRAMÁTICA
2. b. pistas; c. marca, mancha; d. gesto, indicação; e. quantia em dinheiro
3.
a. reação:
• Fui apanhado de surpresa e fiquei sem reação.
• Esta vacina provocou uma forte reação na pele.
• É preciso ter cuidado com algumas reações químicas.
b. moda:
• Agora é moda andar descalço.
• A moda outono-inverno deste ano não trouxe surpresas.
• Ela anda sempre vestida à moda.
c. programa
• Vi um excelente programa na televisão.
• Qual é o programa para o fim de semana?
• Os professores têm de cumprir o programa.
Recorda
1. As frases a e d são passivas; as frases b e c são ativas.
2.
a. A tenologia é apreciada por todos os jovens de hoje.
b. Os gostos do público não eram seguidos pelos canais televisivos, no passado.
c. Enormes audiências têm sido conseguidas pelos canais de televisão por cabo.
d. Muito dinheiro será pago pelos telespectadores no futuro para verem piores programas.

Gramática interativa
• Frase ativa e frase passiva
• Significação lexical: monossemia e polissemia

Página 39
LEITURA
1. b.

Página 40
LEITURA
2.
2.1 Pertence ao seu tempo porque fala de coisas que podem observar-se no quotidiano, reflete nas suas letras, nas melodias, nos arranjos, uma forma de ser e estar própria do
tempo em que é criada. É intemporal porque as coisas desse quotidiano são, simultaneamente, relevantes para o seu tempo e relevantes para todos os tempos.
3.
3.1 Uma das coisas mais importantes é a relação que os músicos têm com o objeto artístico que produzem, as canções, e com o público que as acolhe como se fizessem parte
da sua vida.
4.
4.1 Os autores deveriam ter o controlo absoluto das suas criações porque ele permitir-lhes-ia evitar o uso indevido das suas canções por interesses particulares.
5.
5.1 A utilização de músicas em publicidade, associadas a marcas ou a causas.
6. A
 na Bacalhau critica a benevolência da lei porque ela permite a utilização de letras e melodias em campanhas políticas, desde que não sejam alteradas, sem que seja
necessário o consentimento dos seus autores.
Página 40 (cont.)

Teste interativo
«Apropriações musicais indevidas»

GRAMÁTICA
Recorda
1.
1.1 a. Valor locativo; b. Valor de negação; c. Valor de inclusão
2. c.
2.1 Advérbio conectivo
2.2 O advérbio «contudo», l. 34, tem a função de ligar a frase em que se encontra à frase anterior estabelecendo entre elas uma relação de contraste ou oposição.

Página 41
GRAMÁTICA
Aprende mais
1. d. Existe o advérbio «Eis», com valor de designação.

Gramática interativa
O advérbio

Página 42
LEITURA
Nota
Na apresentação, o aluno poderá apoiar-se em notas ou tópicos que o ajudem a manter a sequencialização do seu discurso.
Na avaliação, o professor deverá discutir antecipadamente com aos alunos os aspetos em que serão avaliados, projetando ou fazendo-lhes ler a grelha de heteroavaliação.

Página 45
LEITURA
1. b.
2.
2.1 Têm uma «vista a sério» porque dali se pode apreciar uma paisagem magnífica, constituída pelo rio, as pontes e a escarpa de Gaia, do outro lado.
3. A frase significa que a beleza da paisagem (a «vista») pouca importância terá para quem – como os moradores do Bairro de Nicolau – vive em casas «penduradas» na escarpa,
em risco de ruína, com poucas ou nenhumas condições de habitabilidade.
3.1 b.
3.1.1 A beleza da vista que se tem a partir do bairro contrasta com a pobreza e o abandono a que se encontra votado e com o perigo de acontecer uma derrocada.
4.
4.1 O Professor sustenta que apesar de degradadas as casas não apresentam qualquer risco para os seus moradores. A Câmara afirma o contrário.
4.2 Argumento do Professor Fernando Matos Rodrigues: os serviços competentes não garantem a limpeza e a conservação da escarpa. Se a Câmara o fizer, os moradores
não terão de abandonar o local.
Argumento da Câmara: apresenta um estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil para dizer que há risco e que, por isso, os moradores devem abandonar o local.
5. d.
6.
6.1 A autora refere-se à magnífica paisagem que se desfruta a partir da escarpa: as pontes, o Douro e Gaia. Já para os moradores, as «vistas» são constituídas pelo comboio,
pela escarpa e pelo local que já foi a sua casa.

Teste interativo
«Vidas penduradas»

Página 46
GRAMÁTICA
Recorda
1. b.
2.
a. «Como» – exprime causa
b. «enquanto» – exprime tempo
c. «mal» – exprime tempo
Página 47
GRAMÁTICA
Aprende mais
I.
1.
a. A Câmara quer realojar os moradores do bairro já que eles vivem em sobressalto.
b. Muitos moradores não querem sair visto que se habituaram a viver ali.
c. A autora gostaria de viver no bairro uma vez que ele tem uma vista magnífica.
II.
1.
a. Visitarei o Bairro do Nicolau, logo que a escarpa esteja segura.
b. A Câmara quer a saída dos moradores antes que uma derrocada provoque uma tragédia.
c. Os moradores irão ao bairro sempre que as saudades apertem.

Página 49
LEITURA
1.
1.1 Esse espaço é a «saleta».
1.2 A «saleta» era um pequeno compartimento com janela para a varanda; destinava-se exclusivamente à receção de visitas; tinha uma decoração cuidada, com mobiliário
confortável, quadros nas paredes e um piano.

Teste interativo
«[Memórias]»

Página 50
LEITURA
2. As meninas e as senhoras deviam saber tocar piano, porque esse instrumento musical conferia estatuto social. Era uma vergonha não o saber fazer.
3. O
 facto de as pianistas se aplaudirem sistematicamente, apesar de quase não saberem tocar piano; o facto de a mãe do narrador tocar uns acordes muito simples com
apenas uma mão, mas fazê-lo de modo a parecer uma pianista exímia.
4. O narrador recorda a mãe permanentemente a sorrir, mas má pianista; já as irmãs, em particular uma, recorda-as como boas executantes.
5. Era um lugar «sagrado», uma vez que apenas se abria para receber visitas. Só então se tiravam as coberturas dos móveis e do piano.

GRAMÁTICA
1. a. Nome comum; b. Adjetivo qualificativo; c. Preposição; d. Advérbio de quantidade e grau
2. a. Predicativo do sujeito; b. Complemento direto; c. Sujeito
3. a. Complemento oblíquo; b. Complemento indireto; c. Modificador de GV; d. Modificador de frase; e. Complemento agente da passiva
4.
a. Ambas são orações coordenadas. A oração iniciada pela conjunção «ou» é coordenada disjuntiva.
b. «(…) [os móveis] só se descobriam» – oração subordinante; «quando vinham as tais raras visitas (…)» – oração subordinada adverbial temporal.
c. «(…) [ajustava-se] a altura do banco à boa posição do executante (…)» – oração subordinante; «porque o assento estava enfiado no corpo do banco» – oração subordinada
adverbial causal.
5.
5.1 O piano ainda se encontra na saleta.
5.2 O pronome pessoal passa a colocar-se antes do verbo.

Página 51
ORALIDADE (COMPREENSÃO)
Nota
Com esta atividade pretende-se relacionar a descrição de um espaço interior presente no texto [Memórias], p. 48, com um texto oral onde se procede a descrição semelhante.
Depois de resolvidas as questões da 1ª audição, o professor deverá chamar a atenção para o facto de a descrição ocorrer normalmente com a narração.
Após a 2ª audição, o professor poderá pedir aos alunos que sistematizem algumas características do texto descritivo (frequência de adjetivos, verbos no imperfeito do indicativo,
referências espaciais, enumeração e localização de objetos, entre outras).
1. a.
2. A ordem correta é a seguinte: 1 — c. 2 — a. 3 — d. 4 — b.
3.
a. V
b. F (É um quarto simples e, por isso, acha-o um pouco desconfortável, porque lhe faltam vários objetos de toucador a que está habituado.)
c. F (Decorre num passado já remoto, como se nota pela ausência de luz elétrica, por exemplo.)
d. V
e. F (Os objetos são enumerados mas não se refere a sua localização ou organização espacial.)
f. V
Página 51 (cont.)
ORALIDADE (COMPREENSÃO)
4. O narrador descreve o quarto de Henrique, enumera alguns objetos nele existentes, narra um diálogo com a Tia Doroteia e o
adormecimento de Henrique.

Áudio
Júlio Dinis, A morgadinha dos canaviais, Obras completas, vol. 3, Lisboa, Círculo de Leitores, 1979, pp. 32-33

CD áudio | Faixa 2

Página 54
LEITURA
1. O tema da entrevista é a apresentação de Os Lusíadas para gente nova. No assunto, Vasco Graça Moura apresenta a sua obra e diz como a fez e com que objetivos.
2. As razões que tornam a leitura de Os Lusíadas, de Camões, «extremamente desinteressante» devem-se ao facto de ser uma obra difícil de ler pelos jovens de hoje e à
constatação de que as edições portuguesas desta obra apresentam as notas explicativas no fim do livro, o que desencoraja ainda mais a leitura.
3. A leitura de Os Lusíadas era mais fácil no tempo de Vasco Graça Moura porque como os alunos tinham de ler uma série de autores, quando chegavam a Os Lusíadas já tinham
acumulado uma vasta experiência de textos antigos – facto que não acontece com os atuais alunos do ensino básico.
4.
4.1 A sua obra não deve substituir Os Lusíadas de Camões, porque ela é apenas uma adaptação, um primeiro guia, um conjunto de pistas para ajudar na leitura da obra de
Camões.
5. b.
5.1 São os jovens do presente, porque são eles que têm vindo a perder o contacto com o nosso património literário, o que se reflete no empobrecimento do seu vocabulário.
 que leva Vasco Graça Moura a fazer esta afirmação é o facto de a sua neta de 13 anos não ter conseguido ler o romance O Bem e o Mal de Camilo Castelo Branco, que o
6. O
entrevistado leu com grande prazer aos 11 anos.
7. A principal crítica que faz ao ensino da literatura é ver grandes autores da literatura portuguesa, como Fernão Lopes, Camilo Castelo Branco, Cesário Verde e António Nobre,
serem completamente postos de lado, facto que considera «inadmissível e inaceitável».
8.
a. O antecedente é a frase «Nomes como Fernão Lopes, Camilo Castelo Branco, Cesário Verde e António Nobre são completamente postos de lado.», ll. 122-125.
b. O antecedente é a frase «tenho procurado desempenhar a minha obrigação cívica, cultural e humana de lutar contra esse estado de coisas.», ll. 128-130.

Teste interativo
«Uns Lusíadas para toda a gente»

Página 55
GRAMÁTICA
Recorda
1.
1.1 Encontram-se ligados por vírgulas.
1.2 b.
2.
2.1 c.
3.
a. As duas orações encontram-se ligadas sindeticamente.
b. As três orações encontram-se ligadas assindeticamente.
c. As três orações encontram-se ligadas sindeticamente.
4.
a. Ambas as orações são coordenadas entre si; a oração iniciada pela conjunção «mas» é coordenada adversativa.
b. Ambas as orações são coordenadas entre si; a oração iniciada pela conjunção «nem» é coordenada copulativa.
c. Ambas as orações são coordenadas entre si; a oração iniciada pela conjunção «pois» é coordenada explicativa.
5.
a. Oração subordinada adverbial temporal
b. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva
c. Oração subordinada adverbial causal

Gramática interativa
Coordenação sindética e assindética
Página 56
ORALIDADE

Documento
Grelha de avaliação: «Falar para apresentar ideias, argumentar e defender pontos de vista» (Debate)
LPP

Grelha de avaliação: «Falar para apresentar ideias, argumentar e defender pontos de vista» (Debate)

Página 58
LEITURA
1. d.

Teste interativo
«Como uma santola sem recheio»

Página 59
LEITURA
2.
2.1 Em primeiro lugar, o facto de haver muito poucos representantes do mundo das artes na festa de inauguração da sua exposição no Palácio da Ajuda. Em segundo lugar,
o facto de ter sido objeto do «mais abjeto cyberbullying», l. 18, por ter sido escolhida para representar Portugal na bienal de Veneza.
3.
3.1 T
 rata-se de um monumento decorado com inúmeras peças de mobiliário, retratos e outros objetos que exibem o quotidiano dos seus habitantes de outrora, e que suscitam
o mesmo tipo de curiosidade que hoje se tem pelos «famosos».
3.2 A exposição adapta-se ao contexto, na medida em que as diversas criações que a compõem são feitas de uma infinidade de objetos comuns que se replicam e que «enfeitam»
excessivamente o espaço onde se encontram.
3.3 a.
4.
4.1 Os elementos comuns que permitem a comparação entre o palácio e a exposição são o vazio e o excesso de objetos. O palácio é vazio, não é habitado por ninguém, mas os
espaços estão cheios de objetos. Do mesmo modo, a exposição apresenta peças vazias de conteúdo, também elas construídas com um excesso de objetos.
4.2 Esta comparação pretende mostrar que a obra de Joana de Vasconcelos se impõe pelo aspeto exterior – a cor, o brilho, a multiplicação de objetos – mas que não possui
substância, isto é, «sentido». É como pedir pedir uma santola que, por falta de recheio, não se pudesse comer.
5. «as máquinas e as formas», ll. 64-65

GRAMÁTICA
Recorda
1.
a. Palavra derivada por sufixação
b. Palavra formada por composição morfossintática
c. Palavra formada por derivação não afixal
d. Palavra derivada por sufixação
2. a. última; b. fecho; c. apagado; d. público
2.1 a. ilimitada; b. impossível; c. desdizer; d. desconhecida

Página 60
GRAMÁTICA

Teste interativo
Sequência 1
LPP

Teste-modelo GAVE

Página 61
LEITURA
1. A
 introdução é constituída pelo 1º parágrafo – apresenta o empresário Levi Strauss e a data de «nascimento» das calças de ganga; o desenvolvimento é constituído pelos 2º,
3º, 4º e 5º parágrafos e nele se apresentam as sucessivas etapas do sucesso das calças de ganga, desde finais do século XIX até à atualidade. A conclusão é constituída pela
última frase, que destaca as características únicas das Levi’s.
2. A inovação que permitiu o aparecimento das calças de ganga foi a utilização de rebites de metal para fortalecer as costuras.
Página 61 (cont.)
LEITURA
3.
3.1 A oportunidade de negócio resultou da necessidade de haver calças confecionadas num tecido suficientemente resistente
que durasse muito tempo.
4. O facto de serem feitas de um tecido muito resistente permitia a sua utilização em trabalhos duros ao longo de muito tempo.
5. A razão que levou Levi Strauss a colocar símbolos nas suas jeans foi a necessidade de as distinguir das da concorrência e de as identificar à primeira vista.
6. O antecedente de «o» é «o tecido», l. 18, e o de «que» é «a abreviatura denim», ll. 21-22.

GRAMÁTICA
1. a. Palavra derivada por sufixação; b. palavra formada por derivação não afixal; c. palavra formada por composição morfológica.
2. a. Pronome relativo; b. Advérbio conectivo; c. Advérbio com valor de modo
3.
a. Vou comprar umas jeans uma vez que são são muito resistentes.
b. Já que havia muitas imitações, Levi Strauss distinguia as suas calças através de símbolos.
4. Por exemplo: «Nos recentes campeonatos do mundo, os atletas atingiram marcas (resultados) notáveis».
5. a. Complemento oblíquo; b. Complemento direto; c. Modificador de GV
6. «não o substituiu por um algodão grosso tingido vindo de França»
6.1 O pronome pessoal átono «o» passa a colocar-se antes do verbo.

Página 65
LEITURA
1.
1.1 A narrativa do pescador feita ao narrador foi tão vívida, tão real, que ele se sentiu testemunha presencial dos factos.
1.2 «senti» e «Assisti», respetivamente ll. 8 e 10.
1.3 Sensações visuais: «vi o nevoeiro espesso no mar calmo», ll. 6-7, «Assisti à vida monótona e perdida no mar», ll. 10-11; sensações auditivas: «os pequenos barcos (…) guiando-
-se às apalpadelas pela buzina de bordo», ll. 7-8, «até que a barafunda aumenta», ll. 11-12; sensações olfativas: «dentro dos navios que cheiram a salmoura», l. 9, «exalação
das roupas», l. 10.
2.
2.1 Por certo que as conversas à volta do bacalhoeiro-fantasma seriam bastante perturbadoras, uma vez que acreditavam na sua existência e acreditavam e receavam que
o mesmo lhes pudesse também acontecer.
2.2 Ingénuos e receosos.
2.3 Ingénuos, pois acreditavam em histórias fantásticas; receosos, pois tinham medo que pudessem ter o mesmo destino dos pescadores do barco-fantasma.
3.
3.1 Uma das frases referentes a sensações auditivas que traduzem o barulho provocado pelas aves do mar é «De noite são os cagarros que falam uns com os outros.», ll. 25-26.
Esta frase personifica estas aves ao atribuir-lhes uma atitude humana.
3.2 O narrador usa uma técnica de repetição, por exemplo quando escreve, referindo-se a determinado tipo de aves, «(…) que voam e chiam, que voam e chiam (…)», ll. 27-28: com
estas repetições consegue sugerir bem o movimento das aves, contínuo, e os seus gritos incessantes.
3.3 A hipérbole «(...) tantas e tão bastas como as areias do mar(...)», usando-se deste modo um evidente exagero, consegue reforçar a ideia do movimento, da agitação, do ruído.

