Você está na página 1de 9

Instituto Politécnico de Setúbal

Escola Superior da Educação


Unidade Curricular: Contexto e Processos de Envelhecimento e Relações Intergeracionais

Docentes: Ema Inácio e Isaura Pedro


Discentes: Inês Santos, Inês Lopes, Márcio Santos, Marta Almeida, Rita Ferreira e Rui
Safaneta

Ano Letivo 2023/2024


Índice

1. Enquadramento Teórico...................................................................................................................2
1.2. Contexto do Trabalho.......................................................................................................................3
1.3. Áreas de intervenção Intergeracional que a atividade prioriza.........................................................3
2. Descrição da Atividade Intergeracional...............................................................................................4
2.1. Diagnóstico...................................................................................................................................4
2.2. Finalidades e Objetivo..................................................................................................................4
2.3. Público-Alvo.................................................................................................................................5
2.4. Organização - Planeamento da Atividade.....................................................................................5
Procedimentos......................................................................................................................................5
Calendarização.....................................................................................................................................5
Recursos Materiais...............................................................................................................................5
2.5. Estratégias de Sustentabilidade.....................................................................................................6
2.6. Estratégias de Divulgação/Comunicação do projeto e atividade..................................................6
2.7. Descrição da Atividade.................................................................................................................6
2.8. Técnicas e Instrumentos de avaliação da atividade realizada.......................................................7
3. Conclusão.............................................................................................................................................7
1. Enquadramento Teórico
1.1. Corpo Teórico

O envelhecimento ativo é um conceito que transcende a tradicional abordagem do envelhecimento


como um declínio inevitável. É definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um
processo de otimizar as oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar
a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem, esse paradigma introduz uma perspetiva
mais holística e positiva. As diversas teorias sobre o envelhecimento contribuem para a compreensão
deste fenômeno. A Teoria do Desgaste, o Relógio Biológico e a Teoria do Desenvolvimento
Psicossocial de Erikson oferecem lentes distintas para analisar o processo de envelhecimento. Ao
incorporar essas teorias, podemos contextualizar o envelhecimento ativo dentro de uma moldura mais
ampla, considerando tanto os aspetos biológicos quanto os psicossociais.

Os fatores individuais, sociais e ambientais desempenham também papéis cruciais no envelhecimento


ativo, condições de saúde, suporte social, acesso a serviços, moradia e educação moldam a
experiência do envelhecimento. A saúde física e mental é uma dimensão central, destacando a
importância da atividade física, uma dieta equilibrada e abordagens para a saúde mental.

Apesar destes elementos positivos, desafios persistem. A discriminação etária e as barreiras de


acessibilidade podem limitar as oportunidades para os idosos. No entanto, a identificação desses
desafios é crucial para desenvolver políticas e práticas que superem essas barreiras, promovendo um
envelhecimento ativo mais equitativo.

Diante das tendências emergentes e das oportunidades de pesquisa, o envelhecimento ativo destaca-se
como uma área dinâmica e em evolução. Explorar as interseções entre saúde, participação social e a
aprendizagem contínua é fundamental para avançar na compreensão deste fenômeno e informar
estratégias que capacitam os idosos a viver de maneira plena e engajada.

1.2. Contexto do Trabalho

Com o nosso trabalho pretendemos criar um projeto de Animação Sociocultural no âmbito das
práticas intergeracionais, na Residência Sénior Quinta do Mocho em Setúbal, onde a atividade que
temos em mente desenvolver vai abordar várias áreas de intervenção, que correspondem às
necessidades que identificamos e claro utilizando estratégias de futuros Animadores Socioculturais
que somos.

Ao percebermos como funciona a Residência Sénior Quinta do Mocho, chegamos a conclusão que
precisávamos de desenvolver uma atividade que o seu intuito seja uma participação ativa dos idosos
da instituição, sendo que uma boa parte destes idosos leva uma vida não muito ativa. Decidimos fazer
uma atividade, onde iríamos criar uma horta na parte exterior da instituição, para incentivar a
participação ativa dos idosos que lá frequentam e talvez assim seria uma boa maneira de os fazer ser
mais ativos sair, e assim terem um momento mais dinâmico na instituição.

A criação da nossa horta não só poderá estimular interação entre os idosos que frequentam a
instituição, como também vai criar um momento propício para a interação com outra geração, que é o
principal foco do nosso projeto, sendo que vamos juntamente com os idosos cultivar esta nossa horta,
e pretendemos que haja criação de laços entre nós e os idosos da instituição.

