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Prof. Dr.

Gilberto Magalhães
Investimentos em Participação
Societária/Método de Equivalência
patrimonial
Conceitos Iniciais
Participações Societárias – Representam aplicações de recursos
que determinada empresa (investidora), efetua na aquisição de
ações ou cotas de outra empresa (investida);

a) Investimentos Temporários - são os adquiridos com a intenção de


revenda e tendo, geralmente, caráter especulativo. Podem ser
classificados do AC ou no ANC (ARLP).
b) Investimentos Permanentes - são os adquiridos com a intenção
de continuidade, representando, portanto, uma extensão da
atividade econômica da investidora. Devem ser classificados no
ANC – Investimentos.
TIPOS DE AÇÃO

 Ordinárias - Ação que proporciona participação nos resultados


econômicos de uma empresa. Confere a seu titular o direito de
voto em assembleia. Não dão direito preferencial a dividendos.

 Preferenciais - Ação que oferece a seu detentor prioridades no


recebimento de dividendos e/ou, no caso de dissolução da
empresa, no reembolso de capital. Em geral não concede direito a
voto em assembleia.
FORMAS DE AVALIAÇÃO

Investimentos
•Pelo “Valor Justo”
Temporários

Investimentos •Método do Custo de Aquisição


•Método da Equivalência Patrimonial
Permanentes
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 Definição – é o método de contabilização por meio do qual o
investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e
posteriormente ajustado pelo reconhecimento da participação
atribuída ao investidor nas alterações dos ativos líquidos da
investida.
CARACTERÍSTICAS
 MEP acompanha o fato econômico, que é a geração dos
resultados (REGIME DE COMPETÊNCIA) e não a formalidade da
distribuição do resultado.
 A avaliação do investimento é feita com base no percentual de
participação na sociedade (% do capital social) aplicado ao valor
do patrimônio líquido da investida
 Se o valor do PL aumentar ou diminuir, haverá um aumento ou
diminuição proporcional correspondente na conta de
investimento da investidora.
OBRIGATORIEDADE
 De acordo com a Lei 6404/76 e alterações introduzidas pelas leis
11638/07e 11941/09, são avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, os investimentos em:

A)Controladas
B)Coligadas
C) Sociedades que faça parte de um mesmo grupo
D) Sociedades que estejam sob controle comum
SOCIEDADE CONTROLODORA
 Controladora - é uma entidade que controla uma ou mais
controladas.

 Controle - o poder de governar as políticas financeiras e


operacionais da entidade de forma a obter benefícios de suas
atividades.

**O controle pode ser presumido quando a investidora detiver


mais de 50% do capital votante da investida.
SOCIEDADE CONTROLODORA

 O investidor controla a investida quando está


exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis
decorrentes de seu envolvimento com a investida e
tem a capacidade de afetar esses retornos por meio
de seu poder sobre a investida.
SOCIEDADE CONTROLODORA
 Assim, o investidor controla a investida se, e somente se, o investidor possuir
todos os atributos seguintes:
 (a) poder sobre a investida: O investidor tem poder sobre a investida quando
tem direitos existentes que lhe dão a capacidade atual de dirigir as atividades
relevantes, ou seja, as atividades que afetam significativamente os retornos
da investida.
 (b) exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu
envolvimento com a investida: O investidor está exposto a, ou tem direitos
sobre, retornos variáveis como resultado de seu envolvimento com a
investida quando os retornos do investidor decorrentes de seu envolvimento
têm o potencial de variar conforme o resultado do desempenho da investida.
(positivo ou negativo)
 (c) a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor
de seus retornos: O investidor controla a investida quando tem a capacidade
de usar seu poder para afetar seus retornos decorrentes de seu envolvimento
com a investida.
O controle pode ser exercido direta ou
indiretamente
 a) Controle Direto: quando a investidora possui em
seu próprio nome mais de 50% do capital votante da
investida;
 b) Controle Indireto: quando a investidora exerce o
controle de uma sociedade através de outra, que
também é controlada por ela.

