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AULA 1:
IFRS: Padrões de reporte financeiro internacional, são normas contábeis emitidas pelo IASB (Conselho
de padrões contábeis internacional). São exigidas e aceitas na maior parte do mundo.
Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos
passados.
Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.
Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como
resultado de eventos passados.
Contas de Resultado: representam as variações patrimoniais da empresa, que vão ser divididas em
receitas e despesas e apresentadas na demonstração de resultado do exercício.
Receitas são os aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumento no
patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de detentores de direitos sobre o
patrimônio.
- Aluguéis Ativos.
Quando a palavra Ativos é usada como adjetivo significa dizer que essa conta ocorre em favor da
entidade, que é uma conta de receita. (que a entidade recebe).
Despesas são reduções nos ativos, ou amentos nos passivos, que resultam em reduções no
patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre o
patrimônio.
Quando a palavra Passivos é usada como adjetivo significa dizer que essa conta são pagas pela entidade.
CONTAS PATRIMONIAIS
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Direitos Patrimônio Líquido
(Contas de natureza devedora) (Contas de natureza credora)
CONTAS DE RESULTADO
Despesas Receitas
(Contas de natureza devedora) (Contas de natureza credora)
No razonete o saldo é devedor quando o total dos valores lançados a débito for maior que os valores
lançados a crédito e vai ser credor quando ocorrer o contrário.
Ativo circulante:
Espera-se que seja realizado ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal
do ciclo operacional da entidade;
Está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
Espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
É caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se
encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
Passivo Circulante:
- Receitas;
- Ganhos e perdas decorrentes de baixa de ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado;
- Custos de financiamento;
- Parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método da equivalência
patrimonial;
- Tributos sobre o lucro;
- um único valor para o total de operações descontinuadas.
BALANÇO PATRIMONIAL
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
AULA 2:
Investidores e credores são conhecidos como usuários primários dos relatórios contábil-financeiros de
propósito geral.
Como pensam investidores e credores? Quais informações precisam para tomar as decisões em relação
a entidade?
Comprar, vender ou
Dependem do retorno
manter instrumentos
Investidores esperado dos
patrimoniais e
investimentos.
instrumentos de dívida.
Fluxo de caixa garante liquidez para a empresa honrar com suas obrigações e garante o pagamento de
dividendos para os investidores.
A empresa pode ser lucrativa mas sem fluxo de caixa, sem disponibilidade de caixa, pode não conseguir
honrar suas obrigações e não conseguir distribuir dividendos.
Reconhecimento e desreconhecimento:
Reconhecimento.
Mensuração.
As demonstrações estão vinculadas porque o reconhecimento de item (ou mudança em seu valor
contábil) exige o reconhecimento ou desreconhecimento de um ou mais outros itens (ou mudanças no
valor contábil de um ou mais outros itens).
“ao passo que há o reconhecimento de algum item como ativo através de um lançamento a débito, deve
haver o desreconhecimento de um outro item de ativo através de um lançamento a crédito, ou o
reconhecimento de um outro item de passivo através também de lançamento a crédito”.
Critérios de reconhecimento:
Somente itens que atendem as definições dos elementos das demonstrações devem ser
reconhecidos nas demonstrações financeiras.
Nem todos os itens que atendem a definição de um desses elementos devem ser reconhecidos.
Os elementos das demonstrações são reconhecidos somente se seu reconhecimento fornece
aos usuários informações que são úteis.
O ativo ou passivo deve ser reconhecido se é provável que os benefícios das informações
fornecidas aos usuários das demonstrações contábeis pelo reconhecimento justifiquem os
custos de fornecer e utilizar essas informações.
O reconhecimento de ativo ou passivo específico e quaisquer receitas, despesas ou mutações
do patrimônio líquido resultantes nem sempre podem fornecer informações relevantes. Esse
pode ser o caso se, por exemplo:
a) É incerto se existe ativo ou passivo; ou
b) Existe ativo ou passivo, mas a probabilidade de entrada ou saída de benefícios econômicos
é baixa.
O nível de incerteza envolvido ao estimar a mensuração de ativo ou passivo pode ser tão alto
que pode ser questionável se a estimativa forneceria representação suficientemente fidedigna,
como no caso de mensuração baseadas em fluxo de caixa.
a) Quaisquer ativos e passivos retidos após a transação ou outro evento que levou ao
desreconhecimento (incluindo qualquer ativo ou passivo adquirido, incorrido ou criado como
parte de transação ou de outro evento); como
b) A mudança nos ativos e passivos da entidade resultado dessa transação ou outro evento.
