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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DR. JÚLIO CARDOSO

Técnico em Administração

Lorranya Cristina Garcia

Mário Augusto Monteiro Filho

Ricardo Henrique Antonio de Almeida

Rodrigo de Almeida Júnior

QUADRO DE VULNERABILIDADE E A SUA RELAÇÃO COM O TRABALHO


SOCIAL

FRANCA-SP

2021
Lorranya Cristina Garcia

Mário Augusto Monteiro Filho

Ricardo Henrique Antonio de Almeida

Rodrigo de Almeida Júnior

QUADRO DE VULNERABILIDADE, NO BRASIL, E A SUA


RELAÇÃO COM O TRABALHO SOCIAL, SOB A CONJUNTURA
EMPRESARIAL

Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado como
exigência final para
obtenção do título Técnico
em Administração da
Habilitação Profissional
Técnica de Nível Médio de
Técnico em Administração
da Escola Técnica Dr. Júlio
Cardoso. Orientadora: Profa.
Vanessa Cintra Alves
Barbosa
FRANCA-SP
2021

Dedicamos esse trabalho a


todos os profissionais da
área da saúde e educação.
De maneira especial,
dedicamos a Paulo Gustavo,
Dom Henrique Soares e
todas as vítimas de COVID-
19. Dedicamos também a
todos aqueles que, por pura
e singela bondade,
esforçam-se para tornar o
mundo um lugar melhor do
que quando o encontraram.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a nossa família pelo incentivo e apoio, a nossa professora e


orientadora Vanessa Cintra Alves Barbosa por toda ajuda e suporte, a nossa
escola pela oportunidade de realizarmos o curso e a todos que nos ajudaram de
forma direta ou indireta em nossa formação.
“Quem quiser ser líder deve ser
primeiro servo.
Se você quiser liderar, deve servir.”
(Jesus Cristo)
RESUMO
O projeto apresenta-se como sendo o desenvolvimento das relações entre
empresas privadas e a parcela da sociedade que vive em estado de vulnerabilidade.
Mediante os avanços como resultado do processo de globalização, é notória a
questão da vulnerabilidade social, a qual acentua o fator que se denominada de
individualismo da nação, logo se torna uma patologia à população. O trabalho
social, pode ser entendido como um aspecto que estrutura uma maior coesão na
sociedade, sustentando assim a mecânica da solidariedade. As partes da
sociedade devem atuar em conjunto para que o progresso seja alcançado. Portanto,
o intuito do trabalho trata-se da ação do empresário a fim de promover a igualdade,
rechaçando a individualidade.

Palavras chaves: Social, Trabalho, Vulnerabilidade, Diversidade, Preocupação


social, Corporações.
ABSTRACT
The project presents itself as the development of relationships between
private companies and the part of society that lives in a state of vulnerability. Due to
the advances as a result of the globalization process, the issue of social vulnerability
is notorious, which accentuates the factor known as individualism of the nation, soon
becoming a pathology to the population. Social work can be understood as an aspect
that structures greater cohesion in society, thus sustaining the mechanics of
solidarity. The parts of society must act together if progress is to be achieved.
Therefore, the purpose of the work is the action of the entrepreneur in order to
promote equality, rejecting individuality.

Keywords: Social, Work, Vulnerability, Diversity, Social concern, Corporations.


SUMÁRIO
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ........................ 1
RESUMO ......................................................................................................................... 6
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 10
1.1 Problematização.................................................................................................. 11
1.2 Fatores de exclusão ............................................................................................ 11
1.3 A inclusão social na legislação brasileira ............................................................. 12
1.4 Objetivos ............................................................................................................. 12
1.5 Metodologia ......................................................................................................... 13
1.5.1 Questionário ............................................................................................................... 13
1.5.2 População ................................................................................................................... 13
1.6 Justificativa.......................................................................................................... 13
1.6.1 Explorando os conceitos de vulnerabilidade social .................................................... 13
1.6.2 Fome: uma forma de manifestação da vulnerabilidade ............................................. 14
1.6.3 O trabalho social, e a sociedade orgânica .................................................................. 14
1.7 Cronograma ........................................................................................................ 16
2 RELAÇÕES DE SOCIALIZAÇÃO ................................................................................ 16
2.1 Socialização Primaria .......................................................................................... 16
2.2 Socialização Secundária ..................................................................................... 16
3 PERSPECTIVA HISTÓRICA ........................................................................................ 18
3.1 Contexto Histórico ............................................................................................... 18
3.2 Perspectiva aprofundada ..................................................................................... 20
4 ANÁLISE CRÍTICA DO TRABALHO SOCIAL DENTRO DO CENÁRIO EMPRESARIAL
E DA SUA RELAÇÃO COM A VULNERABILIDADE SOCIAL ......................................... 22
4.1 Trabalho social no Brasil ..................................................................................... 22
4.2 Cenário social em relação a vulnerabilidade ....................................................... 23
4.3 Reportagem ........................................................................................................ 24
4.4 Trabalho Social em prol da organização.............................................................. 24
5. OS ESTIGMAS ASSOCIADOS À POPULAÇÃO VULNERÁVEL ................................ 25
6. PESQUISA DE CAMPO ................................................................................................ 27
6.1 Construção do significado de voluntariado .......................................................... 27
6.2 Análise das manifestações do voluntariado na cidade de Franca ........................ 28
6.3 Conceito individual de vulnerabilidade social ....................................................... 29
6.4 A relação entre a negligência do Governo/órgão especializados e o nível de
vulnerabilidade ............................................................................................................... 29
6.5 Influência da pandemia no indíce de trabalho social ........................................... 30
6.6 Atuação do Estado .............................................................................................. 31
6.7 Possíveis formas de mitigar o quadro vulneravel................................................. 32
7 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 33
8 REFERÊNCIAS..........................................................................................................34
1. INTRODUÇÃO
Em virtude dos resultados da globalização houve numerosos
acontecimentos que promoveram o progresso das cidades, entretanto em meio a
esse acontecimento houve perdas, entre elas o desencontro do político com o
social. De maneira a destacar um sentimento de insegurança nos indivíduos, pois
não se encontram seguros, logo resultam no crescimento de vulnerabilidade da
população.

As políticas públicas visam responder as demandas, principalmente dos


setores marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis.
(TEIXEIRA, 2002, p.3).

Assim as políticas públicas possuem um papel de suma importância para


contribuir com o desenvolvimento e transformação social, de modo que assegure
o progresso da cidade de Franca e rechaçar as desigualdades presentes.

[...] existe uma forte correlação entre o lugar ocupado na divisão social do
trabalho e a participação nas redes de sociabilidade e nos sistemas que cobrem
um indivíduo diante dos acasos da existência (CASTEL, 1998, p.24)

Castel relata como o trabalho se relaciona diretamente com a identidade


pessoal. Pois, o emprego representa a introdução do indivíduo e suas relações
com os outros. Portanto, com o desemprego e a exclusão social há um aumento
no que se denomina de vulnerabilidade da massa.