x y z
SOCIEDADES COLIGADAS
 As coligadas são aquelas entidades nas quais a Companhia, tenha
“influência significativa”, na administração da investida sem
que haja controle

 Influência significativa – A lei das S/A define a influencia


significativa como o poder de participar nas decisões políticas
financeiras ou operacional

 ** É presumida a influencia significativa se a investidora detiver


mais de 20% ou mais do capital votante da investida
SOCIEDADES COLIGADAS
 A existência de influência significativa por investidor
geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes
formas:
 (a) representação no conselho de administração ou na
diretoria da investida;
 (b) participação nos processos de elaboração de políticas,
inclusive em decisões sobre dividendos e outras
distribuições;
 (c) operações materiais entre o investidor e a investida;
 (d) intercâmbio de diretores ou gerentes;
 (e) fornecimento de informação técnica essencial.
Grupo Econômico

 Grupo econômico é conjunto formado pela a


controladora e todas as suas controladas.
Sociedades que estejam sob controle
comum
 Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente
convencionado, do controle de negócio, que existe somente
quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o
consentimento unânime das partes que compartilham o
controle.

 Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é


um acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o
controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos
sobre os ativos líquidos desse acordo.
CÁLCULO E CONTABILIZAÇÃO DA
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 A avaliação pelo MEP é feito basicamente em três momentos a
saber:

 1- Na aquisição do investimento
 2- Na apuração do resultado (lucro ou prejuízo)
 3- Na distribuição
Momento da aplicação do MEP

O ajuste a ser realizado pela investidora na


conta de participação societária (ativo não
circulante – investimento) pelo método da
equivalência patrimonial (MEP) refere-se ao
cálculo proporcional à sua participação
percentual no PL da investida sobre o
montante do lucro ou do prejuízo contábil
por ela apurado no período. (antes da
distribuição dos dividendos)
CASO PRÁTICO 1
 A Cia Bandeirantes adquiriu em 02/01/X0, 40% das ações da
Cia Novo Horizonte, cujo patrimônio líquido totalizava
1.500.000 nessa data, tendo pago 600.000 pelo lote inteiro.
Em 31/12/X0, a Cia Novo Horizonte registrou um lucro de
300.000. Em abril de X1, a investida distribuiu 50% do lucro
de X0
Cia B. 40 Cia NH

Dados:
%
Valor da aquisição: $600.000
PL da Novo Horizonte = $1.500.000
Novo horizonte apresentou lucro = $300.000
Distribuiu 50% do lucro no período
Contabilização na investidora (Cia B.)
1- Momento da Aquisição
D - Participação Societária (ANC) $600.000
C - Disponibilidades (AC) $600.000
2- Momento da apuração do resultado pela investida: 40%$300.000 = $120.000
D- Participação Societária (ANC) $120.000
C- Receita com Método de equivalência patrimonial $120.000
3- Distribuição dos lucros pela investida: 40% 150.000 = 60.000
D- Dividendos a receber (AC) $60.000
C- Participação Societária (ANC) $60.000
CASO PRÁTICO 2
 A investidora “A” detêm 50% das ações da CIA “B” o
investimento é avaliado pelo MEP, o saldo da conta
Participação Societária – CIA B, antes do registro da
equivalência patrimonial em 31/12/2010 era de R$900.000

*** A investida forneceu os seguintes dados (2010)


1- Não houve alteração no PL
2- Lucro apurado em 31/12/10 R$800.000
3- Destinação do Lucro: R$600.000 Reserva de Lucros ; e
R$200.000 (dividendos a pagar)
A 50% B
Dados:
Saldo da conta participação societária: $900.000
1- Não houve alteração no PL
2- Lucro apurado em 31/12/10 R$800.000
3- Destinação do Lucro: R$600.000 Reserva de Lucros ; e R$200.000 (dividendos a pagar)

1- Momento da apuração do resultado pela investida:


D- Participação Societária (ANC) $400.000
C- Receita com Método de equivalência patrimonial $400.000
2- Distribuição dos lucros pela investida:
D- Dividendos a receber (AC) $100.000
C- Participação Societária (ANC) $100.000
Lucros não realizados
 Caso existam lucros não realizados em negócios da coligada
ou controlada com a investidora ou com outras sociedades
controladas por esta última ou a ela coligadas, estes
resultados deverão ser excluídos do PL da investida para fins
de determinação da Equivalência Patrimonial. Considera-se
que o lucro não está completamente realizado quando a
companhia adquirente não vendeu o total do lote comprado
para terceiros.