Custo histórico;
Valor justo;
Valor em uso e valor de cumprimento;
Custo corrente.
Custo histórico:
Valor justo:
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de ativo ou que seria pago pela
transferência de passivo em transação ordenada entre participantes do mercado na data de
mensuração.
Em alguns casos, o valor justo pode ser determinado diretamente, observando-se os preços em
mercado ativo. Em outros casos, o valor justo é determinado indiretamente utilizando técnicas
de mensuração, por exemplo, baseadas em fluxo de caixa.
Valor em uso é o valor presente dos fluxos de caixa, ou outros benefícios econômicos, que a
entidade espera obter do uso de ativo e de sua alienação final.
Valor de cumprimento é o valor presente do caixa, ou de outros recursos econômicos, que a
entidade espera ser obrigada a transferir para cumprir a obrigação.
O valor em uso e o valor de cumprimento incluem o valor presente de quaisquer custos de
transação que a entidade espera incorrer na alienação final do ativo ou no cumprimento do
passivo.
Custo corrente:
Contas a receber são ativos, são um tipo de recurso econômicos presentes controlados pela entidade
como resultado de eventos passados.
O reconhecimento deve ocorrer somente por mercadorias vendidas ou por serviços prestados e
executados até a data do balanço de acordo com as regras para o reconhecimento da receita.
As baixas devem ser reconhecidas pelas cobranças feitas, pelas mercadorias devolvidas ou descontos
comerciais e abatimentos concedidos e pelo reconhecimento das perdas até aquela data.
A entidade deve contabilizar o efeito de um contrato com um cliente que esteja dentro do alcance do
CPC 47, somente quando 5 critérios forem atendidos. Efeitos do contrato que o CPC menciona
Contabilização das receitas, dos recebíveis.
Critérios:
A entidade deve reconhecer receita quando ou a medida que a entidade satisfaz a obrigação de
performance ao transferir o bem ou serviço (um ativo) prometido ao cliente, o ativo é considerado
transferido ao cliente quando ou a medida que o cliente obtiver o controle desse ativo. Essa
transferência de ativo entre a entidade e o cliente, determina a satisfação de uma obrigação de
performance e quando uma O.P é satisfeita, a receita correspondente a ela deve ser reconhecida. Se
esse contrato não determina que o pagamento deve ocorrer a vista, então a cada receita reconhecida
deve ser reconhecida como contra partida “contas a receber de clientes”.
Os elementos de ativos decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, isso
significa que nós temos que segregar os valores de principais (preço do produto a vista) e o que se
espera receber a título de juros sobre o financiamento da venda desse ativo.
É uma conta redutora das contas a receber, é uma conta de natureza credora que figura no ativo da
entidade, representa a incerteza no recebimento dos valores permitindo um ajuste na expectativa de
benefícios futuros dos direitos.
A mensuração dessas perdas estimadas deve ser feito de forma a refletir o valor imparcial e ponderado
pela probabilidade de avaliação de um intervalo de resultados possíveis, ou seja, devem ser projetados
vários intervalos de resultados possíveis quanto ao recebimento dessas perdas e esses resultados
devem ser ponderados pra se chegar em um valor que vai ser a melhor estimativa das perdas no geral
para a entidade.
Nessa mensuração, outros dois aspectos são importantes: o valor do dinheiro no tempo e a obtenção de
informações relativas a condições e aos eventos econômicos passados e futuros em torno da entidade e
do cliente, que é quem deve saldar essa obrigação que para a entidade é um direito.
Para a constituição de cada um desses cenários possíveis, alguns fatores devem ser considerados na
estimativa, como:
Tem sido uma prática comum e considerada adequada: primeiro, determinar o valor das perdas já
conhecidas com base nos clientes atrasados, em falência ou dificuldades financeiras evidentes e
segundo, estabelecer o valor adicional das perdas estimadas para cobrir perdas prováveis, mesmo que
ainda não conhecidas por se referirem a contas que ainda vão vencer mas cuja inadimplência é comum
de ocorrer com base na experiência da empresa pro determinado tipo de cliente.
Modelo aging list, que consiste em classificar todas as contas em aberto por categoria de vencimento.
Exemplo com 6 categorias:
Não vencidas;
Vencidas entre 1 e 30 dias;
Vencidas entre 31 e 60 dias;
Vencidas entre 61 e 90 dias;
Vencidas entre 91 e 180 dias;
Vencidas há mais de 180 dias.