Teste interativo
«Pescadores de outros tempos»

Página 66
ORALIDADE
1. Primeira parte: o tema é a importância do mar na obra de Sophia de Mello Breyner, Andresen em geral.
Segunda parte: o mar em «Saga» de Sophia de Mello Breyner Andresen.
2. b.
3. a. F; b. V; c. F; d. V

Áudio
Entrevista a Sophia de Mello Breyner Andresen

CD áudio | Faixa 3
LPP

Teste de oralidade – compreensão oral: «Biografia de Sophia de Mello Breyner Andresen»

Áudio
Biografia de Sophia de Mello Breyner Andresen

CD áudio | Faixa 4
Página 68
LEITURA
1. O parágrafo apresenta várias marcas de aproximação de uma tempestade: o voo inquieto das aves («vaivém incessante»), l. 2,
o aspeto do mar («as águas engrossavam»), l. 3, a força do «vento sul», l. 3, que empurrava as nuvens e dificultava a caminhada
de Hans ao entrar-lhe pela roupa.
2. E
 sta conjunção coordenativa adversativa serve para estabelecer um contraste entre a natureza agreste e rude e Hans, que,
apesar de a reconhecer como tal, a não teme.
3.
a. Sensações visuais: «O mar do Norte verde e cinzento», l. 1; «os rochedos escuros», l. 1-2; «os longínquos espaços escureciam», l. 7.
b. S
 ensações auditivas: «o ímpeto e o tumulto cada vez mais violentos», ll. 6-7; «A tempestade, como uma boa orquestra, afinava os seus instrumentos.», ll. 7-8; «grande cântico
marítimo», ll. 9-10.
As sensações visuais apresentam principalmente marcas de escuridão como indiciadoras de tempestade; as auditivas remetem para o ruído crescente das águas do mar.

Página 69
LEITURA
4. Como o vento era demasiado violento e o podia derrubar, e como Hans queria muito ver a tempestade sem perigo, deitou-se no chão: deste modo o vento quase não o afetava.
5. Trata-se da «paixão» pelo mar e por tudo o que lhe dizia respeito.
6.
6.1
a. metáfora – «varriam»
b. comparação (entre o início da tempestade e uma orquestra que afina os seus instrumentos no início de uma atuação)
c. metáfora – «grande cântico marítimo»
d. metáfora – «inchar»
6.2 A primeira metáfora sugere a violência das ondas que passavam por cima dos rochedos, nada deixando sobre eles; a comparação sugere a mistura de ruídos vários pouco
ou nada harmoniosos – que anunciavam o que se ia seguir; a segunda metáfora é expressiva na medida em que traduz a violência da tempestade através dos ruídos muito
fortes e belos por ela produzidos; a última metáfora traduz bem o progressivo aumentar do volume das ondas.
7. Era um homem reservado mesmo para com a sua família; além disso, acreditava numa força que podia ser fatal, o «destino», ll. 42-43, de caráter maléfico, que não poupava
ninguém.
7.1 «À casa e à família imprimia uma inominada lei de silêncio e de reserva (…)», ll. 36-37; «(…) ele pensava talvez que a integridade humana, mesmo a mais perfeita, nada podia
contra o destino.», ll. 41-43 .
8. Ele detestava o mar, no presente, embora no passado tivesse sido dono de barcos; a nova relação com o mar derivou de este lhe ter roubado os irmãos num naufrágio
(O mar assume-se aqui como a força maléfica atrás referida – o destino).
8.1 É na última frase do texto que ocorre uma metáfora extremamente expressiva para mostrar a relação de Sören com o mar: no dia em que soube da morte dos irmãos e em
que passou a detestar o mar, ele «(…) tinha chicoteado o mar», l. 55. O ato de chicotear é uma metáfora que traduz o violento castigo que Sören aplicou ao mar por lhe ter
levado os irmãos.

GRAMÁTICA
1. a. Palavra derivada por sufixação; b. Palavra derivada por prefixação; c. Palavra formada por derivação não afixal
2. c.
3.
3.1 «o risco que» e «um veleiro que»
3.2 Respetivamente «risco» e «veleiro»
3.3 e 3.4 «que corria» e «que lhe pertencia» – orações subordinadas adjetivas relativas

Página 70
GRAMÁTICA
Aprende mais
Orações subordinadas adjetivas relativas restritivas
1. a. V; b. F; c. V

Gramática interativa
Frase complexa: oração subordinada adjetiva relativa

Página 71
GRAMÁTICA
Aprende mais
Conjunções e locuções conjuncionais subordinativas finais
1. para que
2. a fim de
Orações subordinadas adverbiais finais
1.
a. O navio levava as velas abertas para o vento o impelir com mais força / para que o vento o impelisse com mais força.
b. O grumete espreitou pela vigia para ver o mar.
2. Para o vento o impelir com mais força, / para que o vento o impelisse com mais força, o navio levava as velas abertas. Para ver o mar, o grumete espreitou pela vigia.
3. a.
3.1 modificador de grupo verbal
Página 74

Teste interativo
«Saga» – excerto II

Página 75
LEITURA
1. Esta afirmação vai ao encontro do sentido do texto: de facto, Hans suspira pelo mar, mas de um modo diferente dos seus familiares. Enquanto que estes eram marinheiros
que não se afastavam muito da região onde habitavam, pois eram pescadores, Hans queria partir para longe, para o Sul, para mares que ele imagina muito belos, para terras
cheias de «calor», «agitação», cheiros exóticos. Queria ausentar-se por períodos de tempo tão grandes que, sempre que regressasse, alvoroçasse a sua terra.
2.
2.1
a. O ruído das ondas a bater nas praias que se ouve ao longe, que se apercebe ao longe, antes de os marinheiros verem terra.
b. O aparecimento grandioso dos cabos formados por rochas ou penhascos muito altos, vistos do mar.
c. Um marinheiro que se encantava com as belezas naturais do mar, por um lado; mas, por outro, temia-o.
3.
3.1 Este advérbio conectivo com valor adversativo instaura um corte na narrativa, um contraste entre o que podia ter sido e o que foi, o que sucedeu: «(…) o Elseneur era o melhor
navio de Vig (…)», l. 29, os seus marinheiros eram experientes; mesmo assim, naufragou.
4.
4.1 Sören, como se viu no texto anterior, acreditava em forças maléficas que destruíam tudo e todos: nem as pessoas honestas estavam livres de perecer debaixo da força do
Destino – como sucedeu com os seus irmãos. Tendo certamente consciência das inclinações de Hans pelo mar, até pela tradição familiar, falou-lhe do futuro nesta altura
para o afastar do mar apresentando-lhe o argumento da morte dos seus familiares no naufrágio recente.
5. S
 ão marcas dessa perturbação interior as suas mãos que tremem, l. 58, o facto de ele as apertar, l. 59 e l. 71, o facto de se ter levantado sem responder a Hans e sem ter
fechado a porta, ll. 71-72.
6. e 6.1 O estado da natureza relaciona-se intimamente com a tensão entre pai e filho: a conversa decorre com «mau tempo» no exterior da casa e forte «ventania», l. 44.
7. Hans trabalhava no navio em várias ocupações. Mas o que o interessava mais era o navio enquanto estrutura. Ele estudava o navio, principalmente através dos ruídos que
emanavam dele, através de sensações auditivas: «Os seus ouvidos escutavam a força viva do navio (…)», ll. 82-83. Essa perceção auditiva está bem presente na personificação
expressiva que serve para traduzir os ruídos espaçados que saiam das estruturas de madeira: «Todas as madeiras gemiam», ll. 86-87.
8.
8.1 «ora erguido na crista da vaga ora caindo pesadamente», ll. 88-89.
8.2 «erguido» e «caindo»
8.3 d.
9. Hans, pela sua capacidade de observação e análise dos barcos, dos seus mínimos pormenores, tornou-se um fino conhecedor destes meios de transporte, escolhendo
somente os que ele sabia que seriam capazes de afrontar o mar com segurança.

Página 76
GRAMÁTICA
Recorda
1.
1.1 a.
2.
a. Sören continuou sentado e disse a Hans para ficar / que ficasse.
b. Sören ordenou-lhe que se sentasse.

Gramática interativa
Discurso direto e discurso indireto

Página 77
GRAMÁTICA
Aprende mais
1.
a. V
b. V
c. V
d. V
e. F (Ele inicia uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva.)
f. V
g. V

Gramática interativa
Frase complexa: oração subordinada adjetiva relativa
Página 82
LEITURA
1.
1.1 e.
1.2 a.
1.3 c.
1.4 b.
1.5 d.
2.
a. Somente num aspeto não correspondia a um humano.
b. Permaneceu debaixo de água mais tempo do que é aconselhável.
c. Emergia depois de matar as saudades.
d. Há coisas na vida sem solução.
3. O espaço físico em que decorre a ação é o mar próximo da terra, o mar onde se pesca, o mar onde uma comunidade de pescadores (o espaço social) leva a cabo o seu trabalho.
4. Ela fazia-o porque o mar estava ligado à infidelidade do seu marido que, quando ia pescar, levava com ele a amante: a atitude da mãe é uma atitude de recusa de um facto
que lhe é penoso.
5.
5.1 A pergunta tem razão de ser: o narrador sabe que a mãe tem conhecimento da infidelidade; sabe que, apesar de tudo, o náufrago é seu marido. O narrador parece ter
consciência da dilaceração em que a mãe se encontra, entre a responsabilidade pelo marido doente e a vingança contra o marido infiel que podia passar pelo desejo da sua
morte, acompanhando a amante, já morta.

Teste interativo
«Mar me quer»

Página 83
LEITURA
6. c.
6.1 A
 metáfora ocorre na forma verbal «florescem»: florescer remete para o aparecimento, o desabrochar em cores e formas das flores, para sua quantidade: do mesmo modo
que elas surgem assim, também surgiam, repentinamente, entre os corais, peixes inúmeros de cores e formas muito variadas.
7. A mãe referia-se à ausência do pai mentindo. A frase contém uma metáfora na forma verbal «vestia» – do mesmo modo que quem se veste se tapa, cobre o corpo, também
ela escondia a ausência do marido com mentiras, com a imaginação doente.

GRAMÁTICA
Recorda
1.
1.1 O narrador contou-lhe uma história.
1.2 O narrador contou-a a Dona Luarmina.
1.3 O narrador contou-lha.
1.4 O narrador não lha contou.
1.5 O narrador tinha-lha contado.

Página 84
ESCRITA
Laboratório de texto
1.
1.2 Luarmina era uma mulher infeliz porque o seu marido a traía; ela sofria já que / uma vez que / visto que o marido amava outra mulher. Operações de substituição
1.3 O marido da Luarmina gostava mais dessa mulher do que da mãe do seu filho. Operação de supressão
1.4 Este homem era pescador na costa de Moçambique. Um dia teve de mergulhar e, como demorou muito tempo debaixo de água, ficou com problemas de saúde. Operação
de supressão / acrescentamento
1.5 Ele mergulhou para salvar uma mulher que caiu do seu barco ao mar, muito agitado nesse dia. Operação de supressão / acrescentamento
Justificação: não pode existir uma vírgula a separar o sujeito do núcleo verbal do predicado quando este vem logo a seguir ao sujeito, como é o caso.
1.6 Este conto foi lido por mim o ano passado com satisfação. Operação de deslocação

Página 86
LEITURA
1.
1.1 Embora o texto o não diga, infere-se que a rapidez com que compraram o papagaio teve que ver, provavelmente, com o facto de terem gostado muito dele, principalmente
pelo modo terno como ele falou, com a posição que assumia ao falar: tudo isto cativou o narrador e a mulher.
2.
2.1 Trata-se do advérbio «triunfantemente».
2.2 C
 om este advérbio o papagaio é apresentado como capaz de exprimir o sentimento de triunfo devido ao facto de pouco depois de ter sido metido no saco ter sido capaz
de sair.
3.
3.1 N
 a primeira ocorrência, l. 9, a palavra limita-se a reproduzir o som emitido pelo papagaio; na segunda, l. 23, é já o nome que os donos deram ao papagaio porque se
encantaram com o modo como ele dizia essa palavra.
Página 86 (cont.)
LEITURA
4. e 4.1 Há várias situações cómicas no texto. Entre outras, as seguintes:
• o facto de o papagaio devorar o que destruía; é uma situação que faz rir pois é inusitada. Normalmente os papagaios
destroem coisas mas não as comem. Ler que o papagaio comeu uma «pasta dentífrica» ou um livro, l. 19, constitui um
motivo de riso para o leitor.
• o leitor, tal como quem viu, acha graça ao facto de o papagaio se ter metido debaixo das saias de uma senhora e de ter tentado subir pelas pernas dela «usando bico e
garras», l. 31. Esta situação faz rir por ser insólita.

GRAMÁTICA
Recorda
1. Na primeira e na terceira ocorrência da palavra, trata-se de um pronome pessoal – substitui grupos nominais; na segunda, trata-se de um determinante artigo definido.
2.
2.1 «que pronunciava com a máxima ternura»
2.2 oração subordinada adjetiva relativa explicativa
2.3 que – pronome relativo
2.4 «palavra favorita»
3.
a. predicativo do sujeito
b. modificador de grupo verbal (valor de lugar)
c. complemento direto
d. modificador de grupo verbal (valor de lugar)
e. predicado
f. complemento direto
g. complemento indireto

Página 89
LEITURA
1.
1.1 Trata-se de uma varanda que existia na parte de trás da casa, servindo a cozinha e a sala de jantar; contudo, esta varanda estava dividida em duas partes, uma mais
resguardada, a da cozinha, a outra mais aberta ao exterior, pois estava mais perto da rua.
1.2 Os papagaios viviam em gaiolas colocadas nestes espaços: o verde na parte relativa à cozinha, o cinzento na relativa à sala de jantar.
2. O
 narrador achava injusto que o Papagaio Verde vivesse na parte mais interior da varanda; como gostava mais dele do que do outro, exigia perante os familiares uma mudança
a favor do seu preferido, passando este a usufruir de um espaço mais agradável, que se adivinha mais aberto pela proximidade com o exterior.
3. O tamanho: o cinzento era mais pequeno do que o verde – ll. 8-9; a capacidade de falar: mais desenvolvida no cinzento do que no verde – l. 11.
4. O Papagaio Cinzento não apreciava a companhia das pessoas («(…) sem manifestar por alguém qualquer predileção afetiva», l. 16); na sua solidão gostava de falar sozinho,
repetindo tudo o que sabia dizer, o seu «repertório variado», ll. 15-16; contudo, o seu modo de olhar era «simpático», l. 17, e caracterizava-se ainda por uma certa resignação
em relação ao seu estatuto de pássaro acorrentado, já que era manso e «dócil», l. 17. O Papagaio Verde era o contrário: capaz de mostrar a sua amizade, mas também capaz
de mostrar ódio, apresentava um «caráter expansivo e espetacular», ll. 20-21, de tal modo que era capaz de, sem avisar, atacar à bicada quem lhe apetecesse.
5. A
 relação entre o Papagaio Verde e o menino narrador era excelente: se é verdade que este papagaio era conflituoso e traiçoeiro para com as pessoas em geral, era, por outro
lado, dedicado ao menino. A relação era de tal modo boa que o menino afirma que o papagaio lhe ensinou «(…) o que a amizade é», l. 28.
6. O
 texto apresenta os elementos necessários para descobrir o que é a «psicatose»: o tio do narrador era contra a posse de aves como os papagaios porque os possuidores
podiam apanhar uma «doença estranha, mortalíssima», l. 34, transmitida por estas aves, a psicatose.

Página 90
GRAMÁTICA
Recorda
1. a. Os radicais de «maravilhoso» e «acorrentado» são, respetivamente, <maravilh-> e <acorrent->.
2. «Troca» é uma palavra formada por derivação não afixal e «biologia» é uma palavra formada por composição morfológica.
3. As palavras «brasileiro» e «angolano».
Aprende mais
1. a. A frase complexa inicia-se com uma oração subordinada adverbial causal que começa com a conjunção subordinativa causal «Como».

Página 91
GRAMÁTICA
Aprende mais
A – Hiperonímia e hiponímia
1. c.
2. e.
B – Holonímia e meronímia
1. a.
2. Tejadilho, mala (Outros merónimos são possíveis.)
Página 93
LEITURA
1. Trata-se de uma frase do tipo exclamativo que revela a surpresa do menino por ver o papagaio solto; revela também a alegria
dele, pela aproximação ao bicho que poderia ter.
2. «Passeando», l. 3, «arrastando», l. 3, «proibia», l. 4, «esvoaçava», l. 4: estas quatro formas verbais, as duas primeiras no gerúndio
e as outras duas no pretérito imperfeito, contribuem para a forte impressão de agitação provocada pelo pássaro.
3.
3.1 b. e c.
4. A ação principal corresponde às aventuras do menino com o papagaio solto, às diabruras que ambos cometem. As ações secundárias são, por exemplo, a partida do pai e as
despedidas ou a referência às aulas de música em casa de Dona Antonieta.
5. O texto apresenta, no primeiro parágrafo, a história do papagaio que, tendo-se soltado, lança a confusão na casa e, finalmente, se aproxima do menino que pega nele.
No segundo parágrafo, há referência – num recuo para o passado – à anterior partida do pai. No último parágrafo, o menino recomeça a narrativa do que aconteceu depois de
ter pegado no papagaio. A sequência temporal cronológica corresponderia à sequência – segundo parágrafo, primeiro parágrafo e terceiro parágrafo. Há uma linha temporal
do passado que interfere na narrativa de um presente.
6. Primeira situação: o receio geral dos presentes, exceto do menino, perante o «bico desmedido», ll. 36-37, que o papagaio lhes exibia; segunda, o menino que aproveita
a possibilidade de tocar desenfreadamente piano pois ninguém o pode impedir dado que o papagaio impede a entrada na sala onde se encontra o instrumento musical;
terceira, o ato de o papagaio defecar no «estofo da cadeira», l. 46, para gáudio do menino e dos leitores.