T X Y
VENDA DA CONTROLADORA PARA A
CONTROLADA
 Caso a controladora venda produtos para a controlada com
lucro, o valor correspondente também deverá ser eliminado
por ocasião da equivalência patrimonial de forma
semelhante aos procedimentos de consolidação das
demonstrações contábeis. Nessa hipótese, a controladora
deverá preferencialmente eliminar o lucro gerado nesta
operação tendo como contrapartida uma conta retificadora
das participações societárias (ativo não circulante –
investimentos)

X Y
Caso prático
 A controladora Cia Beta vendeu para a sua controlada Cia Alfa um lote de
200.000 unidades de uma mercadoria ao preço unitário de R$ 15,00, com
lucro de R$ 5,00 por unidade. No final do ano-calendário, permaneciam
nos estoques da Cia Alfa 60.000 unidades que não haviam sido vendidas
a terceiros.
Cia Beta : Receita total:$3.000.000
PV: $15,00 Lucro: $1.000.000
Lucro: $5,00 CMV:$2.000.000
Custo Unitário:$10,00
QV:200.000
Cia Alfa:
Em Alfa permaneciam nos estoques 60.000 unidades adquiridas de Beta. Nesse caso
70% das mercadorias vindas de beta foram vendidas para terceiros o que significa dizer
Que 30% do lucro da operação entre as companhias do grupo não foi realizado.

LNR = 30% de 1.000.000 = 300.000


D- LUCROS ACUMULADOS 300.000
C – PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA
RECEBIMENTO DE LUCROS OU
DIVIDENDOS
 O crédito deverá ser efetuado na própria conta que registrar
a participação societária; o investimento assim reduzido
continuará a representar a participação percentual da
investidora na investida, cujo PL ficou reduzido em face da
distribuição do lucro, e nesse caso não será necessário ajuste
posterior para fins de apuração do lucro real.

P PL +
DRE
A PL Pl -
Método do custo de aquisição
MÉTODO DO CUSTO DE AQUISIÇÃO

 Definição – A avaliação de investimentos pelo


método do Custo de Aquisição consiste em atribuir
o valor originalmente pago por ele, devidamente
quando for ajustado (provisão para perdas de
caráter permanente).
PROVISÃO PARA PERDAS
 Segundo estabelece o inciso III do artigo 183 da lei 6404/76,
os investimentos em capital social de outras sociedades ,
será avaliados pelo custos de aquisição deduzido de provisão
para perdas prováveis na realização do seu valor , quando
esta perda estiver comprovada como permanente;

 ** Exceção dos investimentos avaliados pelo MEP


 D- Despesa c/provisão (Resultado – despesa)
 C- Provisão para Perdas Permanentes (ANC – Part. Societárias)
PROVISÃO PARA PERDAS
 Justificam a Constituição da Provisão:

 A) redução a cada ano do lucro apurado;


 B)apuração de prejuízo por vários exercícios;
 C)Desativação de projetos, fechamento de filiais;
 D) Pedido de falência ou concordata
OBRIGATORIEDADE AO MCA

 Todos os investimento classificado no ativo


não circulante investimento que não estejam
sujeitos ao método da equivalência
patrimonial.
CALCULO DO MÉTODO DO CUSTO DE
AQUISIÇÃO
O valor reconhecido na participação
societária deverá ser proporcional ao
percentual de participação no capital da
investida, e este não sofrerá variações em
consequência de aumento ou diminuição do
PL da investida
DIVIDENDOS NO MÉTODO DO CUSTO
DE AQUISIÇÃO
 No momento da distribuição de dividendos á investidora deverá
efetuar o seguinte lançamento:

 A) Dividendos recebidos até 6 meses após a aquisição


(REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA)
 D - dividendos a receber ou disponibilidades
 C – Participação societária (ANC)

 B) Dividendos recebidos após 6 meses da aquisição


 D - dividendos a receber ou disponibilidades
 C - receita com dividendos (receita não tributável)
CASO PRÁTICO
 A empresa investidora “A” realizou a aquisição de 10% de
títulos representativos do capital da investida “B”, por
R$100.000 em 06/2010 sabendo que este investimento não
está obrigado ao método da equivalência patrimonial e ainda
que após o encerramento do exercício a investida tenha
auferido lucro de R$500.000 e este tenha sido distribuído
integralmente á título de dividendos, demonstre os
lançamentos contábeis desta operação.
Resolução

 Momento da Aquisição
D- participação societária $100.000
C- disponibilidade
 Momento da distribuição dos resultados
D- dividendos a receber ou disponibilidades $50.000
C- receita com dividendos
TRATAMENTO NA MUDANÇA DE
CRITÉRIO CONTÁBIL
 Em relação ao exercício imediatamente anterior ao da mudança do
critério, deverá ser creditada ou debitada a diferença existente entre o
MCA e MEP uma conta de ajustes de exercícios anteriores

 Creditada ou debitada em conta de resultado á diferença da avaliação


pelo MEP entre o exercício corrente e o anterior

 CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de


Erro
PATRIMÔNIO LÍQUIDO NEGATIVO

 No caso em que o valor de seu Patrimônio Líquido passe a ser


negativo, acarretando um “Passivo a Descoberto” (quando o
Balanço Patrimonial passa a apresentar valor total com obrigações
para com terceiros superior ao dos ativos).

 Nesta situação, o procedimento contábil, na investidora, é registrar


normalmente a equivalência patrimonial, diminuindo-se o valor do
investimento, até que este esteja “zerado”, não se registrando,
portanto, qualquer parcela a título de investimento negativo.

 Mas, para fins de controle, pois o investimento não deve ser


baixado (a não ser que a respectiva participação seja integralmente
alienada ou liquidada)
Exceções a aplicação do MEP
 A norma prevê algumas exceções à regra geral da
equivalência patrimonial (CPC 18, itens 17 a 19), mas elas na
prática efetivamente não chegam a ocorrer porque estão
subordinadas à existência de previsão legal, e esta não existe
no momento no Brasil.
Exceções a aplicação do MEP
 Quando o investidor também possuir investimentos em
controladas e estiver dispensado de apresentar as
demonstrações consolidadas, nos termos do CPC 36 –
Demonstrações Consolidadas.
 1- a entidade é controlada (integral ou parcial) de outra
entidade;
 2-os instrumentos de dívida ou patrimoniais da entidade
não são negociados publicamente;
 3-a entidade não arquivou e não está em processo de
arquivamento de suas demonstrações contábeis na
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Exceções a aplicação do MEP
 Outra possibilidade de a investidora deixar de aplicar o
MEP é se o investimento (ou parte dele) for classificado
como mantido para venda de acordo com os critérios do
CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e
Operação Descontinuada. Todavia, se somente uma
parte do investimento estiver assim classificado, a parte
restante, mesmo que sem lhe conferir influência ou
controle, deve ser mantida no grupo do Ativo Não
Circulante (CPC 18.15) e deve continuar a ser avaliada
pelo MEP até a alienação efetiva da parte reclassificada
como mantida para venda.
Segunda Parte
Variações nos ativos líquidos da
investida
 Pelo MEP exigido no CPC 18, a parte do investidor no lucro ou prejuízo do
período da investida será reconhecida no resultado do período do
investidor, de forma que as distribuições recebidas de uma coligada
reduzem o valor contábil do investimento. Já a parte do investidor nas
demais variações de patrimônio líquido (reservas, outros resultados
abrangentes etc.) será reconhecida de forma reflexa, ou seja,
diretamente no patrimônio líquido do investidor.
Reconhecimento inicial da Participação
societária
O custo do investimento, no reconhecimento
inicial, corresponderá à parte do investidor no
patrimônio líquido da investida somente nos
casos em que a transação tenha sido de
integralização de capital (sem ágio ou
deságio na subscrição de ações).
Reconhecimento inicial da Participação
societária
 Isso implica dizer que, na medida em que uma
empresa adquire junto a terceiros uma
participação de capital em outra sociedade (a
qual lhe confira influência, por exemplo), o valor
de aquisição muito provavelmente será diferente
do valor patrimonial dessa participação, dando
origem ao ágio por rentabilidade futura
(goodwill), ao ágio por mais valia de ativos
líquidos ou ganho por compra vantajosa.
SEGREGAÇÃO INICIAL DO
INVESTIMENTO
 Como já comentado, quando um investidor adquire no
mercado uma participação em outra sociedade, a qual lhe
confere influência ou controle (integral ou conjunto), o preço
de aquisição por essa participação conterá outros
componentes além do valor patrimonial dessa participação.
 1- participação societária
 2- goodwill
 3- mais valia de ativos líquidos
 4- ganho por compra vantajosa
Ágio por expectativa de rentabilidade
futura
 ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill)” pela diferença positiva entre o preço de
aquisição pelo investidor (acrescido do valor justo
de alguma participação preexistente, se houver) e
a parte do investidor no valor justo dos ativos
líquidos.

