Você está na página 1de 27

Avaliação Global

Disciplina: Língua Portuguesa Professora: Maria Helena


Aluno(a)________________________________________________________
Turma: Data: / /
Turno: Valor: 10 pts
______ 2022

LEIA O TEXTO QUE SEGUE E RESPONDA AS ATIVIDADES COM MUITA ATENÇÃO E CAPRICHO:

O Conto da Mentira

Rogério Augusto
Todo dia Felipe inventava uma mentira. “Mãe, a vovó tá no telefone!”. A mãe largava a louça na pia e
corria até a sala. Encontrava o telefone mudo.
O garoto havia inventado morte do cachorro, nota dez em matemática, gol de cabeça em campeonato de
rua. A mãe tentava assustá-lo: “Seu nariz vai ficar igual ao do Pinóquio!”. Felipe ria na cara dela: “Quem tá
mentindo é você! Não existe gente de madeira!”.
O pai de Felipe também conversa com ele: “Um dia você contará uma verdade e ninguém acreditará!”
Felipe ficava pensativo. Mas, no dia seguinte.
Então, aconteceu o que seu pai alertara. Felipe assistia a um programa na TV. A apresentadora ligou
para o número do telefone da casa dele. Felipe tinha sido sorteado. O prêmio era uma bicicleta: “É verdade,
mãe! A moça quer falar com você no telefone pra combinar a entrega da bicicleta.” “É verdade!”.
A mãe de Felipe fingiu não ouvir. Continuou preparando o jantarem silêncio. Resultado: Felipe deixou
de ganhar o prêmio. Então ele começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia deixou de contá-las. Bem,
Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a criar histórias. Agora sem culpa e sem medo. No momento está
escrevendo um conto. É a história de um menino que deixa de ganhar uma bicicleta porque mentia...
AUGUSTO, Rogério. FOLHA DE SÃO PAULO. São Paulo. Miniconto. Folhinha 14 jun. 2003. F8 C1 -1.

01 - Identifique a ordem dos acontecimentos no conto:


( ) Felipe utiliza a criação de histórias como uma ferramenta profissional. ( )
O pai do garoto o alerta quanto às consequências do ato de mentir.
( ) Felipe deixa de ganhar a bicicleta do programa de televisão. (
) Felipe conta inúmeras mentiras em casa.

A sequência correta é:
a) 1, 2, 3, 4.
b) 4, 2, 3, 1.
c) 4, 3, 1, 2.
d) 2, 1, 4, 3.
02 - No trecho “A mãe tentava assustá-lo.”, o termo destacado substitui:
(A) pai de Felipe.
(B) Pinóquio.
(C) cachorro.
(D) Felipe.

03 - No desfecho do conto, ficamos sabendo que Felipe:


(A) continua contando mentira para seus pais.
(B) decide ler todos os livros sobre o Pinóquio.
(C) torna-se um escritor e volta a criar histórias.
(D) escreve um livro de normas para o campeonato de rua.

04 - O assunto central do conto são:


(A) as mentiras.
(B) as verdades.
(C) as invenções.
(D) as conversas.

05 - Em: “Quem tá mentindo é você!” a palavra que está sublinhada no trecho é um tipo de:
(Valor; 0,5)
(A) linguagem formal também chamada de “culta” está pautada no uso correto das normas gramaticais bem
como na pronúncia correta das palavras. É também a variedade linguística de maior prestígio social, pois segue
rigorosamente às normas gramaticais.
(B) linguagem informal ou coloquial representa a linguagem cotidiana, ou seja, trata-se de uma linguagem
espontânea, regionalista e despreocupada com as normas gramaticais. Na linguagem informal pode-se utilizar
gírias e palavras que na linguagem formal não estão registradas ou têm outros significados.

06 - De acordo com o texto que você leu o narrador é:


(A) Narrador observador, apresenta um texto narrado em 3ª pessoa (ele, eles). É determinado por um
narrador que conhece a história e por isso, recebe o nome de “observador”.
(B) Narrador onisciente, devemos atentar ao conceito da palavra onisciente, a qual significa “aquele que sabe
de tudo”. Dito isso, como foco narrativo, o narrador onisciente é aquele que conhece toda a história.
(C) Narrador personagem que é um dos personagens da história (protagonista ou coadjuvante). Nesse caso, a
história é narrada em 1ª pessoa do singular ou do plural (eu, nós).
(D) Narrador em 4ª pessoa, que é o autor do texto.

07 - Observe os ELEMENTOS DA NARRATIVA:


Considerando os elementos da narrativa, leia cada uma das citações a seguir e coloque, dentro
dos parênteses que as precedem, a letra:
V – SE A AFIRMATIVA FOR VERDADEIRA;
F – SE A AFIRMATIVA FOR FALSA.
( ) O espaço da narrativa é o local onde ela se desenvolve. Ele pode ser físico ou mesmo psicológico.
( ) A personagem é a pessoa que participa da história. Normalmente é uma pessoa, mas pode ser um animal,
um ser fictício ou um objeto.
( ) O tempo se refere à duração das ações da narrativa e desenrolar dos fatos na história. Ele pode ser
cronológico ou pode ser psicológico.
( ) Enredo, também chamado de intriga, trama ou argumento, é o elemento que dá sequência a uma história.
Isso porque é em torno dele que se desenvolvem todos os acontecimentos de uma narrativa.
a) F – F – V – V
b) F – V – F – V
c) V – F – V – F
d) V – V – V – V

08 - Em relação a sua aprendizagem sobre as características do conto, podemos afirmar,


exceto a alternativa:
(A) O gênero narrativo apresenta um enredo, no qual existe uma situação inicial, a modificação da situação
inicial, um conflito, o clímax e o desfecho. Os elementos que compõem o gênero narrativo são narrador, tempo,
lugar, enredo e as personagens.
(B) Nos Contos, costuma haver um único conflito visto que a narrativa é curta. O conflito, como o
próprio nome aponta, é a situação-problema vivenciada pelas personagens, faz com que outras ações
sejam tomadas.
(C) O gênero narrativo é feito em formas de versos, rimando fatos grandiosos e heroicos sobre um povo. O
narrador fala do futuro, o que justifica os verbos sempre empregados no tempo futuro.
(D) O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional. Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de
fantasia ou imaginação, é um gênero literário.
09 - O conto, como outros gêneros de texto que possuem estrutura narrativa, apresenta
personagens que praticam determinadas ações e as desenvolvem rumo a um desfecho e
recorre a enredos bem articulados. Assim estudamos o esquema da narrativa, vamos
relacionar agora, a 1ª coluna com a 2ª , conforme o que aprendeu.

