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Ciclo Contabilistico
Plano Geral de Contas (Sintético)
Modelos das Demonstrações Financeiras
Casos Práticos
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos do Dec. 70/2009 1 e segundo os
Princípios Fundamentais de Contabilidade:
CIRCULANTE
a) Disponível (caixa e bancos)
b) Dívidas a receber (clientes, trabalhadores e outros)
c) Inventários (mercadorias, matérias-primas, produtos e materiais)
d) Despesas antecipadas
INVESTIMENTOS DE CAPITAL
ACTIVO a) Investimentos financeiros – São as participações em sociedades além dos
bens e direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fins da
entidade.
b) Activos tangíveis e intangiveis – São os bens e direitos, tangíveis e
intangíveis, utilizados na consecução das atividades-fins da entidade.
c) Gastos diferidos – São as aplicações de recursos em despesas que
contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social.
CIRCULANTE
São as obrigações conhecidas e os encargos estimados cujos prazos
estabelecidos ou esperados se situem no curso do exercício à data do balanço
PASSIVO patrimonial (fornecedores, impostos a pagar, salários a pagar, etc.).
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos
ou esperados, vencem para além de 1ano.
PATRIMÔNI Património Líquido (Situação líquida constituida por capital inicial, reservas,
O LÍQUIDO lucros ou prejuizos acumulados).
a) Capital – São os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de
incorporação de reservas e lucros.
b)Reservas – São os valores decorrentes de retenções de lucros, de reavaliação
de ativos e de outras circunstâncias.
c)Lucros ou Prejuízos Acumulados – São os lucros retidos ou ainda não
destinados e os prejuízos ainda não compensados, estes apresentados como
parcela redutora do património líquido.
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PGC-PE
Contabilidade Geral 2024 2
ACTIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE (CURTO PRAZO)
DISPONÍVEL Fornecedores
Caixa Salários a pagar
Bancos c/c Adiantamento de Clientes
Bancos Cta. Aplicações de Liquidez Imediata Empréstimos e financiamentos obtidos
CRÉDITOS Rendas a Pagar
Clientes Lucros e Dividendos a Pagar
Outros devedores Letras a pagar
INVENTÁRIOS
DESPESAS ANTECIPADAS
O património líquido (ou Situação Líquida) pode variar pelas seguintes causas principais:
O Investimento inicial (capital inicial) e seus posteriores aumentos ou diminuições de
capital (desinvestimentos ou devoluções de capital).
O Resultado da gestão – lucro ou prejuízo – obtido do confronto entre as contas das
Receitas e Despesas ocorridas dentro do período contabilistico.
Obs. Neste capítulo será tratado o que concerne às Receitas, Despesas e Resultado.
2.1Rendimentos (Receita)
Contabilidade Geral 2024 3
Uma receita pode também ter origem em juros bancários ou de títulos– receita financeira – e até de
ganhos eventuais.
2.3 Resultado
Caso as Receitas obtidas superem as Despesas incorridas, o resultado do período
contabilistico será positivo (lucro), que aumenta o Património Líquido.
Se, ao contrário, as Despesas forem maiores que as Receitas, ocorrerá um prejuízo que diminuirá o
Património Líquido.
É importante salientar que o resultado apurado na DRE difere do Balanço levantado na mesma
data, pois a DRE apresenta o movimento de certo período e a conta Lucros ou Prejuízos
Acumulados do PL destaca o resultado acumulado de vários períodos.
Como geralmente as entidades tem um tempo de duração indeterminado, a DRE deve ser
levantada, no mínimo, uma vez por ano por imposição da legislação fiscal, societária e civil.
Gerencialmente, para fins internos, a administração pode determinar períodos mais curtos de
tempo: semestral, trimestral ou mensal. O resultado anual será a soma de todas as despesas e
receitas acumuladas no exercício dos doze meses.