 Deste modo o goodwill seria a parcela paga pelo


investidor que exceda o percentual de participação
deste sobre o valor justo dos ativos líquidos.
Ágio por expectativa de rentabilidade
futura

VALOR PAGO
GOODWILL
VJ – VALOR JUSTO DOS ATIVOS
LÍQUIDOS;
VJ VP- VALOR PATRIMONIAL DAS
AÇÕES (VALOR CONTÁBIL DOS
ATIVOS LÍQUIDOS OU PL A
VALOR CONTÁBIL);
VP
CV – COMPRA VANTAJOSA

CV GOODWILL = VALOR PAGO - VJ


Ágio por expectativa de rentabilidade
futura
 Dois fatores podem fazer com que o valor
justo de uma participação em coligada ou
controlada em conjunto seja maior que o
valor patrimonial dessa participação: (a) a
diferença entre o valor justo dos ativos
líquidos da investida e seus respectivos
valores contábeis.
 (b) - um excesso de valor entre o valor justo
da participação (ou o valor de aquisição,
quando de uma compra) e o valor justo dos
ativos líquidos da investida sempre que o uso
conjunto dos ativos líquidos no negócio vier a
proporcionar lucros futuros maiores do que o
valor proporcionado pelo caixa teórico que se
faria, na data da aquisição, pela disposição
(venda) dos ativos
Mais-valia de ativos líquidos

 Um ágio por “mais-valia de ativos líquidos”


pela diferença positiva entre a parte do
investidor no valor justo dos ativos líquidos e o
valor patrimonial da participação adquirida

A realização da mais-valia ocorrerá de forma


proporcional á realização dos ativos e passivos
da investida que lhes deu origem quando do
reconhecimento inicial do investimento.
MAIS VALIA

GOODWILL

A mais valia dos ativos líquidos será


VJ
a diferença positiva entre o percentual de
participação do investido no PL a valor justo
e o percentual de participação do investidor
VP
no PL a valor contábil.

