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› SEQUÊNCIA 3
Teste A
Grupo I
A
Lê o texto seguinte.
Parte baixa do palácio de D. João de Portugal, comunicando, pela porta à esquerda do espetador
com a capela da Senhora da Piedade na igreja de S. Paulo dos Domínicos de Almada: é um casarão sem
ornato algum. Arrumadas às paredes, em diversos pontos, escadas, tocheiras1 cruzes, ciriais 2 e outras
alfaias e guisamentos 3 de igreja, de uso conhecido. A um lado um esquife 4 dos que usam as confrarias 5,
do outro,
5 uma grande cruz negra de tábua com o letreiro J.N.R.J.6, e toalha pendente como se usa nas cerimónias
da semana santa, mais para a cena uma banca velha com dois ou três tamboretes 7: a um lado, uma to-
cheira baixa, com tocha acesa e já bastante gasta: sobre a mesa, um castiçal de chumbo, de credência 8,
baixo e com vela acesa também, e um hábito completo de religioso domínico, túnica, escapulário, rosário,
cinto, etc. No fundo, porta que dá para as oficinas e aposentos que ocupam o resto dos baixos do
palácio.
10 É alta noite.
Cena I
Manuel de Sousa, sentado num tamborete, ao pé da mesa, o rosto inclinado sobre o peito, os braços
caídos e em completa prostração de espírito e de corpo; num tamborete, do outro lado, Jorge, meio en-
costado para a mesa, com as mãos postas e os olhos pregados no irmão.
15 MANUEL — Oh! minha filha, minha filha! (Silêncio longo.) Desgraçada filha, que ficas órfã!... órfã
de pai e de mãe... (Pausa.) e de família e de nome, que tudo perdeste hoje... (Levanta-se com violenta
aflição.) A desgraçada nunca os teve. Oh! Jorge, que esta lembrança é que me mata, que me desespera!
(Apertando a mão do irmão, que se levantou após dele e o está consolando do gesto.) É o castigo terrível
do meu erro... se foi erro... crime sei que não foi. E sabe-o Deus, Jorge, e castigou-me assim, meu
irmão.
20 JORGE — Paciência, paciência: os seus juízos são imperscrutáveis (Acalma e faz sentir o irmão;
tornam a ficar ambos como estavam.)
MANUEL — Mas eu em que mereci ser feito o homem mais infeliz da terra, posto de alvo à irrisão e
ao discursar do vulgo?... Manuel de Sousa Coutinho, o filho de Lopo de Sousa Coutinho, o filho do nosso
pai, Jorge!
25 JORGE — Tu chamas-te o homem mais infeliz da terra... Já te esqueceste que ainda está vivo aquele…
1
Grandes castiçais para colocar as tochas ou as velas.
2
Castiçais altos que terminam em lanterna, na parte superior, e que se colocam ao lado da cruz alçada nas procissões.
3
Utensílios e alfaias necessários ao serviço divino, ao culto.
4
Caixão.
5
Irmandades, congregações, associações para fins religiosos.
6
Sigla que Pilatos mandou colocar sobre a cruz de Jesus Cristo e que significa Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.
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7
Cadeiras de braços sem espaldar.
8
Mesa que se coloca ao pé do altar para aí colocar as galhetas e outros acessórios da missa.
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Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
B
Comenta a afirmação a seguir apresentada, num texto de oitenta a cento e trinta palavras, baseando-
te nos conhecimentos que possuis sobre Frei Luís de Sousa.
Almeida Garrett afirma na “Memória ao Conservatório Real” que se contenta com a designação de
drama para a sua obra, reconhecendo, todavia, que, “se na forma desmerece da categoria
(de tragédia), pela índole há de ficar pertencendo sempre ao antigo género trágico”.
Grupo II
Outros Percursos 11 3
› SEQUÊNCIA 3
in Visão, n.º 930, 30 de dezembro de 2010 (com supressões)
4 Outros Percursos 11
› Outros Percursos... pelos Textos Dramáticos
1. Seleciona, em cada um dos itens, a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao
sentido do texto.
1.1. No segmento textual “pouco recomendável para viver “(linhas 1-2), a palavra sublinhada introduz
uma oração subordinada adverbial…
a) final.
b) consecutiva.
c) concessiva.
d) condicional.
1.2. O conector sublinhado na frase “as nossas vidas serão mais difíceis, mesmo com a ajuda da
tecnologia.” (linhas 2-3) introduz no discurso uma ideia que…
a) é uma consequência da anteriormente expressa.
b) é a causa da anteriormente expressa.
c) funciona como concessão à ideia anteriormente expressa.
d) é impossível de realizar.
1.3. Na frase “Em muitos aspetos, ficará irreconhecível.” (linhas 5-6), a palavra sublinhada desempenha
a função sintática de…
a) complemento direto.
b) sujeito.
c) predicativo do complemento direto.
d) predicativo do sujeito.
1.4. O constituinte destacado em “e esta pode, até, atravessar uma recessão” (linha 8) pode ser substi-
tuído por...
a) desenvolvimento.
b) progresso.
c) retrocesso.
d) aumento.
1.5. O adjetivo sublinhado em “África será o continente mais jovem...” (linha 7) encontra-se no grau...
a) normal.
b) comparativo de superioridade.
c) superlativo absoluto sintético.
d) superlativo relativo de superioridade.
1.6. O segmento sublinhado em “Dirigido pelo historiador e jornalista Martin Walker, o estudo…”
(linha 11) desempenha a função sintática de...
a) sujeito.
b) complemento agente da passiva.
c) complemento direto.
d) complemento indireto.
Outros Percursos 11 5
› SEQUÊNCIA 3
1.7. A utilização das aspas em “O mundo poderá ser um lugar melhor, se alguma tecnologia mais
recente vier a ser adotada.” (linhas 16-17) justifica-se por se tratar…
a) de uma frase em discurso direto.
b) da opinião da autora do texto.
c) da previsão de um acontecimento.
d) de uma frase condicional.
2. Faz corresponder a cada um dos cinco elementos da coluna A um elemento da coluna B, de modo a
obteres afirmações verdadeiras.
COLUNA A COLUNA B
Grupo III