Podem existir quantas categorias os preparadores das demonstrações julgarem necessárias para refletir
de maneira fidedigna a relação da entidade com as suas contas a receber.
Para que possamos atender a legislação societária e evidenciar essas perdas na demonstração sem
infringir as regras da legislação fiscal no Brasil, nós temos alguns procedimentos importantes de
contabilização que devem ser seguidos para o reconhecimento das perdas estimadas com crédito de
liquidação duvidosa.
Contabilização:
Reconhecimento da Perda
D – Despesas com PECLD (não dedutível)
C – PECLD
Realização da perda
D – Perdas com incobráveis (dedutível)
C – Duplicatas a receber
Reversão da PECLD
D – PECLD
C – Receita com reversão de despesa (não tributável)
Recebimento de direito já baixado
D – Caixa
C – Receita com recuperação de despesa (tributável)
(não dedutível): não vai compor a base de cálculo do imposto de renda e contribuição social.
(não tributável): não integra a base de calculo do imposto de renda e contribuição social.
EXEMPLO:
Uma empresa possui um valor de R$ 100.000,00 a receber de um cliente. No entanto, após uma
avaliação criteriosa, observou-se que 20% desse valor provavelmente não será recebido (estimativa).
Se no mesmo exemplo, os clientes pagaram o valor de R$ 75.000, a PECLD não foi suficiente.
Deve-se, portanto, fazer o reconhecimento da perda:
Essa situação está relacionada com a primeira situação e é uma continuação dela.
Desconto de duplicatas: descontar duplicatas é uma forma de capitar recursos junto a instituições
financeiras, as características básicas de uma operação de desconto de duplicatas são a compra estar
sujeita a uma anulação na hipótese de o cliente não pagar a duplicata na data do vencimento, então os
riscos da operação de crédito não são transferidos para instituição financeira, eles continuam com a
entidade. A entidade continua assumindo todos os riscos da operação de crédito com seus clientes e os
recursos capitados juntos ao banco, devem ser tratados pela entidade como dívida no passivo
circulante.
O banco compra a duplicata da entidade e paga a vista com desconto de encargos financeiros
antecipados, o tratamento desses encargos financeiros envolve apropriá-los como despesa ao longo do
prazo de desconto da duplicata. E no momento do desconto da duplicata são reconhecidos na conta
“encargos financeiros antecipados” que é uma conta redutora do passivo circulante.
EXEMPLO:
A entidade efetuou uma venda de prestação de serviços em 30/11/20x8 pelo valor de R$ 1.000,
com vencimento para 15/02/20x9. Em 30/11/20x8, a companhia descontou essa conta a
receber no Banco da praça, tendo o Banco cobrado encargos financeiros antecipados de R$ 25.
Ainda fica um saldo de 15$ em encargos financeiros antecipados para o ano de 20x9
Obrigação por devolução: Em alguns casos a venda é realizada e o cliente tem o direito de devolver o
produto e receber algo por essa devolução, como reembolso total ou parcial do que já foi pago, créditos
a serem compensados com valores devidos ou outro produto em troca. Nesses casos a empresa deve
reconhecer a receita pelo valor que espera efetivamente receber, enquanto o valor relacionado a
produtos que espera que sejam devolvidos deve figurar no passivo. Considerando que a receita é a
contrapartida natural do contas a receber, o contas a receber também só deve ser reconhecido pelo
valor que a empresa espera efetivamente receber.
EXEMPLO:
A entidade efetuou vendas a prazo de produtos no valor de R$ 10.000, com custo de R$ 4.000 e
expectativa de devolução de 20%.
Registros contábeis:
AULA 4:
Instrumento financeiro: é qualquer contrato que de origem a um ativo financeiro para a entidade e a
um passivo financeiro ou instrumento patrimonial para outra entidade. Está ligado a outras três
definições muito importantes: ativo financeiro, passivo financeiro e instrumento patrimonial.
Ativo financeiro: é qualquer ativo que seja caixa (1), instrumento patrimonial de outra entidade (2),
direito contratual de receber caixa ou ativo financeiro de outra entidade (3), ou ainda, de troca de ativos
financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condições potencialmente favoráveis para a
entidade (4), também pode ser um contrato que seja ou possa vir a ser liquidado por instrumentos
patrimoniais da própria entidade (5).