Página 94
GRAMÁTICA
Recorda
1.
1.1 a. tirar; b. um envelope branco; c. da algibeira
2.
2.1 Complementos: «o papagaio» e «o», (complementos diretos selecionados, respetivamente, pelos verbos observar e ver).
2.2 Modificadores de grupo verbal: «com alegria» e «em cima da cadeira».

Gramática interativa
Funções sintáticas internas ao grupo verbal: complemento direto, complemento indireto e complemento oblíquo

Página 95
GRAMÁTICA
Aprende mais
1.
a. «de Jorge de Sena» – modificador de nome restritivo
b. «o autor» – modificador de nome apositivo
c. «interessante e inesquecível» – modificador de nome restritivo
d. «perseguidoras» – modificador de nome restritivo
e. «acinzentadas» – modificador de nome restritivo
2. Modificador de nome – «esverdeado»; modificador de grupo verbal – «rapidamente»
3. «que nunca mais esqueceu» – modificador de nome restritivo / oração subordinada adjetiva relativa restritiva
3.1 O nome modificado é sempre o mesmo: «manhã».
3.2.
a. «… manhã, fresca e luminosa…»
b. «… manhã, começada normalmente…»
c. «… manhã inesquecível…»

Página 97
LEITURA
1. A relação entre o menino e o papagaio tornou-se bastante forte, de uma grande cumplicidade, pois quando se juntavam tinham a casa praticamente para eles e podiam fazer
o que lhes apetecia.
2.
2.1 Tanto a mãe do narrador como as criadas não intervinham nas tropelias de ambos. Chegavam mesmo a refugiar-se em determinados espaços da casa.
2.2 Comportavam-se deste modo porque tinham muito medo do papagaio e do seu bico.
3. O
 s papagaios, na presença um do outro, apresentam atitudes ou sentimentos humanos. O Papagaio Cinzento, quando via o menino a aproximar-se com o Papagaio Verde
mostrava-se pasmado, l. 15; por sua vez, este arreliava o primeiro, ll. 17-18, e era carinhoso para com o seu amigo; além disso, o Cinzento sentia-se com tudo isto «escandalizado
e humilhado», l. 19, revelando intuitos vingativos.
4.
4.1.
a. O ataque foi desencadeado por um gesto, uma ordem do menino – que o Papagaio Verde compreendeu. Atacou e sovou o Papagaio Cinzento. Além disso, destruiu-lhe a gaiola.
b. Trata-se um ato de desprezo pelo outro.
c. Q
 uando o Papagaio Cinzento via o Papagaio Verde acarinhar o menino, «vingava-se», l. 19, fazendo de conta que comia os ótimos alimentos que lhe eram dados pela mãe
do narrador e pelas criadas – que gostavam dele mas não do Verde. Era uma forma de o Papagaio Cinzento humilhar o Papagaio Verde. O ataque teve a sua origem nestas
humilhações: foi a vingança do Verde incentivado pelo leve gesto do menino.
Página 97 (cont.)
GRAMÁTICA
Recorda
1.
a. complemento direto
b. complemento indireto
2.
2.1
a. V
b. F (Complemento direto: alguém encanta alguém, este complemento corresponde a um grupo nominal.)
c. V

Teste interativo
«Todos os papagaios falam» – excerto III

Página 99
ESCRITA

Documento
Grelha de avaliação: «Escrever para expressar opiniões»
LPP

Grelha de avaliação: «Escrever para expressar opiniões»

Página 101
Notas
/--/ = o espaço delimitado no texto no qual vai ser efetuado o aperfeiçoamento.
O texto em aperfeiçoamento desde “Em segundo” até ao fim constitui um parágrafo.
Justificações pedidas para aperfeiçoamento de pontuação podem ser respondidas com base em análise sintática.
Por exemplo, em «os meus vizinhos, abandonaram», retirei a vírgula pois não posso separar o sujeito do verbo que é núcleo do predicado.

Página 104
ORALIDADE
1.
Tema: O castigo de Deus devido à maldade dos homens.
Assunto: Deus decide castigar os homens devido à corrupção reinante, fazendo com que um dilúvio caia sobre a Terra. No entanto, vai preservar Noé e os seus filhos e cada par
de animais existentes, fazendo-os embarcar na Arca.
Tópicos:
a. A corrupção da humanidade.
b. Deus decide eliminar as suas criaturas.
c. A construção da arca.
d. A grande inundação.
e. O fim do dilúvio.
2. b.
2.1 O texto contém uma sucessão de instruções dadas por Deus a Noé sobre o modo como há de construir a arca, como se pode ver pelas formas verbais «calafetá-la-ás»,
«farás», «construirás», «Colocarás», «Dividi-la-ás».
3. c.
3.1 Deus dá um conjunto de ordens a Noé. Dai o valor de imperativo que o futuro do indicativo possui neste contexto.
4. a.

Áudio
Bíblia – Antigo Testamento – Livro dos Génesis. O Dilúvio

CD áudio | Faixa 5

Página 108
LEITURA
1.
1.1 «Mas desde o primeiro instante todos viram que no seu espírito não havia paz.», ll. 3-4, e «apenas a sua figura negra e seca se mantinha inconformada com o procedimento
de Deus», ll. 7-8.
1.2 Vicente achava que Deus não fora justo ao lançar um castigo – o dilúvio – sobre todos os seres vivos, uma vez que queria castigar somente os homens pelos seus pecados.
Os outros animais, na sua opinião, não deviam pagar pelos homens: daí a a sua revolta.
Página 108 (cont.)
LEITURA
2. A
 partida de Vicente foi testemunhada por todos. Puderam ver que a sua vontade de escapar ao que considerava ser uma
injustiça foi mais forte do que o próprio Deus, pois este procurou impedir a sua fuga colocando no seu caminho um «muro de
fogo», l. 21, que Vicente transpôs: facto extraordinário.
3. A
 «primeira subversão» é a primeira atitude tida por um dos animais da arca no sentido de questionar os desígnios divinos: a
fuga de Vicente. Esta expressão mostra que essa fuga podia ser exemplo para outras subversões, outras desobediências a Deus.
4.
4.1 c.
4.2 «rebelião»
5.
5.1
a. Comportamentos comuns: todos aceitavam sem discutir as decisões de Deus; todos se questionavam sobre o que iria acontecer a Vicente.
b. Sentimentos comuns: de admiração por Vicente, de medo em relação a Deus, de inquietação pelo futuro de Vicente. (Outros comportamentos e sentimentos podem ser
indicados.)
6.
6.1 Foi avistado um «penhasco», l. 84, pequeno penedo que emergia das águas do mar.
6.2
6.2.1 b. P
 orém. Este advérbio conectivo com valor adversativo serviria para marcar a oposição entre a pequenez do penedo e a esperança enorme que ele concretizava: chegar
a Terra.

Página 109
LEITURA
7.
7.1 No seu sentido primeiro, crista é a parte mais alta da cabeça de algumas aves, com contornos aguçados. Por identificação, agora com outro sentido, criou-se a metáfora
crista para designar a parte mais alta de um monte, apresentando irregularidades.
7.2 «comportas do céu»: trata-se de uma metáfora muito expressiva no contexto do dilúvio, em geral, e da tentativa de Deus em fazer sair o corvo do penhasco, em particular.
Comportas são grandes portas móveis existentes em barragens que seguram as águas represadas – abrem-se quando necessário e deixam escapar grandes quantidades de
água, com violência. Assim, a metáfora sugere a violência e a quantidade da precipitação das chuvas – com a consequente subida rápida das águas.
8.
8.1 As duas primeiras frases são do tipo exclamativo.
8.2 Traduzem o espanto de todos por um lado, pelo feito de Vicente, mas traduzem, sobretudo, a alegria por verem que Vicente os livrara da «humilhação» em que Deus os
colocara: estavam vingados.
9.
9.1 Deus decidiu fazer com que a chuva caísse em enorme quantidade. Deste modo as águas começaram a crescer e quase tapavam o penhasco onde se encontrava Vicente.
Deus pretendia fazê-lo regressar à arca quando já não conseguisse manter-se sobre os penedos que iam ficar submersos, mas Vicente, perante a rápida subida das águas,
manteve-se imperturbável, de tal modo corajoso, que Deus desistiu da luta.
10.
10.1 d.

Teste interativo
«Vicente»

Página 110
GRAMÁTICA
Recorda
1.
1.1 e; 1.2 h; 1.3 g; 1.4 c; 1.5 a; 1.6 i; 1.7 b; 1.8 d; 1.9 f.

Página 111
GRAMÁTICA
Aprende mais
1.
1.1 a humanidade
1.2 Corresponde a um grupo nominal.
1.3 Fica gramaticalmente incorreta.
2. complemento direto
2.1 b.
3. nominal
4.
4.1 «disse» e «castigaria»
5. Não mantém sentido, é gramaticalmente incorreta.
5.1 Porque o verbo dizer seleciona obrigatoriamente complemento direto e complemento indireto: alguém diz alguma coisa (CD) a alguém (CI). A sequência de palavras Deus
disse a Moisés não tem qualquer sentido.
6. complemento direto
Página 112
GRAMÁTICA
7.
7.2 Oração subordinada substantiva completiva – se tinham visto o corvo; elemento subordinante / forma verbal –
tinha perguntado; função sintática da oração subordinada – complemento direto da forma verbal «tinha perguntado»
7.3 O ração subordinada substantiva completiva – para procurarem o corvo; elemento subordinante / forma verbal –
disse; função sintática da oração subordinada – complemento direto da forma verbal disse
7.4 O ração subordinada substantiva completiva – que Vicente encontrara terra; elemento subordinante / forma
verbal – tinham visto; função sintática da oração subordinada – complemento direto da forma verbal tinham visto

Gramática interativa
Oração subordinada substantiva completiva

Página 113
ORALIDADE

Documento
Grelha de avaliação: «Falar para apresentar um tema»
LPP

Grelha de avaliação: «Falar para apresentar um tema»

Página 117
LEITURA
I
1.
1.1 Como na sua terra, Lourosa, as pessoas não lhe davam nada, teve de ir mendigar longe.
2. A sacola servia para guardar os alimentos que lhe davam; o bordão para o ajudar a caminhar.
3. O velho procurava comover as pessoas rezando.
4. Só andando muito e por muito longe conseguia esmolas. «Canelo» é uma forma popular de canela, parte anterior da perna entre o pé e o joelho.
II
1. A palavra está usada com propriedade, porque as romarias eram festas que obrigavam os romeiros a grandes caminhadas; também o velho mendigo as fazia.
2. Bornal é sinónimo de sacola. Está cheio, porque o peditório em Feitais tinha rendido.
3.
3.1 «Metera-se-lhe em cabeça consoar à manjedoira nativa…», l. 15.
4. No Natal, as nossas raízes ficam mais fortes… Com o velho Garrinchas sucedeu o mesmo: quis ir consoar à terra onde nasceu.
5. Como ele não tinha família na sua terra nem casa que o acolhesse, própria ou de amigos, pensou refugiar-se num espaço coletivo, o forno do povo, onde se cozia o pão para
toda a gente. Estava sempre aberto e era quente.
6.«noite santa», ll. 17-18
III
1.
1.1 Como anoitecia mais cedo, ele teve de caminhar mais depressa, cansando-se.
2.
2.1 O coração batia apressadamente, com força.
2.2 Personificação
2.3 Traduz o estado de cansaço do velho, o coração funciona como sinédoque de um corpo cansado que sofre.

Página 118
LEITURA
III
3.
3.1 «Mas vamos ao caso que pegasse a valer?», l. 30.
3.2 Não se queixaria – não era esse o seu feitio. Aceitaria o que acontecesse como facto normal da vida.
3.3 Podemos dizer que era um velho experiente, prático, um pouco resignado…
IV
1.
1.1 «E caía, o algodão em rama!», l. 35.
1.2 «a chuva de pétalas», ll. 38-39
1.3 Metáfora.
1.4 D o mesmo modo que o algodão em rama é branco e leve, a neve também o era; do mesmo modo que a chuva cai de cima para baixo, a neve também caía; por outro lado,
a chuva cai em quantidade e a neve também caía; além disso, os flocos de neve têm forma aproximada da das pétalas, que até podem ser brancas…
Página 118 (cont.)
LEITURA
IV
2. Encontra-se a metáfora. Do mesmo modo que o que é caiado fica branco, os penedos também ficaram brancos da neve [além
disso, na expressão ocorre ainda uma comparação: comparam-se os penedos brancos com «penitentes», isto é, com pessoas
que, por motivos de ordem religiosa, se vestiam de branco].
3.
3.1. b.
3.2. d.
3.3 «a brincadeira», l. 36. Não se trata de «brincadeira» nenhuma, pelo contrário, a situação era grave. Trata-se de linguagem irónica, distanciada.
V
1. O velho refugiou-se do mau tempo numa capela.
2. À possibilidade de um ladrão ter cometido o pecado de assaltar e roubar a capela.
3. b.

Página 119
LEITURA
VI
1. Resposta pessoal

Teste interativo
«Natal»

Página 121
ESCRITA

Documento
Grelha de avaliação: «Escrever para narrar, justificar, exprimir opiniões»
LPP

Grelha de avaliação: «Escrever para narrar, justificar, exprimir opiniões»

Página 125
LEITURA
1. T
 rata-se de um espaço subterrâneo por onde circula o metropolitano, no qual se acumula lixo variado proveniente de grades que funcionam como «respiradouros», l. 2.
A perceção de algum lixo, da sujidade e da passagem contínua dos metropolitanos é transmitida através de sensações visuais – «brilham moedas», l. 5 – ou olfativas – «um
hálito húmido e oleoso e o cheiro dos freios queimados», l. 7.
2.
2.1 O espaço em que o limpa-vias trabalhava reflete-se, de algum modo, nele: é triste, escuro, e o limpa-vias era uma pessoa triste e isolada.
3.
a. Pessoas que, sem paciência para esperar, fumavam.
b. Um apito muito forte.
c. Corpos sem vida, cadáveres.
4. Era arroz lançado nos casamentos que caía para o subway.
5. Desconhecia completamente os hábitos culturais da cidade onde trabalhava.
6. Como o arroz vinha de cima, do ‘Alto’, acreditava que era enviado por Deus para o ajudar e à sua família.
7. Trata-se da metáfora, presente na palavra «chuva».
7.1 A realidade metaforizada é o arroz; a metáfora revela-se muito expressiva pois a queda da chuva, tal como o arroz, tem um percurso de cima para baixo; tal como o arroz, é
composta de gotas cuja forma é idêntica à dos bagos de arroz; a quantidade pode também considerar-se um traço comum à chuva e ao arroz.
8.
8.1 Ocorrem nos segmentos três metáforas: «toupeira», «rato dos canos» e «floresta subterrânea metalizada».
8.2 Na primeira e na segunda metáforas o limpa-vias é metaforizado como «toupeira» e como «rato dos canos»; estas duas metáforas expressam bem a sua condição de
trabalhador, tal como os dois animais, também ele passa grande parte da vida debaixo da terra, em ambiente escuro. A terceira metáfora expressa o espaço caracterizado
pela presença vertical de muitas pilastras feitas de metal: a metáfora é possível pois os traços da quantidade e da verticalidade, da proximidade entre as pilastras, permitem
metaforizar o espaço como uma «floresta» de metal.
9.
9.1 O arroz caía como chuva.
9.2 O limpa-vias era um rato dos canos.
10.
10.1 Resposta livre, mas espera-se que o aluno, partindo da frase, seja capaz de mostrar que o conto contribui para a referida denúncia ao mostrar como o que sobra a uns e se
desperdiça faz falta a outros.

Teste interativo
«Arroz do céu»
Página 127

Teste interativo
Sequência 2
LPP

Teste-modelo GAVE

LEITURA
1. T
 rata-se de uma relação muito intensa. O narrador preocupa-se muito com a doença do papagaio e sofre bastante com a situação. A preocupação verifica-se, por exemplo,
no modo como ele alimentava a ave; o sofrimento está bem traduzido nas lágrimas que chora perante a sorte do papagaio que se avizinha – a morte.
2.
2.1 O
 papagaio habita normalmente uma gaiola, pousado no poleiro. A relação com esse espaço é agora, durante a doença, diferente do que era, pois o papagaio doente não saía
de um «canto do poleiro», l. 4. Esta atitude do papagaio traduz o abandono progressivo da vida, ele vai desistindo, desinteressando-se, não sai do mesmo sítio…
3. b.
3.1 Trata-se da personificação que ocorre na expressão «relance saudoso»: o narrador apresenta o papagaio como sendo capaz de sentir saudades do que via no passado quando
se aproximava da varanda e ainda tinha saúde ou curiosidade, procedendo, assim, como um ser humano capaz de sentir saudades do passado.
4. Trata-se da dupla repetição de «Mal podia», l. 6; esta anáfora traduz bem o grau de incapacidade a que o papagaio ia chegando, o domínio progressivo da doença sobre
as suas capacidades.
5. O menino, ao ir para casa, teve se subir as escadas e talvez mesmo a rua; mas o facto de ter chegado «arquejante», terá principalmente a ver com o facto de ele ter subido
as escadas a correr, pressuroso, com a vontade de ver o seu amigo papagaio, de verificar como ia a doença…
6.
6.1 C
 om esta frase extraordinária, o narrador acentua enormemente a relação de igual para igual que tinha com o papagaio, o seu grande amigo na infância, com quem ele tinha
aprendido, como disse no início do conto, o valor da amizade. Esta frase acentua a personificação do papagaio, a sua dimensão humana. (Outras respostas são possíveis.)
7. Resposta livre.