[...] um espaço social de instabilidade, de turbulências, povoado de


indivíduos em situação precária na sua relação com o trabalho e frágeis em sua
inserção relacional. [...] É a vulnerabilidade que alimenta a grande marginalidade
(CASTEL, p. 27, 1997)

O ambiente em que as pessoas vulneráveis se encontram, de acordo com


Castel, são aqueles que são caracterizados pela precariedade, além de que esse
local se torna marginalizado, ou seja, excluído da sociedade, sem emprego, e
então origina um preconceito com esses indivíduos

“[...] numa sociedade hiper diversificada e corroída pelo individualismo


negativo, não há coesão sem proteção social (1998, p.610). O individualismo é um
fator que impede a sociedade de evoluir, de modo que pode vir a tornar uma
patologia que afeta não só as relações entre os indivíduos, mas também a
economia do país. Desta forma, na análise de Castel observa-se que a coesão
social deve promover o bem de todos, para que assim resulte em uma nação
melhor, pois sua ausência retorna uma fragmentação social, devido a esse fato
que ela deve ser um ponto a ser tratado na comunidade. Ademais, o sociólogo
francês Émile Durkheim refletiu sobre a relação do indivíduo com a sociedade e
concluiu o que se denomina de consciência coletiva, a qual consiste em sobrepor
ao interesse individual, ou seja, toda a nação está interligada, logo torna-se
independente um do outro. Confirmando o que Castel defendia, o individualismo é
uma doença que prejudica a evolução da cidade (Franca-SP) e o bem comum de
todos. Por isso faz-se necessário o debate diante o papel dos empresários
promovendo a inclusão social, deixando sua individualidade e assumindo a
consciência coletiva.

1.1 Problematização
Em primeira análise demos nos atentar o problema, da percepção de
diferença entre Diversidade e inclusão social:

Muitas pessoas confundem diversidade com inclusão social porque, na


verdade, trata-se de termos sinônimos. Mas a diversidade é a
representação demográfica, como: percentual de negros, pessoas com
deficiências, mulheres, LGBTs e outros. (BARROS, 2021)

Enquanto empresa, deve se garantir a diversidade, promovendo igualdade


nos desenvolvimentos e promoções em determinados cargos. “além de ter
diversidade na sua empresa, é preciso promover a inclusão. Afinal, é isso que faz
toda a diferença no ambiente organizacional.”
1.2 Fatores de exclusão
Neste prisma, de inclusão destacam-se alguns fatores de exclusão:

• Exclusão étnica: “O primeiro fato da lista fala da intensa mistura de


origens e de povos do mundo todo. Existe uma visão preconceituosa sobre isso,
algo que vem de momentos históricos com foco em dissipar grupos que
representam determinadas etnias e culturas, como é o caso de negros e
indígenas;”
• Exclusão econômica: “A questão aqui está relacionada a pessoas
com menor poder aquisitivo, que são excluídas da sociedade por não terem acesso
a bens e serviços;”
• Exclusão de gênero: A condição deste tópico é a do preconceito
sofrido por mulheres e grupos que não são reconhecidos pela sociedade
tradicional, a exemplo das pessoas transexuais;
• Exclusão patológica: A situação neste caso é a de exclusão de
pessoas por conta de alguma doença, como a AIDS, ou deficiências, a exemplo
das limitações de fala, visão, audição e locomoção;

• Exclusão sexual: O último caso da lista é sobre a referência


pejorativa que é feita às pessoas que têm orientação sexual diferente da cultura
heteronormativa. Aqui, entram as causas e lutas da comunidade LGBTQI+.

1.3 A inclusão social na legislação brasileira


Ao analisar-se o Fator da inclusão social, a priori, entende-se que “A
sociedade ainda é desigual”. A empresa deve aderir diante das mudanças as
estruturas da sociedade, com as diversas transformações, isso deveria ser algo já
enraizado. Algo que a sociedade desconhece é que atualmente são mais de 45
Milhões de pessoas com deficiência no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro
de geografia e Estatística. Pela necessidade de inclusão através da legislação,
surgiu a Lei 13.146, em 2015. A norma considera que pessoa com deficiência é
“aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas”. A Lei 8.213/91, que dispõe sobre a Previdência Social,
estabelece que empresas com cem colaboradores ou mais devem destinar de 2%
a 5% das vagas às pessoas em reabilitação ou com deficiência, sendo: de 100 a
200 funcionários 2% de 201 a 500 funcionários 3% de 1.000 funcionários 4% de
1.001 funcionários em diante 5%.
1.4 Objetivos
Tem-se como único objetivo, visar a participação do meio empresarial, na
luta coletiva pela qualidade de vida da parcela vulnerável da sociedade. Assim
sendo, estabelecendo um ideal de justiça pleno. Importância da criação de um fundo
social e o objetivo: Esse trabalho de assistência é feito geralmente por ONGs pois
muitas das vezes essas pessoas (população vulnerável) não são cobertas pela
ação governamental, ou essa ação não é suficiente para resolver a situação. Sendo
assim, cabe ao dever social de cada cidadão a luta pelos mais necessitados, e
esperamos contar com a ajuda de Micro, mini e grandes empresários para que
assim possamos ajudar o maior número possível de pessoas em situação carente,
sobretudo situação de rua.
1.5 Metodologia
• Estudo de caso
• Pesquisa aplicada
• Pesquisa exploratória
1.5.1 Questionário
Será previamente desenvolvido e padronizado e contará com uma mistura
de perguntas fechadas e abertas – de caráter objetivo; sendo que estas últimas
serão mais predominantes e não exigirão respostas longas ou muito desenvolvidas.
O questionário será projetado com o intuito de ser realizado no mínimo de tempo
possível sem grandes complicações e será estruturado na plataforma Forms, ou em
forma física – sendo impresso em papel.
1.5.2 População
Esta pesquisa tem por alvo o estudo da perspectiva da comunidade de
alunos da
Etec Dr. Júlio mediante a relação das empresas com o trabalho social.
1.6 Justificativa
1.6.1 Explorando os conceitos de vulnerabilidade social
Antes de um aprofundamento nas justificativas, faz-se essencial o
entendimento e a simplificação do fator elementar para a discussão: a
vulnerabilidade social.
A situação de vulnerabilidade social está relacionada com a exclusão de
cidadãos e a falta de representatividade e oportunidades. Além disso, é
um conceito multifatorial, ou seja, pode ocorrer por questões de moradia,
renda, escolaridade, entre outros. Ainda, é importante ressaltar que a
vulnerabilidade social não é sinônimo de pobreza, pois o conceito refere-
se a fragilidade de um determinado grupo ou indivíduo por questões, que
podem ser históricas, socioeconômicas ou de raça [...].(SANTOS,2020)

