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“Controladas”
4º Ciências Contábeis - 2005
Elizabete, nº 6
Elizete nº 7
Marcos nº 13
Vera nº 18
Sociedades Controladoras
O art. 2º da lei nº 6.404/76 permite a possibilidade de
uma empresa participar em outra, ao mencionar que a
companhia pode ter como objeto social a participação de
outras sociedades. Ainda que não prevista no estatuto, a
participação é facultada como meio de realizar o objeto
social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais.
De forma resumida uma sociedade controladora é aquela
investidora que detém direta ou indiretamente, mais de
50% do capital votante de uma sociedade investida, que é
denominada controlada.
Controladas
A controlada tem assegurada, direta ou
indiretamente:
Preponderância nas deliberações sociais
Poder de eleger a maioria dos
administradores.
Ocorre, em geral, quando a empresa detém
mais de 50% do capital votante.
Fórmula
A
A Controla B (controle direto) B
B controla C
(controle direto)
C
A controla parcialmente C
(controle indireto)
Exemplos:
A detém 56% do capital A detém 9% do capital
votante de B = votante de C;
CONTROLE DIRETO; A detém 53% do capital
A participa do capital votante de B =
não votante de C; CONTROLE DIRETO.
B detém 54% do capital B detém 43% do capital
votante de C = votante de C;
CONTROLE DIRETO; A também controla C =
A também controla C = CONTROLE
CONTROLE INDIRETO ( 43% +
INDIRETO. . 9% = 52%).
Deveres e Responsabilidades
Preocupada com a normatização das
funções e responsabilidades das sociedades
controladoras, a Lei nº 6.404/76 dedicou os
arts. 116 e 117 para conceituar o acionista
controlador e elencar seus deveres e
responsabilidades.
Deveres.
Art. 116: entende-se por acionista
controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou
grupo de pessoas vinculadas por acordo de
voto, ou sob controle comum que:
É titular de direito de sócio que lhe
assegurem, de modo permanente a maioria
dos votos nas deliberações da assembléia
geral e o poder de eleger a maioria dos
administradores da companhia; e.
Usa efetivamente seu poder para dirigir as
atividades sociais e orientar o funcionamento
dos órgãos da companhia.
Parágrafo único. O acionista controlador deve
usar o poder com o fim de fazer a companhia
realizar o seu objeto e cumprir sua função
social, e tem, deveres e responsabilidades para
com os demais acionistas da empresa, os que
nela trabalham e para com a comunidade em
que atua, cujos direitos e interesses deve
lealmente respeitar e atender.
Responsabilidades:
Art. 117 O acionista controlador responde pelos
danos causados por atos praticados com abuso de
poder.
São modalidades de exercício abusivo de poder:
Orientar a companhia para fim estranho ao objeto
social ou lesivo ao interesse nacional, ou levá-la a
favorecer outra sociedade, brasileira ou
estrangeira, em prejuízo da participação dos
acionistas minoritários nos lucros ou no acervo da
companhia, ou da economia nacional;
Promover a liquidação de companhia
próspera, ou a transformação,
incorporação, fusão ou cisão da
companhia, com o fim de obter, para si
ou para outrem, vantagem indevida, em
prejuízo dos demais acionistas, dos que
trabalham na empresa ou dos
investidores em valores mobiliários
emitidos pela companhia;
Promover alteração estatutária, emissão de
valores mobiliários ou adoção de políticas
ou decisões que não tenham por fim o
interesse da companhia e visem causar
prejuízo à acionistas minoritários, aos que
trabalham na empresa ou aos investidores
em valores mobiliários emitidos pela
companhia;
Eleger administrador ou fiscal que se sabe
inapto, moral ou tecnicamente;
Induzir, ou tentar induzir, administrador ou
fiscal a praticar ato ilegal, ou, descumprindo
seus deveres definidos nesta Lei e no estatuto,
promover, contra o interesse da companhia,
sua ratificação pela assembléia-geral;
Contratar com a companhia, diretamente ou
através de outrem, ou de sociedade na qual
tenha interesse, em condições de
favorecimento ou não eqüitativas;
Aprovar ou fazer aprovar contas irregulares de
administradores, por favorecimento pessoal, ou
deixar de apurar denúncia que saiba ou devesse
saber procedente, ou que justifique fundada
suspeita de irregularidade;
O administrador ou fiscal que praticar o ato ilegal
responde solidariamente com o acionista
controlador.
O acionista controlador que exerce cargo de
administrador ou fiscal tem também os deveres e
responsabilidades próprios do cargo
Consolidação
A consolidação tem por objetivo apresentar
demonstrações financeiras de duas ou mais
sociedades como se fossem uma única entidade.
As sociedades consolidadas continuam existindo
juridicamente, sendo a consolidação efetuada
apenas extracontabilmente.
A companhia aberta que possuir investimentos
em sociedades controladas é obrigada a elaborar
demonstrações financeiras consolidadas.
A Instrução CVM nº 247/96 exige a
consolidação das seguintes peças das
demonstrações financeiras:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado dos
Exercícios;
Demonstração das Origens e Aplicações
dos Recursos.
Consolidação de
Controlada Integral
Uma controlada é considerada integral
quando pertence 100 % à
controladora.O processo de
consolidação consiste em somar as
contas do balanço patrimonial e de
resultado das duas sociedades e
eliminar o investimento, pelos livros da
controladora, contra o patrimônio
líquido da controlada.
Exemplo:
A Holding S/A adquiriu 100% do capital social
da Subsidiária S/A em 01/01/X1 pelo valor total
de R$ 150,00 que corresponde ao valor do
patrimônio líquido da investida nessa data.
A Subsidiária S/A apurou um lucro de R$
45,00 em X1 e declarou dividendos de R$ 35,00
em 31/12/X1.
A Holding S/A procedeu aos seguintes
lançamentos contábeis referentes a esse
investimento em X1.
Livro Diário:
Débito
Crédito
01/01/X1 Investimento na Subsidiária S/A 150,00
Disponível 150,00