GRAMÁTICA
1.
a. complemento direto
b. modificador de grupo verbal
c. sujeito (composto)
d. complemento indireto
e. modificador de nome restritivo
2.
2.1
a. que o papagaio estava doente
b. que não gostava muito do papagaio
c. para tratar o papagaio
2.2
a. Oração subordinada substantiva completiva
b. oração subordinada adjetiva relativa restritiva
c. oração subordinada adverbial final
2.3
a. complemento direto
b. modificador de nome restritivo
c. modificador de grupo verbal

Página 130
ORALIDADE
 primeira parte do texto apresenta informações gerais sobre dois livros, O mundo em que vivi de Ilse Lose e O diário de Anne Frank. Na segunda parte, apresentam-se
1. A
informações específicas sobre O mundo em que vivi e sobre a vida da autora. Na terceira, é apresentado O diário de Anne Frank e informação sobre a vida da autora.
2. b.
3.
a. V
b. V
c. F (O livro revela essa evolução na consciência social da narradora quando ela confessa que, devido a ter presenciado um ato de racismo sobre o seu pai, passou a uma nova
fase da sua vida, cuja infância terminou nesse dia.)
d. F (Pelo contrário, enquanto denúncia do racismo, o livro permanece atual.)
e. F (Ela escreveu o seu livro com o objetivo de deixar um testemunho sobre o seu tempo como memória para o futuro.)
f. V
g. V
4. Resposta livre

Áudio
O mundo em que vivi e O diário de Anne Frank

CD áudio | Faixa 6
LPP

Teste de oralidade – compreensão oral: «Os campos de extermínio nazi»

CD áudio | Faixa 7
Página 133
LEITURA
1. T
 rata-se de um contraste entre o aspeto habitual do avô da menina, uma pessoa apurada na apresentação, e o aspeto que
assumia, descuidado, quando comia sopa e deixava que o bigode ficasse com marcas do que estava a comer.
2.
2.1 A
 recordação desses momentos permanece devido a três factos: por um lado, o modo despachado, desembaraçado como
a avó trabalhava; por outro, o facto de a avó não precisar já de olhar para o que estava a fazer, de tão habituada, podendo, por isso, observar o que se passava na rua; além
disso, a menina não esquece que as meias que a avó fazia eram sempre pretas, e ela tinha de as usar e não gostava nada.
3. Os espaços presentes neste parágrafo são, sucessivamente, um «corredor afunilado», l. 34, com o seu «armário», l. 38, e a «sala de visitas», ll. 49-50.
3.1 A memória do espaço convoca sensações olfativas e visuais. As primeiras estão presentes nas referências ao cheiro das «duas plantas», ll. 34-35, e as segundas, mais
frequentes, nas referências a cores, «roxo», l. 35, «escuras», l. 37, «Castanho, brilhante como um espelho», l. 39, «roupa branca», l. 42, «aquela brancura», l. 47.

Página 134
LEITURA
4.
4.1 Esta expressão significa morrer.
4.2 P
 odem considerar-se vários motivos: para além de ser uma expressão corrente, a avó estava a falar com uma criança, por isso suavizou a mensagem; por outro lado, ao usar
a expressão, reforça o seu estatuto de pessoa idosa que deve ser respeitada.
5.
a. O facto de a avó fazer meia.
b. O facto de ter de andar sempre com meias pretas.

GRAMÁTICA
Recorda
1.
a. V
b. F (O antecedente é «vestidos escuros», l. 15.)
c. V
d. V
2.
2.1 – c.
2.2 – a.
2.3 – b.

Página 135
GRAMÁTICA
Recorda
3.
3.1
a. me, l. 59 (porque alguém agradece alguma coisa a alguém)
b. te, l. 60 (porque alguma coisa cabe a alguém)
c. nos, l. 61 (porque alguma coisa incomoda alguém)
4.
4.1 Aliás não a cheguei a herdar.
a. O complemento direto, porque foi pronominalizado e ocorre numa frase negativa, passou para a esquerda da forma verbal.
Aprende mais
1. (…) que já nem olhava (…)
2.
2.2 A consequência de o armário ser de tal maneira bonito é que a menina, muitos anos passados, ainda o recordava.
2.3 A consequência de o avô gostar tanto da neta é que permitia que ela fizesse tudo o que lhe apetecia.

Gramática interativa
A conjunção

Página 136
GRAMÁTICA
Aprende mais
1. que
2. b.
3. c. que foi reeditado várias vezes em pouco tempo.
4.
• que Ilse Losa escreveu – oração subordinada adjetiva relativa restritiva
• que este livro era um bom retrato da Alemanha de antes da última guerra mundial – oração subordinada substantiva completiva
5.
a. Gostei tanto do livro de Ilse Losa que o aconselhei aos meus amigos.
b. O livro despertou tanto interesse que esgotou rapidamente nas livrarias.
Página 138
LEITURA
1.
a. Tinha habilidade para cozinhar, jeito para cozinhar bem.
b. Dizia-se que, no futuro, ele enriqueceria.
c. Os lavradores tinham necessidade de cavalos para cultivar os campos.
d. Um homem de quem se falava bem.
2. T
 ratava-se de uma pessoa com grande capacidade de trabalho, que gostava dos animais que vendia e comprava, os cavalos; era delicado para com eles. No que respeita à sua
relação com as pessoas, era muito sociável, dava-se bem com os seus clientes, os lavradores, e era bem recebido por eles.
3.
3.1 C onforme ela confessa, inicialmente pensava que o seu pai era uma pessoa socialmente importante: «Ao princípio tive a convicção de que o pai era um homem importante»,
l. 15, ela sentia admiração por ele; mas depois veio a desilusão, quando percebeu que a profissão do pai, negociante de cavalos, não gozava «de boa reputação», l. 21.
4. Ela apercebeu-se da sua diferença em relação à comunidade em geral quando constatou que a maior parte da população ia à missa ao domingo, enquanto que ela e a sua
família festejavam o descanso semanal ao sábado, o «sabat» referido na l. 20.
5.
5.1 A mãe da menina cortou o cabelo.
5.2 A
 menina não gostou nada; os seus sentimentos relativos a este facto estão implícitos na interjeição «Ai», l. 7, na frase exclamativa que se lhe segue, l. 7, e na atitude que a
menina confessa ter tido: «cerrei os dentes», l. 8, atitude que mostra o seu desagrado.
5.3 A afirmação do pai relativa ao corte de cabelo da mãe de que se tratava de «uma moda original», dita «sem convicção», ll. 7-8, revela um afastamento por parte dele em
relação ao que disse, daí a ironia da afirmação.
6.
6.1 A menina lembra, evoca, o pão que comia em casa dos lavradores que o pai visitava, e fá-lo através da recordação de sensações gustativas – «sabor vigoroso desse pão», l. 36.

Página 139
GRAMÁTICA
Recorda
1. A
 palavra «calosas» é derivada por sufixação (resulta da adição de um sufixo ao radical <cal->); a palavra «reza» é formada por derivação não afixal (este nome resulta da
substituição da vogal temática <a> e do sufixo de flexão de infinitivo <r> do verbo rezar pelo índice temático <a>, que se acrescenta ao radical <rez->); a palavra «negociantes»
é uma palavra derivada por sufixação (trata-se de um nome deverbal, cuja base é <negocia-> seguida do sufixo -nte(s)).
2. b.
3.
a. à cavalariça
b. lhes
c. o criado / o sabor vigoroso desse pão
d. vigoroso
e. Todas as manhãs
4.
a. modificador de nome restritivo
b. modificador de grupo verbal
c. complemento direto
d. predicativo do sujeito
e. sujeito
f. vocativo
g. modificador de grupo verbal
h. complemento indireto

Página 140
GRAMÁTICA
Aprende mais
1. Embora as duas criadas a ajudassem, a mãe estava sempre atarefada.
2. Apesar de as duas criadas a ajudarem, a mãe estava sempre atarefada.
3.
• Apesar de ele ser muito interessante, não li este livro na totalidade.
• Embora seja muito interessante, não li este livro na totalidade.
3.1 Quando as orações subordinadas iniciam a frase, ficam isoladas por vírgula.
4.
Embora Ilse Losa não fosse conhecida na Alemanha, o seu livro vendeu-se muito nesse país.
Apesar de Ilse Losa não ser conhecida na Alemanha, o seu livro vendeu-se muito nesse país.
Não obstante Ilse Losa não ser conhecida na Alemanha, o seu livro vendeu-se muito nesse país.
(Outras frases com outras conjunções ou locuções são possíveis.)

Página 142
LEITURA
1.
1.1 Trata-se de um ambiente geral de festa, agitação, despreocupação e alegria.
1.2 Desde «É-me difícil», l. 6, até «angustiante e sombrio», l. 7.
1.3 O
 s adjetivos são «angustiante» e «sombrio», l. 7; a expressão que serve para indicar a mudança é «de repente»: a sua expressividade consiste em revelar que a menina não
imaginava o que ia acontecer e tudo sucedeu sem qualquer aviso, nada a preparou para o que viria a testemunhar.
Página 142 (cont.)
LEITURA
2. « Vejo» e «ouço», l. 8
Embora a menina se vá referir a acontecimentos passados, usa as duas formas verbais no presente de modo a tornar mais
vívida para ela e para quem a lê a lembrança do que testemunhou.
3.
3.1 «cara afogueada», l. 8 e «os olhos flamejavam-lhe», l. 12
Ambas são expressivas, ambas aproximam o rosto e os olhos do fogo, de modo a sugerir a excitação, a agitação interior; mas há uma grande diferença – na origem dos dois
estados metaforicamente traduzidos: no primeiro momento, está em causa a alegria, a satisfação; no segundo, a indignação, a revolta.
4.
4.1 O último parágrafo do texto apresenta, em geral, a metáfora da tempestade, ll. 32-36, e, especificamente, a metáfora da «trovoada» que se aproxima, l. 34. Trata-se de
metáforas apropriadas ao sentido geral do texto: do mesmo modo que as tempestades e as trovoadas podem trazer a aflição, a destruição, a morte, e podemos calcular a
sua aproximação, também a menina sentia, de «coração oprimido», l. 32, que algo horrível se aproximava, para afligir, destruir e matar.
5. Trata-se de uma confissão que mostra que a vida da menina, relativamente a esse dia, teve um antes e um depois. O antes foi a infância feliz e despreocupada, sem se
aperceber das injustiças iníquas; o depois é a consciência de que a vida pode ser injusta e iníqua – que o mal estava presente na sua sociedade. Passou a estar consciente dele
e não voltará a ser a mesma.
6. T
 rata-se da atitude do pai, enquanto estavam todos calados a refletir sobre o que tinha acontecido, que olha para uma «copa da faia de sangue», l. 31. Este pormenor, tão
literário, adquire uma dimensão simbólica: a cor da copa da faia, avermelhada, remete para o «sangue», que, simbolicamente, se aproxima da destruição e da morte referidas
metaforicamente no último parágrafo.

Teste interativo
«O mundo em que vivi» – excerto III

GRAMÁTICA
1.
1.1 Oração coordenada copulativa sindética: «[as pessoas] bebiam cerveja e comiam salsichas e pão com presunto»; oração coordenada copulativa assindética: «as pessoas
enganchavam os braços, entoavam canções populares e revisteiras.»

Página 144
LEITURA
1.
a. ll. 3-6
b. ll. 6-9
c. ll. 11-13
d. ll. 16-17
e. ll. 17-19
2. F oi permitido aos judeus praticar a sua religião na Europa medieval cristã sob a condição de serem eles a conduzir operações financeiras, a que hoje chamaríamos bancárias,
cobrando juros: isto era considerado um grande pecado pelos cristãos.
3. Primeiro / segundo / terceiro – ll. 21, 23 e 25
4.
a. Integração na sociedade.
b. Aparecimento de ações populares visando atacar os judeus.
c. Utilização de um discurso que atacava os judeus.
d. Violação dos cemitérios judeus, vandalismo efetuado nestes espaços sagrados.
e. Criar a união das novas comunidades ou nações.
5.
5.1
a. V
b. F (Não lhes foi benéfico esse facto pois ficaram mais expostos na sua qualidade de grupo social, por estarem juntos e não disseminados no espaço.)
c. V
d. V
e. F (A afirmação não corresponde ao sentido do texto, o qual alerta, no último parágrafo, para a emergência de atitudes antijudaicas depois da Guerra.)

Teste interativo
«Judeus e antissemitismo»

Página 147
LEITURA
1. E
 ste «Prefácio» tem a função geral de apresentar o livro que vai ser lido, funciona como uma introdução ao livro, referindo as suas condições de produção e de escrita, o que
esteve na sua origem, a sua história depois da morte da autora, as condições em que foi publicado, entre outros aspetos.
2. E
 la ouviu uma emissão da rádio na qual um responsável político holandês alertava para a necessidade de se guardarem testemunhos daqueles tempos conturbados,
nomeadamente através da manutenção de diários. Foi este pedido que desencadeou em Anne Frank a ideia de ter o seu próprio diário.
3. Anne Frank escrevia o seu diário, mas, enquanto escritora consciente e autónoma, tinha a preocupação de o reescrever, alterando, para os aperfeiçoar, segmentos textuais
nos quais detetava alguma deficiência. Fazia-o, mas mantinha ambas as versões: a antiga e a nova. Por isso, aquando da edição de 1989, uma edição cientificamente
elaborada, editaram-se as duas versões.
4. O
 texto aponta para vários factos, por exemplo, para o facto de o livro abordar temáticas ligadas à sexualidade, o que não era de esperar numa autora com 14, 15 anos; pelo
facto de o diário se referir de modo menos valorativo à própria mãe da autora e a outras pessoas; e ainda pelo facto de o livro ter sido publicado numa coleção de livros curtos:
o pai de Anne precisou de tempo para fazer cortes, para selecionar o que lhe pareceu mais importante.
Página 147 (cont.)
LEITURA
5.
5.1 O livro foi, de facto, alvo de contestação, naturalmente por parte, desde logo, de pessoas ligadas ao regime nazi, a quem
as denúncias de Anne incomodavam ou envergonhavam. [Hoje, negar o Holocausto e a perseguição aos judeus durante a
Segunda Guerra Mundial é crime em vários países da Europa.]

GRAMÁTICA
1.
a. modificador de nome apositivo
b. complemento direto
c. complemento oblíquo
d. predicativo do sujeito
e. complemento indireto

Página 148
GRAMÁTICA
2.
a. que vivia escondida / oração subordinada adjetiva relativa explicativa / modificador de nome apositivo
b. quando vivia escondida / oração subordinada adverbial temporal / modificador de grupo verbal
c. para o publicar mais tarde / oração subordinada adverbial final / modificador de grupo verbal
d. que publicaria o seu diário no futuro / oração subordinada substantiva completiva / complemento direto
e. U
 ma vez que algumas pessoas duvidaram da autenticidade deste diário / oração subordinada adverbial causal / oração subordinada adverbial causal / modificador de grupo
verbal
f. Assim que se provou a sua autenticidade / oração subordinada adverbial temporal / modificador de grupo verbal
Adivinhas de gramática
1. a – preposição (simples)
2. a – preposição (contraída com o determinante artigo o em «ao») – preposição simples
3. que / que – o que que ocorre em primeiro lugar é uma conjunção subordinativa completiva; o segundo que é um pronome relativo
4. Uma vez que – locução subordinativa causal

Página 151
LEITURA
1.
a. V
b. V
c. F (A narradora apresenta o objetivo de uma ação levada a cabo anteriormente – ir para a sala.)
d. V
e. V
f. F (A narradora estabelece um contraste entre o que esperava receber e o que recebeu efetivamente.)
g. V
2. O texto relata o dia de aniversário de Anne. Vejamos três comportamentos que permitem uma posterior caracterização:
• Anne procura dominar a curiosidade na manhã do dia do seu aniversário e consegue resistir até certo ponto – ll. 1-17.
• Chegada à escola, distribui pelo amigos e pelos professores doces que recebera, ll. 28-30.
• Refere, na parte final do texto, vários livros que recebeu de prenda e fá-lo com satisfação, ll. 44-46.
Estes comportamentos permitem-nos classificar Anne psicologicamente como obediente e muito curiosa, podendo a curiosidade, em certas situações aceitáveis, sobrepor-
-se à obediência; era generosa e intelectualmente curiosa – como se vê pelo seu amor aos livros e à leitura.

Página 152
GRAMÁTICA
Recorda
1.
1.1
a. complemento indireto
b. complemento direto
c. complemento indireto
d. complemento indireto
e. complemento indireto
2.
2.1 Condicional simples
2.2 Não lhe chamaria também Rin Tin Tin e não o levaria para a escola comigo.
a. Os pronomes pessoais passaram para a esquerda da forma verbal.
3.
Conjunto A
3.1 Logo que / Assim que a Ana o folheou, gostou do livro.
3.2 O pronome pessoal passou para a esquerda da forma verbal.
Conjunto B
3.3 Como a Ana o viu, cumprimentou-o.
3.4 O primeiro pronome pessoal átono passou para a esquerda da forma verbal.
Página 152 (cont.)