Diante desse conceito, pode-se inferir que a vulnerabilidade consiste em


um fator de cunho social que reflete diretamente a desigualdade de oportunidades
e notoriedade em determinada sociedade. Além de representar um perigo para a
cidadania, esse aspecto acentua problemáticas sociais, deixando margens para
cenários alarmantes e, como dito anteriormente, desiguais.
1.6.2 Fome: uma forma de manifestação da vulnerabilidade
Um fato que ratifica a essência problemática e a sua existência preocupante
no Brasil é justamente o cenário de fome nacional. A partir dele, pode-se ter acesso
à influência alarmante que a vulnerabilidade – enquanto um fator social – pode
causar nos demais pilares da sociedade. A fome é um perfeito exemplo da
conjuntura de grande parte daqueles que configuram um quadro de vulnerabilidade.
“A fome, mais do que um objeto de comparação ou uma lente analítica
para compreensão e questionamento acerca da ideia de “novo normal”, é
entendida aqui como parte constitutiva da experiência da pandemia de
Covid- 19 no Brasil [...].” (BLANCO, 2021)
Por meio da análise desse excerto, depreende-se que o cenário de
pandemia do Covid- 19, além de ter gerado entraves inestimáveis na economia
(não só nacional, mas mundial) e em outras esferas, foi responsável por acentuar
a perspectiva de vulnerabilidade em todo o Mundo e, por consequência,
aprofundou, por exemplo, a gravidade da fome. À vista disso, tem-se acesso a uma
parcela da situação preocupante gerada pela concretização da fragilidade social.

Além disso, BLANCO (2021) complementa dizendo que “[...] a realidade


produzida pela presente pandemia não é totalmente nova, e não está, de maneira
alguma, dissociada de outros processos epidêmicos marcantes em nossa história
[...]”. Munido desse postulado, o cenário inquietante hodierno não foi um fruto da
paralisação provocada pela corona vírus; e, sim, foi um panorama intensificado por
ela.

A fome, bem como todos os outros casos de vulnerabilidade, não surgiu em


decorrência da pandemia. Muito pelo contrário, eles sempre existiram e, portanto,
resultaram em circunstâncias impiedosas para milhares de pessoas. Entretanto, o
grande ponto essencial é que ela parece ter se tornado mais visível por conta do
vírus.

1.6.3 O trabalho social, e a sociedade orgânica


À luz dessa perspectiva apresentadas nos parágrafos anteriores, cabe a
reflexão acerca da importância da inserção do trabalho social como uma forma de
atenuar esse contexto alarmante de fragilidade. Esse tipo de atitude é dotado da
capacidade de viabilizar um cenário mais justo e, por conseguinte, igualitário; por
meio da contemplação das necessidades básicas que, infelizmente, não são, em
sua grande maioria, atendidas pelo governo.

Para DURKHEIM (1858-1917), os fatores que atrelam os indivíduos à


sociedade são representados pela solidariedade, uma mecânica que, também,
garante a coesão social; isto é, um cenário adequado e coeso. Diante dessa
reflexão, nota-se a importância do trabalho social, que também pode ser entendido
como um aspecto que estrutura uma maior coesão na sociedade, sustentando
assim a mecânica da solidariedade. Ao passo que ao ser aplicado, esse tipo de
trabalho auxilia, como já dito anteriormente, na contemplação de alguns aspectos
básicos e essenciais que, por vezes, são negligenciados; por conta disso, uma
maior pertinência social é fomentada, contribuindo para o cenário ideal proposto por
Durkheim.
Outro fator digno de destaque, também deste mesmo sociólogo, trata-se
da teoria da solidariedade orgânica, que traduz a relação de interdependência
involuntária entre todos os membros de uma sociedade. Essa condição natural
estrutura a assimilação entre a sociedade e um corpo, já que ambos são
compostos por estruturas que atuam de forma independente e em conjunto; de tal
modo que uma parte depende totalmente da outra para ter o seu funcionamento
integral garantido.

Estabelecendo um paralelo entre essa perspectiva e o trabalho social,


localiza-se uma relação de sentido, à medida que esse tipo de serviço representa
justamente a ideia de que as partes da sociedade devem atuar em conjunto para
que o progresso seja alcançado. Com essa forma de trabalho, a vulnerabilidade
social pode ser atenuada, enquanto quem a realiza contribui para a coesão e age
de forma condizente com a moral.

Em síntese, esse tipo de trabalho é capaz de garantir um cenário mais


adequado, independente da área em que é especializado. A atuação conjunta das
partes da sociedade, além de ser uma correção necessária, simboliza uma
importante solução para óbices sociais, representados pela fragilização social.

Afinal, como discorre Confúcio, “não corrigir nossas falhas é o mesmo que
cometer novos erros”.
1.7 Cronograma

As demais etapas do presente trabalho serão estruturadas e registradas


de julho a dezembro de 2021, de acordo com o seguinte cronograma:

Tabela 1: cronograma do trabalho.


2 RELAÇÕES DE SOCIALIZAÇÃO

Antes de uma exposição ampla sobre o tema, é lícito postular sobre o


conceito de socialização tão debatido atualmente.

A socialização é o conjunto de hábitos que caracterizam o indivíduo em seu


grupo social, aquilo que chamamos de classificação por função social, adquirindo
dessa forma sua assimilação de funcionalidade. Antropólogos contemporâneos,
defendem que através da socialização os indivíduos adquirem sua personalidade
de se auto inserir na sociedade, adquirindo, pois, de seus grupos, valores, hábitos,
costumes etc. Ainda sobre a socialização podemos realizar as seguintes divisões:

2.1 Socialização Primaria

Este tipo de socialização se nota e desenvolve-se pela infância, onde se


inicia uma introdução, à língua, costumes, valores, e as regras básicas da sociedade.
Sendo essa fase, construtora da primeira noção de mundo da criança, suas
experiências ali vividas foram sempre partes de sua história.

2.2 Socialização Secundária

Este tipo de socialização se caracteriza pelo conseguinte de todo o processo


já vivenciado pelo indivíduo, introduzindo-o em novos processos através da
sociedade. Exemplo: na escola, grupos de amigos, no trabalho, nos lugares por onde
passou etc.

Diante do exposto, implicasse as novas expectativas ali adquiridas, acerca


dos aspectos de sua vida, profissional, familiar, amorosa, todas as situações que
dependem de uma relação social.