O resultado exacto de uma empresa, dessa forma, apenas seria apurado no final de sua vida – sua
liquidação -, após a venda de todo o seu Activo (bens e direitos) e do pagamento de todo o seu
Passivo Exigível (obrigações para com terceiros). O resultado do empreendimento seria medido
pela diferença entre o PL apurado no final de sua vida e o PL inicial, considerados também os
aumentos de capital e as distribuições de lucros ocorridas durante o ciclo de vida da empresa
(empreendimento).
Ocorre, entretanto, que a administração precisa acompanhar o resultado das várias operações e o
desempenho económico e financeiro da empresa – rentabilidade, produtividade, lucratividade,
eficiência, custo, capacidade de pagamento, etc. – que deve ser fornecida pela contabilidade em
intervalos regulares de tempo: de um ano, de seis meses, de três meses, de um mês. Além de ter
que prestar informações periódicas aos usuários (governo, sócios, fornecedores, bancos, etc.) os
administradores necessitam das informações para a tomada de decisões de investimentos,
orçamentos e para a planificação e controlo da empresa.
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O período contabilistico, espaço de tempo escolhido para que a contabilidade mostre a situação
patrimonial e financeira na evolução dos negócios da empresa, quando de um ano, é também
denominado exercício social – que, quase sempre, corresponde ao ano calendário.
Para finalidades internas, as informações dos resultados, normalmente, são mostradas em intervalos
menores – semestral, trimestral e mensal -. Actualmente, por razão do novo ambiente dos negócios
– de concorrência acirrada, globalização da economia, a inovação tecnológica, instabilidade no
cenário económico e mercadológico – a demanda por informações de natureza económica e
financeira é diária e com apuramento de resultados mensais.
Pelo menos uma vez por ano todas as entidades – empresas e entidades sem fins lucrativos –
precisam apurar o resultado do exercício. O lucro ou prejuízo de um exercício depende do
confronto das Receitas e das Despesas, e esse resultado líquido é apurado numa conta denominada
Resultado. Essa conta é também conhecida como RLE – Resultado Líquido do Exercício.
Para que se possa apurar o resultado de um período, as contas de Receitas e de Despesas são
periódicas, isto é, somente deverão conter registos do período que se deseja apurar – ano, semestre,
trimestre ou mês – isso equivale dizer que as contas de receita e despesa devem estar zeradas –
apresentar saldo zero – no início dos períodos a serem apurados.
Para realizar o apuramento, no final de cada período (a ser apurado) deve-se proceder ao
encerramento das contas de resultado, por meio de lançamentos de encerramento.
O encerramento das contas de receita é realizado pela transferência (débito) de seus saldos credores
para crédito da conta de Resultado (RLE).
As contas de despesa são encerradas pela transferência (crédito) de seus saldos devedores para
Receita
débito da conta Resultado (RLE).
Desp. Salários (vEND
AS)
16.000 16.000 45.000 45.000
Por exemplo:
Desp.Mat.Escritório
7.000 7.000
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Se o total dos créditos da conta Resultado (RLE) for superior ao total dos débitos, teremos lucro
líquido; se, ao contrário, o total dos débitos superar o total dos créditos será apurado um prejuízo.
Ocorrendo Lucro ou prejuízo, o resultado apurado (no RLE.) será transferido para a conta Lucros
ou Prejuízos Acumulados.
Património Líquido
Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . .50.000
(-) Prejuízos Acumulados . . ( 1.000) . . . . . . . 49.000
2. Despesas
Consumo de Materiais de Escritório. . . 250
Consumo de Peças para Reparos . . . . . 1.100
Despesa de Salários . . . . . . . . . . . . . . . 4.500
Despesa de Aluguel . . . . . . . . . . . . . . . 400 (6.250)
7. Bilbiografia
ANGÉLICO, João. Contabilidade básica. São Paulo : Atlas, 1982. 204 p.
FRANCO, Hilário. Contabilidade Comercial. São Paulo: Atlas, 1996.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. S.Paulo: Atlas, 1998.
Dec. 70/2009