Teste interativo
«O diário de Anne Frank» – excerto II

Página 153
GRAMÁTICA
Recorda
3.5 Já que / Uma vez que a Ana o observou atentamente, descobriu tudo.
3.6 O pronome pessoal átono passou para a esquerda da forma verbal.
4.
4.1 a. Ana tê-lo-ia lido se o conhecesse.
4.2
a. Ana tê-lo-á emprestado a esse amigo?
b. Ana ter-lhe-á emprestado o livro?
5.
5.1 a 5.3
a. assim que viu os presentes no dia do seu aniversário / oração subordinada adverbial temporal / modificador de grupo verbal
b. que eram presentes fantásticos / oração subordinada substantiva completiva / complemento direto (da forma verbal «pensou»)
c. que recebeu / oração subordinada adjetiva relativa restritiva / modificador de nome restritivo (modifica o nome «presentes»)
d. que recebeu muitas prendas / oração subordinada adjetiva relativa explicativa / modificador de nome apositivo (modifica o nome «Anne»)
e. porque já conhecia o autor / oração subordinada adverbial causal / modificador de grupo verbal
Aprende mais
1.
a. no caso de
b. Caso
c. desde que

Página 154
GRAMÁTICA
Aprende mais
2.
a. Visitarei a casa de Anne Frank desde que me indiques onde fica / no caso de me dizeres onde fica.
b. Lerei O diário de Anne Frank no caso de mo emprestares / desde que mo emprestes.
3.
• Se me indicares onde fica, visitarei a casa de Anne Frank. / Caso me indiques onde fica, visitarei a casa de Anne Frank.
• Caso mo emprestes, lerei O diário de Anne Frank / Se mo emprestares, lerei O diário de Anne Frank.
4.
4.1 c.
4.2 oração subordinada adverbial temporal

Gramática interativa
A conjunção

Página 157
LEITURA
1. Trata-se de uma frase do tipo exclamativo apropriada para exprimir a admiração pelas condições de vida precárias que vão ser apresentadas seguidamente.
2. T
 rata-se de uma ironia – «encantadora casa de banho» –, pois este espaço nada tinha de agradável. O enunciador pretende dizer o contrário do que diz, havendo um
afastamento da sua parte em relação ao espaço em causa.
3.
3.1 a.
3.2 c.
3.3 c.
3.4 b.
4.
4.1 A
 referência à «modéstia» explica-se num contexto de vida de várias pessoas dentro de um pequeno apartamento. Praticamente não conseguem ter qualquer intimidade,
privacidade. A palavra modéstia tem neste contexto, por isso, o significado de privacidade.
4.2 O adjetivo justifica-se: nem todos são iguais, nem todos sofrem do mesmo modo com a falta de privacidade, mas todos, de algum modo, sofrem com ela, embora uns
a sintam mais do que outros.
4.3 «e tudo sem medo de ser vista», l. 24.
5.
Nota
A segunda frase indica por que razão a vinda do canalizador a casa de Anne não foi «agradável»: como ele tinha de trabalhar nas canalizações, os residentes estiveram privados
de água e de poderem fazer a sua higiene pessoal. A segunda frase apresenta duas causas para a afirmação contida na primeira frase. Por isso, os conectores adequados são
os das alíneas a., c. e d. – todos de natureza causal.
5.1 b.
Página 158
ORALIDADE

Documento
Grelha de avaliação: «Falar para apresentar e justificar opiniões»
LPP

Grelha de avaliação: «Falar para apresentar e justificar opiniões»

Página 161
LEITURA
1. O
 s judeus estão a ser deportados massivamente em condições desumanas para o campo de concentração de Westerbork. Uma vez lá, as condições de vida são muito más,
desumanas mesmo, pois a alimentação é muito precária, falta água para beber e as condições de higiene são degradantes.
2. O
 estado de espírito da narradora é de tristeza e de depressão – cf. l. 2. Este estado de espírito deve-se à consciência que ela tem, porque lho contam, sobre o que está
a acontecer aos judeus perseguidos e deportados pela polícia secreta alemã – a Gestapo. Sabe que eles são conduzidos «em carruagens de gado», ll. 4-5, para o campo
de concentração de Westerbork; sabe das péssimas condições de alimentação que os prisioneiros têm de suportar; da completa falta de higiene; de humilhações a que
são sujeitos. Mas, mais importante ainda para explicar o seu estado de espírito, é o que ela adivinha que possa acontecer aos judeus depois de saírem deste campo de
concentração e serem levados para outros para serem «gaseados», l. 17. Um conjunto de situações muito más que aconteceram a vários judeus contribui também para
a frustração de Anne.
3.
3.1/3.2
Miep apresenta um estado de espírito idêntico ao da sua amiga Anne; encontra-se «muito perturbada», l. 19. Este estado de espírito deriva do conhecimento que ela tem das
indignas condições de vida dos judeus nos campos de concentração, em geral, e de uma situação, em particular, que testemunhou, relativa a uma idosa perseguida pelos
alemães. Bep, por seu lado, encontra-se «muito abatida» devido ao facto de o seu namorado estar prestes a ser enviado para a Alemanha para lá trabalhar obrigado: ela teme
pela vida dele, dado os bombardeamentos constantes.
4. Resposta livre, mas espera-se que os alunos refiram a indignidade e profunda injustiça dessa prática.
5. A
 ironia está presente por duas vezes no texto no modo como Anne se refere aos alemães: «Os alemães são bastante generosos quando se trata de distribuir castigos»,
ll. 23-24. Trata-se de uma ironia, pois a generosidade é uma atitude positiva que só por ironia pode ser associada a «castigos»; por outro lado, ela classifica os alemães, que
tanto mal fazem, como «Belos espécimes da humanidade», l. 45: também aqui há uma evidente atitude irónica, uma vez que nada de belo se pode encontrar nas atitudes –
desumanas – dos alemães opressores.
6.
6.1 e.
6.2 b.
6.3 c.
6.4 a.
6.5 d.

Página 162
GRAMÁTICA
Recorda
1.
1.1
a. que estão a ser gaseados
b. enquanto foram à procura de um carro
c. que disparavam contra os aviões ingleses
d. Se a Gestapo não conseguir encontrar o sabotador
e. pois a água está disponível apenas uma hora por dia
1.2
a. te
b. Westerbork
c. quase impossível
d. à porta de Miep
e. diariamente
f. as minhas lamentações
1.3
a. tristes / deprimentes
b. e
c. a
d. duramente
e. que
f. não
g. às
h. os
i. assassinada
1.4
a. duramente
b. incivilizados
c. impossível

Jogo
Pacman da coordenação e subordinação
Página 163
ESCRITA

Documento
Grelha de avaliação: «Escrever para exprimir opiniões e argumentar»
LPP

Grelha de avaliação: «Escrever para exprimir opiniões e argumentar»

Página 165
LEITURA
1. [ Nesta pergunta, o aluno deve fazer inferências]. O final do primeiro parágrafo diz que aos raids ingleses se seguiu um raid americano feito de dia. Infere-se que os raids
ingleses foram feitos durante a noite. [O que era a realidade]. Dos dois raids ingleses, o segundo foi levado a cabo «em condições excecionais», l. 9, as quais só podem ter
que ver com boas condições de luminosidade do céu, ausência de nuvens ou chuva, enfim, «condições» que permitiam uma fácil identificação dos alvos, apesar de ser noite.
2. c.
3.
3.1 b.
3.2 Em primeiro lugar / Em segundo lugar / Em terceiro lugar / Em quarto lugar / Em quinto lugar
3.3 Por exemplo: além disso / por outro lado / finalmente
4.
4.1 O
 s dois chefes militares são Harris e Porter. Para o primeiro, era importante «atacar cidades alemãs antigas», ll. 23-24, objetivos civis, portanto. Já o segundo entendia ser
importante atacar alvos de natureza militar, a saber, «centros de abastecimento de combustíveis», l. 28, no sentido de dificultar ou impedir a movimentação de «aviões e
tanques», l. 29.
4.2 R esposta livre, mas espera-se que os alunos se inclinem, naturalmente, para a posição de Porter, dado que a de Harris implicava o morticínio de populações civis e a
destruição de património cultural.
5. A única metáfora presente no texto ocorre na expressão «tempestade de fogo», l. 30.
5.1 T
 rata-se de uma metáfora expressiva que traduz bem a violência dos bombardeamentos: do mesmo modo que uma tempestade é um fenómeno extremamente violento, os
bombardeamentos também o eram.
6. A afirmação falsa é a d., pois o pronome pessoal tem como antecedente «(d)os Alemães», l. 20.

Página 166
GRAMÁTICA
Recorda
1.
a. embora Dresden fosse um importante centro de comunicações
b. que a ajudassem
c. que até ao momento havia escapado aos bombardea-mentos
d. que a guerra podia ser ganha
2.
a. Dresden – complemento direto; várias vezes – modificador de grupo verbal
b. o bombardeamento – complemento direto; de noite – modificador de grupo verbal
c. a cidade – complemento direto; duramente – modificador de grupo verbal
d. um relatório – complemento direto; a Churchill – complemento indireto; rapidamente – modificador de grupo verbal
e. lho (lhe + o) – complemento indireto; o – complemento direto; por barco – modificador de grupo verbal
f. o relatório – complemento direto; à noite – modificador de grupo verbal
g. o – complemento direto; bastante – modificador de grupo verbal
3.
3.1 Os aliados facultaram-lhas.
3.2 O espião relatou-no-las. 3.3 O piloto não lha contou. 3.4 Ele não no-las facultou.
4.
4.1 vo – complemento indireto; las – complemento direto

Página 167
GRAMÁTICA
4.2 te – complemento indireto ; as – complemento direto

Gramática interativa
Funções sintáticas internas ao grupo verbal: complemento direto, complemento indireto e complemento oblíquo

ORALIDADE

Documento
Grelha de avaliação: «Falar para apresentar e justificar opiniões»
LPP

Grelha de avaliação: «Falar para apresentar e justificar opiniões»


Página 169
LEITURA

Teste interativo
«O diário de Anne Frank» – excerto V

Página 170
LABORATÓRIO DE TEXTO
1.
1.1 No dia em que começou a invasão da Europa, Anne Frank ouviu algumas notícias na rádio. Mais tarde, falou com quem residia no Anexo. A seguir, foi escutar outra emissão
de rádio. Finalmente, percebeu que se tratava mesmo de uma grande invasão!
Aperfeiçoei este texto através da operação de substituição.
1.2 Anne Frank, no final do dia, sabia o seguinte: em primeiro lugar, que os aliados tinham desembarcado; em segundo lugar, que o general Eisenhower, que os comandava,
se tinha dirigido ao povo francês com palavras de esperança, já que o seu país ia sofrer muito; além disso, que vários dirigentes dos países aliados tinham também
discursado na rádio, falando sobre a situação; finalmente que, depois disso, no Anexo passou a reinar a esperança misturada com a inquietação.
Aperfeiçoei este texto através da operação de acrescentamento.

Página 173
LEITURA
1. A
 segunda ação da mãe foi suspirar «profundamente», l. 5; ela agiu deste modo porque se sentiu bem ao chegar à sua terra. O suspiro forte foi um sinal de emoção e satisfação
por estar na terra «(…) onde nascera e passara a infância e a juventude.», ll. 6-7.
1.1 Pode ler-se «(…) Elisabete Zimmer começou a assobiar uma canção da sua infância», l. 23.
1.2 Com este comportamento ela revela como o passado é importante para ela.
2. Ele sentiu-se aliviado por ter chegado, finalmente, dado que a viagem tinha sido longa e complicada, pois o automóvel avariou duas vezes e um pneu tinha furado.
3.
3.1 Os irmãos reagem de forma diversa porque Peter não está bem-disposto já que detesta vir passar as férias na aldeia; ele mostra-se mal disposto, por exemplo, quando,
«carrancudo», l. 40, comenta uma atitude da mãe; e a má vontade dele em estar ali comprova-se ainda quando ele, na conversa sobre as misteriosas pedras azuis, se mostra
«interessado em exterminar de vez o mistério», ll. 65-66. Já o seu irmão apresenta uma tendência para o que é misterioso, tal como a mãe, l. 73, por isso se interessa pelo
que ela tem para dizer. Eram irmãos muito parecidos, contudo, entre eles havia «um mar de diferenças», l. 21.
3.2. «– Agora não – suplicou Peter.» l. 42, «Conta, mãe – pediu William.» l. 43.
4.
4.1
a. C
 ompara-se o «céu» com um «lençol negro cheio de pontinhos bordados e um buraco no meio: a Lua»; trata-se de uma comparação expressiva, pois permite visualizar
a extensão do firmamento escuro e repleto de estrelas, cujas luzes contrastam com a escuridão celeste»; o contraste entre a escuridão e a luz é também sugerido pela luz
emitida pela Lua.
b. O
 segundo termo da comparação – o «lençol negro» contém duas metáforas: na primeira não há referência ao que é metaforizado, mas percebe-se que os muitos «pontinhos
bordados» são as estrelas, reluzentes e recortadas, bordadas, no firmamento, com a sua luz a contrastar com a escuridão; já na segunda metáfora, o «buraco» é identificado
com «a Lua», isto é, trata-se de uma metáfora que acentua, expressivamente, o contraste entre duas cores: o escuro do céu e a luz clara da Lua.
4.2 As três palavras não estão usadas no seu sentido primeiro, o sentido denotativo, mas em sentidos novos, derivados do contexto.
4.3 mar na expressão «mar de diferenças» Esta palavra não se refere ao oceano, não está utilizada no sentido denotativo, tem outro significado que advém do contexto.
4.3.1 Metáfora

Página 174
LEITURA
5.
5.1
A.
a. Função: ligar duas frases, ligar informação do mesmo tipo: factos de natureza negativa.
b. Função: ligar elementos da frase estabelecendo uma comparação entre a mãe e o filho.
c. Função: ligar dois factos expressos em duas frases, estabelecendo uma oposição ou contraste entre duas realidades – o som da canção e o silêncio súbito.
d. Função: ligar duas secções da frase estabelecendo um contraste entre o parecer e o ser.
e. Função: ligar duas secções da frase indicando uma circunstância de tempo.
B.
a. Função: substituir o antecedente, o grupo nominal «os dois filhos», l. 8.
b. Função: substituir o antecedente, o grupo nominal «uma pedra», l. 33.
c. Função: substituir o antecedente, o grupo nominal «pedras»; l. 35.
d. Função: ambas as palavras destacadas substituem o mesmo antecedente, o grupo nominal «pedras», l. 35.
e. Função: substituir o grupo nominal «o tesouro», l. 49.
5.2 a.
5.3 b.
5.3.1 lá
5.4 b.
5.5 a.

Teste interativo
«Um tesouro sob uma pedra azul»
Página 177
LEITURA
1. b.
1.1 a.
2.
a. ll. 5-19
b. ll. 28-42
c. ll. 28-42
d. ll. 28-42
3. Eles eram respeitados por quem os conhecia, frequentemente eram abastados, eram bastante previsíveis, não apresentando comportamentos inesperados – cf. ll. 20-25.
4.
4.1 Pensava-se desse modo porque Belladonna Took era uma hobbit; assim sendo, o seu comportamento deveria ser muito típico, mas, na verdade, por vezes, ela apresentava
comportamentos não habituais nos hobbits, por isso havia quem pensasse que ela tinha herdado características de alguém que não pertencia aos hobbits – uma fada –
cf. ll. 41-46.
4.2 S endo filho de Belladonna, Bilbo apresentaria, naturalmente, características herdadas da mãe. O texto aponta para esse condicionamento genético quando refere que
Bilbo, embora fosse muito parecido com o pai, podia, na verdade, ter características não habituais aos hobbits por causa de ser filho de quem era: «No entanto, é provável
que Bilbo, seu filho único, embora parecesse e se comportasse como uma segunda edição do seu sólido e abastado pai, tivesse herdado do lado Took algo um pouco
estranho, algo que só esperava uma oportunidade para se manifestar.», ll. 55-58; por outro lado, sabemos que os hobbits da família Took apresentavam, muitas vezes,
comportamentos invulgares num hobbit – cf. l. 58.
5.
5.1 O narrador informa que Gandalf, onde chegasse, levava a aventura com ele, grandes aventuras. Daí a exclamação, uma forma de chamar a atenção para a extraordinária
personagem.

Página 178
LEITURA
6. D
 a leitura do diálogo constata-se que Bilbo se mostra extremamente bem educado e sociável: saúda Gandalf e mesmo perante uma resposta no mínimo invulgar, Bilbo
mantém uma atitude de simpatia para com o forasteiro e oferece-lhe do seu tabaco.
6.1 b.
6.2 Trata-se de uma caracterização indireta, pois a maneira de ser de Bilbo é deduzida a partir das suas ações.

