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investida e o presidente executivo do investidor são a mesma pessoa); e

e) a maioria dos membros do órgão de administração da investida consiste


em partes relacionadas do investidor.

Outro aspecto (também mencionado na lei) é que o controle acionário


pode ser direto ou indireto, ou seja, por meio de outras controladas. Nesse
ponto, também, o assunto pode se tornar complexo.
Vejamos os exemplos a seguir, em que o capital das companhias é
formado apenas por ações ordinárias, e que não existam outras evidências de
controle além dos efetivos direitos de voto em poder das partes.

Exemplo 1

Suponha que a Empresa A tenha 100% das ações ordinárias da Empresa


B, subsidiária integral da Empresa A. Portanto, a Empresa B é controlada
direta da Empresa A. Admita adicionalmente que a Empresa B seja detentora
de 90% do capital votante de outra sociedade, a Empresa C, como a seguir
representado:

Assim, a Empresa C também será uma controlada da Empresa A, só que


agora indiretamente, ou seja, por meio de sua controlada, a Empresa B, que
por sua vez é a controladora direta de C (ou controladora intermediária), e a
Empresa A é a controladora indireta (ou controladora final) de C.
Exemplo 2

A Empresa A tem diretamente 70% do capital votante da empresa B;


logo, B é controlada de A. Adicionalmente, a Empresa A possui diretamente
20% do capital votante da empresa C, e a empresa B possui 40% do capital
votante de C. Logo, C também é controlada de A, o que significa que, nas
assembleias de C, o que predomina é a decisão de A pela soma de seu poder
de voto direto (20%) com o poder de voto de sua controlada B (40%). O
importante é o conceito de controle, e não de propriedade. Então, os direitos
de voto de C controlados por A somam 60%.
Do ponto de vista da relação de propriedade, A detém diretamente 20%
do patrimônio de C, e indiretamente mais 28% (isso porque A detém 70% de
B, que detém 40% de C, e 70% 3 40% = 28%). Logo, a Empresa A detém
48% do patrimônio de C, mas a controla com 60% do poder de voto,
conforme exposto.

Exemplo 3
Assumindo que os percentuais de participação indicados são relativos ao
capital votante e que não existam outras evidências de controle, temos a
seguinte situação:

• B é controlada direta de A.
• E é controlada indireta de A, pois é controlada por B.
• C não é controlada de A, apenas sua coligada direta.
• D também é uma coligada de A, só que indireta, pois B possui 40% de
seu capital votante, apesar de D ser controlada de C (que não é controlada
de A).

Em termos de uma relação de propriedade estrita, pode-se dizer que A é


proprietária de 51% do capital votante de D (45% de 60% = 27%, por meio
de C, e 60% de 40% = 24%, por intermédio de B), mas esta não é sua
controlada. Por outro lado, A é proprietária de 33% (60% de 55%) de E, mas
esta é sua controlada.
O racional desses cálculos envolve expurgar a participação que
“pertence” aos demais acionistas. Por exemplo, a empresa A tem 60% de B,

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