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1.

Investimento em Coligadas e Controladas

Para entender melhor o que seria o Investimento em Coligadas e Controladas,


precisamos antes entender alguns conceitos básicos:

Investimento:

Em economia, investimento significa a aplicação de capital em meios de


produção, visando o aumento da capacidade produtiva (instalações, máquinas,
transporte, infraestrutura), ou seja, em bens de capital. O investimento produtivo se
realiza quando a taxa de lucro sobre o capital supera ou é pelo menos igual à taxa de
juros ou que os lucros sejam maiores ou iguais ao capital investido.

Coligada:

É uma entidade (incluindo entidades sem personalidade jurídica própria) tais


como parcerias, na qual o investidor exerce influência significativa, ou seja, o poder de
participar nas decisões da política financeira e operacional da entidade coligada. E que
não é nem uma controlada nem uma participação em uma joint venture.

Controlada:

É a entidade, também inclusa nesse caso, a que não é constituída sob a forma de
sociedade tal como uma parceria. Na qual a controladora, diretamente ou por meio de
outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
permanente. Esta tem preponderância (participação maior que 50% no capital) nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

Controle conjunto:

É o compartilhamento do controle, contratualmente estabelecido, sobre uma


atividade econômica que existe somente quando as decisões estratégicas, financeiras e
operacionais relativas à atividade exigirem o consentimento unânime das partes que
compartilham o controle (os empreendedores).
Demonstrações separadas:

São aquelas apresentadas por uma controladora, um investidor em coligada ou


um empreendedor em uma entidade controlada em conjunto, nas quais os investimentos
são contabilizados com base no valor do interesse direto no patrimônio.

Método da equivalência Patrimonial e sua aplicação:

De acordo com este método, o investimento em coligada deve ser reconhecido


pelo custo do seu valor contábil, que será aumentado e ou diminuído de acordo com a
participação dos seus investidores, gerados pela investida após aquisição. Faz-se
necessário, às vezes, alguns ajustes nestes valores contábeis a fim de reconhecer o
investimento de maneira mais proporcional.
A participação do investidos deve ser reconhecida de forma reflexa, ou seja, em
outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio liquido do investidor.
É importante salientar que estão obrigadas a contabilizar seus investimentos
utilizando-se do método de equivalência patrimonial as entidades com controle
individual ou conjunto (compartilhado) ou com influência significativa sobre uma
investida.

Perdas por Irrecuperabilidade:

Após a aplicação do método de equivalência patrimonial, incluindo o


reconhecimento dos déficits da coligada, o investidor deve aplicar certos requisitos para
determinar a necessidade de reconhecer alguma perda adicional por redução ao valor
recuperável no investimento líquido total desse investidor na coligada.
O investidor, em decorrência de sua participação na coligada, também deve
aplicar os requisitos para determinar a existência de alguma perda adicional por
irrecuperabilidade (impairment) em itens que não fazem parte do investimento líquido
nessa coligada e o valor dessa perda.
Se, após a aplicação desses requisitos alguma perda for constatada, a entidade
deve avaliar uma redução ao valor recuperável de ativos não gerados de caixa.
Demonstrações contábeis separadas:

O investimento em coligada deve ser contabilizado nas demonstrações


contábeis separadas do investidor.

Divulgação:

 O valor justo dos investimentos em coligadas para os quais existam cotações de


preço divulgadas;
 Informações financeiras resumidas das coligadas, incluindo os valores totais de
ativos, passivos, receitas e do superávit ou déficit do período;
 As razões pelas quais foi desprezada a premissa de não existência de influência
significativa, se o investidor tem, direta ou indiretamente por meio de suas
controladas, menos de vinte por cento do poder de voto da investida (incluindo o
poder de voto potencial), mas conclui que possui influência significativa;
 As razões pelas quais foi desprezada a premissa da existência de influência
significativa, se o investidor tem, direta ou indiretamente por meio de suas
controladas, vinte por cento ou mais do poder de voto da investida (incluindo o
poder de voto potencial), mas conclui que não possui influência significativa;
 A data de apresentação das demonstrações contábeis de uma coligada utilizadas
para aplicação do método de equivalência patrimonial, sempre que essa data ou
período divergirem das do investidor e as razões pelo uso de data ou período
diferente;
 A natureza e a extensão de quaisquer restrições significativas (por exemplo, em
consequência de contratos de empréstimos ou exigências legais ou
regulamentares) sobre a capacidade de a coligada transferir fundos para o
investidor na forma de dividendos ou pagamento de empréstimos ou
adiantamentos;
 A parte não reconhecida nos déficits da coligada, tanto para o período quanto
acumulado, caso o investidor tenha suspendido o reconhecimento de sua parte
nos déficits da coligada;
 O fato de a participação na coligada não estar contabilizada pelo método de
equivalência patrimonial, em conformidade com as exceções especificadas no
parágrafo 19 desta Norma; e
 Informações financeiras resumidas das coligadas cujos investimentos não foram
contabilizados pelo método de equivalência patrimonial, individualmente ou em
grupo, incluindo os valores do ativo total, do passivo total, das receitas e do
superávit ou déficit do período.

2. Reelaboração das Demonstrações Contábeis das empresas Praticom Tecnologia


S/A e da Future Sistemas LTDA

Capital Social R$ 70.000,00


Reserva de Lucros R$ 21.859,00

PL (investida) = R$ 91.859,00
% de participação (80%) = R$ 73.487,20

R$ 80.000,00 – R$ 73.487,20 = R$ 6.512,80 Ágio

Praticom
D- Investimento em coligadas R$ 73.487,20
D- Investimento em coligadas – ágio R$ 6.512,80
C- Caixa e Bancos R$ 80.000,00

Future
D- Caixa e Bancos R$ 80.000,00
C- Capital Social R$ 80.000,00
Passo 2

Lançamentos Contábeis

a)

Praticom
C- Caixa e Bancos R$ 12.000,00
D- Empréstimo Future Sistemas R$ 12.000,00

Future
D- Caixa e Bancos R$ 12.000,00
C- Empréstimo L.P. R$ 12.000,00

b)

Future
C- Receita R$ 15.114,00
D- Contas a Receber R$ 15.114,00

Praticom
D- Despesas c/ Serv. Profis. Prestados R$ 15.114,00
C- Fornecedores de Serv. e Produtos R$ 15.114,00

c)

Praticom
C- Caixa e Bancos R$ 13.247,00
D- Adiantamento de Fornecedor R$ 13.247,00

Future
D- Caixa e Bancos R$ 13.247,00
C- Adiantamento de Clientes R$ 13.247,00

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