(A) Desfecho ( ) Solução de um ou mais conflitos apresentados na


(B) Clímax narrativa.
(C) Complicação ou conflito gerador ( ) Momento de maior tensão, estágio em que o conflito
(D) Situação inicial entre os personagens centrais chega a um ponto em que não é
mais possível adiar o desfecho.
a) B – D– C– A ( ) O narrador explica algumas circunstâncias da
b) A – C– B– D história. Apresenta a época, o local e os personagens que
c) A – B– D– C participam da narrativa.
d) D – A– C– B ( ) Fase em que se inicia o conflito entre
personagens.

10 - As expressões em destaque nas frases abaixo indicam tempo ou espaço? (Valor: 0, 5)


1- ORGANIZADORES TEMPORAIS

2- ORGANIZADORES ESPACIAIS

( ) O pobre coitado ficou amargurado da vida e voltou para a beira do rio, pensando no que fazer.
( ) Às vezes, passava longas horas lendo contos de fadas, sentada à beira de um riacho que corria ali.
( ) Em frente à minha casa tem outra casa, pequena, de madeira, azul com janelas brancas. Está no fim de um
terreno enorme com muitas árvores. Para mim aquilo é o que chamam de floresta. Tom diz que é um quintal.
Ali mora Dona Cotinha[...]
( ) Um dia, porém, tendo esquecido de levar seu livro de leitura, a jovem pôs-se a jogar pedrinhas e folhas
secas nas águas do rio.
nas águas do riacho.
( ) No dia seguinte, estando à mesa com o pai para almoçar, a jovem começou a ouvir pequenas pancadas na
porta e uma voz que pedia:
(A) 2 – 1 – 2 – 1 – 1
(B) 2 – 1 – 2 – 2 – 2
(C) 1 – 2 – 1 – 2 – 2
(D) 2 – 2 – 2 – 1 – 2

11 - Em relação a sua aprendizagem sobre as características do conto, podemos afirmar,


exceto a alternativa: (Valor: 0,5)
(C) O gênero narrativo apresenta um enredo, no qual existe uma situação inicial, a modificação da situação
inicial, um conflito, o clímax e o desfecho. Os elementos que compõem o gênero narrativo são narrador, tempo,
lugar, enredo e as personagens.
(D) Nos Contos, costuma haver um único conflito visto que a narrativa é curta. O conflito, como o
próprio nome aponta, é a situação-problema vivenciada pelas personagens, faz com que outras ações
sejam tomadas.
(C) O gênero narrativo é feito em formas de versos, rimando fatos grandiosos e heroicos sobre um povo. O
narrador fala do futuro, o que justifica os verbos sempre empregados no tempo futuro.
(D) O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional. Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de
fantasia ou imaginação, é um gênero literário.
Leia o texto e responda às questões 12:

12 - O uso das reticências, presente nos dois balões do quadrinho, revela: (Valor: 0,5)
a) uma pausa para o leitor respirar.
b) uma interrupção do discurso.
c) uma pausa obrigatória.
d) um erro de pontuação.

Você aprendeu as características de um conto. Escreva agora, um conto com narrador observador. Para isso
lembre-se de usar os elementos da narrativa e a estrutura do conto.

Avaliaçã
o Global

Disciplina: Língua Portuguesa Professora: Maria Helena


Aluno(a)________________________________________________________
Turma: Data: / /
Turno: Valor: 10 pts
______ 2022

LEIA O TEXTO QUE SEGUE E RESPONDA AS ATIVIDADES COM MUITA ATENÇÃO E


CAPRICHO:

Leia o fragmento de uma crônica para responder à questão:

BOCA DE LUAR (Fragmento)


Você tem boca de luar, disse o rapaz para a namorada, e a namorada riu, perguntou ao rapaz que espécie de
boca é essa, o rapaz respondeu que é uma boca toda enluarada, de dentes muito alvos e leitosos, entende? Ela
não entendeu bem e tornou a perguntar, desta vez que lua correspondia à sua boca, se era crescente, minguante,
cheia ou nova. Ao que o rapaz disse que minguante não podia ser, nem crescente, nem nova só podia ser lua
cheia, uai. Aí a moça disse que mineiro tem cada uma, onde é que se viu boca de lua cheia, até parece boca
cheia de lua, uma bobice. O rapaz não gostou de ser chamada de bobice a sua invenção, exclamou meio
espinhado que boca de luar, mesmo sendo de luar de lua cheia, é completamente diferente – insistiu: com-ple-
ta-men-te – de boca cheia de lua; é uma imagem poética[...]
Carlos Drummond de Andrade

1 - O trecho da crônica representa a conversa entre um casal de namorados. O objetivo do


rapaz, ao dizer que a moça tem boca de luar, foi
a) fazer uma piada.
b) fazer uma crítica.
c) fazer um elogio.
d) fazer uma brincadeira.
Leia e resolva as questões:

A NUVEM
— Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever uma semana inteira sem
reclamar, sem protestar, sem espinafrar! E meu amigo falou da água, telefone, Light em geral, carne, batata,
transporte, custo de vida, buracos na rua, etc. etc. etc. Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas,
grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu for ficar
rezingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler? Acho que o leitor gosta de ver suas
queixas no jornal, mas em termos.
Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é verdade que as
amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio
eu confessar que há uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um
senhor maduro duram pouco. São caprichos de certa fase. Mas que importa? Esse carinho me faz bem; eu o
recebo terna e gravemente; sem melancolia, porque sem ilusão. Ele se irá como veio, leve nuvem solta na brisa,
que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas de meu crepúsculo.
E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o
chão — e seus tradicionais buracos.
Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana

2 - Com relação ao gênero do texto, é correto afirmar que a crônica


a) parte do assunto cotidiano e acaba por criar reflexões mais amplas.
b) tem como função informar ao leitor sobre os problemas cotidianos.
c) apresenta uma linguagem distante da coloquial, afastando o público leitor.
d) tem um modelo fixo, com um diálogo inicial seguido de argumentação objetiva.

Leia o texto e depois resolva a questão:

A OUTRA NOITE
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando
vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das
nuvens, estava um luar lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima,
enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima? Confirmei:
sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
- Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais
lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
- Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros,
tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
Rubem Braga

a)- Na crônica, a frase que apresenta sentido conotativo é


b)[...] resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva [...]
c) [...] encontrei um amigo e trouxe de Copacabana [...]
d) [...] colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal [...]
e) [...] Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar[...]
Leia a crônica abaixo para responder à questão:

O HOMEM NU (Fragmento)
Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí
o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe
dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações.
Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém.
Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara
lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para
apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de
arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era
muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se
com estrondo, impulsionada pelo vento.
Fernando Sabino

3 - Qual é o enredo ou conflito da narrativa?


a) Quando o homem pede a mulher para ficar quieta dentro de casa, quando o cobrador da televisão chegasse,
pensasse que não havia ninguém, o deixasse bater na porta até cansar, no outro dia ele pagaria.
b) O homem não trouxe o dinheiro da idade para pagar a prestação da televisão e falou para filha: hoje é dia de
pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa.
c) A mulher pediu que ele explicasse tudo ao homem. Ele despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar
um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro.
d) O homem foi fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão.
Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois
passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito.