As constantes mudanças que permeiam as empresas, a globalização, a


concorrência de mercado e os avanços tecnológicos, exigem que as
organizações adequem suas estruturas, capital intelectual e estratégias,
garantindo assim, bons resultados a mesma. O processo de socialização
organizacional é essencial não só para a gestão da empresa, como
também para o colaborador, pois o momento que ele começa suas
atividades em uma organização, muitas vezes é marcado por estresse,
ansiedade, expectativa e medo do desconhecido. (IBC, 2018)

Com o advento dos mecanismos de trabalho, e sistemas de desenvolvidos,


pós-revolução industrial, fica cada vez mais evidente a preocupação das
organizações com a socialização de seus colaboradores

“O progresso é impossível sem mudança; e aqueles que não conseguem


mudar as suas mentes não conseguem mudar nada”. - George Bernard Shaw

Diante do exposto, conclui-se que reconhecer a importância e notoriedade


do papel da reinserção social de indivíduos marginalizados simboliza uma forma de
mudança que condiciona, sobretudo, o progresso (o que não compreende somente
o plano econômico, mas principalmente o social).

Nessa perspectiva, é lícito postular que uma pesquisa realizada pelo IBGE
no ano de 2020 revela que a quantidade estimada de pessoas em situação de
vulnerabilidade nas ruas ultrapassa a marca dos 220 mil habitantes, número esse
que vem se alastrando de maneira estrondosa no âmbito da sociedade brasileira
uma vez que muitos destes não são assessorados por políticas públicas de inserção
social. De maneira análoga a isso, essa população enfrenta uma discriminação e
preconceitos já que sem uma casa e renda fixa muitas vezes são obrigados a
recorrer a atividades como pedir esmola, vender balas e etc. Neste prisma, um fator
importantíssimo é a marginalização dessa população, uma vez que necessitando de
recursos básicos para subsistência recorrem a atitudes como roubo e tráfico para
sobreviver, fatores esses que fazem com que sejam tratados com indiferença
impedindo-os de sair da miséria e aumentando a cada dia a desigualdade social.
“que tipo de mundo podemos preparar para os nossos bisnetos?”- Richard
Porty

Estabelecendo um paralelo entre o postulado de Porty e a conjuntura do


presente trabalho, nota-se uma relação de sentido, posto que as ações sociais do
agora implicará em fatores que estruturarão o futuro. Portanto, é essencial zelar pela
preservação de iniciativas que busquem diminuir o índice de vulnerabilidade e elevar
o nível de socialização, como uma forma de condicionar um mundo mais justo e
igualitário para as gerações da posteridade.

Dessarte, o arcaíco está intimamente ligado ao entendimento do presente,


uma vez que questões como a socialização dos indivíduos vulneráveis na
comunidade estão associadas desde a infância. Sob essa análise, se observa uma
cultura no estigma associado à população debilitada, de tal forma,pois, sofrem certo
preconceito, o que culmina para a indiferença ao próximo, como afirma o sociólogo
Zygmunt Bauman, na sua teoria “Cegueira Moral”. Cabe considerar, portanto, que
toda a comunidade, de Franca -SP, deve atuar em conjunto, e através de análises
críticas, ações de empresários, a fim de promover a igualdade rechaçando a
individualidade sejam estimuladas.

3 PERSPECTIVA HISTÓRICA

3.1 Contexto Histórico


O trabalho voluntário nasce das “deficiências” do Capitalismo. O voluntariado
no Basil tem sua nascente a partir do século XVI, com a chegada dos jesuítas para
a catequização dos nativos, através da Igreja Católica Apostólica Romana, com suas
organizações ligadas a saúde – chamadas Santas Casas de misericórdia – Modelo
Português, consequências da miscigenação cultural vivida no Brasil no período
citado.
Os trabalhos nessas instituições – Santas Casas de Misericórdia - por sua
vez, durante muitos anos detinha um cunho em sua essência de maneira excludente,
feminino. Com a politização do chamado “Estado Novo”, década de 1930, o estado
se furtou a deveres de desenvolvimento de políticas públicas tendo seu cunho no
social, com a criação do termo “filantropia”.
Em 1990, houve um crescimento exponencial nas taxas de trabalho
voluntário, e ganhando forças com o Programa de Trabalho, tão apreciados centros
de voluntariado.
Em 18 de fevereiro de 1998, Fernando Henrique Cardoso Presidente da
república do Brasil, constitucionalmente eleito, sancionou a Lei nº 9.608/98,
determinando limites legais entre o voluntário e a então definida por Marx no XIX
“relação de trabalho”. Nos dias vigentes, segundo o Censo de 2005, o Brasil conta
com mais de 19.7 milhões de voluntários, sendo 53% homens e 47% mulheres.
A ação da Igreja Católica, baseada na caridade e orientada para ações
individuais, contrasta com a do Protestantismo, baseada na filantropia, quer
dizer, na boa vontade para com os semelhantes, na fraternidade humana,
e expressa em ações visando melhorar a situação dos indigentes, mediante
medidas de alcance geral por meio de instituições beneficentes que
atendessem maior número de pessoas. (KISNERMAN, 1990)
Deste Modo, o avanço da participação religiosa no Brasil, se deve desde a
colonização até os primórdios da modernidade. O trabalho voluntário, ainda no
século XIX o trabalho voluntário mantinha uma comparação com a meritocracia,
onde famílias a alta nobreza, ou do alto clero, mantinham as relações de
conhecimento das dificuldades partilhando de seus excedentes com os mais
carentes. Ademais, essa cultura se atomizou no Brasil, com a valorização da “fé
pelas obras” aspecto muito presente da Igreja Católica. E veio se propagando de se
instigando até os dias atuais em que vivemos, sobrevivendo as revoltas, intrigas,
governos, golpes de estados etc. Com seu levante próximo aos anos 2000.
Faz-se fato que o trabalho voluntário surgiu de uma necessidade em ajudar
a melhorar as condições de vidas ainda primárias, reagindo e realinhando os
objetivos com os avanços da sociedade de acordo com a época e cara da sociedade,
política e da economia Brasileira. Sobre isso dissertam LIMA e BARIELE,
O trabalho voluntário começa a despontar noBrasil, no início do século XX,
a partir da necessidade de amparo e auxílio aos mais necessitados,
sobretudo em razão das epidemias e de diversas doenças que acometiam
a população mais carente. De início, este trabalho foi predominantemente
realizado por mulheres, geralmente por damas da sociedade ligadas à igreja
católica (Centro de Voluntariado de São Paulo, 2001). Aos poucos esse
trabalho foi adquirindo outras dimensões e deixou de ser voltado
exclusivamente ao assistencialismo. A partir daí, começaram a surgir ações
voltadas ao desenvolvimento da cidadania, com a realização de trabalhos
de caráter educativo, de cultura e de lazer. A partir dos anos 80, com o
envolvimento maior da sociedade, surgem as ONG´s – Organizações não
Governamentais que vieram fortalecer ainda mais esse trabalho voluntário
no Brasil, com destaque para a proteção ao meio ambiente. (LIAM,
BARIELE, 2001)