Exemplos: dinheiro na gaveta (1), ações de outra entidade (2), contas a receber (3), troca de ações que
gere um potencial direito favorável a entidade (esse potencial direito se torna um ativo financeiro) (4),
algum tipo de contrato firmado entre a entidade e uma outra parte em que a entidade pode esperar
que seja liquidado com a recuperação de instrumentos patrimoniais da entidade (5).
Passivo financeiro: qualquer passivo que seja uma obrigação contratual de entregar caixa ou outro ativo
financeiro a uma entidade, ou troca de ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade
sob condições que são potencialmente desfavoráveis para a entidade. Também envolvem contratos que
poderão ser liquidados por instrumentos patrimoniais da própria entidade, ou seja, um contrato com
uma outra parte que pode ser liquidado mediante a entrega de, por exemplo, ações da entidade.
Instrumentos patrimoniais: qualquer contrato que evidencie uma participação nos ativos de uma
entidade após a dedução de todos os seus passivos, é um instrumento que dá controle sobre o
patrimônio líquido ou uma parte do patrimônio líquido de uma entidade.
A entidade deve reconhecer um ativo financeiro ou um passivo financeiro em seu balanço patrimonial
quando e apenas quando a entidade se tornar partes das disposições contratuais do instrumento.
Quando a entidade reconhecer pela primeira vez um ativo financeiro a entidade deve classifica-lo de
acordo com os itens do CPC 48.
Itens:
Mensuração:
Mensuração inicial:
A entidade deve mensurar o ativo financeiro ao seu valor justo, mais ou menos, os custos de
transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou à emissão do ativo financeiro.
Mensuração subsequente:
Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar o ativo financeiro de acordo com a
classificação acima em:
o Ao custo amortizado;
o Ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes; ou
o Ao valor justo por meio do resultado.
Custo amortizado: é o valor pelo qual o ativo financeiro ou passivo financeiro é mensurado no
reconhecimento inicial menos a amortização do principal, mais ou menos, a amortização acumulada
utilizando-se o método de juros efetivos de qualquer diferença entre valor inicial e valor no vencimento
e para ativos financeiros ajustados por qualquer provisão para perdas.
Ativos financeiros de renda fixa: também são denominados instrumentos de dívida, tendo em vista que
representam passivos na entidade emissora desses instrumentos e tem como características principais
prazo de vencimento, recebimentos fixos e remuneração de juros.
EXEMPLO:
A entidade comprou a vista em 01/07//20x8 título público federal pelo valor de R$ 1.000, com
vencimento para 01/07/20x9 e juros de 6% ao ano. Em 31/12/20x8, os rendimentos desse
título até essa data eram de R$ 30 e o valor de cotação no mercado desse título era de 1.040.
Registros em 20x8:
Desreconhecimento dos ativos financeiros: a entidade deve desreconhecer o ativo financeiro quando e
apenas quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo financeiro expirarem ou transferir o
ativo financeiro conforme os itens que indicam que a entidade transfere o ativo financeiro se ela
transferir os direitos contratuais de receber fluxos de caixa do ativo financeiro ou quando a entidade
retiver os direitos contratuais de receber os fluxos de caixa do ativo financeiro original mas assumir uma
obrigação contratual de pagar esses fluxos de caixa a uma ou mais entidade que vão ser eventuais
recebedores, isso é comum em caso de desconto de duplicatas.
Essa transferência do ativo financeiro se classifica para o desreconhecimento quando se compreende
que todos os riscos e benefícios decorrentes desse ativo financeiro foram transferidos para outra
entidade.
A entidade comprou a vista em 01/07//20x8 título público federal pelo valor de R$ 1.000, com
vencimento para 01/07/20x9 e juros de 6% ao ano. Em 31/12/20x8, os rendimentos desse
título até essa data eram de R$ 30 e o valor de cotação no mercado desse título era de 1.040.
Os rendimentos apenas de 20x9 foram de R$ 32.