4 - O texto de Fernando Sabino é uma crônica que


a) narra, em versos, um fato comum do cotidiano.
b) narra mudanças de hábito na vida das personagens.
c) narra um fato comum do cotidiano sem humor.
d) narra um fato do cotidiano de forma humorística.

5 - As características da crônica estão escritas abaixo, apenas uma alternativa é incorreta.


Qual?
a) ( ) A crônica é um gênero textual curto escrito em poesia, geralmente produzido para meios de comunicação,
por exemplo, jornais, revistas, etc.
b) ( ) Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos
corriqueiros do cotidiano.
c) ( ) Do latim, a palavra “crônica” (chronica) refere-se a um registro de eventos marcados pelo tempo
(cronológico); e do grego (khronos) significa “tempo”.
d) ( ) narrativa curta; uso de uma linguagem simples e coloquial; presença de poucos personagens, se houver;
espaço reduzido; temas relacionados a acontecimentos cotidianos.
e) ( ) O humor e a ironia são características muito comuns em uma crônica. O humor geralmente está nas
sutilezas, naquelas situações com as quais muitas vezes nos deparamos cotidianamente e nem prestamos
atenção.
f) ( ) A linguagem da crônica é despretensiosa e leve, ela não busca convencer o leitor de algum ponto de vista,
mas entretê-lo. Também é comum que as crônicas provoquem uma reflexão, mas de forma sutil.
Leia a TIRINHA e responda as questões:

a)- A quem se refere o sujeito do verbo “ACABEI”?


b)( ) Ao mordomo.
c) ( ) Ao Mickey.
d) ( ) Ao livro.
e) ( ) Ao Pateta.

6 - No trecho: “PEGUE EMPRESTADO!”, o tipo de sujeito da oração é:


a) ( ) simples.
b) ( ) composto.
c) ( ) indeterminado.
d) ( ) desinencial.

7 - Na fala de Mickey, no segundo quadrinho, a oração é composta por dois


elementos essenciais: o SUJEITO e o PREDICADO. Identifique-os.
a) ( ) SUJEITO: "O mordomo não é o culpado” PREDICADO: não é o culpado
b) ( ) ORAÇÃO SEM SUJEITO: "É isso aí... “
c) ( ) SUJEITO: " não é o culpado" PREDICADO: “o mordomo”.
d) ( ) SUJEITO: "O mordomo" PREDICADO: “não é o culpado”.

10 - Reconheça o predicado como:


(A) Verbal (B) Nominal (C) Verbo-nominal
( ) Nós consideramos o rapaz muito ajuizado. ( )
A cantineira parecia inquieta hoje.
( ) A casca da árvore estalou com o calor. (
) O povo participou da festa dominical.
( ) Meu irmão sorriu satisfeito com o resultado.
A alternativa certa é:
a) ( ) C/ B/ A/ A/ C/
b) ( ) C/ C/ A/ A/ C/
c) ( ) A/ B/ C/ A/ A/
d) ( ) A/ B/ A/ C/ A/

11 - (FUVEST) – Assinale a alternativa em que há oração sem sujeito.


a) Existe um povo que a bandeira empresta.
b) Embora com atraso, haviam chegado.
c) Existem flores que devoram insetos.
d) Há de haver recurso desta sentença.

12 - (UFPR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem
oxítonos: (Valor: 0,4)
a) paletó, avô, pajé, café, jiló
b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis
c) você, capilé, Paraná, lápis, régua
d) amém, amável, filó, porém, além
e) caí, aí, ímã, ipê, abricó
13 - (UNIMAR-SP) – Nas orações a seguir:
I. As chuvas abundantes, pródigas, violentas, fortes anunciavam o verão.
II. Eu e você vamos juntos.
III. Vendeu-se a pá.
O SUJEITO É, RESPECTIVAMENTE:
a) composto, simples, indeterminado
b) simples, composto, “a pá”
c) simples, simples, oculto
d) composto, composto, indeterminado

14 - (Unifenas) A mesma regra de acentuação que vale para rápida, vale também para:
a) mutável, estaríamos, vírgula, admissíveis
b) vírgula, simbólica, símbolo, hieróglifos
c) ortográficos, colégios, egípcios, língua
d) básicos, difícil, colégios, língua
e) português, inglês, símbolos, língua

15 - (IFSC/2013) – Assinale a alternativa CORRETA quanto à acentuação gráfica.


a) Aquí dá muito cajú de maio a setembro.
b) No rítmo em que andavamos, levaríamos toda a manhã para percorrer duas léguas.
c) Para mantê-los saudáveis é melhor alimentá-los com legumes crus.
d) Joel tinha os biceps mal definidos e o tórax exagerado para alguem tão baixo.
e) O juíz condenou-o a devolver com juros aos cófres publicos todo o dinheiro desviado.

Você aprendeu as características de uma crônica. Escreva agora, uma crônica com narrador
observador. Para isso use a estrutura da crônica: apresentação, desenvolvimento e conclusão.

_
Avaliação Global

Disciplina: Língua Portuguesa Professora: Maria Helena


Aluno(a)________________________________________________________
Turma: Data: / /
Turno: Valor: 10 pts
______ 2022

LEIA O TEXTO QUE SEGUE E RESPONDA AS ATIVIDADES COM MUITA ATENÇÃO E CAPRICHO:
O Grande Assalto

Avenida Santo Amaro. Às 13 h.


Um homem malvestido para em frente a uma concessionária de automóveis fechada e nota as bolas
promocionais amarradas à porta.

