JORGE ALAN DOS SANTOS CALMON

MAPA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

CONCEITUAL FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
SETEMBRO/2021

Investimentos
Permanentes em
Participações
Societárias e Método de
equivalência
Patrimonial
 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
TEMPORÁRIAS

Quando adquiridas com a intenção de venda

(aplicações disponíveis para a venda), ou seja,
adquiridas com a intenção de ESPECULAÇÃO.
Tais participações são classificadas no Ativo
Circulante ou no Ativo Realizável a Longo Prazo,
dependendo do prazo em que se pretende
especular

Investimentos Permanentes
em Participações Societárias

São as ações de sociedades anônimas

ou quotas de sociedades limitadas que
uma sociedade denominada
INVESTIDORA adquire de outra
sociedade denominada INVESTIDA. AÇÕES ORDINÁRIAS: Direito a voto. (mais
adquiridas nos investimentos permanentes).
Devem ser emitidas no mínimo 50%.

PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
PERMANENTES

AÇÕES PREFERÊNCIAIS: Preferência na

Quando adquiridas com a intenção de
permanência, ou seja, sem a intenção de divisão de dividendos. Tendem a ser mais
venda, representando uma extensão da negociadas, pois costumam ter maior
atividade econômica da investidora. São liquidez. Podem ser emitidas em no máximo
classificadas no Ativo Não Circulante 50%.
Investimentos. - As participações dão-se
por meio da compra de ações e as
aquisições são de cunho estratégico.
 SOCIEDADES
CONTROLADAS
De acordo com o § 2o do art. 243 da Lei
6.404/76, consideram-se controlada a
sociedade na qual a controladora,
diretamente ou através de outras
controladas, é titular de direitos de
sócio que lhe assegurem, de modo
permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de
eleger a maioria dos administradores.
Doutrinariamente, entendemos que
para que isso ocorra é necessário que a
investidora tenha direta ou
indiretamente mais de 50% do capital
votante da investida (ações com direito
ao voto nas assembleias de acionistas),
ou seja, mais de 50% das ações
ordinárias.
Observações:
Ao afirmarmos que a controladora M controla indiretamente P com 60%, não estamos
utilizando uma relação matemática e sim uma relação de controle, ou seja, se M
controla N e esta controla P diretamente com 60%, então, indiretamente, M tem o
poder dos 60% de P, através de N. Se utilizássemos uma relação matemática, diríamos
que a participação indireta de M em P é de 70% × 60%, isto é, 42%.
Se assim fosse para avaliar o controle, M não controlaria P, pois teria menos de 50%.
Então, para ficar mais claro, no exemplo dado podemos fazer dois tipos diferentes de
perguntas: se a pergunta for com quantos por cento M controla indiretamente P, a
resposta será 60% (relação de controle e não matemática); no entanto, se for
perguntado qual a participação indireta de M em P, a resposta será 42% (relação
matemática e não de controle).
Assim, cabe ressaltar que se deve prestar muita atenção no tipo de pergunta para não
haver interpretações equivocadas.
 SOCIEDADES COLIGADAS

De acordo com o § 1o do art. 243 da Lei no

6.404/76, são coligadas as sociedades nas quais
a investidora tenha influência significativa.
Segundo o § 4o do mesmo artigo, considera-se
que há influência significativa quando a
investidora detém ou exerce o poder de
participar nas decisões das políticas financeira
ou operacional da investida, sem controlá-la.
No entanto, com base no § 5° é PRESUMIDA
influência significativa quando a investidora for
titular de 20% ou mais do capital votante (ações A) REPRESENTAÇÃO NO CONSELHO DE
ordinárias) da investida, sem controlá-la. ADMINISTRAÇÃO OU NA DIRETORIA DA INVESTIDA;