EXEMPLO:
A entidade comprou a vista em 01/07/20x8 título público federal pelo valor de R$ 1.000, com
vencimento para 01/07/20x9 e juros de 6% ao ano. Em 31/12/20x8, os rendimentos desse
título até essa data eram de R$ 30 e o valor de cotação no mercado desse título era de R$
1.040. O título foi vendido em 02/01/20x9 por R$ 1.060.
A entidade comprou a vista em 01/07/20x8 título público federal pelo valor de R$ 1.000, com
vencimento para 01/07/20x9 e juros de 6% ao ano. Em 31/12/20x8, os rendimentos desse
título até essa data eram de R$ 30 e o valor de cotação no mercado desse título era de R$
1.040. O título foi vendido em 02/01/20x9 por R$ 1.020.
Conta corrente bancária Ganho ajuste valor justo Perda ajuste valor justo
(4) 1.020 1.000 (1) 10 (3) 4) 20
Ativos financeiros de renda variável: também são denominados instrumentos de patrimônio, tendo em
vista que representam o patrimônio líquido da entidade emissora desses instrumentos. Características
principais: participação no capital da emitente dos títulos, não existe prazo para a emitente dos títulos
devolver os recursos para os detentores desses títulos e a remuneração variável oriunda desses títulos
depende dos resultados apurados pela emitente. Exemplos: ações de sociedades anônimas ou cotas em
sociedades limitadas.
EXEMPLO:
A entidade comprou a vista em 01/07/20x8 ação de companhia aberta pelo valor de R$ 3.000.
No final do ano de 20x8 a companhia aberta distribuiu dividendos no valor de R$ 60 e o valor
da cotação desse título no mercado em 31/12/20x8 era de R$ 3.050.
A entidade comprou a vista em 01/07/20x8 ação de companhia aberta pelo valor de R$ 3.000.
No final do ano de 20x8 a companhia aberta distribuiu dividendos no valor de R$ 60 e o valor
da cotação desse título no mercado em 31/12/20x8 era de R$ 3.050. O título foi vendido em
02/01/20x9 por R$ 3.070.
A entidade comprou a vista em 01/07/20x8 ação de companhia aberta pelo valor de R$ 3.000.
No final do ano de 20x8 a companhia aberta distribuiu dividendos no valor de R$ 60 e o valor
da cotação desse título no mercado em 31/12/20x8 era de R$ 3.050. O título foi vendido em
02/01/20x9 por R$ 3.030.
AULA 5:
Empresas comerciais e industriais vendem mercadorias para os seus clientes, então elas precisam
manter mensuração dos seus estoques e mensuração do custo das mercadorias vendidas. Na aula de
hoje vamos aprender como controlar e mensurar os estoques e o custo das mercadorias vendidas.
Enquanto ativos, os estoques são reconhecidos a partir do momento em que a entidade passa a ter
controle sobre esse ativo e usufruir do fluxo de benefícios econômicos que vem dos ativos.
A mensuração dos estoques deve ocorrer ao custo ou ao valor realizável líquido, dos dois sempre o
menor.
O custo está relacionado ao valor de aquisição mais as taxas relacionadas com a transação, o valor
realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos
estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda desses
estoques.
Na mensuração ao custo, devem ser incluídos ainda todos os custos de aquisição e de transformação
bem como outros custos incorridos para trazer os estoques a sua condição e localização atuais.
Custos de aquisição:
+ preço de compra
+ impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco).
+ custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos
acabados, materiais e serviços.
- descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes.
Custos de transformação:
O CPC também estabelece algumas regras para esse processo de alocação sistemática, que nós também
chamamos de rateio.
Ratear custos é dividir custos, o objetivo é que você consiga direcionar os custos que são indiretos para
cada unidade de produto, isso ajuda a estabelecer o custo dos produtos vendidos no momento em que
cada uma dessas unidades é vendida.
Se uma empresa que produziu muitos produtos vai dividir esses custos de maneira que fique poucos
custos para cada produtos, se em um outro período ela produzir poucos produtos os custos indiretos de
fabricação fixo, que não variam de acordo com a produção vão continuar os mesmos e vai dividir esses
custos entre os poucos produtos que foram produzidos no período e cada unidade de produto vai ter
que suportar uma carga muito grande de custo e o CPC 16 tenta resolver isso.
O CPC 16 diz que essa alocação vai ser baseada na capacidade normal de produção (é a capacidade de
produção média que se espera atingir ao longo de vários períodos em circunstancias normais) e o rateio
vai sempre acontecer com base nessa quantidade.
O nível real de produção vai poder ser usado como uma aproximação da capacidade normal de
produção se não houver grande disparidade entre eles.
Como consequência da utilização da capacidade normal de produção, o valor do custo fixo alocado a
cada uma das unidades de produto, não poderá ser aumentado por causa do baixo volume de produção
ou por capacidade ociosa.
Então, vai calcular a capacidade normal de produção e com essa quantidade você vai criar uma taxa para
alocação de custos indiretos de fabricação, principalmente os fixos. Essa taxa vai ser sempre a base para
a alocação dos custos indiretos, independente de qual seja o volume real de produção. Pode ser maior
ou menor que a capacidade normal.