Um policial desce da viatura, olha para todos os lados e observa um suspeito parado em frente a uma
concessionária.
O suspeito está malvestido e descalço.
Uma senhora sentada no banco do ônibus que para na avenida para pegar passageiros comenta com a moça sentada ao
seu lado que tem um mendigo todo sujo parado em frente a uma loja de automóveis.
Um senhor passa por um homem todo sujo, segura a carteira e começa a andar apressado. Logo que nota a viatura
estacionada mais à frente, se sente seguro, amenizando os passos.
Um jovem tenta desviar de trás do ônibus parado, os policias que ele vê logo à frente lhe trazem desconforto, pois seu
carro está repleto de drogas que serão comercializadas na faculdade onde estuda.
O homem malvestido resolve agir, dá três passos à frente, levanta as mãos e agarra duas bolas promocionais; faz a
conta rapidamente e se sente realizado, quando pensa que ao vender as bolas comprará algo para beber. Uma moça
alertada pela senhora ao seu lado no ônibus, chama a atenção de vários passageiros para o homem que, segundo ela, é um
mendigo, e diz alto que ele acabou de roubar algo na concessionária.
Um jovem com o carro cheio de drogas para vender na sua faculdade nota o homem correndo com duas bolas e dá
ré no carro ao ver os policiais vindo em sua direção.
Um policial alcança o homem malvestido e bate com o cabo do revólver em sua cabeça várias vezes; o homem tido
como mendigo pelos passageiros de um ônibus em frente cai e as bolas rolam pelo asfalto.
Um motorista que dirige na mesma linha há oito anos tenta ficar com o ônibus parado para ver os policiais darem
chutes e socos em um homem malvestido que está caído na calçada, mas o trânsito está livre e ele avança passando por
cima e estourando duas bolas promocionais.
FERRÉZ, Ninguém é inocente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.
1 - Leia o conto e marque a alternativa incorreta: )
(A) Situação Inicial: Um homem para em frente a uma concessionária de automóveis...
(B) Conflito: O homem malvestido resolve agir, dá três passos à frente levanta as mãos e agarra duas bolas
promocionais.
(C) Situação final: Os policiais derem chutes e socos no homem malvestido que está caído a calçada.
(D) Na realidade o enredo nos mostra um homem que está parado em frente a uma concessionária imaginando
que se vendesse as bolas promocionais que estavam abandonadas na calçada, ele conseguiria se alimentar. O
que de fato acontece é que esse homem humilde é julgado e violentado, mesmo não tendo cometido crime
nenhum. Em contrapartida, o jovem que estava portando drogas ilícitas no carro, não sofre nenhuma
consequência
(E) O foco narrativo está em 1ª pessoa.

2 - Sobre a fotografia assinale a alternativa incorreta.


(A) A fotografia pertence ao gênero textual narrativo, pois transmite ideias. contudo temos que notar que há
peculiaridades entre um gênero narrativo escrito e a fotografia, uma vez que esta não tem o registro escrito, mas
tem o registro visual.
(B) Por sua capacidade de síntese a fotografia condensa significados e favorece às pessoas a interpretarem de
modo mais detalhado a cena tratada. E por ser um registro de um momento de dada realidade, permite um olhar
mais atento aos pormenores e mais aprofundado para o tema que está sendo representado. A fotografia congela
um momento.
(C) Quando um texto possui imagens e não possui palavras, dizemos que ele é um texto verbal ou visual.
Quando possui apenas palavras, é chamado texto não verbal. A fotografia é um texto visual. Sendo uma
representação da realidade, ultrapassa a própria imagem fotografada.
(D) A depender da forma como é usada, uma fotografia pode levar o leitor a modificar uma opinião ou pode
levá-lo a criar uma perspectiva.
(E) Usar imagens de pessoas em situações degradantes pode ser considerado um tipo de exploração. Vemos nas
redes sociais e outros veículos midiáticos não comprometidos com a verdade, a exploração tanto de crianças e
pessoas fragilizadas em situações vexatórias com objetivo de comover o público e gerar audiência. Essa atitude
é cruel e muitas vezes pode até ser considerada criminosa.

3 - Observe a fotografia a seguir, parte de uma fotorreportagem - " Seca em Sergipe." Ao usar
o plano médio, pretendeu-se destacar qual característica da imagem em relação ao assunto
apresentado no título da fotorreportagem? Todas as alternativas estão corretas exceto: )

(A) Houve a intenção, nesta fotorreportagem, de se enfatizar a seca nordestina por meio do chão de terra seca
em primeiro plano, local que possivelmente seria de um rio onde os animais bebiam água e se refrescavam.
(B) Fotorreportagem é um gênero do fotojornalismo que tem o objetivo de registrar o decorrer de um
acontecimento irreal e das pessoas envolvidas nesse fato. Normalmente as imagens de uma fotorreportagem são
acompanhadas de pouco texto, seja ele introdutório para cada imagem, ou legendas que acompanham cada
clique.
(C) A imagem apresenta em primeiro plano, um chão de terra seca, em consequência da falta de chuva na
região e também seria um rio onde os animais bebiam água.
(D) A imagem mostra terra seca, falta de chuva e o rio secando, onde os animais bebem água.
4 - Observe o fragmento do texto destacado e leia com muita atenção:
"𝗘𝗹𝗲 𝘁𝗲𝗺 𝗮 𝗿𝗲𝗱𝗮cã𝗼, 𝗺𝗮𝘀 𝗻ã𝗼 𝗼 𝗰𝗮𝗿𝘁𝗮𝘇. 𝗢 𝘀𝗲𝘂 𝗴𝗿𝘂𝗽𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗯𝗶𝗻𝗼𝘂 𝘂𝗺 𝗲𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗼 𝗻𝗼 𝗽á𝘁𝗶𝗼 𝗱𝗮 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮. 𝗘𝗹𝗲 𝗳𝗼𝗶, 𝗺𝗮𝘀
o 𝗴𝗿𝘂𝗽𝗼 𝗻ã𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗮𝘃𝗮."
Agora modifique o foco narrativo. Ou seja, de 3ª pessoa (narrador-observador) para 1ª pessoa (narrador-
personagem). Marque a alternativa correta.

(A) Eu tenho a redação, mas não o cartaz. O meu grupo combinou um encontro no pátio da escola. Eu fui, mas o
grupo não estava.
(B) Ela tem a redação, mas não o cartaz. O seu grupo combinou um encontro no pátio da escola. Ela foi, mas o
grupo não estava.

Interpretação de cartazes:

5 - A campanha divulgada no cartaz tem por finalidade


a) criticar as pessoas que não utilizam bicicletas como meio de transporte.
b) divulgar um novo meio de transporte e uma cidade de sonho.
c) incentivar as pessoas a utilizarem outro tipo de transporte que não o carro.
d) informar sobre a existência de uma cidade de sonhos.
e) orientar as pessoas para o uso correto de uma bicicleta.

6 - Analise as afirmações a seguir:


I. No cartaz, a expressão “cidade de sonho” é um exemplo de linguagem conotativa.
II. A expressão “sonho de consumo” refere-se à bicicleta da imagem.
III. Em “Deixe...”, usou-se o modo imperativo para estimular as pessoas a aderirem à campanha.
É correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I apenas.

e) II apenas.

7 - ENEM) QUESTÃO

Os textos publicitários são produzidos para cumprir determinadas funções comunicativas. Os


objetivos desse cartaz estão voltados para a conscientização dos brasileiros sobre a necessidade de:
)
a) as crianças frequentarem a escola regularmente.
b) a formação leitora começar na infância.
c) a alfabetização acontecer na idade certa.
d) a literatura ter o seu mercado consumidor ampliado.
e) as escolas desenvolverem campanhas a favor da leitura.
8 - (ENEM) QUESTÃO.