O projeto que desenvolvemos, vai dar uma nova vida à instituição, sendo que os idosos já não vão
estar sempre sentados, e porque também vai ser um momento onde vão poder transmitir as suas
experiências, as suas histórias e saberes.

1.3. Áreas de intervenção Intergeracional que a atividade prioriza

Esta atividade irá priorizar as seguintes áreas de intervenção, co-habitação, criação de espaços
alternativos de socialização e convívio intergeracional em espaços públicos, pela atividade se realizar
no espaço exterior da instituição, ativismo ambiental, devido ao tema e objetivos da atividade,
cidadania ativa, participação cívica e voluntariado intergeracional, iram participar os utentes que
estiverem interessados; ações culturais de preservação da identidade e da memória cultural, com a
partilha de experiências durante a atividade entre os animadores e os utentes: saúde, bem-estar e
qualidade de vida porque se vai estimular a memória e a motricidade fina dos utentes e tecnologias e
inclusão digital, na proposta de divulgação de vídeos e fotos da atividade realizada no site e redes
sociais da mesma para dar a conhecer o trabalho dos animadores e acompanhamento dos familiares.

2. Descrição da Atividade Intergeracional


2.1. Diagnóstico
Os idosos que estão na Residência Sénior Quinta do Mocho em Setúbal, são idosos sedentários, sendo
que alguns são ativos e gostam de caminhar, de escrever poemas e de ler. A instituição é gerida por
uma enfermeira, que lida com os idosos todos os dias, existe uma animadora, mas só comparece uma
a duas vezes por semana. Atualmente não existe nenhum projeto a decorrer na instituição, o que é
uma mais-valia para implementarmos a nossa atividade.

No dia da observação conseguimos perceber que existe pouca comunicação com os idosos, uma vez
que são sedentários e passam a maior parte do dia sentados a ver televisão. Apartir de uma conversa
informal com alguns dos utentes percebemos que era vantajoso existir uma horta no exterior da
Instituição, percebemos que isso faz com que sejam mais ativos no dia a dia.

Nas relações familiares, o que conseguimos perceber por falar com os utentes é que muitos têm
família que os vão visitar regularmente, na altura que fomos foi perto do Natal e existia muitos utentes
que estavam bastante animados por irem passar o Natal a casa dos seus familiares. Quanto à
instituição, a residência fica deslocada do centro da cidade, então a própria instituição tem
incorporada serviços clínicos e serviços opcionais. Como serviços clínicos conta com um médico de
clínica geral que vai 1x por semana à instituição, um enfermeiro que vai 3x por semana e um
fisioterapeuta individual que é como um serviço extra e é pago à parte, uma animadora que vai 2x por
semana, tratamento de roupas e alimentação. Como serviços opcionais existe um acompanhamento,
um barbeiro, cabeleireiro, estética e o passeio semanal.

2.2. Finalidades e Objetivo


- Criação de um espaço que se sintam à vontade para cuidar e regar regularmente, isto gera uma
participação ativa dos utentes e mais idas ao exterior;

- Promover a participação ativa;

- Promover o envelhecimento ativo;

- Acabar com o sedentarismo;

- Estimular a memória;

2.3. Público-Alvo
O nosso público-alvo são idosos que têm idades entre 65 e 100 anos e jovens do instituto politécnico
de Setúbal. Os nossos participantes vão ser os idosos e jovens, a enfermeira que nos vai acompanhar
no procedimento da atividade e é a pessoa mais próxima deles. As parcerias para a realização desta
atividade é a Residência Sénior Quinta do Mocho e o Instituto Politécnico de Setúbal. A Atividade vai
ser realizada na Residência Sénior.
2.4. Organização - Planeamento da Atividade
A atividade vai ser realizada no exterior da Residência Sénior, na parte da manhã, a ideia será realizar
uma horta com os jovens e os idosos no exterior da residência sénior, e falar sobre que memórias
eventualmente lhes podem trazer. Vão ser distribuídas sementes consoante a escolha do par e no fim
vamos realizar uma roda de conversa para sabermos se gostaram da atividade ou não, que dificuldades
sentiram ao longo da atividade.

Procedimentos
1. Juntar os idosos na sala de convívio;
2. Fazer a introdução da atividade;
3. Ida para o exterior;
4. Distribuição das sementes;
5. Realização da hora;
6. Roda de conversa;

Calendarização
Dia 23 de janeiro, na parte da manhã durante 45 minutos.