Quando ele for menor, vai ter um excedente de custos indiretos de fabricação fixos que não vão ser
alocados aos custos dos produtos, não vão ser alocados aos estoques de produtos. Os custos fixos não
alocados aos produtos devem ser reconhecidos como despesas no período em que forem incorridos.
Em outros períodos de volume de produção anormalmente altos, o montante de custo fixo alocado a
cada unidade produzida vai poder ser diminuído, de maneira que os estoques não são mensurados
acima do custo. Então, quando você produz mais que a capacidade normal de produção e esse volume
for muito mais alto, vai poder calcular uma nova taxa para o rateio dos custos indiretos de fabricação
fixos, de maneira que o montante que cada um desses produtos vai receber de custos indiretos vai
poder ser menor nessas circunstancias.
Esse tipo de alocação de custos está relacionado com um tipo de processo de produção considerado
mais comum, nesse processo é agregado várias matérias primas em um esforço de produção para
compor um produto que é diferente das matérias primas utilizadas, mas nem todo processo produtivo
ocorre dessa maneira, existe um outro tipo de processo que é chamado de produção conjunta.
Produção conjunta: os custos de um processo podem resultar na produção simultânea de dois ou mais
produtos, nesse tipo de produção temos um processo de desagregação.
Produtos de um processo de produção conjunta que tem valores baixos de venda, comparadas ao valor
da venda do produto principal ou dos produtos conjuntos. Quando isso acontece, chamamos esse
produto de subproduto e ele recebe um tratamento contábil diferente.
Ex: madeira, quando tratada vira toras de madeira e produz também um subproduto que é a serragem.
Quando os custos de produção de cada produto não são separadamente identificáveis, eles devem ser
atribuídos aos produtos em base racional e consistente.
Início na soja bruta, ela passa por alguns processos, o primeiro é o de limpeza. Essa limpeza vai dar
origem ao farelo de soja e o bruto da soja vai seguir em frente para o segundo processo, que é o
processo de prensagem, pela prensagem vamos ter dois produtos como resultado, o primeiro é o óleo
de soja e o segundo é a pasta de soja. A pasta de soja passa por um terceiro processo, a moagem, e da
origem a farinha de soja.
Nesse exemplo temos dois produtos principais, o óleo de soja e a farinha de soja. A pasta de soja é
resultante de um processo intermediário (sendo um produto intermediário) e normalmente não é
comercializada nesse formato. O farelo de soja é um subproduto já que é comercializado por um valor
bem mais baixo do que os demais.
A alocação pode ser baseada no valor relativo da receita de venda de cada produto, seja na fase do
processo de produção em que os produtos se tornam separadamente identificáveis, ou no final da
produção, conforme o caso.
O que aconteceria no caso do exemplo acima, é que o custo da matéria prima ia passar pelo processo de
limpeza e prensagem. Todo esse custo ia continuar agregado ao valor inicial da matéria prima, mas a
partir da prensagem nós precisaríamos alocar esses custos ou ao óleo de soja ou a pasta de soja, essa
alocação se daria com base no valor relativo de receita de venda de cada um desses produtos. A venda
integral desses dois produtos corresponderia a 100% da receita e aquele que pesasse mais em termos
percentuais no volume de receita também receberia o maior volume de custos. Por fim, a pasta de soja
passaria por mais um processo produtivo, o óleo de soja não passa por esse processo e por isso ele não
recebe os custos desse processo, esses custos são unicamente direcionados a pasta de soja que depois
se transforma em farinha de soja. Já o farelo de soja não receberia nenhum dos custos de produção e a
venda dele seria considerada um ganho do processo produtivo.
Assim, a lógica de alocação de custos para produção conjunta está baseada em identificar um ponto de
separação dos produtos. Nessa cadeia produtiva o ponto de separação é o processo de prensagem.
Integram-se ao custo os gastos incorridos para colocar o produto em suas condições atuais e alguns
outros gastos que vale a pena destacar pois eles não são custos, mas sim despesas nos períodos em que
eles incorreram.
Primeiro, o valor anormal de desperdício de materiais ou mão de obra ou outros insumos de produção.