Campanhas de conscientização para o diagnóstico precoce do câncer de mama estão presentes no


cotidiano das brasileiras, possibilitando maiores chances de cura para a paciente, em especial se a
doença for detectada precocemente. Pela análise dos recursos verbais e não verbais dessa peça
publicitária, constata-se que o cartaz: )
a) promove o convencimento do público feminino, porque associa as palavras “prevenção” e
“conscientização”.
b) busca persuadir as mulheres brasileiras, valendo-se do duplo sentido da palavra “tocar”.
c) objetiva chamar a atenção para um assunto evitado por mulheres mais velhas.
d) convence a mulher a se engajar na campanha e a usar o laço rosa.
e) mostra a seriedade do assunto, evitado por muitas mulheres.

9 - (ENEM PPL) QUESTÃO.

Campanhas publicitárias podem evidenciar problemas sociais. O cartaz tem como finalidade:
a) alertar os homens agressores sobre as consequências de seus atos.
b) conscientizar a população sobre a necessidade de denunciar a violência doméstica.
c) instruir as mulheres sobre o que fazer em casos de agressão.
d) despertar nas crianças a capacidade de reconhecer atos de violência doméstica.
e) exigir das autoridades ações preventivas contra a violência doméstica.

10 - Sobre o GÊNERO TEXTUAL CARTAZ DE CAMPANHA COMUNITÁRIA assinale a


alternativa que não condiz com a verdade.

(A) O objetivo principal é esclarecer a população sobre determinado assunto e, ao mesmo tempo, mobilizá-la,
persuadi-la a colaborar.
(B) O texto deve se compor de verbos expressos no modo imperativo, já que a finalidade é persuadir.
(C) A linguagem utilizada, sempre variando com o público para o
qual é destinada, tem de estar adequada ao contexto comunicativo,
bem como se mostrando um tanto quanto atrativa, geralmente
expressa em letras garrafais, grandes.
(D) Usar apenas a linguagem verbal nos cartazes de campanha é a
melhor forma de entendimento.

11 - Analise o cartaz e responda as duas questões que


seguem. a - “ Bastam 15 minutos por dia mergulhado nos
livros.” Essa informação sugere.
(A) Que o leitor vá mergulhar na praia por 15 minutos.
(B) Que a leitura é algo cansativo, mas auxilia nos estudos, na vida, na criatividade e toma muito tempo nos
estudos.
(C) Que a leitura exige muito tempo do leitor, porém simplifica a compreensão e amplia o conhecimento.
(D) Que a leitura é algo simples e exige pouco tempo, mas traz muitos benefícios aos leitores.

12 - Esse texto pode ser utilizado em uma campanha de:


(A) Incentivo à leitura.
(B) Livros para você se dar melhor nos estudos.
C) Mergulho para que as pessoas mergulhem em sonhos impossíveis.
D) Desenvolvimento de materiais didáticos, criatividade, conhecimento e liberdade da imaginação.

13 - Leia a explicação sobre o gênero textual fotorreportagem. Fotorreportagem é um gênero


do fotojornalismo que tem o objetivo de registrar o decorrer de um acontecimento real e das
pessoas envolvidas nesse fato. Normalmente as imagens de uma fotorreportagem são
acompanhadas de pouco texto, seja ele introdutório para cada imagem, ou legendas que
acompanham cada clique.

Uma característica da fotorreportagem é:


(A) Marcar por meio de diversos cliques em uma sequência lógica.
(B) Marcar uma imagem artística por meio de opinião pública local.
(C) Marcar a vida real de alguns lugares considerados interessantes.
(D) Registrar uma imagem de acordo com o ponto de vista do fotógrafo.
(E) Registrar o decorrer de um acontecimento real e das pessoas envolvidas.

14 - O que chama atenção na fotorreportagem do texto e o porquê.


(A) O que chama a atenção de quem passa pela praça é a homenagem a artista plástica que encontrará
as três Meninas do Brasil devidamente mascaradas.
(B) O que chama a atenção são as irmãs Damiana, Mariana e Catarina e suas obras contra o
coronavírus.
(C) O que chama a atenção é que a artista plástica Eliana Kertész, também entrou na luta contra as
gordinhas.
(D) O que chama a atenção é que o uso do apetrecho diminui a obesidade em Ondina.
(E) O que chama atenção é a máscara na estátua por conta da pandemia do Coronavírus.
15 - De modo geral, os contos têm, em sua organização, uma estrutura narrativa bem-
marcada: a situação inicial, o desenvolvimento e a situação final. Na situação inicial, costuma-se descrever
uma situação de equilíbrio, de tranquilidade. Pode-se apresentar também o lugar e o tempo (mesmo vagos) em
que se passa a história. No desenvolvimento, as ações se desenrolam, surge um problema na história e muitas
coisas acontecem a partir disso. Na situação final, o conflito começa a ser resolvido e apresenta-se o desfecho
da história. Assinale a alternativa que traz a mais adequada correspondência de cada uma
dessas partes ao texto:

As duas mulheres e o Céu (Conto africano)


No começo dos tempos, a distância entre o céu e a terra era bem pequena: não passava da altura de
uma girafa.
Certo dia, numa aldeia africana, duas mulheres estavam com os seus pilões amassando grãos de
trigo. As duas não paravam de falar. Era uma fofoca atrás da outra. Uma delas, empolgando-se muito
com o falatório, levantou o pilão tão alto que fez um furo no céu.
–Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – gritou o céu.
Tão animadas com a conversa estavam as duas mulheres, que não ouviram o grito.
Acontece que não parou por aí. O espaço celeste começava a ganhar furos e mais furos porque as
duas mulheres, de tão empolgadas com a conversa, não perceberam que seus pilões rasgavam o céu, que
continuava a gritar. Lá em cima, o tapete azulado chorou, berrou e nada
adiantou. Finalmente, tomou uma decisão:
– Assim não dá mais, vou me afastar da terra o máximo que puder.
Subiu, subiu o mais alto que pôde. Quando chegou lá no topo do mundo, sossegou:
– Aqui está bom. Ninguém mais vai conseguir me furar.
Todos os furos que as duas mulheres fizeram nunca mais foram fechados. Os africanos dizem
que esses furos podem ser vistos diariamente durante a noite: são as estrelas do céu.
BRENMAN, Ilan. “As narrativas preferidas de um contador de histórias”. Difusão Cultural do Livro, 2005.

A) Situação inicial: parágrafos 1 e 2; Desenvolvimento da história e apresentação do conflito: parágrafos 3 a 6;


Situação final: parágrafos 7 a 10.
(B) Situação inicial: parágrafo 1; Desenvolvimento da história e apresentação do conflito: parágrafos 2 a 8; Situação
final: parágrafos 9 e 10.
(C) Situação inicial: parágrafos 1 e 2; Desenvolvimento da história e apresentação do conflito: parágrafos 3 a 9.
Situação final: parágrafo 10.
(D) Situação inicial: parágrafo 1; Desenvolvimento da história e apresentação do conflito: parágrafos 2 e 3; Situação
final: parágrafos 4 a 10.
(E) Situação inicial: parágrafo 1; Desenvolvimento da história e apresentação do conflito: parágrafos 2 a 6; Situação
final: parágrafos 7 a 10.