Teste interativo
«Um grupo inesperado»

Página 179
ESCRITA

Documento
Grelha de avaliação: «Escrever para descrever um espaço exterior»
LPP

Grelha de avaliação: «Escrever para descrever um espaço exterior»

ORALIDADE

Documento
Grelha de avaliação: «Falar para descrever um espaço exterior»
LPP

Grelha de avaliação: «Falar para descrever um espaço exterior»

Página 180

Teste interativo
Sequência 3
LPP

Teste-modelo GAVE
Página 181
LEITURA
1. A
 relação entre a música e os movimentos de bailado era de causa – efeito: a música inspirava os patinadores a fazerem
determinados movimentos.
2.
a. A acusação é feita pela narradora.
b. A cusa a Natureza de privar muitas crianças de conhecerem a beleza do inverno com os seus «rios gelados» nos quais se pode patinar, de as não deixar conhecer a neve e as
brincadeiras a ela associadas, de só fazer com que não conheçam mais do que chuva e humidade.
c. Estas crianças são as que vivem em regiões onde as temperaturas não permitem o aparecimento da neve e do gelo.
3. Há referência, entre as ll. 9 e 15 a dois tipos de dor: física e psicológica. A dor física deriva de uma queda; mas a esta dor sobrepôs-se uma dor psicológica, «uma tristeza
singular» que invadiu a menina, a sensação de ter perdido algo de muito importante.
4. Uma pessoa que ela conhecia faleceu, uma amiga, Frieda. E ela culpa-se por não a ter visitado antes de ela falecer.
5. Enquanto que a narradora se apresenta triste e deprimida, Herbert é o seu contrário: «sempre alegre, despreocupado», l. 30: daí a presença da antítese.

GRAMÁTICA
1.
a. modificador de grupo verbal / modificador de nome restritivo
b. predicativo do sujeito / sujeito
c. predicativo do sujeito / vocativo
2. a.
3.
a. No caso de ir à Alemanha em dezembro – oração subordinada adverbial condicional
b. Apesar de o rio estar gelado – oração subordinada adverbial concessiva
c. que o rio gelou – oração subordinada adverbial consecutiva
d. que gela no inverno – oração subordinada adjetiva relativa restritiva
e. que patinou nesse rio – oração subordinada substantiva completiva
3.1 que gela no inverno – modificador de nome restritivo (modifica o nome rio): restringe a qualidade do rio, gelar, a esse rio específico entre todos os outros; que patinou nesse
rio – complemento direto (a oração depende somente da forma verbal «disse», o seu elemento subordinante – alguém diz alguma coisa).

Página 185
LEITURA
1.
1.1 Os elementos da natureza nelas presentes são as «aves» que cantam – vv. 2, 5, 6 e 10.
1.2 O sujeito poético vive momentos de felicidade, como o refrão comprova.
1.3 Existe uma identificação entre o sujeito poético e a natureza: à sua alegria corresponde a alegria do cantar das «aves»; ele projeta o seu estado de alma na natureza
circundante.
2. Nas últimas quatro estrofes desaparecem as aves, os ramos das árvores onde pousavam também e as fontes secam.
2.1 A ausência destes elementos sugere o fim da relação amorosa tal como apresentada nas primeiras quatro estrofes.
3.
3.1 c.
3.2 Trata-se de uma afirmação irónica pois o enunciador afirma uma coisa mas tem outra em mente.
4. a. V; b. V; c. F (Em poesia lírica as técnicas repetitivas são fundamentais.); d. V

GRAMÁTICA
1. « lhes» – complemento indireto – alguém tolhe alguma coisa a alguém.
(Nota: chame a atenção dos alunos para o facto de este pronome pessoal corresponder a um GPrep iniciado pela preposição a); «as» – complemento direto – alguém vê
alguma coisa.
(Nota: chame a atenção dos alunos para o facto de este pronome pessoal corresponder a um GN).
2.
2.1 que secaram
2.2 A sua ausência não compromete a gramaticalidade da frase.
2.3 Modificador de nome restritivo
2.4 Oração subordinada adjetiva relativa restritiva

Página 187
LEITURA
1. Este verso retoma o verso 6, «quando a luz do sol nascia».
1.1 O
 sentido de ambos os versos é exatamente o mesmo: ambos referem o nascer do dia.
(Nota: relacione esta repetição de ordem semântica com a pergunta 6 do poema anterior).
2.
2.1 E
 sta paisagem caracteriza-se por um tempo e um espaço. Tempo: o nascer do dia; espaço: um bosque de castanheiros nas margens do rio Sar. Este espaço é habitado por
aves que cantam alegremente.
2.2 Esta paisagem é um lugar idílico, no qual o sujeito poético vê uma bela pastora. O ambiente paradisíaco contribui para avivar o sentimento amoroso.
3. Ele, perante a visão da pastora, permanece onde está, não sabe o que fazer, como se aproximar dela, o que dizer.
3.1 Trata-se de alguém tímido, respeitador, inexperiente…
4.
4.1 Ele apresenta à pastora uma alternativa: se ela estiver disposta a falar com ele, ficará com ela a conversar; caso ela o não deseje ali, ir-se-á embora.
4.2 T
 rata-se de uma rapariga avisada, que tem receio do que possam dizer dela se a encontrarem num sítio isolado com um rapaz; por isso ela mostra-se prudente quando pede
ao rapaz que se vá embora, para que a sua reputação não fique em causa.
Página 187 (cont.)
GRAMÁTICA
1.
a. modificador de grupo verbal
b. modificador de grupo verbal
c. complemento indireto
d. complemento direto

Gramática interativa
Funções sintáticas internas ao grupo verbal: complemento direto, complemento indireto e complemento oblíquo
Teste interativo
«Cantiga de amigo»

Página 188
LEITURA
1. «tristes», repetido cinco vezes; «saudosos», «doentes», «cansados» e «chorosos»
2.
a. A
 personificação contribui para intensificar a tristeza de quem parte: encontra-se presente logo no início do poema, quando os «olhos» são personificados, caracterizados como
«tristes»; intensifica-se na segunda estrofe com os «olhos» a serem caracterizados como «saudosos», «doentes da partida», com desejo de morrer. Ao atribuir-lhes estas
características humanas, eles acentuam a dor da separação.
b. A
 anáfora contribui para intensificar a tristeza de quem parte de dois modos: por um lado, a repetição do advérbio «tam», no início dos versos 5, 6 e 7, contribui para intensificar
o grau de tristeza dos «olhos»; por outro, esta repetição tem um valor expressivo também ao nível sonoro, dado que se trata de um som nasal que sugere melancolia e tristeza.
c. A
 presença da hipérbole é fundamental para intensificar a dor da partida. Este recurso expressivo ocorre logo na primeira estrofe: exageradamente, o sujeito poético
apresenta a sua situação como única, nunca houve tristeza maior do que a sua, vv. 3 e 4, exagero que se repete no final do poema; o mesmo recurso ocorre também na
segunda estrofe, nos versos 8 e 9, através do numeral «cem mil».
Todos estes recursos contribuem, relacionando-se uns com os outros, para apresentar uma tristeza artística.
3. d.
3.1 A
 consequência de os «olhos» do sujeito poético apresentarem um tal grau de tristeza, tão grande, um tal grau de falta de esperança, é que a «Senhora» nunca viu outros
assim.
3.2 Observa-se o mesmo tipo de relação entre os versos 3 e 4 e os dois anteriores: «tam tristes» (…) «que nunca tam tristes vistes/ outros nenhũs por ninguem.».

Áudio
«Cantiga sua, partindo-se», cantiga de João Rodrigues de Castel Branco

CD áudio | Faixa 8

Página 189
LEITURA
1. O
 sujeito poético nesta estrofe está em conflito consigo próprio. Esta situação apresenta-se como perigosa, v. 2, pois, por um lado, ele não pode aceitar-se tal como é, v. 3, mas,
por outro, não pode ou não sabe sair dessa situação, v. 4.
2. « imigo de mim». Esta expressão sintetiza bem o estado de espírito do sujeito poético tal como se apresenta logo na primeira estrofe – «Comigo me desavim», v. 1, um sujeito
poético que não pode estar em si, v. 3, nem fora de si, v. 4. Esta expressão, de valor metafórico, poderia servir de título ao poema pois sintetiza a contradição essencial que
habita o sujeito poético.
3. O
 primeiro motivo do seu espanto é ter observado que pessoas boas sofriam, por vezes muito, «no mundo», vv. 1 e 2, eram infelizes; o segundo motivo do espanto é ter
constatado que quem era mau vivia na maior felicidade. Esta situação espantosa era verificada com frequência pelo sujeito poético, era habitual – «sempre», vv. 1 e 4.
4. O «bem» é a felicidade; está «mal ordenado» porque para se atingir esse «bem», essa felicidade, é necessário ser mau…
5. C
 omo observou que para ser feliz é necessário ser mau e porque quer ser feliz, o sujeito poético segue o caminho que conduz à felicidade: a maldade. O que aconteceu é que
esta solução para atingir a felicidade, no seu caso, não se mostrou válida: foi «castigado», v. 8.
6. O
 s dois últimos versos são uma conclusão da esparsa que mostra a diferença do poeta relativamente ao que se passa com os outros «no mundo»: ela acentua a individualidade
do sujeito poético – «só para mim», v. 9.
7. T
 rata-se da metáfora que ocorre em «nadar/ em mar de contentamentos». Esta metáfora, relativa aos «maus», mostra-os perfeitamente integrados «no mundo», gozando
das suas delícias, que são muitas, como se vê pela metáfora «mar de contentamentos»: do mesmo modo que o mar é enorme, os bens deste mundo também são muitos.
Quanto à forma verbal «nadar», ela mostra como os «maus» apreciam o gozo do que o mundo tem de bom. A metáfora exprime bem o desconcerto do mundo ao relacionar
maldade com felicidade, com recompensa e não com castigo.
8. Trata-se da antítese. Contribui para marcar a injustiça da situação, o «desconcerto do mundo».

Página 190
LEITURA
1. A
 afirmação pode comprovar-se pois na estrofe ocorrem os elementos referidos. Assim, relativamente aos aspetos físicos, verifica-se que Leonor se encontra «Descalça» e
é «fermosa», bonita; ora é esta beleza que faz com que ela corra perigo e vá insegura, «não segura», traço psicológico (que aponta para a possibilidade de alguém que a veja
e deseje lhe poder falar, seduzindo-a.)
Página 190 (cont).
LEITURA
2. «Leva», v. 4: esta forma verbal pode subentender-se no início dos vv. 5 a 7.
3. Sensações visuais de natureza cromática.
3.1 E
 xemplos: mãos de prata», v. 5; «mais branca que a neve pura», v. 9; «cabelos d’ ouro o trançado», v. 12; «fita de cor d’ encarnado»,
v. 13.
4.
4.1 A touca descobre a garganta. (Isto é, a touca deixa ver a garganta).
5. O
 tipo de frase em causa serve bem para o sujeito poético mostrar o espanto, a admiração que sente quem vê Leonor, rapariga cheia de «graça» e «formosura», «linda».
5.1 b. (A consequência de Leonor ser tão «linda» é que «espanta» toda a gente.)
6. a. «mais branca que a neve pura», v. 9; b. «mãos de prata», v. 5; c. «cabelos d’ ouro», v. 12 e «chove nela graça tanta», v. 15.
6.1 A
 hipérbole ocorre quando Leonor é comparada com a «neve pura» para, através dessa comparação ser apresentada como tendo uma pele mais branca do que a neve,
o que é um manifesto exagero cuja função é encarecer a beleza de Leonor, apresentando-a como excecional; a metáfora «mãos de prata» reforça a beleza da pele de Leonor,
neste caso o brilho da pele das mãos, o seu caráter precioso – outro processo de encarecimento; com a metáfora «cabelos d’ ouro» o processo de encarecimento continua,
acentuando-se a beleza dos cabelos através da sugestão do brilho excecional; finalmente, a metáfora «chove nela graça tanta» funciona como uma espécie de síntese da
beleza de Leonor: a forma verbal acentua a quantidade de traços de beleza que ela apresenta.

Página 191
LEITURA
1. a. v. 11; b. v. 6; c. v. 3.
2.
2.1 [Amor] é o vencedor servir a quem vence.
2.2 O «vencedor» é a pessoa que conquista, que seduz outra.
2.3 A pessoa conquistada, seduzida.
2.4 O sentido mais plausível é o seguinte: o vencedor, que atinge o seu objetivo ao conquistar a outra pessoa, na verdade, se a ama efetivamente, passa a servir a quem
conquistou, isto é, passa a ser um vencido pelo amor, ao passar a servir a quem conquistou.
2.5 «é um cuidar que ganha em se perder.», v. 8. Aquele que pensa que ganha a outra pessoa que conquistou, o «vencedor», na verdade, se a ama, passa a viver em função dela,
e, nesse sentido, perde-se.
3.
3.1 «Amor é um fogo».
3.2 Esta metáfora traduz bem a força deste sentimento: do mesmo modo que o fogo é algo de forte, de intenso, o amor também o é.
3.3 «fogo que arde»
3.4 Este pleonasmo tem como função, pela redundância, traduzir a força do sentimento do amor.

Página 192
LEITURA
4.
4.1 Apesar de o amor ser um sentimento muito complexo, contraditório mesmo, o ser humano não pode viver sem ele.
5.
5.1 Não coincide: tem 10 sílabas métricas (Se / tão / con / trá / rio a/ si / é o / mês / mo A / mor) e 13 sílabas gramaticais (Se / tão / con / trá / rio / a / si / é / o / mes / mo / A / mor)
5.2 Decassílabo
5.3 A regularidade métrica é uma constante no terceto (e no soneto): todos os versos são decassílabos.

Teste interativo
«Amor é um fogo que arde sem se ver»

GRAMÁTICA
1.
a. Sujeito
b. Sujeito
2.
a. V («que arde », v. 1, «que dói», v. 2, «que desatina», v. 4.)
b. V
c. F (Todas têm a mesma função sintática: modificador de nome restritivo.)

Áudio
«Amor é um fogo que arde sem se ver», poema de Luís de Camões

CD áudio | Faixa 9
Página 193
LEITURA
1.
1.1
a. A «madrugada», v. 1, retomada através do pronome pessoal «Ela», vv. 5, 9 e 12.
b. Em todas, com exceção da primeira.
c. Segunda estrofe: «viu», v. 7; terceira estrofe: «viu», v. 9; quarta estrofe: «viu» (com o sentido de ouviu), v. 12.
d. T
 rata-se de uma separação entre dois amantes – v. 7, que choraram na despedida, primeiro terceto, e disseram um ao outro palavras que traduzem bem o sofrimento causado
pela separação – último terceto.
e. A
 separação ocorreu ao nascer do dia, uma vez que foi testemunhada quando a madrugada «saía», v. 6, isto é, quando o dia começava.
2.
2.1 T
 rata-se da hipérbole, pois as três ocorrências constituem evidentes exageros: as «lágrimas» eram tantas que formaram um «rio», primeiro terceto; as palavras trocadas,
de tão dolorosas, podiam «tornar» «frio» o «fogo», v. 11; e, além disso, podiam fazer com que as «almas condenadas», as que estão no inferno, pudessem ter sossego, v. 14.
2.2 T odas as hipérboles contribuem fortemente para mostrar o caráter excecional e muito doloroso da separação: a primeira revela, exagerando, que a separação esteve
associada ao choro de tal modo que se formou um «grande e largo rio» de lágrimas; a segunda, através de um exagero paradoxal, revela a força da dor da separação,
concretizada nas «palavras magoadas» capazes de transformações inauditas, v. 13; na terceira, o exagero, que consiste na possibilidade de as «almas condenadas» terem
sossego, o que é impossível, mostra bem a força das palavras ditas aquando da separação.
3.
3.1 É
 a personificação da madrugada: vv. 1, 2, 6, 7, 9, 12: à madrugada são conferidas atitudes e sentimentos humanos: «triste e leda», «cheia de mágoa e de piedade», «viu», «viu»
(ouviu), «saía», vestida com as suas roupas coloridas (vv. 5 e 6).

Página 194
ESCRITA
Nota
Na Aula Digital encontra-se uma proposta de resposta com indicações de ordem didática para orientar o trabalho na sala de aula.

Página 195
LEITURA
1.
1.1 T
 rata-se de uma personificação: os «erros», a «má fortuna» e o «amor ardente» apresentam-se personificados, pois se conjuraram, se associaram secretamente,
para perderem o sujeito poético.
1.2 O sujeito poético assume, confessa que na origem da sua perdição está principalmente o «amor ardente»: os outros dois fatores nem seriam necessários.
1.3 b. e c.
2.
2.1 a. A consequência de o sujeito poético ter «tão presente/ a grande dor das cousas que passaram» é «não querer já nunca ser contente.».
2.2 Sentimentos de desânimo e de desistência.

Página 196
LEITURA (TEXTO 10, PÁG. 195)
3. O
 sentido deste verso prende-se com o conteúdo anterior do soneto: tudo o que o sujeito poético esperou falhou, só ficou «a grande dor das cousas que passaram», que lhe
aconteceram.
4. ABBA / ABBA / CDE / CDE
4.1 D
 e facto, estas expressões que rimam entre si contribuem para acentuar a mensagem da quadra: não seriam necessários outros fatores além do amor para provocarem a
perdição do sujeito poético: «amor ardente» / «amor somente».
4.2 Nas duas quadras, a rima é interpolada e emparelhada: –ABBA; nos dois tercetos, é rima cruzada: –CDE/CDE.

