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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

GOLS DE COCURUTO
O melhor momento do futebol para um tático é o minuto de silêncio. É quando os
times ficam perfilados, cada jogador com as mãos nas costas e mais ou menos no
lugar que lhes foi designado no esquema – e parados. Então o tático pode olhar o
campo como se fosse um quadro negro e pensar no futebol como alguma coisa
lógica e diagramável. Mas aí começa o jogo e tudo desanda. Os jogadores se
movimentam e o futebol passa a ser regido pelo imponderável, esse inimigo
mortal de qualquer estrategista. O futebol brasileiro já teve grandes estrategistas
cruelmente traídos pela dinâmica do jogo. O Tim, por exemplo. Tático exemplar,
planejava todo o jogo numa mesa de botão. Da entrada em campo até a troca de
camisetas, incluindo o minuto de silêncio. Foi um técnico de sucesso mas nunca
conseguiu uma reputação no campo à altura de sua reputação no vestiário. Falava
um jogo e o time jogava outro. O problema do Tim, diziam todos, era que seus
botões eram mais inteligentes do que seus jogadores.
(L. F. Veríssimo, O Estado de São Paulo, 23/08/93)

Questão 02. (FUVEST) “Foi um técnico de sucesso mas nunca conseguiu uma
reputação no campo à altura da sua reputação de vestiário.”

Começando a frase por “Nunca conseguiu uma reputação no campo à altura da


sua reputação de vestiário”, para manter a mesma relação lógica expressa na
frase dada inicialmente, deve-se continuar com:

a) enquanto foi…
b) na medida em que era…
c) ainda que tenha sido…
d) desde que fosse…
e) porquanto era…

Questão 03 sobre Orações Subordinadas Adverbiais: (FUVEST) “Bem


cuidado como é, o livro apresenta alguns defeitos.” Começando com “O livro
apresenta alguns defeitos”, o sentido da frase não será alterado se continuar com:

a) desde que bem cuidado.


b) contanto que bem cuidado.
c) à medida que é bem cuidado.
d) tanto que é bem cuidado.
e) ainda que bem cuidado.
Questão 04. (FUVEST) “Galileu duvidou TANTO de Aristóteles QUANTO das
Escrituras.” A mesma noção expressa pelo par em maiúsculo está também em:

a) A criança TANTO chorou QUE a mãe comprou o brinquedo.


b) QUER você queira, QUER não, partimos amanhã.
c) NÃO SÓ o argumento é falso, COMO o discurso todo mente.
d) Ele apresentou DE TAL FORMA os fatos QUE convenceu a todos.
e) Ele MAIS bradou QUE verdadeiramente lutou contra a opinião pública.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

– Mandaram ler este livro…

Se o tal do livro for fraquinho, o desprazer pode significar um precipitado mas


decisivo adeus à literatura; se for estimulante, outros virão sem o peso da
obrigação.

As experiências com que o leitor se identifica não são necessariamente as mais


familiares, mas as que mostram o quanto é vivo um repertório de novas questões.
Uma leitura proveitosa leva à convicção de que as palavras podem constituir um
movimento profundamente revelador do próximo, do mundo, de nós mesmos.
Tal convicção faz caminhar para uma outra, mais ampla, que um antigo pensador
romano assim formulou: Nada do que é humano me é alheio.
(Cláudio Ferraretti, inédito)

Questão 05 sobre Orações Subordinadas Adverbiais: (FUVEST) Mantém-se


o sentido da frase “se for estimulante” em:

a) conquanto seja estimulante.


b) desde que seja estimulante.
c) ainda que seja estimulante.
d) porquanto é estimulante.
e) posto que é estimulante.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO


MONA LISA DE DA VINCI SEM MOTIVOS PARA SORRIR

Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais


pintadas, devido, em parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona
Lisa” está se deteriorando. O grito de alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em
Paris, que anunciou que o quadro passará por uma detalhada avaliação técnica
com o objetivo de determinar o porquê do estrago.

O fino suporte de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma
deformação desde que especialistas em conservação examinaram a pintura pela
última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração por escrito. O museu não
diz quando essa última avaliação ocorreu. O estudo será feito pelo Centro de
Pesquisa e Restauração dos Museus da França e vai determinar os materiais
usados na tela e avaliar sua vulnerabilidade a mudanças climáticas.

O Museu do Louvre recebe cerca de seis milhões de visitantes por ano, e todos,
praticamente, veem a “Mona Lisa”, uma tela de 77 centímetros de altura por 55
de largura, protegida por uma caixa de vidro, com temperatura controlada. A tela
será mantida no mesmo local, exposta ao público, enquanto for realizado o
estudo.
(Fonte:http://www.italiaoggi.com.bracessado em 13/11/07)

Questão 06. (PUC-SP) Observe o trecho:

“O fino suporte de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma
deformação DESDE QUE especialistas em conservação examinaram a pintura
pela última vez…”. Nele, o elemento coesivo “desde que”, mais do que ligar
duas orações, estabelece uma relação de sentido entre elas. Dentre as alternativas
abaixo, assinale aquela que indica a relação de sentido estabelecida pelo “desde
que” no referido trecho.

a) condição
b) causa
c) concessão
d) proporção
e) tempo

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO


O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações
de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma
carta dizendo que ele caiu.

Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo.
Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-
de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira
que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro, porque fornecia
centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de
tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o
caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira;
mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram
como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia
aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o
pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os
morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
(Rubem Braga: Cajueiro. In: O VERÃO E AS MULHERES. 5ª ed. Rio de
Janeiro: Record, 1991, p.84-5.)

Questão 07 sobre Orações Subordinadas Adverbiais: (UFSCAR) Há no texto


orações reduzidas de gerúndio e de infinitivo. Assinale a alternativa em que a
forma verbal da oração reduzida está DESENVOLVIDA corretamente, entre
parênteses.

a) … protegendo a família (QUE PROTEGIAM A FAMÍLIA).

b) … para apoiar o pé… (PORQUE APOIARIA O PÉ).

c) … e subir pelo cajueiro acima… (E QUE SUBIRIA PELO CAJUEIRO


ACIMA).

d) … ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além… (PARA


QUE VEJA DE LÁ O ELHADO DAS CASAS DO OUTRO LADO E OS
MORROS ALÉM).

e) … sentir o leve balanceio da brisa da tarde (QUANDO SENTISSE O LEVE


BALANCEIO DA BRISA DA TARDE).

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO


Em uma peça publicitária recentemente veiculada em jornais impressos, pode-se
ler o seguinte: “Se a prática leva à perfeição, então imagine o sabor de pratos
elaborados bilhões e bilhões de vezes”.

Questão 08. (PUC-SP) Acerca da primeira oração do trecho, é linguisticamente


adequado afrmar que, em relação à segunda oração, ela expressa uma
circunstância de:

a) comparação.
b) condição.
c) conformidade.
d) consequência.
e) proporção.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

O operário moderno carece de individualidade. A classe é mais forte do que o


indivíduo e a pessoa se dissolve no genérico. Porque essa é a primeira e a mais
grave mutilação que o homem sofre ao converter-se em assalariado industrial. O
capitalismo despoja-o de sua natureza humana – coisa que não ocorreu com o
escravo – já que reduz todo o seu ser à força de trabalho, transformando-o só por
este fato em objeto.

E como todos os objetos, em mercadorias, em coisa susceptível de compra e


venda. O operário perde, bruscamente, e em razão mesmo de seu estado social,
toda relação humana e concreta com o mundo: nem são seus os instrumentos que
manipula, nem é seu o fruto de seu trabalho. Sequer chega a vê-lo. Na realidade,
não é um operário, já que não produz obras ou não tem consciência de que as
produz, perdido em aspecto determinado da produção. É um trabalhador, nome
abstrato, que não designa uma tarefa determinada, mas uma função. Assim a sua
obra não o distingue dos outros homens, tal como acontece com o médico, o
engenheiro ou o carpinteiro. A abstração que o qualifica – o trabalho medido pelo
tempo – não separa, mas liga-o a outras abstrações. Daí sua ausência de mistério,
de problematicidade, daí a sua transparência, que não é diversa da de qualquer
instrumento.
(Paz, O. SIGNOS EM ROTAÇÃO. São Paulo: Perspectiva, 2ª ed., 1976,
pág.245.)

Questão 09. (PUC-SP) Unindo-se as orações a seguir:


O operário moderno carece de individualidade. A classe é mais forte.
A segunda poderá ser introduzida pela mesma conjunção que ocorre em:
a) tal como acontece com o médico.
b) que não designa uma tarefa determinada.
c) já que reduz todo o seu ser à força de trabalho.
d) nem são seus os instrumentos.
e) mas liga-o a outras abstrações.

Questão 10 sobre Orações Subordinadas Adverbiais: (FGV) Transformação


de períodos:

EXEMPLO: Paulo é grande e seu irmão, Pedro, é maior.


1. nexo lógico de comparação;

primeira possibilidade: Pedro é maior do que Paulo, seu irmão.


segunda possibilidade: Paulo é menor do que Pedro, seu irmão.

O rio Tietê continua sujo e falta água em São Paulo.

Em três estruturas diferentes, reconstrua – com duas possibilidades cada – o


período acima, efetuando as alterações necessárias para estabelecer entre as
orações nexos lógicos de:
1. contraste
2. condicionalidade
3. Finalidade

Resposta da questão 01. a) “…que parece o poema dos cuidados maternos um


artifício sentimental…”
b) “o poema dos cuidados maternos”

Resposta da questão 02. c;

Resposta da questão 03. e;

Resposta da questão 04. c;

Resposta da questão 05. b;


Resposta da questão 06. e;

Resposta da questão 07. a;

Resposta da questão 08. b;

Resposta da questão 09. c;

Resposta da questão 10. 1. contraste – O rio continua sujo, por mais que falte
água em São Paulo. Falta água em São Paulo, se bem que o rio Tietê continua
sujo. 2. condicionalidade – Caso o rio Tietê continue sujo, faltará água em São
Paulo. Caso falte água em São Paulo, o rio Tietê continuará sujo. 3. finalidade –
O rio Tietê continua sujo para que falte água em São Paulo. Não falta água em
São Paulo para que o rio Tietê continue sujo.

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