Leia o conto e responda à questão 16:


Zorro
Zorro Dom Diego de La Vega levava uma vida tranquila na próspera fazenda de seu pai, Dom Alejandro de La Vega.
Seu empregado, Bernardo, testemunhou uma injustiça. Como era mudo, narrou o caso com grandes gestos. Num segundo,
Dom Diego se transformou em Zorro, o justiceiro mascarado. E partiu a galope, cortando a noite com seu cavalo negro.
Na cidade, Zorro desafiou o cruel sargento Garcia a um duelo. Ágil como um acrobata, Zorro saltou com sua espada e
perseguiu o sargento. Mas os soldados do sargento chegaram, e Zorro precisou fugir. Então, deixou sua marca sobre o
peito do malvado: um “Z” de Zorro. O governador da província colocou a cabeça de Zorro a prêmio. Mas, ele era o
defensor dos fracos e oprimidos, e ninguém quis denunciá-lo. E Zorro continuou seus combates em segredo.

16 - Identifique o conflito em torno do qual se desenvolveu o conto: )


(A) O conflito é que Zorro é uma figura heroica, um personagem requintado e elegante, com espírito de justiça,
aventureiro e rebelde, criada por Dom Diego, para combater de forma anônima a ilegalidade, a soberba dos poderosos e a
incompetência manipuladora da lei.
(B) O conflito é que a verdadeira identidade de Zorro não seja revelada para assim permitir sua luta contra as
arbitrariedades cometidas pelos agentes da lei, na figura principal do sargento Garcia.
(C) O conflito em torno do qual se desenvolveu o conto foi a injustiça presenciada por Bernardo, o empregado do
Zorro.
(D) encontramos o conflito em a atuação atlética de Zorro é comparada a de um acrobata, isto é, uma pessoa que executa
exercícios com agilidade, força e destreza.
17 - Sobre a linguagem verbal e não verbal, é correto afirmar: )
(A) A linguagem verbal e não verbal são duas modalidades de comunicação que nunca são empregadas juntas.
(B) A linguagem verbal representa a linguagem formal, enquanto a linguagem não verbal é representada
pela linguagem informal.
(C) A linguagem verbal é sempre culta e segue os padrões da gramática da língua.
(D) A linguagem não verbal não pode ser realizada nem com a fala, nem com a escrita.

18 - O meme é um gênero textual relativamente recente, que se caracterizou como um texto


flexível, divertido e rico no sentido da conjugação de diferentes semioses, ou seja, múltiplas
linguagens (imagens, figuras, fotografias, frases, palavras-chave etc.). Com base nisso é
correto afirmar que: )
(A) Temos a presença apenas da linguagem verbal nos memes.
(B) O uso simultâneo das linguagens verbal e não verbal como as expressões faciais e imagens colaboram para
o humor presente no meme e caracteriza a linguagem mista.
(C) A linguagem visual predomina sobre no demais.
(D) Meme é um termo grego que significa imitação.
(E) O termo é bastante conhecido e utilizado no “mundo da internet”, referindo-se ao fenômeno de
“viralização” de uma informação, ou seja, qualquer vídeo, imagem, frase, ideia, música e etc, que se espalhe
entre vários usuários rapidamente, alcançando pouca popularidade.

19) Reconheça o predicado como:


(A) Verbal (B) Nominal (C) Verbo-nominal
( ) Nós consideramos o rapaz muito ajuizado. ( )
A cantineira parecia inquieta hoje.
( ) A casca da árvore estalou com o calor. (
) O povo participou da festa dominical.
( ) Meu irmão sorriu satisfeito com o resultado.
A alternativa certa é:
e) ( ) C/ B/ A/ A/ C/
f) ( ) C/ C/ A/ A/ C/
g) ( ) A/ B/ C/ A/ A/
h) ( ) A/ B/ A/ C/ A/

20 - Indique a opção falsa. )


a) Sujeito composto é aquele que apresenta substantivos no plural.
b) Há três formas de indeterminar o sujeito: flexionando o verbo na terceira pessoa do plural, utilizando
o pronome “se” com o verbo na terceira pessoa do singular, ou utilizando verbos no infinitivo
impessoal.
c) O sujeito oculto é um sujeito determinado, porque mesmo que não esteja expresso na oração, ele pode ser
facilmente identificado.
e) Nas orações sem sujeito estão presentes os chamados verbos impessoais.

Você aprendeu as características de um conto. Escreva agora, um conto com narrador


observador. Para isso lembre-se de usar os elementos da narrativa e a estrutura do
conto.
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
__ _
_ _
Avaliação Global

Disciplina: Língua Portuguesa Professora: Maria Helena


Aluno(a)________________________________________________________
Turma: Data: / /
Turno: Valor: 10 pts
______ 2022

LEIA O TEXTO QUE SEGUE E RESPONDA AS ATIVIDADES COM MUITA ATENÇÃO E CAPRICHO:

O texto abaixo é para responder às questões 1 - 10.


A cadeira do dentista
Carlos Eduardo Novaes

O dentista surgiu com aquele ar triunfal de quem jamais teve cárie. Ah! Como adoraria vê-lo sentado
na própria cadeira extraindo um siso incluso! Mal me acomodei e ele já estava curvado sobre a cadeira,
empunhando dois miseráveis ferrinhos, louco para entrar em ação. Nem uma palavra de estímulo ou
reconforto. Foi logo ordenando:
- Abra a boca.
Tentei, mas a boca não obedeceu aos meus comandos.
- Não vai doer nada!
- Todos dizem a mesma coisa - reagi. Não acredito mais em vocês!
- Abra a boca! - insistiu ele.
Abri a boca. Numa cadeira de dentista sinto-me tão frágil quanto um recruta diante do sargento do batalhão.
Ele enfiou um monte de coisas na minha boca e tocou o dente com um gancho.
- Tá doendo?
- Urgh argh hogli hugli.
Os dentistas são tipos curiosos. Enchem a boca da gente de algodão, plástico, secadores, ferros e depois
desandam a fazer perguntas. Não sou daqueles que conseguem responder apenas movendo a cabeça. Para mim,
a dor tem nuances, gradações que vão além dos limites de um sim-não.
- A anestesia vai impedir a dor - disse ele, armado com uma seringa.
- E eu vou impedir a anestesia - respondi duro segurando firme no seu pulso.
Ele fez pressão para alcançar minha pobre gengiva. Permaneci segurando seu pulso. Ele apoiou o joelho no
meu baixo ventre. Continuei resistindo, em posição defensiva. Ele subiu em cima de mim. Miserável! Gemi
quase sem forças. Ele afastou a mão que agarrava seu pulso e desceu com a seringa. Lembrei-me de Indiana
Jones e, num gesto rápido, desviei a cabeça. A agulha penetrou a poltrona. Peguei o esguichador de água e
lancei-lhe um jato no rosto. Ele voltou com a seringa.
- Não pense que o senhor vai me anestesiar como anestesia qualquer um - disse, dando-lhe um tapa na mão.
A seringa voou longe e escorregou pelo assoalho. Corremos os dois pra alcançá-la, caímos no chão,
embolados, esticando os braços para ver quem pegava a seringa. Tapei-lhe o rosto com meu babador e cheguei
antes. A situação se invertera: eu estava por cima.
- Agora sou eu quem dá as ordens - vociferei, rangendo os dentes. - Abra a boca!
- Mas... não há nada de errado com meus dentes.
- A mim você não engana. Todo mundo tem problemas dentários. Por que só você iria ficar de fora?
Vamos, abra essa boca!
- Não, não, não. Por favor - implorou. Morro de medo de anestesia.
Era o que eu suspeitava. É fácil ser corajoso com a boca dos outros. Quero ver continuar dentista é na hora
de abrir a própria boca. Levantei-me, joguei a seringa para o lado e disse-lhe, cheio de desprezo:
- Você não passa de um paciente!