Com o advento da tecnologia o destaque foi a participação do Brasil no Ano


Internacional do Voluntário em 2001, criado pela Organização das Nações Unidas
(ONU).
Vale ressaltar e expor os 3 primeiros artigos da Lei do Voluntariado de 1998:
Art. 1° - Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade
não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer
natureza, ou a Instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos
cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência
social, inclusive mutualidade. Parágrafo único. O serviço voluntário não gera
vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária
ou afim
Art. 2° - O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de Termo
de Adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço
voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício.
Art. 3° - O prestador de serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas
despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades
voluntárias. Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão
estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço
voluntário.(CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988)
O Trabalho voluntário no Brasil vem se transformando por ações sociais com
o auxílio de muitas pessoas dispostas a ajudarem causas de necessidade extrema
à população carente ou até mesmo a causas emergenciais como é o caso da
preservação ao meio ambiente.
3.2 Perspectiva aprofundada
O trabalho voluntário pode ser entendido como uma conjuntura construída ao logo
do passar dos anos e do desenvolvimento das civilizações. Dessarte, conhecer os
pilares do passado é um requisito básico para compreender o que esse conceito
representa no presente.
Nas primeiras civilizações, as ações sociais amparavam indivíduos carentes
ou incapacitados. O código moral egípcio, por exemplo, foi um dos primeiros
a levantar a bandeira da Justiça Social. Suas leis, que se misturavam ao
discurso religioso, encorajavam as pessoas a pequenas ações voluntárias.
Na Grécia, viajantes eram acolhidos nas casas dos ricos, recebendo abrigo
e comida. Já na Roma pré-cristã, acreditava-se que o imperador deveria
suprir as necessidades dos súditos e mantê-los felizes. O mesmo
esperavase dos cidadãos bem nascidos, membros da
aristocracia.(PINHEIRO, 2018)

Assim, pode-se concluir que, nas mais antigas sociedades, o ramo voluntário
das ações sociais estava embasado no objetivo de auxiliar membros desprovidos de
participação social. Além disso, depreende-se que a noção de que aqueles que
detinham muito deveriam auxiliar aqueles que não detinham nada, contribuindo para
o fluxo natural do equilíbrio, bem como para o desenvolvimento e internalização
desse panorama na posteridade.
É, também, oportuno destacar a influência da religião enquanto um fator
estimulador do voluntariado. Desde os primórdios, os fatores religiosos assumiram
uma grande responsabilidade no que tange ao estímulo desse tipo de atividade –
como, por exemplo, a filosofia religiosa do Egito Antigo que considerava boas ações
em vida como formas diretas de obtenção da vida além-túmulo.
Ainda sob a perspectiva religiosa, o trabalho voluntário atingiu novas
proporções com o advento das religiões monoteístas. Os primeiros estimuladores do
voluntariado foram os sacerdotes judeus, que difundiam a ideia de que aqueles que
possuíam recursos tinham a obrigação de auxiliar os seus semelhantes privados de
condições similares. Os moldes de caridade foram impulsionados pelo catolicismo.
Com o fim da perseguição ao Catolicismo em Roma (313 d.c.) as doações
para a igreja passaram a ser legais, provendo recursos aos fundos de apoio
aos desamparados. Na Idade Média o catolicismo praticamente
monopolizou o voluntariado, sempre com a concepção da caridade
enquanto redentora dos pecados.(PINHEIRO, 2018)
Dessa forma, torna-se evidente a notoriedade da importância do catolicismo
para o desenvolvimento da filantropia. Com ele, fez-se possível a realização de
fatores que, sob a forma de redenções, estimulavam a complacência nas
sociedades.
Porém, a religião, sobretudo o que diz respeito ao seu poder e domínio,
passou a não ser a única estimuladora do trabalho voluntário. Após o século XVI, as
forças do Estado, aliadas à pseudoações comunitárias, começaram a almejar a
mitigação da pobreza. A partir desse momento, mais sociedades passaram a agir de
formas que, atualmente, configurariam filantropia. A ação da igreja passa a ser
complementar à da sociedade, culminando em uma forma primária de voluntariado.
Com o desenrolar do tempo, outro fator foi aderido às mecânicas sociais: a
industrialização. A esse fator é atribuído a intensificação da pobreza e, portanto, a
potencialização da necessidade de um trabalho voluntário como forma de suporte.
Na primeira metade do século XX os governos, principalmente na Europa,
criaram Estados de Bem-Estar Social que assumiram as funções
assistenciais. Hospitais, escolas e instituições foram criados para combater
a pobreza das grandes cidades e amparar a população carente.
(PINHEIRO,2018)
Essa máxima confirma o predomínio de atividades filantrópicas por parte dos
estados como uma forma de desenvolvimento social, envolvendo a criação de
importantes aspectos para a sociedade, principalmente para aqueles que não
excluídos dela.
À luz dessa perspectiva, infere-se que um dos agentes incentivadores do
voluntariado foi, e continua sendo, o Capitalismo, mais especificamente as
deficiências provocadas por ele. Enquanto um aspecto intensificador de disparidades
sociais, essa estrutura econômica é responsável por gerar déficits que só podem ser
supridos por meio do voluntariado; e o desenvolvimento industrial da humanidade é
capaz de ratificar esse postulado.
A partir da década de 1970, observou-se um cenário filantrópico não mais
comandado por Estados, mas, sim, cada vez mais necessário por conta deles. Diante
da crise econômica mundial da época, gastos foram cortados pelos governos e,
portanto, necessidades cada vez mais básicas tiveram de ser supridas pelo
voluntariado. Segundo PINHEIRO, “esse momento é o responsável pela
popularização das ONGs” – Organizações Não Governamentais -, que, como
soluções para óbices ignorados pelos governos e empresas, se valia de trabalho
voluntário e doações para buscar a igualdade, por meio do incentivo da equidade.

4 ANÁLISE CRÍTICA DO TRABALHO SOCIAL DENTRO DO CENÁRIO


EMPRESARIAL E DA SUA RELAÇÃO COM A VULNERABILIDADE SOCIAL

4.1 Trabalho social no Brasil


No Brasil, a gravidade dos problemas sociais e a emergência de alternativas
para o enfrentamento dessa realidade fazem com que haja uma discussão sobre a
responsabilidade das empresas, ou seja, como as organizações podem contribuir
para com o desenvolvimento da nação.
O trabalho social dentro do cenário empresarial resulta em pontos positivos
tanto para a empresa, quanto para a população, visto que há o desenvolvimento
econômico e social, respectivamente. Portanto, ações éticas, adotadas pelas
organizações, podem contribuir para a diminuição da questão de vulnerabilidade no
país. Para isso, é necessário que haja uma responsabilidade social por parte da
empresa, uma vez que tal ação busca o progresso da nação.