Conceito semelhante encontramos no item 2 do

CPC 18: COLIGADA é uma entidade, incluindo PRONUNCIAMENTO
(B) PARTICIPAÇÃO NOS PROCESSOS DE ELABORAÇÃO
aquela não constituída sob a forma de TÉCNICO – CPC 18 DE POLÍTICAS, INCLUSIVE EM DECISÕES SOBRE
sociedade tal como uma parceria, sobre a qual o DIVIDENDOS E OUTRAS DISTRIBUIÇÕES;
investidor tem influência significativa e que não
se configura como controlada ou participação De acordo com o Pronunciamento (C) OPERAÇÕES MATERIAIS ENTRE O INVESTIDOR E A
em empreendimento sob controle conjunto Técnico CPC 18 – Investimentos em INVESTIDA;
(joint venture). Coligadas e em Controladas, a
existência de influência significativa
(D) INTERCÂMBIO DE DIRETORES OU GERENTES; OU
por investidor geralmente é
evidenciada por um ou mais das
seguintes formas:
(E) FORNECIMENTO DE INFORMAÇÃO TÉCNICA
ESSENCIAL.
 Controle indireto X Coligação Indireta

O controle, pode ser observado sob dois aspectos: a) forma direta e b) forma indireta.

Na modalidade de empresas coligadas não existe coligação indireta pela lei 6404/76, já para a
norma internacional prevê a existência de coligação indireta e irá ocorrer quando, por exemplo,
a empresa A exerce controle sobre a empresa B e a empresa B, por sua vez, exerce influência
significativa sob a empresa C, logo, presume-se que a empresa A é uma coligada da empresa C na
modalidade indireta.

Controle Direto Controle Indireto

Ex: a Empresa A possui 100% da empresa B, Ex: a Empresa A possui 100% da empresa B, que
que possui 100% da empresa C. possui 30% de C (logo, A é Coligada de C
através da sua Controlada B)
 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Estudaremos agora os métodos de avaliação de investimentos. São
SOCIEDADES QUE FAÇAM eles: o Método de Equivalência Patrimonial (MEP), que será o nosso
EMPREENDIMENTO
PARTE DE UM MESMO GRUPO principal objeto de estudo para desenvolvimento das atividades CONTROLADO EM
OU ESTEJAM SOB CONTROLE práticas, o método do Valor Justo e o Método de Custo. CONJUNTO (JOIN
COMUM VENTURES)
Nos termos do Art. 265 (Lei 6404/76), a O controle pode se dar de forma individual ou
sociedade controladora e suas controladas conjunto. O controle individual é aquele exercido
podem constituir, nos termos deste Capítulo, diretamente pela Empresa investidora, que por
grupo de sociedades, mediante convenção possuir uma quantidade de ações (50% +1), isso lhe
pela qual se obriguem a combinar recursos permite controlar uma empresa investida.
ou esforços para a realização dos respectivos O Controle em conjunto, por sua vez, deriva de um
objetos, ou a participar de atividades ou acordo contratual de empresas investidoras que,
empreendimento comuns. através desse interesse em comum, decidem
Precisamos, primeiro, identificar a existência controlar (tomar decisões comuns) a empresa
de empresas juridicamente autônomas, ou investida. Nesse caso devemos utilizar na
seja, cada uma possui o seu CNPJ, que são mensuração o MEP.
controladas, todas, pela mesma empresa
investidora.
MÉTODO DE Quadro resumo acerca da aplicação do MEP nos tipos de investimentos:
EQUIVALÊNCIA
PATRIMONIAL (MEP)
A Aplicação do método de equivalência patrimonial
é dada pela Lei 6.404/76, no seu art. 248, que teve
sua redação alterada pela Lei 11.941/09: “No
balanço patrimonial da companhia, os
investimentos em coligadas ou em controladas e em
outras sociedades que façam parte de um mesmo
grupo ou estejam sob controle comum serão Quadro retirado do Livro CONTABILIDADE
avaliados pelo método da equivalência patrimonial INTERMEDIÁRIA II, MARRUAZ, Kleber.
(...)”.