1 - (SAEB D10) O fato que desencadeou a narrativa foi


a) o dentista surgir com um ar triunfal.
b) a falta de cortesia do dentista durante um procedimento dentário.
c) o momento que o paciente recebeu a anestesia do dentista.
d) depois que o paciente jogou a seringa para o lado.

2 - (SAEB D12) A finalidade do texto é


a) narrar um fato cômico.
b) divulgar o trabalho dos dentistas.
c) dar informações importantes para o leitor.
d) dar instruções durante um procedimento dentário.

3 - (SAEB D10) Durante o texto, é identificado que a fala dos personagens tem sua transcrição
exata, ou seja, não há interferência do narrador e existe a presença de verbos para anunciar o
discurso. Desse modo, o modelo linguístico utilizado foi
a) o discurso indireto.
b) o discurso direto.
c) o discurso indireto livre.
d) o discurso direto livre.

4 - SAEB D15) No trecho: “Numa cadeira de dentista sinto-me tão frágil quanto um recruta
diante do sargento do batalhão.”, o termo grifado constitui ideia de
a) causa.
b) tempo.
c) consequência.
d) comparação.

5 - (SAEB D18) Leia o trecho abaixo:


“─ Tá doendo?
— Urgh argh hoglihugli.”
Nesse trecho, a onomatopeia é um recurso que produz humor, pois revela que
a) o dentista estava nervoso.
b) o paciente estava calmo.
c) o dentista precisava trabalhar.
d) o paciente não podia responder.
6 - (SAEB D1) Segundo o texto,
a) o procedimento dentário do paciente foi concluído.
b) em um momento o dentista ficou na mesma situação dos seus pacientes.
c) no início do procedimento, o paciente se sentia seguro, mas logo após receber a anestesia ficou revoltado.
d) o dentista não tinha medo de anestesia.

7 - (SAEB D3) No trecho: “Nem uma palavra de estímulo ou reconforto.”, revela que o dentista foi
a) grosseiro.
b) desrespeitoso
c) indelicado.
d) cortês.

8 - (SAEB D11) No trecho: “Lembrei-me de Indiana Jones e, num gesto rápido, desviei a cabeça.
A agulha penetrou a poltrona.” A segunda frase em relação à primeira estabelece ideia de
a) oposição.
b) consequência.
c) causa.
d) concessão.

9 - (SAEB D4) Há uma opinião em


a) “Enchem a boca da gente de algodão, plástico, secadores...”
b) “Permaneci segurando seu pulso.”
c) “A anestesia vai impedir a dor.”
d) “É fácil ser corajoso com a boca dos outros.”

10 - (SAEB D13) O trecho que apresenta uma linguagem informal é


a) “Você não passa de um paciente!”
b) “Não vai doer nada!”
c) “Corremos os dois pra alcançá-la”
d) “Levantei-me, joguei a seringa para o lado e disse-lhe...”

11 - Em relação a sua aprendizagem sobre a conotação e a denotação, podemos afirmar, exceto a alternativa:
(A) A conotação ou linguagem conotativa é a linguagem caracterizada pelo uso de palavras com sentido real,
sentido literal e dicionarizado e, portanto, não é livre para múltiplas interpretações, porque não transmite
diversas mensagens ao mesmo tempo.
(B) Denotação ou linguagem denotativa é a linguagem caracterizada pelo uso de palavras com sentido literal. É
o tipo de linguagem comumente usado em mensag ens objetivas e em discursos que visam à transmissão
precisa de fatos, opiniões ou argumentos."
(C) Os textos não literários devem preferir a denotação, pois essa tem como finalidade informar o receptor da
mensagem de maneira clara e objetiva, livre de ambiguidades e metáforas.
(D) A palavra, quando tem sentido próprio, real, chama-se denotativa. Quando ela é capaz de sugerir muito
mais que o objeto designado, desencadeando, conforme a situação, ideias, sentimentos e emoções de toda
ordem, chama-se conotativa.

12 - ESCREVA SE AS FRASES ESTÃO NO SENTIDO DENOTATIVO ou CONOTATIVO: )


1. ( ) Meu pai é meu espelho
2. ( ) Essa menina tem um coração de ouro.
4. ( ) A Praça da Sé fica no coração de São Paulo.
5. ( ) Fez um transplante de coração.
6. ( ) Você é mesmo mau: tem um coração de pedra.
7. ( ) Para vencer a guerra era preciso alcançar o coração do país.
8. ( )Completou vinte primaveras.
9. ( )Na primavera os campos florescem.
10. ( ) O leão procurou o gerente da Metro.

13 - Agora identifique se há FATO ou OPINIÃO nas orações abaixo:


a) Não tenho dúvida de que “funk” é melhor que sertanejo.
b) A primeira “live” de Marília Mendonça já teve mais de 23 milhões de acessos.
c) Os cantores da dupla João Neto & Frederico são irmãos.
d) Nada melhor que um copo de refrigerante para matar a sede.
e) Ninguém cozinha como minha mãe.
f) O Flamengo é o melhor time do país.
g) O Vasco possui 4 títulos do Campeonato Brasileiro.
h) 20 de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra.
i) Uma maquiagem suave tornará você irresistível.
(A) a) opinião, b) opinião, c) fato, d) opinião, e) opinião, f) fato, g) fato, h) fato, i) opinião.
(B) a) opinião, b) fato, c) opinião, d) opinião, e) opinião, f) fato, g) fato, h) fato, i) fato.
(C) a) opinião, b) opinião, c) fato, d) opinião, e) fato, f) opinião, g) fato, h) fato, i) opinião.
(D) a) fato, b) fato, c) fato, d) opinião, e) opinião, f) opinião, g) fato, h) fato, i) fato.
(E) a) opinião, b) fato, c) fato, d) opinião, e) opinião, f) opinião, g) fato, h) fato, i) opinião.