Teste interativo
«Erros meus, má fortuna, amor ardente»

ORALIDADE (TEXTO 11)


LPP

Teste de oralidade – compreensão oral: «A importância da moda»

Documento
Teste de oralidade – compreensão oral: «A importância da moda»

CD áudio | Faixa 10
Página 197
LEITURA
1. T
 rata-se de uma mãe ciosa da sua autoridade («chaves na mão», v. 1), muito preocupada («melena desgrenhada», v. 1), autoritária
e nervosa («batendo o pé no chão», v. 2, «a mãe ordena», v. 2.) Nesta primeira quadra, é de realçar a presença da forma verbal
«batendo», gerúndio que mostra a repetição da ação, traduzindo o nervosismo e o autoritarismo da senhora, a sua insatisfação;
por outro lado, o presente do indicativo «ordena» contribui também para acentuar o seu caráter autoritário. Esta mãe não
suporta também as impertinências da filha: o seu nervosismo traduz-se na sequência de frases de tipo interrogativo que lança à filha, no primeiro terceto; revela-se uma
verdadeira mãe responsável, substituindo o marido que anda «embarcado»; ao arremeter contra a filha, atirando-se «à cara e ao penteado», v. 12, mostra o caráter nervoso e
violento que traduz a sua autoridade.
2. A
 filha é uma jovem elegante («moça esbelta»), v. 5, que segue a moda («aperaltada»), v. 5, e que mostra não respeitar a mãe. Segue a moda, pois preocupa-se em usar um
penteado moderno; é impertinente com a mãe, pois responde-lhe de modo jocoso – vv. 7 e 8.
3. A
 visão satírica deforma, por exagero, a realidade. Neste caso, o penteado é satirizado pois é enorme, foi preciso destruir um colchão para o fazer crescer muito. Todo o
colchão se encontrava escondido no penteado, para seguir a moda dos penteados altos (cf. v. 14).
4. O comentário ocorre no v. 13, entre parênteses – «(caso nunca visto)»: este comentário do narrador acentua o caráter extraordinário do acontecimento.

GRAMÁTICA
1.
1.1 Pertence à classe dos advérbios: advérbio de designação.
1.2 Possui o valor semântico de apresentação ou designação. No texto apresenta o «caso nunca visto» de um colchão sair de dentro de um penteado.
2. a. modificador de nome apositivo; b. sujeito; c. sujeito

Página 198
LEITURA
1.
1.1
a. A primeira estrofe
b. Todas as outras
2.
2.1 São apresentadas oito características físicas.
2.2 As duas primeiras: «Magro, de olhos azuis (…)», v. 1.
2.3 P
 ara dizer que tem os pés grandes, usa o eufemismo, suavizando a realidade «Bem servido de pés (…)», v. 2; para referir o tamanho do nariz, que se adivinha grande, usa o
eufemismo «e não pequeno», suavizando desse modo a apresentação deste traço físico.
3.
3.1 O sujeito poético utiliza esta palavra, «deidades», de recorte clássico, mas no verso seguinte apresenta um sinónimo facilmente compreensível – «moças», raparigas.
3.2 e 3.3 Ele aprecia imenso as mulheres, é um «devoto» das mulheres e, hiperbolicamente, mostra como a sua relação com elas é intensa e inconstante: ama muitas mulheres
ao mesmo tempo («mil deidades», «moças mil»).
4. «Saíram dele mesmo estas verdades», v. 13

Página 199
LEITURA
1. Segunda estrofe: a referência à escuridão, à ausência de luz, à «última estrela» que se apaga, «se vela»; terceira estrofe: o perigo constituído pela «sereia»; quarta estrofe:
a possibilidade do naufrágio devido a complicações com as redes que se podem enredar na «sereia», originando a perdição de «remo e vela».
2.
 rata-se do mito das sereias que aparece na Odisseia, de Homero. Seres fantásticos, habitantes do mar, lançavam cantos de uma beleza extraordinária quando se
2.1 T
aproximavam barcos; os marinheiros, seduzidos, aproximavam-se e eram conduzidos à morte, pois os barcos naufragavam. Ulisses escapou a este perigo porque mandou
que os marinheiros tapassem os ouvidos com cera e que o amarrassem a ele a um mastro. Ele pode ouvir os cânticos das sereias, pediu que o soltassem, mas os marinheiros,
que nada ouviam e a quem ele tinha dito para em situação nenhuma o soltarem, não o fizeram. Assim escaparam todos à morte.
2.2 Neste poema a referência ao mito reforça a conceção do amor na qual a mulher – o amor – é apresentada como um perigo letal: o amor conduz à perdição, há que lhe fugir.

Página 200
LEITURA
3. N
 a segunda estrofe, o pescador é aconselhado a colher a vela, v. 7, isto é, a não partir; na terceira, a ter muito cuidado com o «lanço» que vai fazer, isto é, metaforicamente,
com a aproximação amorosa, com o argumento de que a «sereia» o espera; na quarta, é avisado da possibilidade de complicações com as redes e a «sereia» – metáfora do
envolvimento com a mulher; finalmente, na última, o pescador é alvo de um último aviso – ainda não está tudo perdido, ainda pode fugir…
4.
4.1 A palavra aparece como pronome pessoal isolado uma vez – v. 2; aparece como pronome pessoal contraído com a preposição em, no v. 13; com a preposição de nos vv. 18 e
19; como pronome pessoal átono no v. 15; e no final das palavras «bela», vv. 1, 3 e 17, «estrela», v. 5, «vela», v. 6, «vela», vv. 7 e 14, e «cautela», vv. 9 e 11.
4.2 Esta forte presença do som / palavra ela contribui para reforçar a ideia dos perigos a que o amor pode conduzir.

Teste interativo
«Barca bela»

ORALIDADE

Documento
Grelha de avaliação: «Falar para exprimir opiniões»
LPP

Grelha de avaliação: «Falar para exprimir opiniões»


Página 201
ESCRITA

Documento
Grelha de avaliação: «Escrever um texto argumentativo»
LPP

Grelha de avaliação: «Escrever um texto argumentativo»

Página 203
LEITURA
Nota
Na construção do questionário seguiram-se sugestões de leitura constantes em Poesias de Antero de Quental, Lisboa, Seara Nova – Comunicação, 1981, pp. 128 e 129. Apresen-
tação crítica, notas, sugestões para análise literária e apêndice documental de Maria Madalena Gonçalves.
1. O
 soneto apresenta uma narrativa de um sonho: o sujeito poético sonha ser um «cavaleiro andante», v. 1, que percorre espaços sucessivos em busca do «palácio encantado
da Ventura», v. 4; ele narra momentos de desânimo (vv. 6 e 7) nessa busca, momentos em que ganha de novo coragem e a narrativa avança – vv. 7 a 11; finalmente, atinge o seu
objetivo, embora não encontre o que buscava – último terceto. A narrativa apresenta pois uma personagem principal, o sujeito poético narrador, espaços que percorre, tempos,
v. 2, e ação.
2. a. vv. 7 a 11; b. vv. 13 e 14; c. vv. 1 a 4; d. vv. 5 e 6
2.1 c – d – a – b
2.2 «Mas», v. 5
2.3 « Mas», v. 13. Neste caso, a conjunção tem como função marcar o contraste entre a esperança do sujeito poético ao ver abrirem-se as «portas de ouro», v. 12, e tudo o que de
negativo elas escondiam, «silêncio e escuridão», v. 14. Trata-se de um contraste entre esperança e desesperança, entre ilusão e desilusão.
3. E
 sta metáfora contribui para marcar bem a forte esperança com que o sujeito poético iniciou a sua caminhada, a sua busca – procura da «Ventura», da felicidade: ora
a metáfora «portas de ouro», através da sua referência ao metal precioso, contribui para traduzir a ideia dessa busca: do mesmo modo que o ouro é belo, a felicidade também
é um dos mais belos sentimentos.
4. F elicidade: «palácio encantado», v. 4, «fulgurante/ Na sua pompa e aérea formosura», vv. 7 e 8, «portas de ouro», vv. 11 e 12; infelicidade: a «espada» «quebrada» e a «armadura»
«rota», v. 6, «silêncio e escuridão», v. 14.

Página 204
LEITURA
1. Trago o coração desfeito d’ amargura.

Página205
LEITURA
2. P
 assado: v. 1, «parti»; presente: vv. 2 a 5, «sei», «estás fitando», «canta»; passado: vv. 6 e 7, «dei», «achei»; presente: vv. 8 a 15, «Trago», «Vê», «Canta»; passado: vv. 16 a 18,
parcialmente, até «roubaram»: «Pôs», «roubaram»; presente: v. 18, parcialmente, a partir de «vê», até ao final do poema: «vê», «sou», «Canta», «deixa», «está», «está», «Canta»,
«Canta», «Canta», «durma», «tenha». O presente do indicativo, o presente do conjuntivo, o imperativo são formas verbais ligadas ao presente; o pretérito perfeito do indicativo
liga-se ao passado.
3. A utilização da interjeição inicial; as frases do tipo exclamativo acompanhadas de reticências; as frases do tipo interrogativo acompanhadas de reticências.
4. «ingénua», v. 8
4.1 v. 7: «Só achei enganos, deceção, pesar»: daí a desilusão.
5.
5.1 v. 13: o sujeito poético exprime o desejo de nunca ter saído de casa – «saíra» = tivesse saído.
5.2 O sujeito poético apresenta-se num estado de grande infelicidade: se não tivesse abandonado o lar, não se encontraria assim.
6.
6.1 Trata-se da metáfora – vv. 16 e 17.
6.2 A
 metáfora ocorre em «ninho», metáfora da casa e em «Pedrarias de astros, gemas de luar», v. 17. As duas metáforas deste verso, intimamente associadas, «pedrarias»
e «gemas» funcionam como metáforas de tudo o que o sujeito poético teve de bom no passado. Do mesmo modo que as pedras preciosas são belas, o seu passado também
o foi. A beleza deste passado é reforçada pela referência aos «astros» e ao «luar», através da presença comum do brilho. Por seu lado, a metáfora do «ninho» aponta para a
proteção de que gozou no passado, em casa.
7.
7.1 A
 dupla repetição não se pode entender no sentido denotativo, uma vez que o sujeito poético está vivo; deve ser entendida no sentido conotativo, pois exprime o falhanço
de um projeto de vida e exprime um estado psicológico negativo.

GRAMÁTICA
1.
a. Vocativo
b. Complemento oblíquo
c. Complemento indireto
d. Predicativo do sujeito
2. para eu me lembrar
2.1 Modificador de grupo verbal
2.2 Oração subordinada adverbial final
3. «Dei a volta ao mundo, dei a volta à Vida…», v. 6
Página 206
LEITURA
1. e 1.1 
Este soneto apresenta, tal como o poema de Guerra Junqueiro, referências ao passado e ao presente.
Passado: «na paz que lá havia», v. 2, vv. 3 e 4 na totalidade e vv. 11 e 12 na totalidade.
Presente: vv. 1 e primeira parte do v. 2 – «Cismo em meu Lar»; v. 5 na totalidade, e último terceto, com exceção de «Ah deixem-
-me chorar», desejo este relacionado com o presente. O passado é, tal como no poema anterior, o tempo da infância perdida – vejam-se as rimas «infância/ à distância», vv. 9
e 10, feliz.
O presente é um tempo de dor, de saudade, de desesperança – o mesmo sucede no poema de Guerra Junqueiro.
2.
a. A
 «paz» existente no lar do sujeito poético, a proteção de «Carlota» (primeira quadra); a presença da «irmã», v. 11, e a companhia da «velha Aia» e das suas histórias no último
terceto.
b. No verso 5 o sujeito poético confessa a ausência de qualquer «deleite» e no final do soneto exprime o desejo de «chorar».
3. A anáfora ocorre nos vv. 7 e 8.
3.1 N
 a repetição sucessiva, por quatro vezes, da preposição «sem», indicativa da ausência de uma série de fatores que acompanham o ser humano na morte, a despedida da
família («um beijo»), v. 7, as orações, (uma Ave-Maria»), o habitual no funeral («flor» e «enfeite»), v. 8. A anáfora contribui, deste modo, para realçar a situação do sujeito
poético – isolado, longe do passado, da felicidade e da família.
4.
4.1 «Águas cor de azeite», v. 1, são as águas do mar escuras e turvas. A cor funciona como símbolo da situação em que o sujeito poético se encontra. É a cor do luto, da morte,
a que ele se refere nos vv. 6 a 8.
5.
5.1 P
 ede à «velha Aia», v. 12, que lhe conte uma história da infância, que o transporte a esse tempo de felicidade e proteção e ao mesmo tempo exprime o desejo de chorar –
já que sabe que o reencontro com o passado é impossível.
5.2 Trata-se de uma relação de oposição entre o desejado e o possível.

Página 207
LEITURA
1. O
 poema apresenta três partes lógicas: a primeira, corresponde à primeira estrofe e funciona como uma introdução, na qual se anuncia o que vai ser narrado – «uma coisa
simplesmente bela», v. 2; na segunda parte, narra-se o que sucedeu, nas duas estrofes seguintes: o observador narra o que viu, o que se passou durante a merenda; a terceira
parte, a última estrofe, embora inserida na merenda, distingue-se dela pois o observador desvia o olhar da paisagem e dos alimentos para o concentrar noutra realidade –
«o ramalhete rubro de papoulas» que emerge dos «dois seios»…
2.
2.1 É através da conjunção adversativa «Mas», com a qual se inicia a última estrofe, que o narrador-observador faz um corte na narrativa, centrando agora a sua atenção num
pormenor que se afasta da paisagem (segunda estrofe) e da merenda (terceira). Com esta conjunção, ele chama a atenção para algo de diferente e mais importante do que
o que descrevera até aí.
3. O poema constitui-se como narrativa ao apresentar um narrador-observador, personagens (ele próprio e o «tu» a quem se dirige, v. 5), espaços (o «granzoal», v. 7,
os «penhascos», v. 9), tempo («De tarde», «inda o sol se via», v. 10) e ação – o passeio de burro, a merenda, etc.
4. Sensações cromáticas estão presentes desde logo na referência à «aguarela» do v. 4, na expressão «granzoal azul», v. 7, ou «ramalhete rubro», v. 8, implícitas nas sugestões
das cores das frutas referidas na terceira estrofe, e na última estrofe, na referência ao «ramalhete rubro», v. 16, também qualificado como «púrpuro», v. 13. Sensações
gustativas encontram-se na terceira estrofe, implícitas nas referências aos frutos, ao doce e ao vinho: «talhadas de melão», «damascos», «pão-de-ló» e «malvasia».
5. «granzoal azul de grão-de-bico», v. 7, «ramalhete rubro», vv. 8 e 16, «molhado em malvasia», v. 12.

Teste interativo
«De tarde»

Página 208

Teste interativo
Sequência 4
LPP

Teste-modelo GAVE

LEITURA
1. Trata-se de um soneto, forma poética fixa constituída por duas quadras e dois tercetos.
2.
2.1 A primeira estrofe refere-se na totalidade ao passado, como se verifica pelas formas verbais «Tombou», «Murchou», «Voou», «estendia», todas no pretérito.
2.2 A
 s duas primeiras formas verbais são «Tombou» e «Murchou», ambas no pretérito perfeito, ações terminadas. São expressivas na medida em que sugerem o fim irrevogável
do passado, da infância.
3.
3.1 A expressão «dessa alvorada» retoma a expressão «minha infância alada», v. 1.
3.2 A expressão «Essa visão de luar», v. 7, tem o mesmo antecedente.
4.
4.1 O
 sujeito poético confessa o engano em que vivia: pensou que a infância e a felicidade que lhe está associada durariam para sempre: «fosse eterna», v. 5, «nunca tinha fim»,
v. 6.
4.2 A terceira estrofe inicia-se com a conjunção coordenativa adversativa «Mas» porque nela ocorre um contraste entre o passado (a ilusão), segunda estrofe, e o presente,
traduzido pelo advérbio «hoje», v. 9, um presente de desilusão.
5. O
 sentido deste verso prende-se com o tempo da infância, da felicidade, o tempo de «outrora»; esse tempo era cheio de «Lua». Esta afirmação deve ser associada ao v. 7,
no qual se fala, relativamente a esse tempo, numa «visão de luar». O sujeito poético associa a «Lua», a luz do brilho do «luar», à sua felicidade passada.
Página 208 (cont.)
LEITURA
6.
6.1 Ocorre nela o pronome pessoal «Elas», por duas vezes – v. 14.
6.2 Ambos têm como antecedente «as pombas de oiro, aves da minha infância», v. 9.
6.3 O
 advérbio conectivo «porém», v. 14; serve para contrastar, pelo seu valor adversativo, o que sucede às «pombas de oiro»,
símbolo da infância feliz, que partiram mas não regressaram, com a sua situação atual, mergulhado em queixumes contínuos que não desaparecem – os «ais» que lança
não desaparecem, como desapareceu a infância feliz.

Página 209
LEITURA
7.
7.1 A
 metáfora ocorre em «flor da minha infância». Trata-se de uma metáfora expressiva, pois do mesmo modo que a flor é algo de belo, a infância do sujeito poético também
foi. Além disso, do mesmo modo que a flor desaparece sempre, murcha, o mesmo aconteceu para sempre a essa infância.

GRAMÁTICA
1.
a. Sujeito
b. Modificador de grupo verbal
c. Sujeito
d. Modificador de nome apositivo
e. Vocativo
2.
a. «Que dantes estendia as asas sobre mim», v. 4; modificador de nome restritivo
b. «que fosse eterna a luz dessa alvorada», v. 5; complemento direto
c. «Partiram e no céu evolam-se, a distância», v. 11; oração coordenada copulativa: «e no céu evolam-se, a distância»

Página 212
Nota
O professor poderá fazer uma breve referência ao episódio do Adamastor que se encontra no canto V de Os Lusíadas, bem como à sua simbologia.
O gigante simboliza a dimensão dos perigos e obstáculos que os portugueses terão de enfrentar para chegarem à Índia.
Este episódio será estudado no 9º ano de escolaridade.