Recursos Materiais
 Terra;
 (Recipientes) vasos;
 Pás (colheres);
 Sementes;
 Garrafas de água (regador);

2.5. Estratégias de Sustentabilidade


A nossa atividade pode ser realizada posteriormente pela instituição, através de novas cultivações ou
até mesmo a continuidade diariamente dos cuidados a ter com as atuais cultivações.

2.6. Estratégias de Divulgação/Comunicação do projeto e atividade


Em relação às estratégias de divulgação e comunicação do projeto e da atividade, poderíamos usar as
redes sociais principalmente o site da instituição, e com a autorização do nosso público-alvo, para
pudermos divulgar fotos e vídeos em relação ao que os mesmos executaram ao longo desta atividade.

Em relação à comunicação do projeto, o ponto principal é a utilização das redes sociais como meio de
divulgação das atividades que os utentes vão executando ao longo do dia. Para serem mais suscetíveis
para o público que fosse visualizar estas mesmas atividades desde animadores socioculturais ou até
familiares dos utentes, é necessário utilizar uma linguagem mais simples e clara de modo a cativar
qualquer tipo de faixa etária.

O principal objetivo que é pretendido com este tipo de divulgação de atividades, é mostrar o trabalho
que é feito para o desenvolvimento dos idosos no seu fim de vida, a forma como os entretêm mesmo
eles estando longe dos familiares e demonstrar ao mesmo tempo as várias atividades que os
animadores socioculturais executam com este público-alvo.

2.7. Descrição da Atividade


Para a realização desta atividade, pretendemos ir ao encontro do desenvolvimento de algumas
competências do público-alvo e ao mesmo tempo recorrer a algo que seja em comum em todos.

Em grupo iniciamos uma procura por atividades que pudéssemos realizar e ao concluir esta mesma
pesquisa percebemos, que seria vantajoso fazer uma horta na parte exterior da instituição com o
intuito de trabalhar a vida ativada das pessoas idosas.

Para dar início a esta atividade, os utentes e os restantes alunos irão se dirigir para o espaço exterior
da instituição, onde será dada a escolha das sementes que pretendem plantar e a partir daí começar
atividade. Pretendemos que cada aluno tente interagir com cada utente e com isso exista uma auto-
ajuda durante a plantação e que ao mesmo tempo aconteça algumas partilhas ao longo da atividade.

Como opção secundária se as condições meteorológicas não permitirem realizar atividade no exterior,
é recorrer a vasos feitos de materiais recicláveis com terra colocada dentro e distribuindo de novo as
sementes pelos alunos e utentes.

Com esta mesma atividade temos como finalidade desenvolver a motricidade fina e grossa do nosso
público-alvo e ao mesmo tempo suscitar memórias antigas, que posteriormente possam partilhar.

2.8. Técnicas e Instrumentos de avaliação da atividade realizada


Como técnicas de avaliação, pensamos em realizar uma roda de conversa para perceber o que cada um
foi sentido ao longo da atividade, e se sentiram confortáveis puderam partilhar algum tipo de memória

mais antiga da sua vida.

3. Conclusão
De forma conclusiva, a atividade foi pensada de forma a combater o idadismo , visto que os idosos
terão imenso conhecimento empírico para partilhar connosco , promover o envelhecimento ativo, uma
vez que estes terão que se deslocar e mexer do seu cadeirão habitual para realizar as atividades ,a
contribuir para o aumento de um sentimento de propósito, visto que é uma atividade continuada que
exige um cuidado prolongado , mesmo depois de concluída a atividade em si , e foi pensada também
de forma a promover relações intergeracionais , vez que existirá diálogo e colaboração entre os
estudantes da ESE e os idosos do lar.

Julgamos ser uma atividade bastante completa que foge ao dito normal com papel e caneta que já
estamos habituados a ver vezes sem conta neste tipo de contextos, recordando tempos e vivências
anteriores guardados na memória destas pessoas, proporcionando assim um sentimento nostálgico e
estimulando o cérebro dos mesmos, uma vez que recordariam de forma subconsciente diversas
memórias do seu passado.
4. Bibliografia

ANDERSON JACKLE FERREIRA , “CONCEPÇÃO DE ENVELHECIMENTO DE UM IDOSO AUTOR:


UM ESTUDO DE CASO:” https://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/2559/1/400389.pdf

Website “As etapas do desenvolvimento psicossocial de Erikson”

https://amenteemaravilhosa.com.br/etapas-desenvolvimento-psicossocial-de-erikson/

Você também pode gostar