“(...) o modelo de responsabilidade social deveria resultar de uma


preocupação em se aliar o desenvolvimento econômico ao desenvolvimento
de qualidade de vida.” (GUIMARÃES, 1984, p. 215)

Nesse sentido, a responsabilidade da empresa é de assegurar o


desenvolvimento econômico e da população, para que assim resulte em soluções
para os problemas sociais.
4.2 Cenário social em relação a vulnerabilidade
Outrora, na década de 90, iniciou-se um movimento com o intuito de
disseminar a importância das empresas adotarem uma conduta ética, juntamente
com a responsabilidade social delas, e, assim, preservar os direitos humanos
universais. Entretanto, houve um comportamento contrário, visto que não houve um
reconhecimento da ação. Por outro lado, com o processo da globalização, as
organizações começaram a se atentar com a sua imagem, a qual era divulgada para
toda a população.

“Portanto, o investimento em projetos sociais pode estar ligado à eficácia da


produção e à lucratividade da empresa” (MELO RICO, 1998, p. 337). Contudo, é
possível que algumas empresas adotem o trabalho social em seu cenário devido a
interesses econômicos, tal atitude corrobora com a falta de conscientização da
importância ao enfrentamento à vulnerabilidade. Isso é contraditório ao conceito de
ética defendido pelo filósofo Immanuel Kant, o qual apresenta em sua obra, “Lições
da Ética” sendo a ética uma ação respeitosa e do bem. Dessa forma, devendo
colocá-la acima da moral, pois é necessário universalizar para o convívio social, ou
seja, procurar fazer ações de boa conduta que resultam em benefícios para toda a
comunidade, a maioria.
Destarte, o passado está intimamente ligado com os problemas sociais da
realidade brasileira, visto que na história de formação da nação não houve apoio,
pela maioria, das empresas em adotarem a responsabilidade social como parte dos
negócios, além dos interesses com o próprio lucro sobressair como motivação para
a maioria dos funcionários participarem de um projeto beneficente.
4.3 Reportagem
No Brasil, direitos básicos não estão sendo supridos para toda a população,
pessoas em estado de vulnerabilidade, por exemplo, não têm acesso às
necessidades essenciais.
“O número de pessoas que vivem nas ruas de Franca (SP) dobrou de
2017 a 2020. Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Ação
Social, atualmente, são 514 pessoas nesta situação na cidade. O dado
evidencia o crescimento da vulnerabilidade econômica da população
agravada pela pandemia.” (G1, 2021)
Nessa ótica, é importante que as empresas atuem em questões de exclusão
social, pois são espaços onde há um comportamento retrógrado por parte do Estado
em garantir o direito de uma vida justa aos cidadãos. Segundo o portal G1, Franca
duplicou o número de casos de vulnerabilidade na cidade, logo observa-se que uma
parcela da comunidade não recebe as necessidades básicas de sobrevivência.
Dessarte, a questão da vulnerabilidade é um empecilho histórico, o qual demanda
ações de modo conjunto, seja por parte das empresas, seja pelo governo.
4.4 Trabalho Social em prol da organização
“Nosso compromisso é identificar e divulgar para todos os gestores e
trabalhadores sociais aquelas experiências que estão dando certo e transformando,
de fato, a vida das pessoas”. (PORTAL SOCIAL DO BRASIL, 2020). Dessa forma,
iniciativas empresariais desenvolvem ações a fim de diminuir os problemas dos mais
fragilizados e transformar a vida dessas pessoas. O trabalho social busca assegurar
os direitos civis de todos, logo aplicando-se nas organizações, estimula o trabalho
em equipe e contribui com o avanço da sociedade.
“O comportamento ético é a única forma de obtenção de lucro com respaldo
da moral” (MOREIRA, 2002, p. 31). Sob essa análise, é fundamental que haja uma
inversão de valores nas empresas, de maneira a priorizar as ações sociais, e assim,
uma mudança de postura ética, visto que a ausência dessa torna-se um fator do
impasse. Portanto, a conscientização dos funcionários é essencial, para que
entendam os benefícios entre a empresa com objetivos sociais, para com a
superação dos interesses individuais.
5. OS ESTIGMAS ASSOCIADOS À POPULAÇÃO VULNERÁVEL
Visto que as empresas possuem um papel fundamental na questão do
enfrentamento à vulnerabilidade e que se trata de um problema histórico, a
sociedade e a autoridade possuem um papel importante no enfrentamento do
impasse. Entretanto, se observa que ambos recorrem a práticas preconceituosas
para com os desamparados.
Os estigmas associados à população indefesa tratam-se de uma
naturalização de um comportamento que está presente desde a história de formação
da nação brasileira. Portanto, esse preconceito refere-se a uma construção social,
e, assim, torna-o diferente e descartado da comunidade, além de não ter acesso aos
direitos básicos de sobrevivência.
Os gregos criaram o termo estigma para se referirem a sinais corporais que
evidenciavam fatores extraordinários ou perjorativos sobre o status moral de quem
os representava. (GOFFMAN. pg 11, 2008)
Dessa forma, o estigma refere-se a um termo de insulto com as pessoas em
situação de rua, pois elas são vistas como uma falha no país e são “marcadas”, pela
sociedade, como inferiores, que, por conseguinte, são tratados com descaso.
(CASTEL, 2005, p.139). Verifica-se que essas pessoas são desprovidas de atenção,
tanto do Estado, quanto por parte da sociedade, pois não há mobilização suficiente
para retirá-los da situação de rua.

De acordo com a Constituição Federal, o artigo 3° declara como dever do


Estado promover o bem de todos, sem preconceitos. Contudo, se observa um
comportamento retrógrado por parte da autoridade, como resultado do período
imperial brasileiro, pois no final dessa época foi abolida a escravidão. Entretanto, os
indivíduos que até então eram vistos como mão de obra não tinham conhecimento
sobre os seus direitos, por conseguinte, houve um grande número de ex-escravos
que estavam à procura de emprego, logo formaram-se os primeiros moradores de
rua. Desse modo, houve um descuido, por parte do governo, com o direito dos
cidadãos.
Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com
seus lustres de cristais, seus tapetes de viludos, almofadas de sitim. E
quanto estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso,
digno de estar num quarto de despejo (p. 33).- O Quarto de Despejo.