Gastos com armazenamento (são despesas do período, a menos que sejam necessários ao processo
produtivo, por exemplo, entre uma etapa e outra do processo produtivo, mas a partir do momento em
que o produto está acabado o custo com armazenamento desse produto é uma despesa pois é um gasto
da área administrativa. Todas as outras despesas administrativas pois elas não contribuem para trazer o
seu estoque ao local de produção, elas estão mais relacionadas com a administração geral da empresa e
o processo de venda ou compras de material, mas não estão relacionadas ao processo produtivo em si.
Despesas de comercialização, incluindo as relacionadas com a própria venda e com a entrega dos
produtos aos clientes.
Empresas prestadoras de serviços também incorrem em custos e mesmo estoques. Então, o processo de
prestação de serviços vai gerar estoques para a empresa e os estoques de serviço em andamento devem
ser mensurados pelo custo de sua produção que contendo mão de obra e outros custos com pessoal
diretamente envolvido na prestação de serviço, incluindo o pessoal de supervisão, o material utilizado,
mesmo que seja material de escritório, mas qualquer material utilizado na prestação do serviço será
incluído como estoque de produção desse serviço e os custos indiretos atribuíveis a esse serviço.
Da mesma forma que acontece com os estoques de produto, os salários e outros gastos relacionados
com as vendas e com o pessoal geral administrativos não devem ser incluídos no custo, mas sim
reconhecidos como despesa no período em que incorrerem.
Além do processo de mensuração dos estoques, nós também temos o processo de valoração dos
estoques e de acordo com o CPC 16 os custos dos estoques devem ser atribuídos por identificação
específica, pelo uso do critério primeiro a entrar primeiro a sair ou pelo critério do custo médio
ponderado, esses são os dois critérios aceitos pela norma contábil, mas existe um terceiro, o critério do
ultimo a entrar é o primeiro a sair, é mais usado para fins gerenciais.
A entidade deve usar o mesmo critério de custeio para todos os estoques que tenham natureza e uso
semelhante para a entidade, para os estoques que tenham outra natureza ou uso pode se justificar
diferente métodos de valoração dos estoques. A opção por esses métodos de valoração dos estoques é
sempre uma escolha do contador e ele vai escolher o método que valorizar a informação contábil
financeira útil.
Considere que uma empresa revendedora de madeira possui um estoque de 54 unidades pranchas de
madeira ao custo unitário de R$ 280,00 cada. Essa empresa opera, na sequência, as seguintes
transações:
Percebam que ele informa o custo das compras, mas não o custo das vendas, o custo das vendas vai ser
apurado de acordo com o método de valoração dos estoques e vai ser diferente para cada método. De
acordo com cada método de valoração dos estoques esses estoques serão controlados e valorados de
acordo com o preenchimento de uma ficha de controle de estoque.
Exemplo do preenchimento de ficha de controle de estoque pelo método primeiro que entra é o
primeiro que sai (PEPS).
Madeira
Data Entradas Saídas Saldo
Qt. V.Unit Total Qt. V.Unit Total Qt. V.Unit Total
54 280 15.000
107 280 30.000 107 280 30.000
161 45.000
149 280 41.813,33 11 280 3.186,67
194 290 56.260 194 290 56.260
205 59.446,67
11 280 3.186,67
175 290 50.832,86
187 54.019,52 19 290 5..427,14
240 300 72.000 240 300 72.000
19 290 5.427,14
205 300 61.585,71
224 67.012,86 35 300 10.414,29
Madeira
Data Entradas Saídas Saldo
Qt. V.Unit Total Qt. V.Unit Total Qt. V.Unit Total
54 280 15.000
107 280 30.000 161 280 45.120
149 280 41.813,33 12 280 3.306,67
194 290 56.260 206 289,43 59.566,67
187 289,43 54.122,70 19 289,43 5.443,97
240 300 72.000 259 299,23 77.443,97
224 299,23 67.027,86 35 299,23 10.416,11
A diferença é que a cada nova entrada de estoque nós calculamos o valor unitário médio dos estoques e
todas as vendas são feitas pelo valor unitário médio dos estoques.O valor de 289,43 é dado pela média
das unidades que haviam no estoque com a ultima entrada de 194 unidades a 290$. Isso da um total de
206 unidades com o valor total de 59.566,67$, dividindo o total pela quantidade eu chego ao valor
unitário de 289,43 e assim é feito para as demais entradas.