14 - Analise os enunciados a seguir e marque a alternativa em que está presente a sinestesia.


a) O estrondo dos canhões reverberava por toda a planície e aterrorizava a todos nós.
b) Não pensávamos que a comida ficaria tão saborosa com o acréscimo de manjericão.
c) O céu estava tão azul naquele dia que a repentina chuva provocou admiração.
d) Eleanor sentia tanto frio que não conseguia falar sem tremor em sua voz enfraquecida.
e) Fiquei impressionado quando ouvi Petrônio falar francês, sem sotaque algum.

15 - Assinale a alternativa incorreta em relação as características da crônica.


(A) É uma narrativa curta, apresenta linguagem simples e coloquial, poucos personagens, espaço e tempo
reduzido e acontecimentos cotidianos.
(B) A crônica, caracterizada como um gênero textual que tramita entre o jornalismo e a literatura. Sim,
entre esses dois elementos, visto que antes de se tornarem reunidas em livros, lá se encontram, veiculadas
em jornais e revistas.
(C) Na maioria das vezes o assunto das crônicas se caracteriza por fatos corriqueiros, banais, extraídos
dos acontecimentos do dia a dia, por mais irrelevante que ele seja.
(D) A palavra “crônica” vem do latim chronica, “relato de fatos ou histórias de acordo com a ordem em que
se sucedem no tempo”, derivado do adjetivo chronica, “relativo a tempo”. No entanto, o latim baseou-se no
vocábulo grego khrónos, “tempo”. Esse nome é emprestado do deus grego Cronos, filho de Urano (Céu) e
Gaia (Terra).
(E) Na crônica aparecem muitos personagens; eles são incomuns; apresenta: caráter crítico sobre
comportamentos; são de difícil compreensão e não seguem um tempo cronológico determinado.

16 – Leia o texto com atenção:


TENTAÇÃO

Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa,
ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não
bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que
se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras,
desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma
revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de
mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma
bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra
os joelhos.
Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de
comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um
cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo. (...)
“Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava.” O que a menina
suportava? Indique a alternativa que melhor responde a questão:
(a) a pessoa que esperava o bonde
(b) a bolsa velha.
(c) o calor e a solidão
(d) sua mãe.

17 - Leia o texto e responda:


Prova Falsa
(Stanislaw Ponte Preta)
Quem teve a ideia foi o padrinho da caçula - ele me conta. Trouxe o cachorro de presente e logo
a família inteira se apaixonou pelo bicho. Ele até que não é contra isso de se ter um animalzinho em
casa, desde que seja obediente e com um mínimo de educação.
— Mas o cachorro era um chato — desabafou.
Desses cachorrinhos de raça, cheio de nhém-nhém-nhém, que comem comidinha especial, precisam de
muitos cuidados, enfim, um chato de galocha. E, como se isto não bastasse, implicava com o dono da
casa.
— Vivia de rabo abanando para todo mundo, mas, quando eu entrava em casa, vinha logo com aquele
latido fininho e antipático de cachorro de francesa.
Ainda por cima era puxa-saco. Lembrava certos políticos da oposição, que espinafram o ministro, mas
quando estão com o ministro ficam mais por baixo que tapete de porão. Quando cruzavam num
corredor ou qualquer outra dependência da casa, o desgraçado rosnava ameaçador, mas quando a
patroa estava perto abanava o rabinho, fingindo-se seu amigo.
— Quando eu reclamava, dizendo que o cachorro era um cínico, minha mulher brigava comigo,
dizendo que nunca houve cachorro fingido e eu é que implicava com o "pobrezinho".
Num rápido balanço poderia assinalar: o cachorro comeu oito meias suas, roeu a manga de um paletó
de casimira inglesa, rasgara diversos livros, não podia ver um pé de sapato que arrastava para locais
incríveis.
A vida lá em sua casa estava se tornando insuportável. Estava vendo a hora em que se desquitava por
causa daquele bicho cretino. Tentou mandá-lo embora umas vinte vezes e era uma choradeira das
crianças e uma espinafração da mulher.
— Você é um desalmado — disse ela, uma vez.
Venceu a guerra fria com o cachorro graças à má educação do adversário. O cãozinho começou a fazer
pipi onde não devia. Várias vezes exemplado, prosseguiu no feio vício. Fez diversas vezes no tapete da
sala. Fez duas na boneca da filha maior. Quatro ou cinco vezes fez nos brinquedos da caçula. E tudo
culminou com o pipi que fez em cima do vestido novo de sua mulher.
— Aí mandaram o cachorro embora? — perguntei.
— Mandaram. Mas eu fiz questão de dá-lo de presente a um amigo que adora cachorros. Ele está
levando um vidão em sua nova residência.
— Ué... mas você não o detestava? Como é que arranjou essa sopa pra ele?
— Problema da consciência — explicou: — O pipi não era dele. E
suspirou cheio de remorso.

Quem narra a história para o leitor?


a) O antigo dono do cachorro.
b) Um amigo do antigo dono do cachorro.
c) O novo dono do cachorro.
d) O cachorro.

18 - Seguindo as estruturas do texto narrativo, numere as sequências abaixo:


(A) A ordem correta é: 1 - 3 - 2 - 4.
(B) A ordem correta é: 2 - 4 - 1 - 3.
(C) A ordem correta é: 2 - 4 - 3 - 1
(D) A ordem correta é: 2 - 3 - 1 - 4.

Leia o texto e depois resolva as questões 19 e 20:

A OUTRA NOITE
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando
vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das
nuvens, estava um luar lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima,
enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima? Confirmei:
sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
- Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais
lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
- Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros,
tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.

Rubem Braga
19 - Na crônica, a frase que apresenta sentido conotativo é
a) [...] resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva [...]
b) [...] encontrei um amigo e trouxe de Copacabana [...]
c) [...] colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal [...]
d) [...] Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar[...]

20 - A expressão “noite preta, enlamaçada e torpe”, em linguagem metafórica, conotativa,


serve para fazer referência à
a) noite sem luar e chuvosa.
b) noite clara e brilhante.
c) noite chuvosa e fria.
d) noite bela e calma.
Você aprendeu as características de uma crônica. Escreva agora, uma
crônica com narrador observador. Para isso use a estrutura da
crônica: apresentação, desenvolvimento e conclusão.

_ __
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _
_ _

Você também pode gostar