Em 1960, a população vulnerável se estendeu, e o diário de Carolina Maria,


a qual relata sua vida e as dificuldades que enfrenta por fazer parte dos
vulnerabilizados. No livro, Carolina trata o local onde mora como sendo um quarto
de despejo, ou seja, tudo de repugnante e inútil ao restante da sociedade, além de
ser “invisível” aos olhos da autoridade. Nesse âmbito, observa-se que a
naturalização do comportamento de estigmatizar o outro trata-se de uma adversativa
enraizada na cultura brasileira.
Destarte, a estigmatização está relacionada a omissão do Estado,
juntamente com o preconceito enraizado da sociedade, que, consequentemente,
impede a reinserção destes grupos desamparados na nação contemporânea.

A relação entre o ser humano e a sociedade, em seu estabelecimento


enquanto indivíduo social, gera uma problemática prática entre a espécie. Escolhas
feitas, extrapolam as barreiras da individualidade e afeta, sobre maneira o coletivo,
haja vista que os mesmos são os principais afetados por estas ações. O conceito de
sociedade moral deve reger a sociedade, atrás da qual se obtém as aprovações ou
desaprovação das mesmas, ao compasso que se caracteriza atos e
comportamentos – podem ser éticos ou não- uma sociedade que busca a ética só
existe pela falta de moral.
PARA VASQUEZ (1996),

Pode-se afirmar que a moral regula os valores considerados genuínos por


uma determinada sociedade, cultura e época, não sendo, portanto,
universalista. O que pode ser moralmente aceitável para um indivíduo, pode
não ser para o outro.

O destaque deste fator na vida cotidiana do indivíduo causa a estigmatizarão


e discriminação do mesmo. Não podendo, pois, deixar de estabelecer uma relação
entre a relevância desses fatores, ao objetivar a formação dos cidadãos tento por
coluna dorsal as ideias de igualdade, fraternidade e liberdade.
O ser humano, enquanto ser social, possuí por resultado das problemáticas
éticas sendo influenciado de maneira social, econômica, política e também histórica.
A objetividade dessas relações se sobrepõe a questões humanas, implicando de
maneira direta aos outros indivíduos.

• Dentre as várias instituições onde os indivíduos estão inseridos, a


escola é uma das mais importantes e responsáveis pela construção da
identidade. É na escola que os indivíduos entram em contato com as
diferenças que os constituem como indivíduos únicos. A identidade é
construída à medida que os sistemas de significação e representação
cultural se ampliam permitindo ao indivíduo localizar-se de diferentes
formas na sociedade. (NASCIMENTO, OLBZYMEK, 2007).
• A sociedade não é apenas a soma de idéias e ações individuais
jogadas ao coletivo e é por isso que existem as leis impostas pela
sociedade. Em contrapartida, essas leis e regras que são criadas para guiar
as ações dos indivíduos também exercem influência sobre ele
(THOMPSON, 1995).

6. PESQUISA DE CAMPO
A partir dos posicionamentos expressos e desenvolvidos ao longo do
questionário, tem-se acesso a um perfeito reflexo da sociedade brasileira;
evidenciando, portanto, um retrato pertinente para a análise proposta pelo presente
trabalho. Em prol de facilitar a investigação da essência do formulário, será
esmiuçado um aspecto por vez.
6.1 Construção do significado de voluntariado
Neste quesito, pode ser observado um certo consenso entre as respostas.
De modo bastante simplificado, mostrou-se frequente o seguinte ponto: o trabalho
voluntário está relacionado a atividades exercidas sem qualquer pretensão de fins
lucrativos ou conveniência disfarçada de filantropia. Ademais, foi levantado o fato de
que ele está relacionado - sobretudo no que diz respeito à sua natureza - a
sentimentos de empatia e compaixão para com o próximo; assim, é oportuno
destacar que a sensibilidade pode ser, sim, um fator estimulador do voluntariado, ao
passo que, quando imersas em importância com o próximo, as pessoas apresentam
a tendência a optarem por formas de ajudar o outro, levando assim a um
conhecimento considerável no índice de voluntariado em comunidades.
Além disso, foi abordada também a interpretação desse tipo de trabalho
como uma forma de redenção social, de modo que, com ele, é possível realizar
ações que propiciam a reconstrução de uma boa imagem de um indivíduo por parte
da sociedade. Evidentemente, esse não deve ser o único fator estimulador do
voluntariado, mas, sim, uma das suas consequências imediatas, após a sua
realização.
6.2 Análise das manifestações do voluntariado na cidade de Franca
Os posicionamentos, em geral, foram discrepantes entre si. Enquanto alguns
exploravam a existência do voluntariado nos domínios da cidade, outros defendiam
a tese de que, infelizmente, ele não se faz presente. No primeiro caso, foi frequente
a abordagem de exemplos que salientam a presença desse tipo de trabalho social,
como as ONGs “Pedra Bruta” – cujo intuito elementar é auxiliar estudantes do ensino
público a ingressarem no ensino superior – e “Cão Que Mia” – a qual representa um
suporte para animais em estado de carência e/ou abandono. Ainda neste quesito,
outro ponto levantado (também abordado anteriormente no trabalho) foi ao da
construção de uma agradável imagem da empresa, impulsionando assim um cunho
atrativo em relação à preocupação social.
Em contrapartida, os defensores da ausência do voluntariado apontaram
que, atualmente, é praticamente utópico considerar o contrário pois as empresas
francanas não apresentam – ou, se apresentam, o índice é bastante mínimo –
reponsabilidade social na sua visão, missão e em seus valores.
A pergunta em questão também apresentava como uma extensão implícita
os benefícios que poderiam ser proporcionados, caso as empresas optassem pelo
ramo do trabalho social. Neste quesito foram apresentados, dentre outros, os
seguintes quesitos: diminuição do risco de depressão; satisfação pessoal; amparo
social; estímulo ao amadurecimento de capacidades e valores; e, novamente, a
construção de uma estratégia competitiva para as empresas, posto que auxilia na
criação de uma boa imagem.
6.3 Conceito individual de vulnerabilidade social

6,70%
3,30%

90%

a.) Situação, momentânea ou permanente, do indivíduo que (por motivos de doença,


quadro financeiro, gênero, status social ou sexualidade) apresenta uma notória dificuldade
em inserir-se na sociedade.
b.) Perspectiva inexistente na sociedade brasileira, por conta dos programas
governamentais de assistência à população mais carente (como, por exemplo, o programa
“Fome Zero”).
c.) Uma condição presente somente em países com um grande índice de desigualdade
social e que marginaliza indivíduos da sociedade; configurando, portanto, um atentado à
própria cidadania.
d.) Aspecto sem importância para o desenvolvimento econômico de um país.

Gráfico 1: perspectivas pessoais do trabalho voluntário (pesquisa de campo).