CV
Ganho por compra vantajosa (deságio
na aquisição)
 Caso tenhamos ambas as diferenças como
negativas, teremos então um valor por
menos-valia de ativos líquidos (ativos que
valem menos do que o montante pelo qual
estão escriturados) e um ganho de compra
vantajosa (custo de aquisição por valor menor
do que valem os ativos e passivos adquiridos
– que deveria, como regra, ser exceção).
GANHO POR COMPRA VANTAJOSA

GOODWILL

VJ

VP
Ganho por compra vantajosa:custo de aquisição
por valor menor do que valem
os ativos e passivos adquiridos
CV
VALOR PAGO
Ganho por compra vantajosa (deságio
na aquisição)
 Portanto, um ganho por compra vantajosa
ocorreria apenas ocasionalmente, como, por
exemplo, nos casos em que a transação se
configure, em uma venda forçada ou por
limitações existentes na mensuração do valor
justo dos ativos líquidos (CPC 15.35).
Ganho por compra vantajosa (deságio
na aquisição)
 Esse valor de aquisição, para fins contábeis, pode
ser decomposto em até três valores: o valor
patrimonial do investimento adquirido (PL da
investida X o percentual da participação
comprada), o ágio por mais-valia de ativos líquidos
(ou menos-valia) e o goodwill. Todavia, se houver
um ganho de compra vantajosa ele deve ser
reconhecido no resultado a débito da conta de
investimento na data da obtenção da influência,
controle ou controle compartilhado.
Exemplo 1
 Suponha-se uma aquisição, por $ 5 milhões a vista, de
30% do patrimônio líquido de determinada sociedade
(Alfa), cujo patrimônio líquido contábil era de $ 12
milhões na data dessa aquisição.
 Na determinação do valor justo dos ativos líquidos da
investida, na data da aquisição, constatou-se que o
valor justo do imobilizado era $ 1 milhão maior que seu
saldo contábil, bem como que existe uma patente,
criada pela própria empresa e que, por isso, não estava
contabilizada, mas que pode ser negociada
normalmente no mercado por $ 0,5 milhão.
Resolução
 PL (vc) = $12 milhões
 Valor da patrimonial da participação = 30% de $12 milhões = $3.6.000.000
 Valor pago = $5milhões
 PL (vj) = $13.5 milhões
 % de participação sobre o PL a vj = $4.05milhões

1- Goodwill
GD = $5milhões – $4.05milhões
GD= $950.000
2- mais valia
MV = $4.05 - $3.6milhões = $450.000

3- contabilização
D- participação societária $3.6 milhões
D- goodwill $950.000
D- mais valia $450.000
C- disponibilidades $5milhões
Exemplo 2

 Alfacomprou a vista 100% do capital social


de Beta pelo valor de R$ 50.000. O PL de Beta
a valor contábil era de R$ 40.000,
representado por ativos de R$ 55.000 e
passivos de R$ 15.000. O PL de Beta a valor
justo era de R$ 47.000, representado por
ativos de R$ 62.000 e passivos de R$ 15.000.
Considere que a diferença do ativo decorre de
um terreno.
Resolução
 X comprou 100% de Y
 Valor pago - $50.000
 Pl (vc) -$40.000
 Pl (vj) - $47.000

Goodwill - $50.000 - $47.000 - $3mil


Mais valia de ativos - $47.000 - $40mil - $7mil
Contabilização:
D- participação societária $40.000
D- goodwill $3mil
D- mais valia $7mil
C- disponibilidades $50.000
Exemplo 4

 Alfa comprou a vista 100% do capital social de


Beta pelo valor de R$ 45.000. O PL de Beta a
valor contábil era de R$ 40.000, representado
por ativos de R$ 55.000 e passivos de R$ 15.000.
O PL de Beta a valor justo era de R$ 47.000,
representado por ativos de R$ 62.000 e passivos
de R$ 15.000. Considere que a diferença de
ativos ocorre em função de máquinas e
equipamentos depreciadas a 20% a.a
Exemplo 5

 Alfa comprou a vista 100% do capital social de


Beta pelo valor de R$ 37.000. O PL de Beta a
valor contábil era de R$ 40.000, representado
por ativos de R$ 55.000 e passivos de R$ 15.000.
O PL de Beta a valor justo era de R$ 39.000,
representado por ativos de R$ 54.000 e passivos
de R$ 15.000.  Considere que a diferença
ocorreu em função de desvalorização de
estoque, ainda não vendidos

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