Ficha de controle de estoque pelo método ultimo a entrar é o último a sair (UEPS):
Madeira
Data Entradas Saídas Saldo
Qt. V.Unit Total Qt. V.Unit Total Qt. V.Unit Total
54 280 15.000
107 280 30.000 107 280 30.000
161 45.000
149 280 41.813,33 11 280 3.186,67
194 290 56.260 194 290 56.260
205 59.446,67
187 290 54.133,33 11 280 3.186,67
7 290 2.126,67
18 5.313,33
240 300 72.000 240 300 72.000
258 77.313,33
224 300 67.200,00 11 280 3.186,67
7 290 2.126,67
16 300 4.800,00
34 10.113,34
Esses três métodos chegam a valores diferentes de estoques e também a valores diferentes de custos
dos produtos vendidos.
Os estoques devem ter os seus custos reduzidos ao valor realizável líquido se estiverem danificados, se
tornarem totalmente ou parcialmente obsoletos ou se seus preços de venda tiverem diminuídos.
As estimativas para cada um desses itens devem levar em consideração as variações nos preços e nos
custos dos estoques.
Quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser reconhecido como despesa
do período que a respectiva receita é reconhecida.
A quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido e todas as perdas de estoque
devem ser reconhecidas como despesa no período em que essas perdas aconteceram. Assim como, a
quantia de toda a reversão de redução do valor dos estoques provenientes do aumento do valor
realizável líquido deve ser registrada como redução do item em que for reconhecida a despesa ou a
perda no período em que a reversão acontecer.
Se você reconhecer por redução ao valor recuperável você registra isso na demonstração de resultado e
tem que reconhecer no período em que essa perda foi incorrida. Se em algum período posterior, por
qualquer razão, você percebe que essa perda não faz jus a realidade ela deve ser revertida e quando ela
for revertida deve ser reconhecida uma receita como redutora do item em que foi reconhecida a perda.
A contabilização de estoques muitas vezes envolve outros itens que estão relacionados, como os
impostos recuperáveis na aquisição dos estoques.
Os custos dos estoques não incluem esses impostos recuperáveis, esses impostos são geralmente IPI,
ICMS, PIS E COFINS. Então no momento da aquisição dos estoques esses estoques recuperáveis são
debitados no ativo e usualmente são compensados como impostos que são devidos pela empresa nas
vendas de mercadorias e produtos acabados.
Contabilização:
Compra de mercadorias
D Estoques 410.000 C Fornecedores 500.000
D ICMS a recuperar 90.000
Venda de toda
mercadoria
D Contas a receber 700.000 C Receita de vendas 700.000
D Despesas com ICMS 126.000 C ICMS a recolher 126.000
Baixa do custo das
mercadorias vendidas
D CMV 410.000 C Estoque 410.000
Compensação do
imposto
D ICMS a recolher 90.000 C ICMS a recuperar 90.000
Debitamos estoques no valor de 410.000 e creditamos fornecedores no valor de 500.000, isso quer dizer
que 500.000 corresponde ao total da nota fiscal. A diferença entre esse total e os 410.000 que foram
registrados como estoque são ICMS a recuperar, essa conta é uma conta devedora que corresponde ao
direito da empresa de se ressarcir dos valores que estão sendo pagos aos fornecedores a título de ICMS.
Depois nós temos a venda de toda a mercadoria que se deu pelo valor de 700.000, então temos o
lançamento a débito de contas a receber e o lançamento a crédito em receita de vendas pelo mesmo
valor. Em decorrência dessa venda lançamos a débito a despesa com ICMS no valor de 126.000 reais e a
crédito o ICMS a recolher no mesmo valor. Esse ICMS a recolher é ICMS devido pela entidade, houve
aqui fato gerador e a entidade então é contribuinte do ICMS nesse momento.
Temos o custo que foi controlado na ficha de controle de estoque, mas aqui não temos grandes
problemas com o controle desse custo porque foram vendidas todas as mercadorias, isso quer dizer que
nos vamos debitar o custo das mercadorias vendidas pelo total registrado no estoque que corresponde
a 410.000 reais e vamos creditar o próprio estoque pra zerar o saldo desse estoque.
Por último, encerrado o período podemos fazer a compensação do imposto e recuperar o valor que nós
tínhamos pago antecipadamente a título de ICMS dentro da nota do nosso fornecedor, então vamos
debitar ICMS a recolher e creditar o ICMS a recuperar, vamos fazer esse lançamento pelo valor total do
que tiver o saldo mais baixo, no caso o ICMS a recuperar, isso quer dizer que até o vencimento do ICMS
referente a esse período terá que ser paga a diferença de 36.000 reais a fazenda estadual.