A presente relação evidencia a predominância da resposta mais apropriada
para o questionamento sobre o conceito de vulnerabilidade – a alternativa A;
construindo, dessa maneira, a ideia de que a grande parcela das pessoas que
responderam possui uma visão lógica e adequada do tema abordado na pesquisa.
Por outro lado, nota-se, também, escolhas por alternativas não inteiramente
equivocadas, mas, sim, parcialmente certas. Porém, isso não faz dessas opções
inúteis, ou desprezíveis. Elas são capazes de revelar o nível de uma possível
desatenção ou carência de conhecimento referentes ao tema retratado, salientando
a importância da sua análise e discussão.
6.4 A relação entre a negligência do Governo/órgão especializados e o
nível de vulnerabilidade
6,70%
3,30%

30%

60%

Com certeza Provavelmente De modo algum Não sei afirmar

Gráfico 2: A negligência das esferas estatal e privadas influenciam a


vulnerabilidade? (Pesquisa de campo)
Neste caso, seria utópico considerar uma alternativa mais apropriada,
julgando as outras como impertinentes, por consequência; ao passo que a resposta
para a referida indagação varia de acordo com as informações e os repertórios
sociais internos de cada indivíduo que se propôs a externar o seu ponto de vista.
6.5 Influência da pandemia no indíce de trabalho social

16,70% 16,70%

10%

56,70%

Com certeza Provavelmente De modo algum Não sei afirmar

Gráfico 3: O trabalho social aresenta uma tendência de crescimento nos


próximos anos por conta da pandemia?
Esta é outra questão cujas repostas variam de acordo com as experiências
pessoais e com o contato, ou não, com o voluntariado por parte de quem a responde.
Porém, com o advento da pandemia, o trabalho voluntário foi fortemente
impulsionado – fato este que pode ser comprovado com as diversas atividades
filantrópicas realizadas no período, como a distribuição de sopas para moradores de
rua. Assim, partindo do princípio de que o contato inicial com uma prática pode fazer
com que ela se torne um hábito no futuro, é pertinente apontar que, sim, a tendência
pode ser de crescimento. É ingênuo afirmar isso categoricamente, pois práticas são
influencidadas (o que abrange estímulos intensificadores ou mitigadores) com os
contextos nos quais elas são inseridas.
Espera-se que o voluntariado seja intensificado nos próximos anos; porém, o
único fator que poderá oferecer uma solução efetiva e adequada para esta pergunta
será o futuro.
6.6 Atuação do Estado

26,70%

73,30%

a.) Complementar a ação das empresas b.) Orientar a ação das empresas
c.) Restringir a ação das empresas d.) Inexistir

Gráfico 4: “Dever da atuação do Estado, frente às ações das empresas


referentes ao trabalho social”.
Dadas as atuais circunstâncias e a importância eminente do complemento como
um meio garantidor da existência do trabalho social, a alternativa mais pertinente
seria a letra A (“complementar a ação das empresas”). O Estado deve, como propõe
a assertiva correta, incentivar – a partir de ações compementares – o voluntariado,
sem necessariamente controlá-lo.
Uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) e registrada no documento intitulado de “As Fundações Privadas e
Associações sem Fins Lucrativos no Brasil 2016” (apud PINHEIRO) evidencia que
no ano da pesquisa, 2016, havia mais de 235 mil fundações desprovidas de qualquer
dependência direta do comando estatal – as chamadas ONGs (Organizações Não
Governamentais). Este fato traduz o fato de que a atuação de organizações privadas
ou associações comunitárias independe do controle integral por parte do Governo;
tornando-o, portanto, dispensável.
6.7 Possíveis formas de mitigar o quadro vulneravel
Após responderem as questões e problematicas anteriores, um ultimo
problema era proposto aos candidatos que respondessem o questionário, que era a
análise de uma charge e o objetivo final era a apresentação de propostas que tenham
como principal caráter levar a diminuição da população em estado vulnerável ou pelo
menos diminuir os fatores agravantes deste caso.

Figura 1 : Chargem sobre a situação de “Favelas” em meio ao cenário de


Pandemia. (FTM, blog, 2021)
Sobre tantas análises de mediante situação o cenário em destaque foi de
que o principal meio de combate a vilnerábilidade seria a ação estatal. Todavia, é
licito também postular que essa ação em muitas das respostas são consideradas
quase inexistentes.
“As coisas deste mundo estão em fluxo tão constante que nada permanece
muito tempo no mesmo estado. Dessa forma, o povo, as riquezas, o comércio, o
poder mudam suas condições.“ (LOCKE, Jonh, 1690)
Jonh Locke, expõe em sua obra “Segundo tratado do governo (1690)” a
relação entre o mundo empresarial e a sociedade em uma visão social. Tendo em
vista, que, somente a filantropia e trabalhos sociais não conseguem suprir a
necessidade de tamanha população vuneravel.
Em suma, se tem como resultado de tal análise que, a responsabilidade
estatal deve ser colocada em pratica em ações de mitigação do empasse, uma vez
que tal cenário não tem se reverberado no ambito da atual sociedade brasileira.
7. CONCLUSÃO
Após a análise holística do desenvolvido ao longo de todas as palavras e
expressões do presente trabalho, conclui-se que o voluntariado excede as barreiras
do apropriado e reside no imprescindível. O mundo moderno é o palco de muitas
injustiças sociais e, quando associado ao Capitalismo, aprofunda as segregações
sociais. O trabalho voluntário representa a forma mais viável e eficiente para sanar
esse cenário problemático e inquietante; atingindo, por consequinte, uma maior
equidade em termos de oportunidades e autocontentamento.
Ademais, é oportuno destacar que a responsabilidade social consiste em um
fator essencial para o desenvolvimento integral das empresas na modernidade.
Deixar de preocupar-se com o outro já não é mais a solução instanânea do
amadurecimento, e, sim, o extremo oposto é o responsáve por ele. Crescer, na
atualidade, assumiu um novo conceito e, como consequência imediata, passa a estar
entrelaçado ao suporte e auxílio destinado ao outro. Um indivíduo só é capaz de
crescer verdadeiramente se, e somente se, ajudar o outro a crescer, também, ainda
que não em condiões similares.
Carlos Drummond de Andrade, poeta cuja genealidade é inegável,
expressou no poema “Mãos Dadas” a seguinte perspectiva:
“Estou preso à vida e olho meus companheiros/ Estão taciturnos mas
nutrem grandes esperanças/ Entre eles, considero a enorme realidade/ O
presente é tão grande, não nos afastemos/ Não nos afastemos muito,
vamos de mãos dadas.”
No excerto, há a essência da necessidade da unidade. Unir-se aos
taciturnos, aos desesperançosos, aos afastados, representa o início do verdadeiro
voluntariado. “Dar as mãos” é a garantia da fraternidade e, antes disso, da
humanidade. Por conseguinte, incentivar, priorizar, e valorizar o voluntariado são
ações que garantem uma sociedadde mais justa, mitigando os estragos daqueles
que, no passado, não fizeram o mesmo.
“Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”.

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