Página 213
LEITURA
1.
1.1 Os seus destinatários principais são os leitores, porque é necessário que conheçam o contexto (o cenário) em que decorre a ação a representar.
1.2 O
 Adamastor é representado como um vulto gigantesco e ameaçador com uns braços enormes que se enrolam com as ondas que se abatem sobre os navios. A palavra
«simultaneamente» está sublinhada para indicar que o Adamastor deve ser representado ao mesmo tempo como um vulto indefinido e como um enorme rochedo.
2.
2.1 E
 sta informação tem como função dar indicações aos cenógrafos e aos figurinistas, em primeiro lugar, para desenharem o vestuário das personagens e figurantes e, em
segundo, para encenarem o seu comportamento no convés consoante as latitudes onde se encontrassem; além disso, era necessário colocar em cena objetos próprios do
tempo histórico, como o astrolábio, o sextante e outros para recriar o ambiente de uma nau.

GRAMÁTICA
1. <roch->
2.
a. Derivada por sufixação (à base verbal <encena-> associa-se o sufixo <-ção>)
b. Formada por composição morfossintática
c. Derivada por prefixação

Página 215
1.
1.1 A luz tem como função contrastar o dia, no exterior, com a «luz coada» do interior da nau, onde Mestre João escreve e medita. É uma luz do dia, do presente.
2. M
 estre João é um homem que, devido aos muitos anos de ausência e aos diferentes locais por onde andou («distintos paradeiros»), sente saudades da pátria. É um cronista
cujo coração se encontra marcado por «memórias» e «melancolias», em particular as de um naufrágio que já havia esquecido.
3. A
 s técnicas que permitem ao espectador sentir-se num ambiente realista são constituídas pelo cenário (de uma nau), pelos figurinos (vestuário desenhado de acordo com
o tempo histórico), pela luz (a luz coada do interior da nau) e pelo som (o marulhar das ondas e o grasnar das aves, que sugerem a proximidade de terra).

GRAMÁTICA
1.
a. Predicativo do sujeito
b. Complemento direto
c. Modificador de GV
d. Sujeito (composto)
Página 215 (cont.)
ORALIDADE
Nota
Antes de iniciar a reprodução do áudio, o professor deverá fazer uma pequena contextualização, explicando que os alunos vão
ouvir um texto sobre o aparecimento do Gigante Adamastor no momento em que os navegadores portugueses se aproximavam
do Cabo das Tormentas.
Se necessário, poderão ser feitas duas audições antes de se iniciar a atividade.
1.
1.1 O aparecimento do gigante Adamastor.
1.2 Depois da tempestade, aparece uma figura de grandíssima estatura, que a todos infunde um grande medo.
2. d, b, e, a, c
3. A
 figura: robusta e vigorosa; A estatura: enormíssima; O rosto: carregado; A barba: suja; Os olhos: encovados; A postura: ameaçadora; A cor: pálida; Os cabelos: ondulados;
A boca: negra; Os dentes: amarelos; O tom de voz: horrendo e grosso
4. d.
5. S
 ubitamente, uma nuvem escurece os ares ao mesmo tempo que uma figura de enormíssima estatura se mostra amedrontando os marinheiros, que se arrepiam com o seu
aspeto disforme e com o seu tom de voz. (37 palavras)

Áudio
Relato de Vasco da Gama ao rei de Melinde

CD áudio | Faixa 11

Página 217
LEITURA
1.
1.1 O aparecimento de um náufrago, entre as rochas.
1.2 O
 tipo de frase predominante nesta cena é o exclamativo. Adequa-se à ação apresentada nesta cena porque exprime as emoções e os sentimentos que resultam do
aparecimento inesperado de um náufrago nas rochas.
1.3 « Uuoupa!», ll. 23 e 26. A interjeição pretende ser, em ambas as ocorrências, uma forma de incitamento coletiva para executar uma determinada ação em conjunto, neste
caso, a de puxar e deslocar o corpo inerte do náufrago.

GRAMÁTICA
1.
a. Nome comum
b. Pronome relativo
c. Conjunção subordinativa comparativa
d. Advérbio com valor semântico de lugar
e. Advérbio interrogativo
f. Interjeição
g. Conjunção subordinativa condicional
2.
2.1
– «que pousou o barril»
– oração subordinada adjetiva relativa restritiva
– modificador de nome restritivo
3.
3.1 «-o»; Complemento direto.
3.2 Não o tomes tu pelos braços.
3.3 O pronome pessoal átono passou a colocar-se antes do verbo.

Página 220
LEITURA
1.
1.1 Mestre João
1.2 Mestre João achava que o náufrago poderia ser um sobrevivente das naus que se terão perdido no Cabo das Tormentas na viagem de regresso.
1.3 A incredulidade do Capitão reside no facto de achar improvável que o náufrago tenha sobrevivido vários meses depois de as naus se terem perdido, e de ter dado à costa
a cem léguas ou mais do local do naufrágio.
2. O
 náufrago foi alvo de diversos cuidados. Em primeiro lugar, Mestre João tentou reanimá-lo; em segundo lugar, procurou dar-lhe água e alimentos; finalmente, limpou-lhe
as feridas, primeiro na cabeça e, de seguida, no peito.
3.
3.1 D
 esta personagem poderá inferir-se que terá já atravessado o Cabo das Tormentas e que deverá, portanto, ter também visto o «Demónio Adamastor» – a «avantesma»
(o monstro) que ainda assombra o pobre náufrago. O facto de utilizar a palavra «também», l. 71 permite-nos deduzir que o Capitão conhece o Cabo das Tormentas e está a
par do que se conta sobre o «Demónio Adamastor».
4. Médico.
4.1 M
 estre João parece ser médico, não só porque transporta uma mala de médico para socorrer o náufrago como também procede ao diagnóstico: O náufrago sofre de
«febres» e está tão fraco que nem pode iniciar a terapêutica («(…) Está tão fraco que nem posso sangrá-lo!», l. 46).

Teste interativo
«Aquilo que os olhos veem, ou o Adamastor»
Página 220 (cont.)
GRAMÁTICA
1.
1.1 b.
2.
a. O
 Capitão perguntou como poderia o náufrago ter chegado ali, a cem léguas ou mais. Mestre João respondeu que Deus o saberia.
b. Mestre João pediu ao senhor Capitão que não recomeçasse, e perguntou-lhe se não via que o pobre delirava.

Página 221
ESCRITA
Nota
Esta atividade deverá ser desenvolvida em trabalho de pares.
É importante que se faça a planificação para este tipo de texto porque, às razões habituais, acresce a necessidade de, na introdução, indicar as diferentes partes ou secções em
que se divide. O relatório deve estruturar-se seguindo essa informação, que, aparecendo logo no início, contribuirá para a boa organização do texto.

Documento
Grelha de avaliação: «Escrever um relatório»
LPP

Grelha de avaliação: «Escrever um relatório»

Página 223
Nota
A divisão do texto de História breve da lua em cenas deve-se a opção metodológica dos autores, uma vez que esta divisão não aparece no original.
Cada cena corresponde à entrada de personagens novas em palco.

LEITURA
1.
1.1 Trata-se de uma história muito antiga, que vem de tempos recuados e que se conservou na memória dos nossos antepassados.
1.2 «Ainda eu era pequena, l. 13; «Era uma vez» l. 73.
1.3 a. e b. Comparação
1.4 E
 m ambas as alíneas se retrata a lua no passado em contraste com o presente: a primeira evidencia a forma e a cor da lua submetidas a um olhar de criança – um balão
prateado; a segunda coloca em evidência a sua cor prateada e polida, sem manchas, ao contrário do que sucede no presente.
2. A colocação de dois prefixos de negação acentua o valor de infelicidade associado à base <feliz>.
Nota
Esta palavra, «desinfeliz», pertence a um registo popular; trata-se portanto de um desvio à norma.
3. a. «minha mãe», l. 15; b. «a Lua», l. 27; c. «a tal história muito antiga», l. 39

GRAMÁTICA
1.
a. Locução prepositiva
b. Advérbio com valor semântico de modo
c. Adjetivo qualificativo
d. Advérbio com valor semântico de tempo
2.
a. Complemento direto
b. Sujeito
c. Sujeito
3.
a. Oração subordinada adverbial temporal
b. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva
c. Oração subordinada substantiva completiva
3.1
a. Modificador de GV
b. Modificador de nome restritivo
c. Complemento direto

Página 226
LEITURA
1.
1.1 Colocado antes do nome, «pobre» tem o sentido de infeliz.
1.2 N
 a sua autocaracterização, o Camponês evidencia a sua miséria (infelicidade) por nada ter de seu apesar de uma vida de trabalho, por ter fome, por ser maltratado e não
receber carinhos de ninguém. Ex.: «Anda um pobre como eu / a fossar a vida inteira / p’ra não ter nada de seu! », ll. 5-7; «e eu sem nada p’ra comer!», l. 11; «e só recebo maus
tratos / sem carinhos de ninguém, ll. 14-15.
1.3 Tipo de frase exclamativo. Justifica-se porque é o adequado à expressão de sentimentos ou emoções como as que o Camponês aqui manifesta: tristeza e dor.
2. Trata-se de uma figura / personagem exuberante, sacudida e apressada, permanentemente zangada, que exerce todo o seu mando sobre o pobre camponês.
2.1 O
 «rumor de trovoada» surge como uma ameaça permanente de «tempestade», isto é, de ira por parte do Senhor do Mundo, que descarrega sobre o pobre Camponês toda
a sua fúria.
Página 226 (cont.)
2.2 O
 Senhor do Mundo invoca o facto de o Camponês trabalhar ao domingo para o punir, enquanto que o Camponês argumenta
que o faz apenas para ganhar o seu pão.
2.3 A
 s expressões que provam a humilhação e a exemplaridade do castigo a aplicar ao «pobre camponês» são, respetivamente,
«O castigo (…) será para vergonha tua», ll. 78-79, e «Para sempre na memória teu exemplo ficará», ll. 98-99.
3. A
 repetição do advérbio «já» acentua o sentido de urgência do «Senhor do Mundo» ao mesmo tempo que coloca em evidência
um dos traços da sua personalidade: a prepotência.
4.
4.1 Trabalhar.
4.2 d.
5. O
 s traços de caráter mais salientes nesta personagem são o rancor, a prepotência e a inflexibilidade, porque não atende aos constantes rogos e pedidos de clemência com
que o Camponês se humilha para evitar o castigo.

Página 227
GRAMÁTICA
1.
a. Nome comum
b. Adjetivo qualificativo
c. Advérbio com valor semântico de tempo
d. Preposição
e. Contração da preposição de com o advérbio com valor semântico de lugar ali (de+ali)
2.
a. Modificador de nome apositivo
b. Modificador de grupo verbal
c. Modificador de nome apositivo
d. Modificador de nome restritivo
e. Modificador de frase
f. Modificador de grupo verbal

Página 229
ORALIDADE

Documento
Teste de oralidade – compreensão oral: «A influência da lua»
LPP

Teste de oralidade – compreensão oral: «A influência da lua»

CD áudio | Faixa 12

Página 232
LEITURA
1.
1.1 E
 m primeiro lugar, acredita que na Lua se encontra um homem – «Então não vês que é um homem», l. 6; em segundo lugar, pronuncia incorretamente a palavra «astrónomo»:
«Que é isso de ser astrónimo?», l. 36, em terceiro lugar, desconhece a função dos instrumentos que o astrónomo trouxe consigo – «Essa coisa p’ra que é?», l. 67 e « E este
grande canudo?», l. 70.
2.
2.1 O
 astrónomo serviu-se, em primeiro lugar, da observação e, em segundo, da experimentação. No primeiro caso, mostrou que não havia nenhum homem na Lua, ao utilizar
o telescópio; no segundo, explicou a razão por que Jerónimo e Agapito viam essas sombras, através de uma pequena experiência.
3. Perífrase. Diz-se em várias palavras o que pode ser dito em poucas ou apenas numa: Vós sois homens de muita sorte.
3.1 A perífrase coloca em evidência a extraordinária sorte de Agapito e Jerónimo, uma vez que em nenhum ponto do universo (a norte, a sul, a leste e a oeste) ela existe.
4.
4.1 A
 gapito reage com admiração: «Bem gostava eu de saber / as coisas que o senhor sabe!», ll. 170-171; e Jerónimo com ceticismo ou desconfiança: «’Stará tudo muito certo /
mas eu não vou às primeiras», ll. 175-176.
4.2 A gapito é menos ignorante que Jerónimo, mas mostra-se recetivo ao conhecimento, aqui representado pelo saber do astrónomo. Já Jerónimo, não percebendo a explicação
do cientista, reage com a desconfiança própria dos ignorantes, fingindo que não se deixa convencer facilmente.
5.
5.1 O recurso utilizado é a ironia.
5.2 A utilização da ironia é uma forma de Agapito acentuar a pouca esperteza de Jerónimo que, mesmo após a explicação do astrónomo, não se deixa convencer.
6.
6.1 C
 omo lhe parecia impossível que dois homens pudessem ter estado na Lua, Jerónimo argumenta que isso só poderia ter acontecido se os lá tivessem posto com dois coices
de jumento.
6.2 C om o riso, Jerónimo pretende ridicularizar as afirmações do Astrónomo sobre a ida de dois homens à Lua, classificando o facto como «grande fita», l. 188, e «tolice», l. 192.
Fá-lo porque não acredita que semelhante coisa possa ter acontecido.
Página 232 (cont.)

Teste interativo
«História breve da lua»
PowerPoint
Texto dramático

Página 233
GRAMÁTICA
1.
1.1 <sincer-> e <mont->
1.2 Tamanho, dimensão
2.
a. Frutos
b. Embarcações
c. Estrelas
d. Planetas
3.
3.1
a. Deixou os animais entregues à sua sorte (destino / abandono).
b. Depois de muitos anos, lá conseguiu tirar o canudo (diploma) na universidade.
c. Os agentes da autoridade são hoje muito mais polidos (educados) do que antigamente.

ORALIDADE (EXPRESSÃO)
Para a avaliação, deverá pedir aos alunos que leiam a grelha respetiva, ou, então, projete-a antes de iniciar a atividade. Poderão assim, mais uma vez, recordar os aspetos em
que a avaliação irá incidir.
Os alunos poderão proceder a uma segunda avaliação, se a primeira não tiver sido globalmente positiva. A grelha dupla permite confrontar os aspetos em que houve melhoria
mostrando, ao mesmo tempo, a progressão na aprendizagem.

Página 234

Teste interativo
Sequência 5
LPP

Teste-modelo GAVE

Página 235
LEITURA
1.
 bordo vive-se um ambiente de grande agitação devido ao ruído da tempestade que se abate sobre o navio. Para além disso, ouve-se a voz do Contramestre incitando os seus
1.1 A
marinheiros e ordenando a outras personagens que se recolham à cabine para não perturbarem a movimentação da tripulação.
1.2 O tipo de frase predominante no texto, o imperativo, é o mais adequado à ação central do texto, uma vez que traduz as constantes ordens do Contramestre quer aos
marinheiros quer às personagens que perturbam a sua ação de combate à tempestade.
2.
2.1 O recurso expressivo é a personificação. A personificação da tempestade coloca em evidência a coragem do Contramestre ao enfrentá-la sem medo.
3.
a. O Contramestre vê os marinheiros de um modo apreciativo, tratando-os como «valentes» e incitando-os no combate à tempestade.
b. Olha para Alonso, António e Gonzalo como gente inútil que apenas perturba a ação dos marinheiros.
4. O Contramestre afirma que, se Gonzalo, com a sua autoridade, não é capaz de ordenar à tempestade que se acalme, então que saia dali e que vá para a sua cabina.
5. O plural «nos» refere-se ao Contramestre e aos seus «valentes» marinheiros. O Contramestre é, portanto, o porta-voz de um coletivo.

GRAMÁTICA
1.
a. Formada por composição morfossintática (composição por palavras).
b. Derivada por sufixação.
1.1 O sufixo <-eiro> possui valor semântico de profissão.
2.
a. Modificador de nome restritivo
b. Sujeito
c. Predicativo do sujeito
3.
3.1 Oração subordinada adverbial temporal
3.2 Oração coordenada copulativa
Página 235 (cont.)
GRAMÁTICA
4.
4.1
a. Este homem tinha-me dado bastante confiança.
b. Este homem dar-me-ia bastante confiança.
c. Este homem ter-me-ia dado bastante confiança.
4.2 Talvez este homem me dê bastante confiança.
5.
5.1 G
 onzalo pediu ao Contramestre que não perdesse a paciência.
O Contramestre respondeu que não a perdia quando o mar também a não perdia.

Página 245
Advérbio de frase e advérbio de predicado
Advérbio de frase e advérbio de predicado são designações que não constam das Metas Curriculares de Português.

Página 261
Construir a coesão
Estas categorias não são exclusivas, nomeadamente há marcadores discursivos que podem assumir os valores de diferentes categorias (ex.: um organizador temporal pode
funcionar como estruturador da informação).
Este quadro é uma adaptação do trabalho de Martín e Portolés: María Antonia Martín Zorraquino y José Portolés Lázaro, “Los marcadores del discuso”, in Ignacio Bosque y
Violeta Demonte (ed.) 1999, Gramática descriptiva de la lengua española (vol. III), Madrid: Espasa-Calpe, pp. 4051-4213.

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